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sexta-feira, 27 de junho de 2025

SÍRIA HOJE: DA QUEDA DO GOVERNO CENTRALIZADO, AO GOVERNO DA ALQUAIDA (por Vanessa Beeley)

 



A Síria soberana foi talhada em zonas dominadas por fações sob a influência da gestão terrorista da Turquia, de Israel, dos EUA, do Reino Unido e dos Estados Árabes do Golfo. Aqui, tentamos identificar os atores externos e seus respectivos gangs de fundamentalistas Takfiri, as suas agendas conflituais e os seus objetivos últimos:

Enquanto as narrativas ocidentais querem convencer-nos de que rebeldes sírios derrubaram por eles próprios um brutal ditador e o substituíram por um regime justo e democrático, a realidade está longe da ilusão fabricada pela CIA/MI6.

A Síria foi convertida de nação pluralista, que tinha gozado de segurança e estabilidade dos civis, apesar da guerra pela mudança de regime que se iniciou em 2011, num Estado fragmentado e traumatizado. Foi este Estado, com sua incapacidade de se defender e de proteger as suas fronteiras, que Israel destruíu imediatamente depois do golpe. O país foi dividido em zonas de influência controladas por gangs concorrentes, apoiados por um número crescente de potências internacionais. Os gangs de Takfiri estão quotidianamente a brutalizar e a assassinar minorias étnicas na Síria.

[Ler o restante conteúdo no link abaixo]


Syria Today: From the Fall of a Centralised Government to the Al Qaeda Junta

domingo, 8 de junho de 2025

CORONEL MACGREGOR: «A CREDIBILIDADE DE TRUMP ACABOU»

 


A avaliação do Coronel Doug Mac Gregor do comportamento de Vladimir Zelensky e de Netayahu é de que estes estão apostados em convencer Donald Trump de que existe força militar suficiente nos seus respectivos regimes para fazer mudar decisivamente o destino das guerras que estão levando a cabo, arrastando assim os EUA para uma intervenção direta, quer no Médio-Oriente (Irão), quer na Rússia.

Esta tentativa de envolver de forma mais direta os EUA nos teatros de guerra citados, ou seja, com tropas combatentes, tem a oposição de Trump e certo número de seus conselheiros, mas teria apoio significativo no «Estado profundo», ou seja, no interior da CIA e das outras agências, no Departamento de Estado, no Pentágono...

A minha  impressão é de que o problema é muito grave, se o Coronel Mac Gregor tem razão quando afirma que ninguém liga ao Presidente Trump, e isto no seu próprio «entourage». Isto equivale a dizer que Trump, embora não esteja senil como Biden, pode ser manipulado de forma a que os neocons continuem no seu jogo de provocações contra a Rússia, cada vez mais graves. Esperam assim que o regime de Putin fique desestabilizado, que ele encontre pela frente opositores decididos a afastá-lo do caminho, etc. Em resumo, que se espalhe a dissensão nas fileiras do inimigo, sendo depois mais fácil derrotá-lo no terreno militar. Este «sonho» dos neocons é uma postura das mais perigosas. Aliás, nada indica que tal objetivo pudesse ser viabilizado através de atos terroristas: Até agora, estes atos têm conduzido ao reforço e ao cerrar das fileiras em torno de Putin.  

O perigo maior com estas provocações e com a escalada na gravidade das mesmas, é simplesmente que uma das partes, desesperada, recorra ao armamento nuclear. A partir deste ponto, a escalada para confronto nuclear generalizado estará assegurada. É isso mesmo que têm demonstrado múltiplos jogos de guerra, quer do lado da OTAN, quer do lado Russo. Nestas simulações de conflito usando armas nucleares, começam por ser usadas as de pequena potência e raio de ação (bombas «táticas»), mas rapidamente a parada vai subindo e chega-se, brevemente, ao uso de armas nucleares intecontinentais, ou seja, à destruição total.

O problema não se limita aos EUA e a Trump, pois vários chefes de Estado e de governo do «Ocidente», sobretudo nos países da OTAN, tem-se mostrado  irresponsáveis. No entanto, não seria difícil adoptar uma linha realista, baseada nas posições respectivas, no terreno, dos exércitos em conflito e reconhecendo que a Ucrânia não fará parte da OTAN. Em relação a este último aspecto, há indicações de que os dirigentes da OTAN reconhecem essa impossibilidade, em conversas informais, mas continuam a papaguear para o exterior «que estão abertos à entrada da Ucrânia na OTAN», como forma de motivar o governo ucraniano a continuar esta guerra insana, causando milhões de mortos.  

segunda-feira, 12 de maio de 2025

RICHARD WERNER AVISA: Comissão Europeia planeia tomar NOSSOS ativos para financiar a guerra na Ucrânia

 


A analogia da construção europeia com o regime da ex-URSS é muito forte, sobretudo após o tratado de Lisboa da União Europeia, que tornou inviável - na prática - que um país-membro decida, pela vontade do povo soberano, tomar rumo diferente da «democracia liberal».

