Mostrar mensagens com a etiqueta genocídio. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta genocídio. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

REFLEXÃO: O DESPERTAR DUM SONHO

As cambalhotas dos poderosos talvez divirtam os mais poderosos que eles; os que lhes subsidiam as campanhas eleitorais e que os têm presos pelos ... pelos cordões da bolsa...

Mas, não me divertem, enjoam-me; são obscenos, são uma desgraça para a humanidade. São semeadores de discórdia, de peste, de miséria e de guerras sem fim...

Assim sendo, como posso eu rir de palhaços tristes, que mandam prender e cortar a língua dos poucos corajosos que se atrevem a dizer as verdades ao poder?

Como é isto possível? Serão os povos assim tão ingénuos, que pensam terem ditado a política que se faz em seu nome, por terem votado nos políticos «que os representam»???

Não compreendo como existe uma parte da humanidade que se satisfaz com a infelicidade dos outros, pensando que esta não lhes virá, nunca, bater à porta.

É um estranho caso de desumanização coletiva, esta indiferença face às tragédias doutros povos, essencialmente iguais a nós, só que tiveram o azar de nascer no local errado. Desumanização... ou não?

- Afinal o que é o «Homem», o ser humano? Existe algo como uma solidariedade em relação à espécie humana, em geral? Ou será que a nossa psique só se emociona com aquilo que toca à nossa família, à nossa tribo, ao nosso círculo?

Sim, existe uma carapaça de indiferença à minha volta, como constato pelas conversas das pessoas e nas notícias da média, em relação ao presente desvario mortífero. Não lhes importa a violência extrema, genocida, se ela é dirigida contra estranhos, contra os outros, os que não são como nós, que não falam a nossa língua, não têm as mesmas crenças, que têm outros costumes, etc.

Não resta nada das belas construções dos «Direitos Humanos», das Declarações solenes da ONU, das Leis e Constituições que proclamavam a igualdade de direitos... Já para não falar de moral (cristã, ou doutra religião), ou da (pseudo)racionalidade dos intelectuais.



Gostaria de poder olhar as sociedades humanas como um cientista, como o entomologista que estuda as térmitas ou outros insetos sociais. Mas como fazê-lo, com animais de aparência humanoíde, que se substituíram às pessoas humanas, que eu amava e que desapareceram?

Eu não imaginava até que ponto estava protegido. Agora, olho o passado, não apenas com a nostalgia natural e banal dos velhos, mas com profunda tristeza e frustração, pois este passado é o «paraíso perdido» em que estive mergulhado, sem o saber.

Se as pessoas que me lêem pensam que estou a verter lágrimas sobre mim próprio, enganam-se. As únicas lágrimas que poderão sair dos meus olhos, são as provocadas pelo ar demasiado poluído ... As outras lágrimas já secaram, definitivamente!

- Não choro sobre mim, nem sobre a humanidade: O que escrevi acima, é para ficar registo sobre o que sinto e penso, para minha própria orientação.

É o despertar dum sonho*: A tomada de consciência de um equívoco. O que realmente existe, não é aquilo que eu imaginara existisse.

Como dizia um velho amigo, já falecido .... «O paraíso, não sei se existe; mas estou certo que existe o inferno: Ele existe aqui mesmo, no nosso planeta!»

(* Nós, quando acordamos de um sonho, ele não se dissipa logo; temos alguns momentos em que tudo parece confuso. Depois, vem ao de cima o conteúdo e o seu significado; dá-se uma tomada de consciência.)

domingo, 19 de janeiro de 2025

ANTESTREIA DO CONSULADO TRUMP

As ameaças de compra da Groenlândia, de reocupação do canal do Panamá e anexação do Canadá como 51 º Estado dos EUA, são bluffs ... 

A manha consiste em fazer alarido, revelando «planos» extravagantes, para estar em «posição de força» aparente, aquando de negociações no futuro próximo. Mais exatamente, aparentar uma força que os EUA já não possuem, para forçar as soluções que interessam ao Império do dólar, perante adversários e aliados / vassalos.  

Também serve para desviar a atenção dos media e do público, em relação ao  falhanço monumental da estratégia do caos do império EUA: 

- A total derrota militar da OTAN, na Ucrânia; a óbvia colaboração na destruição da Síria e instalação de um governo da Alquaida e suas ramificações regionais; e co-responsável, com o governo sionista, pelo genocídio em Gaza, martirizando o povo da Palestina e dando «luz verde» a uma sucessão de invasões e assassinatos em vários países do Médio Oriente.

