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quarta-feira, 9 de julho de 2025

WALL STREET EM PÂNICO!

 


De repente, um trilião de dólares sai de uma série de investimentos. Estes capitais pertencem à RPC (República Popular da China), quer sejam  capitais públicos, privados ou mistos. Eles receberam (desde Março!) a directiva de se absterem de investir e de saírem tão depressa quanto possível, dos mercados americanos. Agora, estes capitais não apenas saem de uma série de investimentos estratégicos, como vieram aterrar em vários «reinos» vassalos, como a França e a Alemanha, onde poderão associar-se, para realizar joint-ventures, com os capitalistas locais.

Como é que as pessoas mais responsáveis no governo da maior potência financeira mundial estão tão obnubiladas? Ainda não perceberam que os «comunistas» chineses são muito mais eficientes que os capitalistas ocidentais, no jogo de investir e de usar os capitais como forma de obterem aquilo  que querem? 

- Os estúpidos, racistas, incapazes de verem além do lucro imediato...têm o que merecem.


RELACIONADO:

https://www.youtube.com/watch?v=0iLpTihWo0s

segunda-feira, 30 de junho de 2025

IMAGENS DO CENTRO FINANCEIRO E ECONÓMICO DE XANGAI

 

Panorama da nova Xangai, com troço do rio Yang Tsé

Poço vertiginoso no interior do 3º maior arranha-céus

O maior arranha-céus de Xangai (desenho de arquitetos dos EUA )


Paisagem noturna de Xangai vista do rio Yang Tsé



A CHINA DE HOJE, O MUNDO DE AMANHÃ

 Apesar do blackout informativo, novas alianças e movimentos audaciosos, nos BRICS, com a China e seus parceiros, vão moldando um Mundo multipolar novo, onde os EUA, não têm mais um papel hegemónico.

É isso mesmo que se infere dos dois documentários abaixo reproduzidos.






sábado, 28 de junho de 2025

IMPERADOR CHIN, O DÉSPOTA ESCLARECIDO QUE REINOU HÁ 2200 ANOS




 O documentário abaixo tem uma grande qualidade. Pelo que observei diretamente e por relatos de guias e por literatura que entretanto consultei, parece-me um somatório rigoroso do que se possa saber sobre este monumento (o exército subterrâneo de terracota do imperador Chin) e sobre o reinado do Imperador Chin. 


                        
 
Para mim, o que mais impressiona é o grau de investimento de esforço, de energia, de trabalho humano, numa época em que o número de artesãos disponíveis não deveria ser assim tão grande. Mas, apesar de tudo, terá sido um contingente capaz de moldar e de pintar mais de oito milhares de estátuas de soldados, em tamanho natural, com individualização da representação dos rostos: Vê-se que  os rostos seguem modelos reais e não seria supreendente que reproduzissem os traços dos soldados de elite do imperador Chin. 
Sem dúvida, que o imperador e todos os seus súbditos estavam convictos da existência real de um mundo subterrâneo, em que as pessoas mais poderosas poderiam continuar a sua vida, tal como a levaram a cabo, quando estavam vivas. Não são escassos os esforços para reproduzir todos os items de conforto e luxo. Num registo mais sombrio, as concubinas e servidores do imperador foram sacrificados para o acompanhar na viagem pelo reino subterrâneo. 
O imperador Chin mostrou grande sabedoria e determinação para conseguir que o seu reinado pudesse derrotar e incorporar outros reinos rivais. Este feito, deveu-se a uma paciente construção dum exército de elite, treinando e mantendo os soldados em tempo de paz e não apenas recrutando mercenários em tempo de guerra. Por outro lado, Chin soube cativar com alianças e casamentos os monarcas dos reinos rivais. Usou todos os estratagemas, incluindo a guerra económica, como meio de enfraquecer um adversário antes de iniciar um confronto armado. Os seus espiões estavam por todo o lado e informavam-no desde o estado de preparação dos exércitos rivais, às intrigas palacianas. 
Mas, o imperador Chin também foi um terrível déspota, que queimou vivos mais de seissentos sábios confucionistas, por suspeita de não serem inteiramente fiéis ao monarca. Muitos tratados preciosos (exemplares únicos, ou poucos exemplares) foram reunidos em pilhas gigantes e queimados, por suspeita paranoíca de que pudessem inspirar sentimentos contrários à sua ação ditatorial. 
Como é que apesar das guerras e daqueles atos terrivelmente destruidores, o seu reinado atingiu uma tal prosperidade? 
- Pensa-se que o abate de fronteiras alfandegárias promoveu o comércio entre os reinos; a instauração da promoção por mérito dos funcionários civis e da hierarquia do exército, e outras medidas administrativas, foram decisivas. Foi muito importante a unificação do chinês escrito, havendo - a partir deste imperador - modelos de escrita que todos os escribas e escolásticos tinham de respeitar. Igualmente, a unificação dos pesos e medidas, assim como a cunhagem de moeda única, foram também importantes,  unificando os mercados nos vários reinos e trazendo maior fluidez ao comércio. No plano da técnica, houve também um salto qualitativo, quer no sistema de irrigações, quer nas indústrias de cerâmica e metalurgia. A agricultura certamente beneficiou da estabilidade resultante do fim das guerras entre reinos. Houve introdução de novas técnicas agrícolas. Na China havia práticas correntes em agricultura, que apenas se difundiram na Europa milhares de anos depois. Citemos a rotação das culturas para evitar o esgotamento dos solos e sua revitalização nos períodos de pousio e adubagem das terras usando estrume. 