Esta estrutura piramidal da UE, com um corpo não-eleito ao comando (Comissão Europeia) copia a hieraquia soviética. No plano parlamentar igualmente: Tal como o parlamento soviético, os deputados do Parlamento Europeu não têm o poder de fazer leis, por eles próprios. A iniciativa pertence sempre a uma entidade exterior ao parlamento (Conselho de ministros da UE, ou Comissão Europeia), tal como acontecia no regime soviético, em que a proposta de lei vinha sempre do Politburo do Partido. 

Além do aspecto estrutural, há o aspecto de desapossar os cidadãos, característica típica de um Estado totalitário: Pretendem obrigar os cidadãos a «provar» a origem dos seus ativos, senão os ativos serão confiscados. Este é o conteúdo duma proposta da Comissão de Bruxelas e «em estudo» nas instâncias da UE: Teremos de provar a origem destes ativos, ou seja, inverte-se o «onus da prova»; todos nós somos declarados culpados, até prova em contrário!

Oiça na íntegra o que diz Richard Werner e lembre-se que os partidos, de todos os países da UE são coniventes, pois todos sabem o que Richard Werner nos acaba de revelar, mas nenhum diz claramente o que se passa. Discretamente, com o blackout mediático e a conivência dos partidos, vem-se instalando e consolidando um super-Estado fascista, sob a capa de democracia. 

domingo, 19 de janeiro de 2025

ORIGENS DA IDEOLOGIA MAIS MORTÍFERA NO PLANETA [Neutrality Studies]

 


David Gibbs aprofunda e dá o contexto da intervenção dos «neocons», desde a sua origem. A sua rigorosa análise histórica ajuda-nos a compreender a política externa dos EUA, assim como a sua política de «defesa»: Estas só podem ser  compreendidas tendo em conta este contexo. 
Indispensável!

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

EXCECIONALISMO E ESTADO PROFUNDO NOS EUA [Aaron Good & Jeffrey Sachs]


 




A entrevista mostra, a meu ver, porque o Estado Profundo nos EUA considera que o Prof. Jeffrey Sachs e o seu convidado e autor do livro cometem o pecado de dizer verdades "inconvenientes" porque deitam por terra as narrativas construídas pelos serviços de policiamento das mentes!

quarta-feira, 17 de julho de 2024

LISTA DE ASSASSINATOS DA CIA - PROF. LEW ROCKWELL

Original em : 

https://www.lewrockwell.com/2024/07/lew-rockwell/the-cias-assassination-plots/


«A tentativa de assassínio de Donald Trump e sua resposta heroica ao acontecimento, estão bem presentes nas nossas mentes. Não sabemos ainda os detalhes sobre quem esteve envolvido na tentativa, embora eu suspeite que a tese do «pistoleiro solitário» irá revelar-se como falsa. Mas, o triste acontecimento oferece-nos a oportunidade de refletir sobre aquilo que nós sabemos e que pode bem ser relevante em relação ao atentado contra a vida do ex-presidente e que pensamos seja em breve o próximo. A CIA tem estado envolvida em numerosos casos de assassinato desde a sua criação.»

.....




(continuação: texto original, em inglês, de Lew Rockwell)




One of these plots is especially important in current circumstances. The CIA is implicated in the assassination of President Kennedy in November 1963. Jacob Hornberger has done a great deal of research on this topic and here is what he says. “Why would the CIA snuff out the life of President Kennedy? Because Kennedy was determined to snuff out the life of the CIA, which the CIA, not surprisingly, considered would be a grave threat to ‘national security.’ Kennedy also was determined to move America in a direction different from that of the Pentagon, the CIA, and the NSA, which they considered would result in a communist takeover of the United States. Worst of all, Kennedy was saying good things about Russia and establishing friendly and normal relations with both Russia and Cuba. In the eyes of the national-security establishment, what Kennedy was doing was not only cowardly incompetence that would result in a communist takeover of the United States, it also consisted of treason. We all know what happens to traitors

Thus, this was a war to the finish. If Kennedy lives, the CIA is put down, America makes friends with Russia and Cuba, and America’s militarist direction comes to an end. If Kennedy dies, the CIA survives and prospers, the never-ending hostility toward Russia and Cuba continues, and America’s militarist direction proceeds indefinitely. The die was cast, but Kennedy obviously proved to be no match for the overwhelming power of the national-security establishment.”