Veja a citação abaixo, do diálogo entre Nima Alkhorshid e Michael Hudson, em transcrição de Yves Smith no blog «naked capitalism»:

MICHAEL HUDSON: [...] He’s following the same advertising agency that George W. Bush used when he hired an advertising agency to say, “How can we convince the American people that we need to go to war in Iraq?” And they said, “Well, you want to claim that Iraq’s threatening us with weapons of mass destruction.” No truth at all, but it’s the old Joseph Goebbels idea that you can always get a population behind you saying that you’re under threat and it’s national security. So that’s sort of how Trump is dealing with the domestic audience. Almost all of the speeches are aimed at the domestic American audience, not at Greenland or other countries, not even at the European Union or Denmark that has Greenland as a protectorate. What he said is, “You have raw materials that we want. You can give us naval control. And if you don’t give it to us, we don’t want to have to use force.” [...]


sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Propaganda 21 (nº25): «RESPEITEM O PROTOCOLO...» DIZ O GENOCIDA BLINKEN A JORNALISTA CONTESTATÁRIO

 



O GENOCÍDIO DE GAZA, O AUSCHWITZ DO NOSSO TEMPO

Apesar da alegria natural das populações árabes e palestinianas depois do anúncio do cessar-fogo, estas irão ser decepcionadas, segundo Max Blumenthal. Segundo ele, irá continuar a guerra atual entre Israel e Palestina. Ele tem em conta a ausência de qualquer fator de moderação ou da possibilidade em fazer cumprir acordos entre as partes. 
A opinião sobre o futuro, que este corajoso jornalista apresenta não é optimista, mas é realista: «Nestas circunstâncias, a guerra será concluída apenas quando uma das partes destruir militarmente a outra.»

Estamos realmente mergulhados numa nova era de obscurantismo, quando os media corporativos se vangloriam de repudiar os seus colegas, que são suficientemente corajosos e éticos, para confrontar o poder pelos seus atos criminosos. 


quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

O Dr Abu Safiya simbolizava a humanidade em Gaza. Israel e o Ocidente estão a destrui-la [Jonathan Cook]

 

El Dr. Abu Safiya simboliza la humanidad en Gaza. Israel y Occidente lo están destruyendo

Israel no está erradicando a "los terroristas". Está convirtiendo a Gaza en un páramo, un infierno, donde los médicos ya no existen, los trabajadores humanitarios son un recuerdo y la compasión un lastre.

Middle East Eye – 8 de enero de 2025

Si hubo una imagen de 2024 que capturó las noticias del año, fue esta:  el Dr. Hussam Abu Safiya , con una bata de laboratorio blanca, abriéndose camino entre los escombros del hospital Kamal Adwan que dirigía, el último centro médico importante superviviente en norte de Gaza, hacia dos tanques israelíes que le apuntaban con los cañones de sus armas.

El año pasado estuvo dominado por la muerte y la destrucción que Israel ha causado en todo el pequeño enclave.

Ha estado marcado por la matanza de decenas de miles de palestinos –las muertes que conocemos– y la  mutilación  de al menos 100.000 más; el  hambre  de toda la población; la nivelación del paisaje urbano y agrícola; y el borrado sistemático de los hospitales y el sector sanitario de Gaza, incluido el asesinato, el arresto masivo y la tortura de médicos palestinos.

El año 2024 también estuvo dominado por un creciente consenso de las autoridades jurídicas y de derechos humanos internacionales de que todo esto equivale a genocidio.

Aquí había una imagen, de los últimos días del año, que lo decía todo. Mostraba a un médico operativo solitario –uno que había arriesgado su vida para mantener su hospital mientras estaba asediado por las fuerzas israelíes, atacado por proyectiles y drones israelíes, y con su personal abatido por francotiradores israelíes– dirigiéndose valientemente hacia él y a los de su pueblo. , exterminadores.

Había pagado un precio personal, tanto como el de sus pacientes y su personal. En octubre, su hijo Ibrahim, de 15 años, fue  ejecutado  durante una incursión israelí en el hospital. Un mes después, él mismo resultó  herido  por la metralla de un ataque israelí contra el edificio.

El 27 de diciembre, el hospital ya no podía resistir el salvaje ataque de Israel. Cuando un altavoz exigió que Abu Safiya se acercara a los tanques, se puso en camino sombríamente entre los escombros.

Fue el momento en que la lucha del hospital Kamal Adwan por proteger la vida llegó a un final repentino; cuando la maquinaria de guerra genocida israelí constató una victoria inevitable contra el último puesto avanzado de la humanidad en el norte de Gaza.

Retenido en un campo de tortura

La imagen fue también la última conocida de Abu Safiya, tomada minutos antes de su llamado “arresto” –su secuestro– por soldados israelíes y su desaparición en el sistema de campos de tortura de Israel.

Después de días de afirmar que no sabían su paradero, el ejército israelí finalmente  confirmó  que lo mantenía incomunicado. La admisión parece deberse únicamente a una  petición presentada  ante los tribunales israelíes por un grupo local de derechos médicos.