O imperador Chin era um terrível déspota: Porém, soube dotar-se de sábios, especialistas nos mais diversos ramos, que o aconselhavam. Graças  aos conselhos destes peritos, as decisões imperiais produziram um real desenvolvimento económico, uma força militar que ninguém se atrevia a provocar e um controlo da classe artistocrática, através duma densa rede de informadores.




segunda-feira, 9 de junho de 2025

ALASDAIR MACLEOD: O PLANO DA CHINA ENVOLVENDO OURO, PARA A ERA PÓS-DÓLAR

Alasdair Macleod descreve, com rara clareza, a realidade dos fracassos de Trump no domínio económico e financeiro. 
Anteriormente ao 2º mandato de Trump, o confisco de divisas e de ouro do Banco Central da Rússia, que estavam em contas de bancos ocidentais, no início da invasão da Ucrânia, assim como uma série de «multas» a bancos ocidentais, por terem supostamente transgredido as sanções dos EUA ao Irão e a outros países, mostraram ao mundo que o dólar estava a ser «militarizado»
Esta constatação foi o catalizador para muitos países procurarem alternativas viáveis à utilização do dólar enquanto divisa de reserva e do comércio internacional. 
A imensa quantidade de dólares em «paraísos fiscais» em grandes depósitos inativos, desde as Ilhas Caimão, o Luxemburgo, até à City de Londres, mascara a descida do dólar.
Mas a subida brusca dos juros nas obrigações US soberanas, foi um despertar: Tornou os intervenientes no mercado financeiro conscientes da modificação radical do ciclo mundial do crédito: 
- A dívida dos EUA, atualmente de 37 triliões de dólares e sempre a subir, é o fator principal da subida dos juros. Esta subida torna cada vez menos interessante* conservar «treasuries» e/ou comprar as novas «treasuries» emitidas para cobrir o pagamento de mais de um trilião de juros (no corrente ano). A chamada armadilha do dólar (dollar trap) é um ciclo descendente auto-reforçado. Este processo liquida a confiança no sistema mundial centrado no dólar. O despejar das treasuries em grandes quantidades (de um total da ordem de biliões), pela China e pelo Japão, respectivamente, segundo e primeiro detentores de obrigações do tesouro US, assinalam o fim de uma era.
Para não ser arrastada pela inevitável (auto)destruição do dólar, a China tem de recorrer ao ouro, como âncora do seu sistema monetário. Caso contrário, o Yuan será arrastado na queda do dólar.



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* Uma obrigação é avaliada como valendo MAIS, quanto mais BAIXO for o seu juro; inversamente, valendo MENOS quanto mais ELEVADO for o seu juro 

quarta-feira, 28 de maio de 2025

UMA VISÃO REFRESCANTE SOBRE A EVOLUÇÃO DO MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO COMUNISTA

 


Richard Wolff, prof. universitário nos EUA, tem sido um divulgador do marxismo e das ideias associadas ao socialismo e ao comunismo. Porém, a sua inteligência permite-lhe ver para além das fronteiras ideológicas. A sua análise dos fenómenos económicos, sociais, culturais e políticos nunca é inteiramente conforme com o canon ortodoxo do marxismo-leninismo. Tem um vasto conhecimento da História, não apenas da disciplina de Economia, que lecciona.

Pode-se estar ou não de acordo com as suas posições fundamentais, porém, ele é totalmente sincero e as suas intervenções no Youtube, quer a solo, quer em diálogo, são uma ocasião única de ver a paisagem dum modo diferente da narrativa dominante. 

A transição para um «Estado socialista» na URSS e depois nos sucessivos países que foram (e alguns continuam a ser) designados como «socialistas», não é real. 

A própria visão de Lenine, segundo Richard Wolff, era de que a URSS tinha de construir as bases para o socialismo, através de um regime de «capitalismo de Estado». 