For the same reasons, the CIA killed President Kennedy’s brother, Robert Kennedy. After Lyndon Johnson withdrew from the presidential race in 1968, Kennedy was the odds-on favorite to become the next president. He blamed the CIA for his brother’s death and was determined to bring the agency to heel. For that reason, the CIA had to kill him. David Talbot, the author of Brothers, a book about President Kennedy and his brother Robert Kennedy, gives a vivid account: “As I write in my book Brothers, Robert Kennedy, who served as his brother’s attorney general and knew more about the dark side of American power than any other official of his day, was the first JFK conspiracy theorist. Journalist Jack Newfield, a close friend of RFK, told me: ‘With that amazing computer brain of his, he put it all together on the afternoon of November 22,’ the day in 1963 that President Kennedy was assassinated. Bobby Kennedy figured out that his brother was killed by CIA plotters, using members of the criminal underworld and Cuban exiles. As I reveal in Brothers, RFK planned to reopen the investigation into his brother’s murder if he had been elected president in 1968.

But, of course, Robert Kennedy himself was fatally shot on the night of June 5, 1968, after winning the California primary. My research led me to conclude that assassination was not carried out by Sirhan Sirhan, the man convicted of the crime, but by a shooter posing as one of the security guards charged with protecting RFK that night. (Los Angeles County coroner, Dr. Thomas Noguchi, who performed the autopsy on RFK, and key eyewitnesses also concluded Sirhan did not fire the fatal shot.) The armed ‘security force’ surrounding Bobby Kennedy at the Ambassador Hotel in Los Angeles was under the control of Robert Maheu, the CIA contractor (and Kennedy hater) charged with recruiting the Mafia to assassinate Fidel Castro.”

In fact, the list of CIA assassinations is amazingly long. Among the most famous were the repeated attempts to kill Fidel Castro, but there have been many more. The targeted killings proved so embarrassing to the US government that President Gerald Ford issued an Executive Order in 1976 banning them, but this simply made the CIA continue the killings under a new name. The agency has done extensive research into bizarre ways to “take people out.” A story in the British newspaper The Guardian gives a good account of the CIA’s malodorous activities: “The agency was forced to cut back on such killings after a US Senate investigation in the 1970s exposed the scale of its operations.

Following the investigation, then president Gerald Ford signed in 1976 an executive order stating: ‘No employee of the United States government shall engage in, or conspire in, political assassination.’ In spite of this, the US never totally abandoned the strategy, simply changing the terminology from assassination to targeted killings, from aerial bombing of presidents to drone attacks on alleged terrorist leaders. Aerial bomb attempts on leaders included Libya’s Muammar Gaddafi in 1986, Serbia’s Slobodan Milosevic in 1999 and Iraqi president Saddam Hussein in 2003.

Earlier well-documented episodes include Congo’s first prime minister, Patrice Lumumba of Congo, judged by the US to be too close to close to Russia. In 1960, the CIA sent a scientist to kill him with a lethal virus, though this became unnecessary when he was removed from office in 1960 by other means. Other leaders targeted for assassination in the 1960s included the Dominican dictator Rafael Trujillo, president Sukarno of Indonesia and president Ngo Dinh Diem of South Vietnam.

In 1973, the CIA helped organise the overthrow of Chile’s president, Salvador Allende, deemed to be too left wing: he died on the day of the coup.

The US has developed much more sophisticated methods than polonium in a tea pot, especially in the fields of electronic and cyber warfare. A leaked document obtained by WikiLeaks and released earlier this year showed the CIA in October 2014 looking at hacking into car control systems. That ability could potentially allow an agent to stage a car crash.

Recent failed North Korean missile attempts – as well as major setbacks in Iran’s nuclear programme – have been blamed on direct or indirect planting of viruses in their computer systems.

It is a long way from the crude, albeit imaginative and eventually doomed, methods employed against Castro. The US admitted to eight assassination attempts on Castro, though the Cuban put the figure much higher, with one estimate in the hundreds. Castro said: ‘If surviving assassinations were an Olympic event, I would win the gold medal.’” See this.