Según un número creciente de informes, Abu Safiya se encuentra ahora en la más famosa de las instalaciones de tortura de Israel,  Sde Teiman , donde el año pasado unos soldados fueron captados en vídeo violando a un recluso palestino con una porra hasta que le reventaron las entrañas.

La esperanza es que Abu Safiya no corra la suerte de su colega, el doctor Adnan al-Bursh, ex jefe de ortopedia del hospital al-Shifa de Gaza. Después de cuatro meses de abuso en la prisión de Ofer, los guardias abandonaron a Bursh en su patio, desnudo de cintura para abajo, sangrando y sin poder mantenerse en pie.  Murió  poco tiempo después.

Informes  de agencias de derechos humanos y de las  Naciones Unidas  –así como  testimonios  de guardias de campos denunciantes– hablan de palizas sistemáticas, hambrunas, abusos sexuales y violaciones de prisioneros palestinos.

Israel ha acusado a Abu Safiya, el pediatra más conocido de Gaza, de ser un “terrorista” de Hamás. Ha secuestrado a otras 240 personas del Hospital Kamal Adwan que, según afirma, son “sospechosos de terrorismo” (presuntamente principalmente entre ellos pacientes y personal médico) y se encuentran  retenidas  en condiciones igualmente espantosas.

Lógica psicótica

Según la lógica psicótica de Israel, cualquiera que trabaje para el gobierno de Hamas en Gaza –es decir, cualquiera como Abu Safiya empleado en una de las principales instituciones del enclave, como un hospital– cuenta como terrorista.
 

Por extensión, cualquier hospital –porque cae bajo la autoridad del gobierno de Hamás– puede ser tratado como un “bastión terrorista de Hamás”, como Israel ha denominado a Kamal Adwan. Ergo, todas las instalaciones médicas deberían ser destruidas, todos los médicos deberían “arrestarse” y torturarse y todos los pacientes deberían ser “evacuados” por la fuerza.

En el caso de Kamal Adwan, a los heridos, los enfermos graves y los que estaban a punto de dar a luz se les permitió  15 minutos  para desenganchar sus goteros, salir de sus lechos de enfermos y dirigirse al patio destrozado. Luego el ejército israelí prendió  fuego al hospital .

Una “evacuación” de este tipo sólo significa una cosa: dejar que los pacientes mueran a causa de sus heridas, enfermedades o desnutrición, y cada vez más también de frío.

Un número creciente de bebés han estado muriendo de hipotermia mientras sus familias  se acurrucan durante  las noches de invierno bajo lonas, sin mantas ni ropa adecuada, en los campamentos de tiendas de campaña que se han convertido en el hogar de la mayor parte de la población de Gaza.

La fotografía de la rendición de Abu Safiya dejó muy claro quién es David y quién Goliat; quién es el humanitario y quién el terrorista.

Sobre todo, demostró cómo las clases políticas y mediáticas de Occidente han pasado los últimos 15 meses promoviendo una gran mentira sobre Gaza. No han buscado poner fin al derramamiento de sangre, sino encubrirlo, excusarlo.

Esto podría explicar por qué la imagen más definitoria de 2024 apenas fue visible en los medios de comunicación del establishment, y mucho menos en sus portadas, cuando Abu Safiya fue secuestrado por Israel y su hospital destruido.

La mayoría de los editores y editores de fotografías extranjeros, que dependen de los salarios de sus propietarios multimillonarios, parecían preferir pasar por alto la fotografía periodística del año. Las redes sociales, sin embargo, no lo hicieron. Los usuarios comunes lo difunden por todas partes. Entendieron  lo que mostraba  y lo que significaba.

'Guerra de la conciencia'

A fines del mes pasado, Israel anunció que el próximo año gastaría 150 millones de dólares adicionales en lo que denominó “guerra de conciencia”.

Es decir, Israel está aumentando su presupuesto 20 veces para mejorar sus campañas de desinformación en los medios,  para blanquear  su imagen mientras continúa la matanza en Gaza.

Israel ha matado a muchos de los periodistas de Gaza y ha prohibido a los corresponsales extranjeros la entrada a sus “zonas de exterminio” no declaradas. Pero en una era de transmisiones en vivo por teléfono, ocultar un genocidio está resultando mucho más difícil de lo que Israel imaginaba. Al parecer, no basta con que el establishment occidental venda su desinformación.

A Israel le preocupan especialmente los jóvenes –como los estudiantes en las universidades– que no consumen noticias filtradas a través de la BBC o la CNN y, por tanto, tienen una comprensión mucho más clara de lo que está sucediendo. Sus sentidos y sensibilidades no se han visto embotados por años de publicidad corporativa occidental.