Este, acabou por se transformar num capitalismo de Estado burocrático, onde não havia possibilidade de evoluir para algo que se pudesse chamar de socialismo. Parto do princípio que o socialismo designa um regime onde os trabalhadores têm o controlo do poder de Estado e que - ao nível das empresas - são eles diretamente, ou por delegação, que decidem sobre todos os aspetos da gestão: Neste socialismo (como eu o concebo), não havendo propriedade individual dos meios de produção, também não haveria uma casta (a nomenklatura) que substituísse o patronado, a qual decidiria sobre tudo. 

Deparando-se com um sistema cada vez mais disfuncional, com maior atraso tecnológico em todos os setores produtivos, este causava uma paralisia da própria sociedade. Em vez de vir de baixo, das classes laboriosas, o rumo era traçado autoritariamente pela cúpula do partido comunista (o politburo), sendo depois transmitido por uma cadeia hierárquica de comando, até aos produtores. Estes, tinham de se conformar com as diretivas, por vezes absurdas, que vinham do alto. 

Foi na época de Gorbatchov que estas insanáveis contradições se tornaram demasiado óbvias: Os próprios aparatchiki, a começar por Gorbachov, já não acreditavam no próprio modelo que apregoavam; sabiam, por informações de primeira mão, como o sistema estava pobre e não era «reformável». Tentaram ainda assim uma reforma, porém esta tentativa foi desencadear forças centrífugas demasiado grandes, que derrubaram o «império soviético». 

Foi uma implosão, de que tomou nota a casta dirigente do regime chinês. Este era herdeiro do maoismo, o qual se filiava na vertente  mais chauvinista do comunismo, o estalinismo.

O mecanismo de substituição de um regime de tipo soviético pelo sistema misto de capitalismo de Estado, com uma componente importante de capitalismo privado, não se fez sem sobressaltos. Foi a experiência dolorosa da rebelião da Praça de Tien An Men, que não teve possibilidade de injetar uma dose de democracia nas estruturas «comunistas» burocratizadas. As hierarquias do partido e do exército retomaram o controlo com toda a brutalidade. 

Depois, houve uma fase em que o regime se ofereceu (literalmente) para servir os capitalistas internacionais que quisessem investir e explorar a classe trabalhadora chinesa. Não só esta classe estava destituída de qualquer poder sobre as suas vidas, como nem sequer podia fazer valer os seus direitos.

Foi assim que se deu a acumulação de riqueza no Estado totalitário chinês, com benefícios miríficos para a classe capitalista internacional. Esta, pôde assim baixar acentuadamente os custos de produção, graças aos salários chineses, dez vezes mais baixos que os equivalentes no «Ocidente».

Agora, o Estado muito repressor, que distribui aos capitalistas locais os «nacos» mais saborosos da exploração do seu próprio povo, não decidiu ainda encerrar muitas das empresas estrangeiras que se instalaram na China, desde há 30 anos. Mas, progressivamente, o capitalismo na China vai ser protagonizado por empresas chinesas, quer sejam estatais, ou de capitalistas locais. Provavelmente, continuará a haver algum capital estrangeiro investido em parcerias com o Estado, visto que  estes acordos são tipicamente de longa duração.

Pessoalmente, não me impressiona muito que a China se tenha erguido durante estes 35 anos ao nível de nº 2 ou mesmo nº1 em certas áreas ao nível mundial. Vendo as coisas com olhos objetivos, desde os anos 50 até 80 sob o comando de Mao e de sua clique,  a China estagnou: Podemos compreender que o pior mal foi feito pela casta dirigente, não obstante o nível muito baixo de que partiu a estrutura produtiva e o facto incontestável da guerra híbrida que o imperialismo dos EUA levou a cabo nestes anos. 

O paradoxo, neste caso, é que a própria direção do Estado e do partido oferecem à classe capitalista internacional (e agora também aos capitalistas nacionais da China) uma enorme oportunidade, com um enorme «bonus», que permitiu que este mesmo capitalismo fizesse a transição de economias industriais, para economias de serviços (financeirização da economia).

A exploração da classe laboriosa chinesa veio beneficiar principalmente a casta dirigente do partido e os capitalistas nacionais e internacionais. O bemestar relativo da classe trabalhadora chinesa é inegável, mas temos de ter em conta que se, nos últimos 30 anos, o nível de remuneração melhorou duas ou três vezes (200 ou 300 %), a produtividade global no setor industrial aumentou cerca de 20 vezes (2000 %)! Era impossível manter a classe  trabalhadora na miséria, pois esta iria virar-se contra o poder e talvez encetar uma revolução proletária a sério. O custo de manter a classe trabalhadora chinesa sossegada, trabalhando com afinco para melhorar a sua condição individual e da sua família, tem sido incrivelmente baixo, dado o diferencial entre o que recebe o povo em salário médio e os lucros obtidos pelos capitalistas.

quarta-feira, 21 de maio de 2025

PARADOXOS DA GUERRA ECONÓMICA CONTEMPORÂNEA

 

                                                         Foto: Vista de Xangai

Na realidade, são um feixe de contradições que vêm pôr de rastos construções ideológicas, que passaram por ciência económica «bona fide», no passado recente e continuam presentes, quer no discurso político oficial, quer na media mainstream, ou ainda na academia.