We don’t have to rely on outside observers to find out about the CIA. Victor Marchetti, a veteran CIA operative, wrote an important book, The CIA and the Cult of Intelligence. He argued that intelligence gathering wasn’t the main function of the CIA. Its main activity was the secret subversion of governments and groups hostile to the “deep state.” Here is a summary of his analysis: “The CIA does not ‘function primarily as a central clearinghouse and producer of national intelligence for the government’. Its basic mission is ‘that of clandestine operations, particularly covert action—the secret intervention in the internal affairs of other nations. Nor was the Director of CIA a dominant—or much interested—figure in the direction and management of the intelligence community which he supposedly headed. Rather, his chief concern, like that of most of his predecessors and the agency’s current Director—was in overseeing the CIA’s clandestine activities.’

There is also the management of entrenched CIA businesses, which include looted and laundered trillions in secret bank accounts and shell companies, and the management of a vast network of CIA political assets throughout Washington and in the corporate world. While there may be CIA operatives and employees, including current and former veterans who do not support the criminal operations of the agency, these rank and file operatives have not dictated CIA policy since its creation. These ‘good guys’ are the minority, and their reform and whistleblowing efforts have largely been in vain and met with deadly force.”

Let’s do everything we can to get rid of the CIA, as the great Dr. Ron Paul has urged us to do.

domingo, 17 de dezembro de 2023

THE GREAT TAKING; A GRANDE TOMADA - Documentário de David Webb

Uma importante revelação sobre como funcionam realmente os sistemas bancário e financeiro, envolvendo as nossas poupanças, as pensões, as contas bancárias, etc. Em caso de falência sistémica, nada disto restará. Provavelmente, grande parte dos bens imobiliários e outros, também serão submetidos a transferência, sem proteção efetiva aos atuais proprietários. Muitas pessoas, mesmo que não estivessem em dívida, de repente ficam sem nada.

 Estudem este vídeo e o livro, pois dão informação que nos podem ajudar a desenhar estratégias* pessoais e familiares, para preservar o essencial, aquando do próximo grande colapso, que já está em marcha.



 David Webb desmascara o sistema que os banqueiros centrais instalaram para se apropriarem de todos os bens, da gente toda.
O documentário é acompanhado por um livro com o mesmo título: The Great Taking

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(*) A tempestade que se aproxima será completamente inédita, em termos de experiência humana. Os que se mantêm na ignorância serão varridos, quer sejam «ricos» ou «pobres». O que vai ser decisivo é ter acesso a fontes primárias de abastecimento (morar no campo, em zona agrícola) e ter uma rede de verdadeira solidariedade (sobretudo a família). As lutas políticas serão cada vez mais agudas e podem conduzir vários países à guerra civil. A fome e o medo levarão pessoas a cometer atos hediondos. A brutalidade da repressão ao serviço dos poderosos não conhecerá qualquer limitação da lei ou do respeito humano. Quem está na ilusão, não pensará abrigar-se: depois, já será demasiado tarde.

(**) Pode ativar as legendas automáticas em inglês para melhor compreensão.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

UCRÂNIA: REGIME DE ZELENSKY CONTESTADO POR DENTRO


 Pirâmide demográfica da Ucrânia: As classes etárias em torno dos 25 anos estão em défice acentuado. 

 https://www.moonofalabama.org/2023/11/ukraines-demographics-dictate-to-end-the-fight.html

O comandante-chefe das forças armadas ucranianas, Zeluzhnyideu uma entrevista ao magazine britânico «The Economist», em que se mostra realista em relação à guerra Ucrânia-Rússia. Este posicionamento desagradou aos setores de extrema-direita, que controlam o governo de Zelensky e à CIA, que controla o regime de Kiev. 

Porém, a mortandade causada pela guerra de atrição prolongada acaba por tornar impossível a defesa das próprias linhas de retaguarda ucranianas, por falta de soldados. No desespero de encontrar mais carne para canhão, o governo de Kiev decretou a conscrição forçada dos estudantes do ensino superior e de jovens mulheres. 

Zelensky e fanáticos de extrema-direita que o rodeiam, temem somente por eles próprios. Apesar da retórica nacionalista, não têm consideração pelo futuro do seu país e do seu povo.  Há cada vez maior dissidência em relação ao governo. Tem havido boatos segundo os quais três generais estariam em vias de ser demitidos.

É certo que o sacrifício das mais jovens gerações é absurdo, nestas circunstâncias. A probabilidade de vencer é nula e o seu sacrifício põe em xeque o crescimento demográfico no pós-guerra. A situação militar é tão má, que a Ucrânia deveria propor um cessar-fogo e negociar um tratado de paz, mesmo que ele seja nos termos ditados pela Rússia: É isso, ou o desaparecimento da Ucrânia, enquanto Estado independente. 

Na sua arrogância estúpida, os governantes americanos e europeus não puseram sequer a hipótese duma derrota ucraniana e ainda menos, com esta amplitude. 