Es mucho menos probable, por ejemplo, que caigan en las noticias falsas israelíes –recicladas y a las que los medios occidentales han dado crédito– que han justificado durante los últimos 15 meses la destrucción total de los hospitales de Gaza, o el tipo de desinformación que alberga la idea de que un médico estimado como Abu Safiya es secretamente un terrorista.

La génesis de la campaña de Israel para borrar el sector sanitario de Gaza  comenzó  pocos días después del ataque de Hamás del 7 de octubre de 2023. Menos de dos semanas después, Israel disparó un potente misil contra el patio del  hospital al-Ahli de la ciudad de Gaza ; Docenas de familias palestinas que habían huido allí en busca de protección del ataque militar de Israel quedaron atrapadas en la explosión.

Pero los medios blanquearon este primer disparo en la guerra contra los hospitales de Gaza haciéndose eco crédulamente de la absurda afirmación de Israel de que un cohete palestino fallido, y no un misil israelí, había causado el daño.

El ataque a Al Ahli estableció el plan de genocidio de Israel, un plan que Israel ha seguido de cerca durante los últimos 15 meses. Dejó claro a los palestinos que ningún lugar estaría a salvo del ataque de Israel, ni siquiera los lugares santuario establecidos como hospitales, mezquitas e iglesias. No habría  lugar para escapar de  su ira.

Y dejó claro a los líderes y medios occidentales que Israel estaba dispuesto a violar todos los preceptos conocidos del derecho internacional humanitario. No hubo atrocidad ni crimen de guerra que no cometiera, incluida la destrucción del sistema médico de Gaza. Se esperaba que los patrocinadores de Israel dieran su pleno respaldo a la guerra,  por muy lejos que  llegara Israel.

Y eso es exactamente lo que hicieron.

pistas falsas

Mirando hacia atrás, el breve  furor  sobre si Israel fue responsable del ataque a al-Ahli parece ahora espantosamente pintoresco. Al no haber respuesta alguna, Israel intensificó su “guerra de concientización”, creando una burbuja de noticias falsas para conectar los hospitales de Gaza con el terrorismo de Hamás.

En cuestión de semanas, Israel afirmaba haber descubierto una base terrorista de Hamas debajo del  hospital infantil Al-Rantisi de Gaza, con escondites de armas y una ruta de guardia en árabe para los rehenes israelíes, pero rápidamente se demostró que la ruta no era más que un calendario  inocuo  . .

El mayor objetivo de Israel era el hospital al-Shifa, el centro médico más importante de Gaza. Israel publicó un vídeo generado por CGI   que lo muestra sentado encima de un “centro de comando y control de Hamas” subterráneo. Las afirmaciones fueron una vez más crédulamente difundidas por los medios occidentales, aunque el búnker de Hamás nunca fue encontrado.

Sin embargo, estas mentiras cumplieron su propósito. Incluso cuando Israel destruyó los hospitales de Gaza y negó la entrada de ayuda médica, dejando a Gaza sin forma alguna de tratar a los hombres, mujeres y niños mutilados por los implacables bombardeos de Israel, los medios de comunicación desviaron su atención de estos crímenes demasiado obvios contra la humanidad.

En cambio, como esperaba Israel, los periodistas gastaron sus energías persiguiendo pistas falsas, tratando de verificar cada mentira individual.

La premisa de trabajo de los medios parecía ser que, si se confirmara el más mínimo indicio de complicidad entre Hamás y un solo hospital o médico en Gaza, la campaña de Israel para borrar todas las instalaciones médicas en el enclave y negar atención médica a 2,3 millones de personas atrapadas en su los campos de exterminio estarían justificados.

Masa severa

En particular, ninguno de los médicos occidentales de alto nivel que se ofrecieron como voluntarios en Gaza informó al regresar a casa haber visto  alguna señal  de los “terroristas de Hamas” armados que se arrastraban de manera prominente por todos los hospitales en los que habían trabajado.

Estos médicos occidentales rara vez fueron entrevistados por los medios de comunicación como contrapunto a la interminable desinformación de Israel, que creó la racionalización para que Israel arrasara los hospitales y centros médicos de Gaza con total abandono.

Los soldados invadieron los hospitales uno tras otro, destruyendo las salas, los quirófanos y las unidades de cuidados intensivos.

Cada “evacuación” forzosa creó su propio rastro de miseria. Los bebés prematuros   eran dejados morir de hambre o congelados dentro de sus incubadoras. Los enfermos críticos fueron obligados a levantarse de sus camas.  Las ambulancias  que intentaban recogerlos volaron por los aires. Y en cada ocasión, el personal médico de Gaza   fue detenido, despojado de sus ropas y desaparecido.