A contradição maior é a China, país governado por uma direção comunista, experimentar um desenvolvimento capitalista vigoroso.  Hoje, é inegável a rapidez com que passou a estar no primeiro lugar em domínios de ponta, onde a excelência e a inovação vão de par com uma estrutura industrial em permanente renovação. 

Nestes domínios da «high-tech», os EUA e países ocidentais em geral, já não estão em primeira linha numa série de indústrias, tanto em termos de qualidade, como na cobertura ao nível mundial. 

Um exemplo importante é a rede 5G da telefonia móvel. Esta é dominada pela Huawei, empresa privada chinesa, que - apesar de todo o boicote levado a cabo há anos pelos EUA- está numa posição mundial dianteira. 

Lembram-se do lamentável episódio da vice-presidente da Huawei ter sido presa no aeroporto de Vancouver, quando em trânsito para a China, vinda dum congresso na América Latina? E do tempo que levou libertarem-na, embora inocente de qualquer crime e retida contra todas as normas do direito internacional?

A China de hoje não sofre de atraso em termos tecnológicos, em relação ao Ocidente, antes pelo contrário. Ela tem sido capaz de ultrapassar as dificuldades colocadas  pelos ocidentais à sua importação de componentes estratégicas, sujeitas a sanções pelo Ocidente. A indústria dos «chips» tem avançado depressa na China, embora esta não consiga ainda igualar certos tipos de chips de gama mais alta, fabricados em Taiwan. Pode-se dizer -porém - que não está em situação crítica, neste aspecto. 

Um «teste» que comprova isso, ocorreu recentemente, com os aviões de combate da força aérea do Paquistão de fabrico chinês, que superaram em combate os da força aérea indiana, de fabrico francês (Rafale). Obviamente, os aviões de caça possuem múltiplos sistemas eletrónicos, dos radares de deteção, aos sistemas de assistência  à pilotagem e ao combate. Estes sistemas utilizam os «chips» mais sofisticados. Penso que  a qualidade dos sistemas electrónicos incorporados se reflectiu nas capacidades de combate desses aviões.

A China tem uma economia integrada, mas não demasiado verticalizada, assim conciliando a capacidade em concentrar recursos humanos, financeiros e materiais, em áreas consideradas prioritárias, ao mesmo tempo que - ao nível local, de município ou de província - tem dado livre curso a experiências audaciosas, colocando a iniciativa privada em concorrência. Esta é estimulada, sendo a excelência recompensada. Veja-se o que diz a economista Prof.ª Keyu Jin sobre os pólos de excelência das «Silicon Valleys» chinesas. 

Neste país não há pobreza nas grandes cidades; a população está corretamente vestida; não tem carências alimentares, nem deficiências na saúde. 

Pode-se argumentar como se queira, mas a pobreza é o factor de exclusão maior: Automaticamente, exclui os pobres da participação ativa na vida social e cívica. Além disso, a pobreza tende a perpetuar-se de geração em geração. 

É no Ocidente que a pobreza progride. Aí, verifica-se a subida dos índices mais preocupantes, como o da taxa de mortalidade de bébés e infantes, o desemprego em massa dos jovens, o alcoolismo, o consumo de drogas e os suicídios... e tudo isto, enquanto a sociedade do consumo desenfreado continua a segregar a miragem da opulência. Esta miragem faz as pessoas mais pobres do Sul global imigrarem para os países «afortunados», onde  irão encontrar, em vez dum «paraíso», o inferno da exploração!

Porém, é na China que ocorre o  mais dinâmico desenvolvimento capitalista, numa combinação de capitalismo de Estado e de capitalismo privado.  

A República Popular da China declara-se socialista, mas não exclui nem marginaliza o capitalismo privado, enquanto modo de produção. 

Se, de facto, este modelo de socialismo tem tanto sucesso, ele não deveria assustar as pessoas dos países da Europa e América. Deveriam ver quais as vantagens que pode trazer, embora não para lhe copiar mecanicamente as soluções. Estas, podem ser adequadas para a China, mas não para outras paragens. Muitos países do Sul Global estão já a beneficiar da cooperação com a China.

Paradoxalmente, enquanto continua a pregar a «liberdade de concorrência», a «livre iniciativa», etc, o Ocidente mantém uma guerra de retaguarda com o resto do mundo. Claramente, esta destina-se a conservar os privilégios da oligarquia, a qual não tem interesse em desenvolver seus países, no sentido autêntico de emancipação das pessoas, sua maior autonomia, suas melhores condições de vida e uma melhor educação e informação.