Alguns observadores pensam que um dos motivos para os EUA terem dado carta branca à campanha genocida de Israel sobre a população de Gaza, é que ela vem desviar as atenções da enorme derrota dos EUA e da OTAN na Ucrânia.

A questão demográfica já existia muitos anos antes do início da guerra com a Rússia, em Fevereiro de 2022. O défice demográfico, agora mais acentuado, limita severamente a viabilidade  económica da Ucrânia, no período pós-guerra. 

- Explicações pormenorizadas sobre o assunto no blog Moon of Alabama, «Ukraine's Demographics Dictate To End The Fight».

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PS1 - Veja a entrevista dada pelo Prof. Jeffrey Sachs, dada a 21 de Nov. 2023:   https://www.youtube.com/watch?si=Atgmv32VbAFjQ0RI&v=CsDPDIx8bPY&feature=youtu.be

sábado, 2 de setembro de 2023

TRÊS MOMENTOS HISTÓRICOS DO «NEOLIBERALISMO»

 É preciso, de uma vez por todas, desmascarar o «neoliberalismo», como teoria económica e sobretudo, como teoria política dos Estados. 

I) A existência de uma corrente forte designada como neoliberalismo, pode atribuir-se - na origem - à «Escola de Chicago» e economistas do chamado «reaganismo», nos anos 1980. 

Mas, ainda antes disso, os «meninos de Chicago» (Chicago boys) estiveram associados à subversão do regime socialista de Allende, no Chile em 1973, com a contestação orquestrada na sombra pela CIA, conduzindo ao golpe sangrento e fascista de Pinochet, em 11 de Setembro de 73. Foi a partir desse 11 de Setembro, que os arautos do neoliberalismo tiveram oportunidade de aplicar as suas teses de privatização radical das grandes empresas estatais, de privatização da segurança social e saúde (entregando-a às empresas seguradoras), com um pano de fundo de ditadura violenta. No Chile de Pinochet havia quotidianamente «desaparecidos», a tortura e os assassinatos pela polícia política e polícia militar eram comuns, apesar da censura férrea a toda a informação impedir que se soubesse a maior parte do que se passava. Grande parte da população, em especial a mais pobre, ficou na miséria. A «lei» do livre mercado, significou que as condições de exploração se tornaram muito  semelhantes às do século XIX. O lucro das grandes corporações subiu, graças à exploração sem vergonha das pessoas e dos recursos naturais (como o cobre,  outros minérios, pescas, agricultura...). Há pessoas suficientemente estúpidas para dizerem que «as reformas» orientadas pela escola de Chicago, no Chile de Pinochet, foram um sucesso. Claro que esta narrativa é uma afronta às dezenas de milhares de mortos e às centenas de milhares de presos políticos. Este regime de terror, sob a proteção dos EUA, durou bem mais que um decénio e a transição para a democracia foi muito condicionada pelos próprios termos que Pinochet e seus acólitos impuseram.

II) Um outro dos «triunfos» do neoliberalismo foi o desmantelamento do chamado «Estado Social» ou «Welfare State». Não houve viragem política verdadeira dos eleitores, mas antes corrupção de governos social-democratas e socialistas, em toda a Europa. As hostes neoliberais penetraram profundamente o «socialismo reformista» e a IIª Internacional. Esta influência, teleguiada pelo Estado profundo dos EUA e os interesses corporativos que ele serve, permitiu que se tornasse «doutrina» a ideia segundo a qual o sector público é mal gerido e sujeito a clientelismos partidários, enquanto o setor privado (ou privatizado) tem a «propriedade mágica de rentabilizar as empresas, é muito mais eficiente, tem uma gestão rigorosa, o capital não tolera que os recursos sejam desbaratados » etc. 

Como sabemos, a canalização de ajudas e de benesses que acompanharam a entrega de setores rentáveis à «iniciativa privada», enquanto se deixavam em mãos estatais os setores não rentáveis, torna esta narrativa «num conto de fadas», ou numa ladainha que não prova nada, mas que esconde uma coisa importante: A intensificação da exploração dos trabalhadores, pela via direta nas empresas privatizadas e indireta, pois são-lhe retirados muitos direitos sociais legitimamente adquiridos.