Los periodistas occidentales también mostraron poco interés en el descubrimiento de cadáveres no identificados en fosas comunes en terrenos hospitalarios después de que los soldados israelíes terminaron sus ataques:  cuerpos que habían sido  decapitados o mutilados, o que mostraban indicios de haber sido enterrados vivos.

Por estas razones y más, la Oficina de Derechos Humanos de la ONU  concluyó  la semana pasada que los hospitales de Gaza, “el único santuario donde los palestinos deberían haberse sentido seguros, de hecho se convirtieron en una trampa mortal”.

De manera similar, el funcionario de la Organización Mundial de la Salud, Rik Pepperkorn,  observó : “El sector de la salud está siendo desmantelado sistemáticamente”. La OMS está buscando en el extranjero tratamiento urgente que salve la vida de más de 12.000 personas, añadió. "Al ritmo actual, se necesitarían entre cinco y diez años para evacuar a todos estos pacientes críticos".

En otra  declaración  la semana pasada, dos expertos de la ONU advirtieron que la detención arbitraria de Abu Safiya era “parte de un patrón de Israel de bombardear, destruir y aniquilar por completo continuamente la realización del derecho a la salud en Gaza”.

Señalaron que, además de las redadas masivas, hasta el momento al menos 1.057 profesionales médicos y de salud palestinos habían sido asesinados.

Trayectoria hacia el genocidio

La verdad es que la nueva campaña de desinformación de Israel, mejor financiada, no resultará más eficaz que las existentes.

Avi Cohen-Scali, jefe del Ministerio de Israel para combatir el antisemitismo, dijo que una década de programas de este tipo contra lo que Israel llama su "deslegitimación" -es decir, la exposición de su apartheid y ahora carácter genocida-  había dado  "resultados casi nulos".

Dijo  a los medios israelíes : "Esta actividad ha fracasado en todos los parámetros imaginables".

Será imposible borrar la realidad de un genocidio. En los próximos meses, saldrán a la luz más atrocidades israelíes, nuevas e históricas. Más organizaciones y académicos legales y de derechos humanos concluirán que Israel ha cometido un genocidio en Gaza.

La Corte Penal Internacional (CPI) emitirá más  órdenes de arresto  por crímenes de guerra, tras las dictadas contra el primer ministro israelí, Benjamín Netanyahu, y su exministro de Defensa, Yoav Gallant.

El fin de semana, un soldado israelí que estaba de vacaciones en Brasil se vio obligado a huir del país después de que le advirtieran que estaba  bajo investigación .

Pero hay más. Las principales organizaciones y académicos de derechos humanos tendrán que reformular su comprensión histórica tanto de Israel como de su ideología fundadora, el sionismo. Tendrán que reconocer que este genocidio no surgió de la nada.

La trayectoria comenzó cuando el sionismo se estableció como un movimiento colonial hace más de un siglo. Continuó cuando se creó Israel mediante una operación de limpieza étnica masiva contra la población palestina nativa en 1948. Y cobró velocidad en 1967 cuando Israel formalizó su sistema de apartheid, diseñando derechos separados para judíos y palestinos y obligando a los palestinos a vivir en guetos cada vez más reducidos.

Si no se controlaba, el destino final de Israel siempre fue el genocidio. Es una compulsión ideológica arraigada en las nociones israelíes de supremacía étnica y de ser elegido.

Visión de Mad Max

Incluso después de que la CPI emitiera órdenes de arresto contra Netanyahu y Gallant en noviembre, los líderes israelíes continuaron con su incitación explícita al genocidio.
 

La semana pasada, ocho legisladores del comité de asuntos exteriores y defensa del parlamento israelí escribieron al nuevo ministro de defensa, Israel Katz,  exigiéndole  que ordenara la destrucción de las últimas fuentes de agua, alimentos y energía en el norte de Gaza.

Fue precisamente la actual hambruna de la población de Gaza por parte de Israel lo que llevó a que Netanyahu y Gallant fueran acusados ​​de crímenes contra la humanidad.

Mientras tanto, la destrucción del hospital Kamal Adwan despeja el terreno para una nueva política en el norte de Gaza: lo que Israel llama escalofriantemente “ chernobilización ”.

La política, que lleva el nombre del reactor nuclear soviético de Chernobyl, considera la presencia palestina en Gaza como una amenaza comparable a la fuga radiactiva de 1986. El objetivo del ejército es borrar toda la infraestructura palestina sobre y bajo tierra,  haciéndose eco de  los esfuerzos de emergencia soviéticos para contener la radiación de Chernobyl.

¿A dónde lleva esto?

Louise Wateridge, oficial superior de emergencias de la agencia de la ONU para los refugiados palestinos,  señaló  el fin de semana que Israel estaba acelerando el colapso social total de Gaza al expulsar a la Unrwa del enclave.