Ao fazer esta escolha - pela oligarquia - a casta política europeia está cada vez mais dissociada das necessidades reais da cidadania. Prova clara desta dissociação, é sua opção pelo confronto bélico com a Rússia, indo ao ponto de mostrar-se mais inflexível que os EUA. Esta escolha, acabará por levar a Europa para um plano subalterno, não só no tecido tecno-científico-industrial, mas também ao nível civilizacional

Múltiplos casos históricos de países, mostram que a perda de dinamismo (em particular, no setor produtivo) está na origem da decadência e se não for revertida, desemboca em dependência neo-colonial.    



 

quarta-feira, 30 de abril de 2025

VIRAGEM PARA UMA NOVA ERA

Segundo Lena Petrova, a China sai vencedora do braço-de-ferro, da guerra comercial com os EUA. 

A nova arquitetura mundial vai ser múltipla, com três ou mais grandes blocos económicos, comerciais e estratégicos. Neste contexto, as novas tecnologias (digitalização, blockchain, etc.) permitirão que as trocas internacionais ocorram, utilizando as divisas mais convenientes às partes. Neste novo sistema mundial, os  bancos centrais já não precisarão de acumular uma divisa de reserva. 
Na nova arquitetura, não haverá um «padrão-ouro», mas este metal precioso irá desempenhar o papel de estabilizador do sistema monetário mundial. Ele voltará a ser a principal reserva de valor dos Estados, como foi durante milénios.


 

quarta-feira, 16 de abril de 2025

A GUERRA "TARIFÁRIA" É O PRETEXTO; A CAUSA VERDADEIRA É OUTRA


O anúncio pela administração Trump da subida universal e indiscriminada dos direitos de alfândega, NÃO FOI GENUINAMENTE motivada por uma estratégia destinada a fazer regressar a indústria americana que se expatriou, sobretudo para a Ásia e em particular para a China.
Muitos fatores impedem - na prática - que este retorno tenha lugar.

- Em primeiro lugar, a impreparação do mercado de trabalho americano para sustentar uma produtividade próxima da dos trabalhadores chineses. Um episódio desta guerra industrial é esclarecedor; ele envolve a empresa de semi-condutores (chips) de Taiwan, a TSMC: Há cerca de um ano, decidiram implantar uma fábrica no Texas. Tiveram imensas dificuldades em recrutar pessoal para esta fábrica. A qualidade dos recrutas estava nitidamente abaixo do padrão dos operários chineses, em Taiwan. Tiveram de importar de Taiwan a maior parte dos trabalhadores, para que a fábrica pudesse funcionar.

- Além do fator produtividade, existe o fator salarial; embora o salário médio dos operários na China continental tenha subido bastante - ao ponto de algumas indústrias terem ido para o Vietname e outros países asiáticos, com mão de obra mais barata - este salário ainda é muito mais baixo que o salário médio dos operários nos EUA. Ainda por cima, estas fábricas, para conseguirem reimplantar-se nos EUA, teriam que oferecer salários acima da média e considerados atrentes pelos americanos.

- Outro fator é o enorme volume de negócios das marcas americanas dentro da própria China, desde a Apple, à Tesla: As grandes marcas americanas que fabricam seus produtos na China, também estão muito envolvidas no mercado chinês. A saída das suas fábricas da China seria acompanhada pela sua exclusão deste mercado, o mais promissor. Note-se que a economia chinesa continua a crescer, embora a ritmo mais moderado (de 6% anual), enquanto as economias norte-americana e europeia estagnaram, ou entraram em recessão.

- Finalmente, o que pretende a administração Trump com a manobra de «suspender» as tarifas para os países da UE, mantendo tarifas proibitivas para a China?
Obviamente, pretende separar a Europa da China, isolar a China, excluindo-a do mercado europeu (e vice-versa). Assim, julgavam que conseguiam enfraquecer a China e manter a Europa numa posição subordinada, em termos industriais e estratégicos, em relação aos EUA. Mas, a manobra foi compreendida pela eurocracia. A Comissão Europeia não reagiu de forma «dócil». Ela está a tentar negociar uma aliança com a China neste momento, visto que perdeu toda a confiança na administração Trump, para negociar tarifas e comércio com os seus homólogos europeus.

- No imediato, o mundo ocidental encontra-se à beira de um novo colapso financeiro. É provável que a administração Trump faça este jogo perigoso, usando tarifas alfandegárias como «ariete» para demolir a globalização neoliberal e a OMC [*]. Como anti-globalistas, isto faz parte do seu programa. Eles pensam que, face à subida doutras potências globais, só assim poderão manter um certo número de países na sua órbita, forçando-os a escolher o seu campo.