III) Finalmente, o chamado neoliberalismo é a expressão na teoria económica, política e geoestratégia do imperialismo americano. Isso implicou a cedência total dos referidos social-democratas e socialistas europeus e, num âmbito global, do chamado «Ocidente». Os governos da UE, muitos destes considerados de centro-esquerda, têm mostrado a sua subordinação total à política belicista dos EUA, em especial no que toca à guerra levada a cabo pelos EUA em solo europeu via OTAN, e usando o Estado falido e fascistoide da Ucrânia como  ariete. Esta, insere-se na guerra sem tréguas contra a Rússia: Os neocons, que dominam a política externa e «de defesa» dos EUA desde há mais de 2 décadas, querem ver a Rússia destruída, reduzida a uma série de «bantustões», incapazes de fazer frente aos EUA. O público dos países da UE é inundado de propaganda de guerra, que distorce completamente a realidade e impede que ele se coloque como protagonista. O seu interesse natural seria de  tomar um claro partido contra a guerra, mas ele tem-se deixado manipular. 

A guerra anunciada contra a China, a pretexto de um território que é reconhecido por todos formalmente como pertencente à China, é ilustrativa da agressividade imperialista, dos que se designam de «neoliberais». Taiwan está internacionalmente reconhecida sob soberania chinesa. A constante provocação contra a China pode despoletar a IIIª Guerra Mundial, ou o alargamento da Guerra Mundial já existente. Os «neoliberais» imperialistas estão a fazer correr o risco de generalização e escalada de conflito entre potências nucleares. 

Concluindo: O «neoliberalismo» não tem nada de novo, nem tem nada de liberal no sentido da corrente nascida no século XVIII

Os verdadeiros liberais do passado, não apenas propunham a liberdade do comércio, como eram defensores da liberdade política, dum governo representativo, com câmaras eleitas, representantes dos cidadãos e dos seus interesses, defensores de constituições promovendo a liberdade de opinião e de organização da oposição.

Os que usam abusivamente a etiqueta «liberal», os neoliberais, apenas querem que o capital e seus detentores reinem sem entraves, que os poderosos esmaguem os fracos... Nem sequer resta no pensamento deles a «liberdade de comércio», constantemente espezinhada pelas sanções unilaterais contra as nações que não se dobram ao seu diktat. 

Na verdade, os neoliberais são defensores duma liberdade sem limites, para exploração dos trabalhadores, dos fracos e dos povos do Terceiro Mundo, às mãos das grandes corporações. Usam o termo «liberalismo» para melhor enganarem as pessoas.  


domingo, 12 de fevereiro de 2023

[Seymour Hersh] GASODUTOS NORDSTREAM FORAM SABOTADOS POR ORDEM DO PRESIDENTE DOS EUA

 


No vídeo acima, pode-se escutar* o jornalista de «Geopolitical Economical Report» Ben Norton, detalhando o conteúdo do artigo de Seymour Hersh 

(* para melhor compreensão pode acionar as legendas automáticas, em inglês)

Seymour Hersh é um jornalista que ganhou o prémio Pulitzer e que há uns dias atrás publicou em Substack (para escapar a censura dos media corporativos), uma reportagem de investigação, que esclarece - para além de qualquer dúvida - como foi a sabotagem dos gasodutos Nordstream que abasteciam a Alemanha em gás russo. Seymour obteve testemunho de dentro sobre como a administração Biden aprovou a operação da CIA, que utilizou explosivos e mergulhadores da Marinha de guerra dos EUA, com a ajuda da Noruega (membro da OTAN)

Leia o artigo de Seymour Hersh: https://seymourhersh.substack.com/p/h... Mais fontes e informações aqui: https://geopoliticaleconomy.com/2023/... Reportagem de Outubro do site Geopoliticaleconomy em Outubro - "Who sabotaged Nord Stream pipelines? US boasts ‘tremendous opportunity’ to weaken Russia. CIA knew": https://geopoliticaleconomy.com/2022/... Os EUA são agora o principal exportador de LNG (gás liquefeito) mundial enquanto a Europa boicota o gás russo, mais barato: https://geopoliticaleconomy.com/2023/... || Geopolitical Economy Report || Please consider supporting us at https://GeopoliticalEconomy.com/Support Patreon: https://Patreon.com/GeopoliticalEconomy Podcast: https://Soundcloud.com/GeopoliticalEc... Newsletter: https://GeopoliticalEconomy.Substack.com

segunda-feira, 13 de junho de 2022

VANESSA BEELEY DESMASCARA A MEDIA MAINSTREAM SOBRE A CHINA


                       Conversa com Vanessa Beeley
 
Ela DESMASCARA A PROPAGANDA SOBRE a China: 

Vanessa Beeley é uma jornalista independente que expõe a propaganda chocante relacionada com a opressão Uighur na China. Pode surpreender-se, ao saber a verdade, que nunca ouviu antes. 

Clayton Morris  recebe Vanessa para falar sobre a campanha do governo americano para transformar a China no inimigo número um.