La legislación israelí que entrará en vigor a finales de este mes impedirá que la agencia para los refugiados opere en Gaza para proporcionar a las familias los pocos alimentos y refugio disponibles, dado el bloqueo de ayuda de Israel.

Además, ante la falta de hospitales, privará a Gaza de sus últimos servicios de salud significativos. Wateridge señaló: “La Unrwa realiza unas 17.000 consultas de salud al día en la Franja de Gaza. Es imposible que otra agencia reemplace eso”.

El peligro que ella subraya es que Gaza se vuelva completamente anárquica. Las familias se enfrentarán no sólo a las bombas, los drones asesinos y el programa de hambruna de Israel, sino también al gobierno distópico de las bandas criminales.

Esto es exactamente lo que Israel pretende para Gaza. Como reveló un  informe  publicado en Haaretz la semana pasada, tras la “Chernobilización” del norte de Gaza, Israel está reflexionando sobre planes para permitir que dos grandes familias criminales palestinas gobiernen el sur. Es probable que sean las mismas bandas que están saqueando los pocos  camiones de ayuda  que Israel permite entrar a Gaza, ayudando a Israel a privar a la población de alimentos y agua.

La visión de Israel para el futuro de Gaza es un cruce post-apocalíptico entre la franquicia cinematográfica Mad Max y la novela  The Road de Cormac McCarthy .

Artículo de portada

La trayectoria hacia el genocidio podría haber estado integrada en la codificación del sionismo, pero ha sido tarea de los líderes occidentales, los medios de comunicación, el mundo académico, los grupos de expertos e incluso las organizaciones de derechos humanos pretender lo contrario.

Han pasado décadas manteniendo la línea en lo que hace mucho tiempo debería haber sido una narrativa occidental completamente desacreditada: que Israel fue siempre sólo un santuario para los judíos contra el antisemitismo, que es "la única democracia en el Medio Oriente", que su ocupación es en gran medida benigno y sus asentamientos ilegales una medida de seguridad necesaria, y que el ejército israelí es “el más moral del mundo”.

Esas ficciones se están deshaciendo más rápido de lo que la desinformación de Israel puede esperar para volver a unirlas.


Entonces, ¿por qué hacer más? Porque la “guerra de la conciencia” de Israel no está dirigida principalmente a usted y a mí. Está dirigido a los líderes occidentales. Esto no es para persuadirlos de nada; El primer ministro británico, Keir Starmer, sabe muy bien que se  está produciendo un genocidio  en Gaza, al igual que Donald Trump, el presidente entrante de Estados Unidos.

Simplemente no les importa, sobre todo porque no se puede alcanzar la cima de un sistema político occidental a menos que se esté preparado para pensar sociopáticamente sobre el mundo. Hay un complejo industrial militar occidental que se estanca y corporaciones occidentales a las que dar servicio y que esperan mantener su dominio sobre la extracción global de recursos.

Por eso, en los últimos días de su presidencia, sin votos que ganar, Joe Biden abandonó la intención de “trabajar incansablemente por un alto el fuego” o exigir que Israel envíe al menos 350 camiones de ayuda por día. En cambio, ha  anunciado  como regalo de despedida a Israel otros 8.000 millones de dólares en armas, incluidas municiones para aviones de combate y helicópteros de ataque.

No, el objetivo de la campaña de desinformación de Israel es proporcionar una tapadera. Es enturbiar las aguas lo suficiente como para oscurecer el apoyo de los líderes occidentales al genocidio; darles una excusa para seguir enviando armas y ayudarlos a evadir un juicio por crímenes de guerra en La Haya.

El objetivo es una “negación plausible”: poder afirmar que lo que era obvio no lo era demasiado, que lo que era conocido por los espectadores comunes no estaba claro para quienes participaban directamente.

Los líderes occidentales saben que Israel ha arrastrado a Abu Safiya –uno de los grandes curanderos de Gaza– a uno de sus campos de tortura, donde es casi seguro que lo matarán de hambre, lo golpearán intermitentemente, lo humillarán y lo aterrorizarán, como a los demás reclusos.

El trabajo de Israel ahora es debilitar y destruir su resiliencia física y mental, del mismo modo que ha desmantelado los hospitales de Gaza.

El objetivo de Israel no es erradicar a “los terroristas”. Es convertir Gaza en un páramo, en un infierno, en el que nadie bueno, nadie a quien le importe, nadie tratando de aferrarse para que su humanidad pueda sobrevivir. Un lugar donde los médicos no existen, los trabajadores humanitarios son un recuerdo y la compasión es una carga; un lugar donde gobiernan los tanques y las bandas criminales.