Se esta interpretação vos parecer pouco plausível, tenham em conta os factos seguintes:
1) O império do dólar tem estado a perder terreno no comércio internacional
2) O anúncio da divisa dos BRICS, que funcionará numa primeira fase como intermediário contabilístico nas trocas entre membros dos BRICS,  está para breve
3) A China lançou o sistema de pagamentos internacionais (homólogo do SWIFT, controlado pelos EUA), com uma eficiência superior à do seu concorrente.
4) A Arábia Saudita e a China acabaram de «enterrar» o petrodólar, com um acordo onde estão explícitas a compra de crude saudita em Yuan e a venda de material militar sofisticado chinês às forças armadas sauditas.

Devido a uma media mainstream completamente comprada, poucas pessoas no Ocidente têm a noção exata deste e doutros processos. Mas, o facto de que o grande público seja mantido ignorante, não vai impedir a decadência, nem a paralisia estratégica dos EUA face a um mundo cada vez mais multipolar.

O pânico dos governos, tanto europeus como americano, tem-se traduzido numa série de medidas histéricas e contraditórias, mostrando a sua desorientação completa, face a cenários cuja evolução é muito diferente da que eles sonharam: Primeiro, foi a derrota da OTAN no terreno ucraniano face à Rússia, fracasso estrondoso dos ocidentais. Agora, veio a manobra trumpiana de quebrar a globalização usando a guerra tarifária como pretexto.

Não será difícil para os países agrupados nos BRICS tirarem o maior partido do fracasso destas manobras aventureiras e desestabilizadoras. Será até muito fácil, pois basta que continuem a fazer o que têm feito, serenamente, sem se deixarem invadir pelo pânico e histeria reinantes nas sedes do poder ocidentais**.


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*NB1: O que me parece certo é que o efeito desta profusão de «tarifas» (taxas aduaneiras) é apenas o de quebrar a globalização neoliberal, acabar com o comércio internacional baseado no Direito. Em vez disso, instaura-se a força, a pressão, a chantagem, como normas nas relações internacionais, como no passado, durante milénios. A liberdade de comerciar e a existência de regras do comércio internacional estavam a dificultar o domínio direto dos oligarcas sobre os países/mercados.

**NB2: Veja o balanço destas últimas duas semanas de guerra comercial entre os EUA e a China, com Ben Norton, no programa de Danny Haiphong: 





NA CHINA, CENTENAS, MILHARES DE SILICON VALLEYS ESTÃO A NASCER

O que poucas pessoas no Ocidente realizam é que, embora a China seja um sistema politicamente muito centralizado, não o é economicamente: 
Ao nível regional, existem muitas iniciativas, ensaiam-se reformas, há competição, há desejo de atrair cientistas, empresários...
É preciso ouvir a Profª. Keyu Jin, da London School of Economics.
Esta professora de economia e autora viveu na China e tem conhecimento profundo deste país. Ela explica o «modelo de presidentes da câmara» e sua expansão em direção à automatização e a outras modificações do tecido produtivo. Fala também da diferença fundamental da nova geração, em relação à dos seus pais.
 

 

quarta-feira, 9 de abril de 2025

CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL, Nº 42: A TEMPESTADE TARIFÁRIA, OS MERCADOS E AS ALIANÇAS


Há mercados e mercados. Os mercados bolsistas, mesmo as ações das empresas mais conhecidas, ou os índices do «S&P 500» ou do «NASDAQ», apenas afetam diretamente os que investiram nesses ativos. Mesmo os «valores seguros», estão sujeitos a grandes perdas, como nos foi dado ver, nestes últimos dias, no crash da libertação a 2 de Abril

O S&P perdeu 11.5% em 3 dias, e o juro das obrigações do Tesouro a 10 anos [ 10Y UST ] situa-se agora a 4.38%. As «treasuries» dos EUA  já não podem servir como  tradicional «porto refúgio» dos capitais.

Esta mudança tectónica é, no entanto, mais significativa ainda no médio/longo prazo para os mercados de matérias-primas e produtos manufaturados, ou seja, para a «economia real», a qual afeta todas as pessoas, em todos os países.

Não tenho dúvidas de que estamos perante um crash induzido: Os que planearam este crash, no círculo de Trump, sabem perfeitamente que estas modificações bruscas de tarifas alfandegárias têm implicações a vários níveis. Não só afetam os preços das mercadorias ao consumidor, os fluxos das mesmas mercadorias, e - em consequência - os fluxos de capitais. Mas, igualmente jogam com o panorama de alianças no âmbito da IIIª Guerra Mundial.

Estas mudanças estão ainda no começo, embora as novas linhas de fratura já se vislumbrem, pelos discursos e sobretudo, pelos atos concretos dos governos. Os vassalos do império dos EUA, Starmer, Macron, Van der Leyen, etc, estão atónitos: Após a mudança de rumo nos assuntos da guerra Russo-Ucraniana, vem um «segundo punch», que os deixa a cambalear. Estão incapazes de fazer frente à nítida desautorização, pela potência tutelar que os «protegia».