Uma jornalista de grande nível que pode seguir, no canal do Telegram: https://t.me/VanessaBeeley

sábado, 21 de maio de 2022

COLAPSO ANUNCIADO DA PRÓXIMA CIMEIRA DAS AMÉRICAS


Cimeira organizada pelo governo americano e prevista para o próximo mês, em Los Angeles.
Anúncio da preparação da Cimeira dos Povos pela Democracia (a realizar nos EUA), que se assume como contra-cimeira, para exigir a terminação da agressão dos EUA à América Latina.

O maior violador das leis e regulamentos internacionais, assim como da ética mais elementar, tem sido os EUA. Este diálogo, no vídeo abaixo, mostra o Império das mentiras em toda a sua perversa extensão. 
O imperialismo americano, desde os finais do século XIX, até hoje, tem perpetrado os seus crimes contra a humanidade, as suas permanentes pressões, golpes, punições coletivas (sanções, embargos), mentindo descaradamente e projetando nos outros, aquilo que eles próprios - governantes dos USA - fazem. 

As nações e governos, mesmo quando favoráveis ao capitalismo, não deixam de sentir a opressão e ameaça permanentes do Império. Muito poucos dirigentes têm coragem de dizer aquilo que pensam.  Por isso, os responsáveis pela política bárbara do imperialismo americano não têm sido suficientemente desmascarados. Há ainda a ilusão, em muitas pessoas, de que o Império espalha a «democracia», a «prosperidade» e que, internamente, os EUA são um modelo invejável de governação.

As correntes progressistas nas Américas e na Europa, irão - por fim - despertar? Ou será que também se vão afundar com o Império americano, capturadas que foram pelo mesmo e mantidas apenas para dar a ilusão de pluralismo?


 

quinta-feira, 19 de maio de 2022

COMO É QUE A CIA CONTROLA OS JORNALISTAS - TESTEMUNHO DE UDO ULFKOTTE



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(Excertos do artigo de Cynthia Chung, que pode ler na íntegra, AQUI)


Udo Ulfkotte, já falecido, era um conhecido jornalista alemão e autor de muitos livros. Ele trabalhou durante 25 anos como jornalista, 17 dos quais no Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), incluindo como editor. No seu livro de 2014 “Journalists for Hire: How the CIA Buys News,” ("Jornalistas para Aluguer: Como é que a CIA compra as notícias") Ulfkotte descreve o modo como a CIA, ao lado dos Serviços Alemães (BND) eram culpados de suborno a jornalistas para eles escreverem artigos que, ou distorciam a verdade ou eram completas ficções, para promover uma opinião pró-Ocidental, pró-NATO e que ele próprio tinha sido um dos jornalistas subornados.




[...] Ulfkotte descreve, numa entrevista, como ele finalmente se encheu de coragem para publicar o livro, após anos em que esteve a acumular poeira, como resposta à crise de 2014 na Ucrânia, afirmando:


“Senti que tinha chegado o tempo certo para o acabar e publicá-lo, porque estou profundamente preocupado com a crise na Ucrânia e as possíveis consequências devastadoras para toda a Europa e para todos nós…Não sou nada pró- Rússia, mas é nítido que muitos jornalistas obedecem cegamente e publicam tudo o que o serviço de imprensa da NATO lhes fornece. Este tipo de informação e relatórios são totalmente tendenciosos”.

Noutra entrevista, Ulfkotte disse:

“É tão nítido como a luz do dia que agentes de vários Serviços estavam nos escritórios centrais da FAZ, o jornal onde eu trabalhei durante 17 anos. Os artigos apareciam com o meu nome, muitas vezes, mas não eram o produto do meu intelecto. Fui uma vez abordado por membros da Espionagem Alemã e da CIA, que me disseram que deveria escrever sobre Kaddafi e noticiar como ele estava a construir em segredo uma fábrica de armas químicas na Líbia. Eu não tinha qualquer informação sobre isso, mas eles mostraram-me vários documentos, eu apenas teria que colocar o nome no artigo. Acha que isto pode ser considerado jornalismo? Eu acho que não.”

Presstitutes Embedded in the Pay of the CIA: A Confession from the Profession

by 



terça-feira, 9 de novembro de 2021

PROPAGANDA 21 [ Nº 11] A FARSA DA INDEPENDÊNCIA DA MEDIA «MAINSTREAM»

Aquilo que nunca poderás saber através da media mainstream, é aquilo que realmente destapa a conivência vergonhosa entre esta e os poderes; com o poder político, o poder económico, e todos os corpos, estatais ou não, ao serviço destes. 