El trabajo de la clase política y mediática occidental es hacer que todo esto parezca lo más rutinario y normal posible. Su trabajo es adormecernos por dentro, vaciar nuestra capacidad de preocuparnos o resistir, dejarnos entumecidos. Debemos demostrar que están equivocados, por el bien del Dr. Abu Safiya y por el nuestro.


segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

A NATIVIDADE VISTA DE BETHLEEM COM O REV. MUNTHER ISAAC

- Fica claro, sublinha o Pastor Isaac, «os palestinianos estão do lado de fora do círculo. Temos vindo a afirmá-lo - os Direitos Humanos não se aplicam a nós, nem sequer a compaixão»

in  The Meaning of Christmas (w/ Rev. Munther Isaac)



São uma mão-cheia, mas que nos mantêm o moral para a luta desigual entre a justiça e o poder opressor do dinheiro que corrompe, não apenas o aparelho de Estado das nossas (ex) democracias, mas todas as instituições nas sociedades (ditas) democráticas liberais. 
Não posso deixar de temer que mergulhemos numa nova era de obscuridão. Pois a liberdade, somente é - ou deveria ser - inteira e universal. Assim como os Direitos Humanos, que não podem ser seletivos, ou senão, ficam reduzidos a uma forma de engano.

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

FUTEBOL EM AMSTERDAM & ENCOBRIMENTO DO GENOCÍDIO DE GAZA

 PROPAGANDA 21 (nº23)



Nós já sabíamos que os «nossos» governos ocidentais estavam completamente alinhados com o imperialismo americano.

Sabíamos que - por ordem deste - os governos ocidentais tinham imolado as suas próprias nações no altar da "pátria banderita", para levar a guerra à Rússia como «cruzados» que, mentalmente, permanecem cerca do ano 1100 AD.

Agora, a média corporativa, propagandista do «status quo ocidental», entusiasma-se na defesa dos sionistas fanáticos, disfarçados em «claque» da equipa israelita de futebol que foi disputar, na semana passada, uma partida em Amsterdam.

O comportamento dos governos europeus ocidentais é a expressão mais acabada do ruir daquilo que os próprios (ou seus antepassados) consideravam uma das marcas da civilização: "A lei é igual para todos, quem infringir a lei tem de ser sancionado". Princípio integrante do Estado de Direito e cerne da chamada «democracia liberal».

Neste apêndice do vasto continente euroasiático, que é a Europa Ocidental, só resta a casca vazia da «democracia liberal». Ou... nem sequer isso: Pois até esta capa, os próprios governantes não se importam de rasgá-la.

Deveria eu ficar feliz, perante um erro tão grande e revelador dos que ocupam as cadeiras do poder? Mas, não; afinal, eles têm podido fazer isto e muito mais, porque a cidadania não reage, ou reage segundo o modelo de reflexos pavlovianos mais caninos que se possa imaginar (peço desculpa aos cães, são mais inteligentes que isso, na verdade). Fico, por isso, profundamente triste e preocupado.

O artigo de Jonathan Cook, jornalista independente que vive em Nazareth, na Palestina ocupada, é suficientemente claro e detalhado para que eu me limite ao curto texto acima e passe logo a palavra ao autor:

 https://www.jonathan-cook.net/2024-11-11/genocide-victims-israel-football-thugs/


NOTA: ESTE VÍDEO DESMASCARA O FACTO DAS NOTÍCIAS DA MEDIA CORPORATIVA ASSUMIREM QUE OS AGRESSORES ERAM MUÇULMANOS, E OS ADEPTOS DA EQUIPA MAKABI FORAM OS AGREDIDOS. FOI EXATAMENTE O CONTRÁRIO. CONFIRMA A FOTÓGRAFA E JORNALISTA QUE FILMOU AS CENAS. OS AGRESSORES TINHAM AS CORES DA EQUIPA ISRAELITA (AMARELO, AZUL CLARO E AZUL ESCURO). VEJAM:


PS1: NOVOS INCIDENTES ENVOLVENDO CLAQUE SIONISTA NUM JOGO DE FUTEBOL EM PARIS, UMA SEMANA APÓS OS INCIDENTES DE AMSTERDAM. LEIA ARTIGO DE MIKE WHITNEY, AQUI.

.............................................................

Relacionado:


https://www.jornalmudardevida.net/2024/11/18/amesterdao-fascismo-e-sionismo-de-maos-dadas/#comment-6898

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2024/11/apelo-internacional-de-1100-escritores.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2024/10/israel-ataca-as-nacoes-unidas-thierry.html

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Apelo internacional de 1100 escritores para boicote das editoras de Israel

 Notícia de 28 de Outubro 2024, de que praticamente não se fala em Portugal e na União Europeia. Quem quiser estar informado, tem de obter informações de fontes estrangeiras, não censuradas. 

Denúncia internacional do genocídio em Gaza

Apelo de mais de 1100 autores de todo o mundo.

Muitos dos signatários do apelo são autores bem conhecidos nos países ocidentais. 

Eles recusam ser cúmplices pelo silêncio com as atrocidades cometidas pelo regime de Natanyahou, o contínuo genocídio da população de Gaza, a limpeza étnica dos palestinianos da Cisjordânia com vista à anexação de seus territórios, a guerra de agressão contra o Líbano.



quarta-feira, 16 de outubro de 2024

SYLVIE LAURENT - «CAPITAL E RAÇA»*

CAPITALISMO PROMOVENDO A EMANCIPAÇÃO... REALMENTE?!? Quantas doses de fábulas, de autoabsolvições, de mitos e distorções da história, para que o homem branco, o homem comum das sociedades capitalistas ocidentais, ensinado (amestrado), conserve sua «boa consciência de civilizado»? 

O vídeo seguinte dá-nos uma perspetiva rápida através da autora de um livro sobre o tema seguinte: O capitalismo está intrinsecamente ligado ao racismo. 

Tem o mérito de mostrar até que ponto as pessoas «bem pensantes» se esmeram em fazer uma amnésia seletiva sobre o modo como se deu o arranque do capitalismo, desde o início na colonização das Américas e continuou no resto do Mundo, nos séculos seguintes. 

                                          


------------------------

(*) Sylvie Laurent, historiadora e especialista da sociedade americana retraça o nascimento do que se poderá designar por capitalismo racial.

Através da sua obra, "Capital e Raça", editado na Seuil, ela demonstra que o racismo é parte integrante do nascimento do capitalismo.


PS1:  O racismo entrincheirado na sociedade israelense é demonstrado com a autenticidade do testemunho vivido, pelo jornalista Sylvain Cypel:

https://www.youtube.com/watch?v=Z1ARYWeO1Wc

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O MUNDO NA IIIª GUERRA MUNDIAL / CRÓNICA (Nº33) DA IIIª GUERRA MUNDIAL




Comentário de Manuel Banet:

A situação de impunidade e o à vontade com que Israel se move nos «palcos» internacionais, apesar das comprovadas violações repetidas do direito internacional e dos direitos humanos,  provocam a rutura da Turquia com a OTAN, e a sua aproximação aos BRICSEste é apenas um dos aspetos da total reorganização das alianças geopolíticas, em curso.
Além das duas guerras acesas no presente, nomeadamente na Ucrânia e no Líbano, há muitas zonas sujeitas a confrontos de «baixa intensidade» e das quais quase não se ouve falar. 

No campo económico, as sanções (ilegais) dos países ocidentais, contra certos membros dos BRICS, estão a levar a uma estrutura do comércio internacional separada em duas metades. A necessidade de proteger os bens financeiros dos seus países da rapina exercida pela administração dos EUA, que utiliza o dólar como arma de chantagem e de guerra, levou à construção de outras redes de pagamento internacionais, evitando o SWIFT (controlado pelos EUA), assim como à duplicação - pelos BRICS - de estruturas financeiras e bancárias internacionais, como o FMI e o Banco Mundial.

Entretanto, já existe um número elevado de candidatos à adesão aos BRICS, mesmo antes da conferência anual, em Kazan (Rússia): Nesta, é quase certo que sejam dados passos concretos para instaurar uma divisa nova (de nome provisório «The Unit»), destinada às trocas financeiras e comerciais de grande volume entre os aderentes aos BRICS e, também, envolvendo outros Estados que tenham  acordos com esta aliança. 

A própria ONU está posta em causa, dada a sua inoperância chocante em relação ao genocídio dos palestinianos civis em Gaza e nos Territórios. Ela própria demonstra a sua inutilidade, ao exibir a sua impotência em manter a paz e fazer respeitar as normas básicas da sua Carta. Esta incapacidade deve-se, em larga parte, à incondicional cobertura que recebe Israel dos países ocidentais, nomeadamente dos EUA, que possui poder de veto nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

A constatação de que os EUA não conseguem impor a sua vontade, apesar do poderio militar que (ainda) possuem, não é tranquilizadora, pois há muitos elementos, na Administração e no Pentágono, que pensam ser possível utilizar bombas nucleares como meio de «esmagar» os adversários, sem que estes tenham a capacidade de responder. Mas isto é falso, trata-se de um delírio perigoso de megalomaníacos. Por outras palavras, em caso de confronto nuclear global, a destruição mútua e recíproca está garantida. 

A necessidade de convergência de todas as vontades pela afirmação de políticas de paz e pelo fim da guerra como meio de resolução dos conflitos, vai-se tornando cada vez mais evidente, à medida que a situação internacional se agrava.