Mas, a China não se deixou intimidar e respondeu exatamente com as mesmas medidas tarifárias, mas em sentido contrário às dos EUA. Além disso, e muito menos divulgado, decidiu proíbir a exportação de «terras raras» que os EUA precisam para sua indústria de eletrónica, incluindo o fabrico de «microchips» para os jets, mísseis e outras armas sofisticadas.

A China encontra-se, claramente, em vantagem; constatação consensual, qualquer que seja a simpatia ou antipatia dos observadores, em relação ao gigante asiático. Do ponto de vista das alianças, igualmente está a ganhar, com o estreitamento dos laços comerciais e a formação duma «frente comum», com os parceiros da ASEAN. Isto reveste-se de significado estratégico também, pois as (atuais e futuras) sanções ocidentais não a incomodarão; a China terá ainda maior independência comercial, em relação aos EUA e seus vassalos ocidentais. Mesmo os mais fiéis vassalos dos EUA no Extremo-Oriente (Coréia do Sul e Japão), estão dispostos a coordenar ações com a China, para minimizar o efeito do «tornado tarifário Trump» sobre as exportações.

Tudo o que se possa pensar sobre a polaridade globalização/soberanismo, está posto em causa; pois, tradicionalmente, a defesa da globalização capitalista era obra dos EUA e de seus aliados, enquanto as políticas de defesa da soberania, eram protagonizadas pela Rússia, a China e seus aliados nos BRICS...

Hoje em dia, o Mundo descobre que é um perigo bem maior, em termos comerciais e de estabilidade económica, política e geoestratégica, desenvolver laços com os EUA. Estes, serão ainda a potência económica maior em volume de capitais investidos, embora já não em termos de produção de bens industriais.

Pelo contrário, a China é um parceiro confiável: Está sempre atenta aos fatores de estabilidade, predictibilidade e recíprocidade. 
Por isso, também, é vã a tentativa de desacoplar a Rússia, da China: Estão envolvidos numa aliança a vários níveis, da defesa ao comércio, da diplomacia à construção de novas rotas terrestres e marítimas (incluindo a rota o Ártico).

Finalmente, o que deveria preocupar mais as pessoas no Ocidente, seria antes a atitude aventureira dos dirigentes, que não sabem como atuar; as suas visões estavam falseadas... mas, falseadas por eles próprios. É um caso de auto-engano, de tomarem seus desejos pela realidade. A sua credibilidade atinge mínimos, nas sondagens de opinião. Estes factos não nos devem tranquilizar, pelo contrário; pois a nossa «democracia», com todas as suas limitações já não é tolerável para os «nossos dirigentes». Eles revelaram-se naquilo que já eram, em segredo: Autocratas ao serviço das oligarquias, interessados apenas retoricamente em afirmar os valores da democracia «para dar uma imagem», para consumo do povo.
O que fazem, na realidade, é no interesse diametralmente oposto ao dos respetivos povos, das respetivas nações. 
Com leis absurdas, produzidas por eles próprios, estão muito atarefados a neutralizar  (pela censura, por processos judiciais e pelo assédio policial) todos aqueles que se atrevem a contestar a sua política. 
Os poderes têm não apenas difamado, como reprimido,  manifestantes contra a monstruosidade do genocído dos palestinianos pelos israelitas, em Gaza e na Margem Ocidental. Se isto não é fascismo em ação, expliquem-me então, o que é...

Tudo aquilo que eu temia, quando falava da destruição de um semblante de legalidade e do Estado de Direito, a propósito da repressão aos dissidentes do COVID e da campanha de «vacinação» forçada, está a ser (re)posto em prática, agora. Existe um centro operacional comum, que coordena ao nível dos países da UE e da OTAN, a repressão da dissidência. É uma contínua guerra contra a cidadania, silenciosa mas sem quartel. 
 Os poderes de Estado, violentos, têm as forças repressivas ao seu serviço e os povos estão desarmados: Os tribunais são a maior farsa e as forças de oposição parlamentar têm sido impotentes, quando não colaborantes.

O fascismo do século XXI , não só tem avançado (ver artigo de Jonathan Cook), mas já tem o atrevimento de negar, ostensivamente, os valores que enformavam a «democracia liberal» nos países da OTAN em geral e, em especial, na França, Alemanha e Reino-Unido...

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PS1: OS BRICS e a multipolaridade são fatores decisivos, que modificam qualitativamente as relações do «Sul global» com o «Ocidente global».

PS2: Veja o que tem acontecido com as compras de ouro pelo banco central da China (a azul) e com as compras/vendas de Obrigações do Tesouro US (a vermelho): O PBOC tem um meio eficaz de pressão sobre o dólar e tem exercido essa pressão, de forma consistente.


domingo, 6 de abril de 2025

TRUMP, 2 DE ABRIL, EUA: DIA DA LIBERTAÇÃO... PARA QUEM???