São incontáveis os casos em que os chamados «jornais de referência» se limitam a propalar as mentiras oficiais, sem um mínimo de sentido crítico, pelo contrário, reforçando a narrativa ficcional, por forma a dar credibilidade às mais patentes e odiosas mentiras. Os exemplos abundam, como as posturas agressivas da NATO contra a Rússia, supostamente motivadas por uma «ameaça russa», completamente forjada, acusação sem o mínimo de credibilidade, antes com um aspeto tragicómico, pois são os exércitos e instalações da NATO que fazem manobras agressivas às fronteiras da Rússia; são governos ocidentais (os americanos, alemães, ingleses, franceses...), que promoveram o golpe de «Maidan» na Ucrânia, para aí instalar um regime onde os ex-colaboradores dos nazis são glorificados e seus sucessores políticos são poder, em que se multiplicam os crimes contra a própria população, regime esse mantido e acarinhado pelos EUA e vassalos da Europa. 

É também a farsa grotesca e sinistra do aprisionamento de Julian Assange cujo grande «crime» foi ter revelado os crimes de guerra hediondos cometidos pelos militares dos EUA e britânicos no Afeganistão, no Iraque e Ieméne e a colaboração prestimosa de uma «justiça» completamente vesga dos britânicos, agora os vassalos mais abjetos do império USA, montando uma farsa de julgamento para decidir sobre a extradição do australiano Assange, acusado de espionagem contra os EUA. 

Porém, só se consegue saber por media alternativa sobre o que motivou a decisão americana de invadir o Afeganistão, como depois da derrota quiseram (querem) implantar células da ISIS-Korasan (os terroristas verdadeiros, pagos pela CIA, com os lucros que obtém pelo tráfico do ópio), mantendo a instabilidade neste país paupérrimo, sempre com esperança de lá voltarem.

A credibilidade de grandes media de informação, como o Washington Post, o New York Times, o The Guardian, etc. foi completamente erodida, pelas suas constantes campanhas favorecendo os poderes, inventando despudoradamente coisas, distorcendo outras sobre alegados «inimigos» do Império.

Estamos realmente perante uma campanha permanente de desinformação, orquestrada ao mais alto nível, com agências (não apenas a CIA) a servirem, por vezes, como autoras (dossier Steele...), sobretudo como coordenadoras. Isto é visível, quando toda a media faz o mesmo em relação ao COVID, espalhando o medo, ocultando os pontos de vista científicos divergentes. A media corporativa está totalmente corrompida com a penetração óbvia e inegável dos mais poderosos lobbies (desde o complexo industrial-militar, ao lobby sionista, passando pelos das novas tecnologias, vejam como são tratados Bill Gates ou Elon Musk, na media mainstream) .

                               
                    A operação «mockingbird», conhecida penetração da CIA nos media. 
                                 Esta continua e reforçou-se.


A tática mais corriqueira é fazer a difamação sistemática de alguém ou de alguma força ou país, para depois recuar, no pormenor, quando determinada mentira é demasiado grosseira. Quando ela passa a ser contraproducente, já não continuam a defendê-la, face ao acumular de evidências de que mentiram, distorceram, etc. Ainda assim, muitas mentiras crassas continuam a ser propaladas, sem parar, pois é uma técnica de lavagem ao cérebro bem rolada; já dizia um ministro de Hitler, Goebels, «se disserem uma mentira mil vezes, ela acaba por soar como a verdade». Foi assim com a maneira como retrataram o «judeu típico», para adormecer o povo alemão e fazê-lo aceitar tratar como sub-humanos os que tinham sido até há pouco tempo os seus vizinhos, amigos, professores, colegas. Hoje em dia, o pretexto é o COVID, mas o verdadeiro motivo é instaurar o estado de controlo total, é esse o fim desejado do «Great Reset», que é apenas uma mudança de nome da «New World Order». Verifica-se a instalação dum totalitarismo semelhante aos que vigoraram no século passado, só não tem as aparências de violento, mas apenas mantém o povo adormecido, hipnotizado. No entanto, é já muito violento para as pessoas perseguidas, discriminadas, humilhadas, cujos mais elementares direitos são negados, obrigadas a demitirem-se do emprego ou forçosamente demitidas, só têm paralelo nas histórias de totalitarismo no século XX, sejam elas de ditaduras fascistas ou comunistas.


domingo, 7 de novembro de 2021

UMA HISTÓRIA DA «LAVAGEM AO CÉREBRO»


 Uma grande lição do Prof. Joel Dimsdale, para nós todos: 
- Especialmente, agora, que a coerção persuasiva (a chamada lavagem ao cérebro) se tornou insidiosa e generalizada, como nunca.