 


Segundo Peter Schiff, o dia "da libertação " de Donald Trump vai ser o começo  de um período extremamente penoso para os consumidores dos EUA, de aprofundamento da crise de solvência  das contas públicas, de aceleração  da inflação americana e de escassez de bens e matérias-primas no mercado americano. 

Mas não será  necessariamente assim para o resto do mundo. Será fácil para as economias que exportavam para os EUA bens de consumo, reorientarem-se para outros mercados, incluindo os dos países  emergentes. Haverá também  mais capitais disponíveis para investir nestas economias. Se os países emergentes não imitarem os americanos, taxando tudo e todos indiscriminadamente, vão melhorar a sua posição na competição  mundial. Seria irónico  mas muito justo, que - afinal  - este dia (2 de Abril de 2025) da imposição de tarifas alfandegárias pelos EUA, fosse O DIA DA LIBERTAÇÃO DO MUNDO* DA PARASITAGEM DOS ESTADOS UNIDOS SOBRE AS ECONOMIAS DOS PAÍSES  EXPORTADORES.

(*Dentro de um ano, a 02 de Abril de 2026, penso que já estaremos em condições de fazer um primeiro balanço do efeito dessas medidas na economia dos EUA e no Mundo)

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PS1: Prof. Warwick Powell considera aas tarifas uma prenda para a China e os BRICS. Veja AQUI

PS2: Um americano com muita experiência vivida na China explica-nos porque as subidas tarifárias não poderão atingir os objetivos pretendidos por Trump:

https://herecomeschina.substack.com/p/america-underestimates-the-difficulty

domingo, 16 de fevereiro de 2025

ALIANÇAS DE INVESTIGAÇÃO ESPACIAL DA CHINA COM NAÇÕES DE ÁFRICA



Pequim possui 23 acordos espaciais bilaterais com nações africanas, incluindo financiamentos para construção de satélites e instalações terrestres de recolha da imagens e dados. No ano passado o Egípto, a África do Sul e o Senegal decidiram colaborar com a China com vista uma futura base lunar.

Para ler artigo integral consulta REUTERS  

[...]

«Nos arredores do Cairo, um laboratório espacial de última geração destina-se a ser o primeiro em África a produzir satélites localmente construídos.

O primeiro satélite desta fábrica, descrito como o primeiro jamais construído por uma nação africana, foi aí montado e lançado a partir dum aeroporto espacial em Dezembro de 2023.

O laboratório de satélites egípcio é somente parte do programa espacial desenvolvido pela China no estrangeiro. Pequim está a construir alianças espaciais em África, para melhorar a sua rede global de satélites e converter-se assim em potência espacial de primeira grandeza. 
A China anunciou publicamente uma grande parte desta assistência espacial aos países africanos, a qual inclui satélites, telescópios de vigilância espacial e estações terrestres.  Pequim terá acesso aos dados e imagens recolhidos por estes satélites. Haverá continuidade de assistência, por técnicos e cientistas chineses, para lá da entrada em funcionamente das instalações nos arredores do Cairo.
A fábrica de satélites, que començou a operar em 2023, faz parte dum complexo de tecnologia espacial oferecido pela China ao Egipto nos últimos dois anos. Entre as transferências tecnológicas anunciadas publicamente, menciona-se o novo centro de monitização do espaço. Este possui dois telescópios muito poderosos e controla dois satélites de observação terrestre, lançados em 2023. Um destes foi montado no Egípto e o outro fabricado exclusivamente na China. Nesse ano de 2023, terá sido lançado um terceiro satélite de fabrico chinês, capaz de realizar vigilância de nível militar.

As instalações da Space City são a peça central do complexo construído cerca de 30 km a leste do Cairo, próximo da nova capital administrativa, em construção. 
O presidente egípcio Abdel Fattah El-Sisi tem desenvolvido laços com a China nos últimos anos, incluindo acordos sobre infraestruturas e sobre energia no âmbito da Iniciativa Belt and Road.»



Nações Unidas apontam parceria China-África como “um pilar da Cooperação Sul-Sul”




quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DE «DEEPSEEK» O SISTEMA OPEN SOURCE CHINÊS

 O sistema de IA (Inteligência Artificial) chinês ameaça retirar a supremacia dos EUA em tecnologias de informação. Já causou um tombo nas cotações bolsistas de empresas tecnológicas, como NDVIA. O índice de empresas tecnológicas NASDAQ, sofreu uma quebra considerável. 

É uma mudança espectacular, que inaugura uma nova fase da competição tecnológica e económica entre os EUA e a China.

Veja o vídeo falado em francês, que nos permite compreender as características muito especiais do «Deepseek» e o efeito da sua entrada em cena, nos gigantes tecnológicos dos EUA: