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segunda-feira, 9 de junho de 2025
ALASDAIR MACLEOD: O PLANO DA CHINA ENVOLVENDO OURO, PARA A ERA PÓS-DÓLAR
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sexta-feira, 30 de maio de 2025
quarta-feira, 28 de maio de 2025
UMA VISÃO REFRESCANTE SOBRE A EVOLUÇÃO DO MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO COMUNISTA
Richard Wolff, prof. universitário nos EUA, tem sido um divulgador do marxismo e das ideias associadas ao socialismo e ao comunismo. Porém, a sua inteligência permite-lhe ver para além das fronteiras ideológicas. A sua análise dos fenómenos económicos, sociais, culturais e políticos nunca é inteiramente conforme com o canon ortodoxo do marxismo-leninismo. Tem um vasto conhecimento da História, não apenas da disciplina de Economia, que lecciona.
Pode-se estar ou não de acordo com as suas posições fundamentais, porém, ele é totalmente sincero e as suas intervenções no Youtube, quer a solo, quer em diálogo, são uma ocasião única de ver a paisagem dum modo diferente da narrativa dominante.
A transição para um «Estado socialista» na URSS e depois nos sucessivos países que foram (e alguns continuam a ser) designados como «socialistas», não é real.
A própria visão de Lenine, segundo Richard Wolff, era de que a URSS tinha de construir as bases para o socialismo, através de um regime de «capitalismo de Estado».
Este, acabou por se transformar num capitalismo de Estado burocrático, onde não havia possibilidade de evoluir para algo que se pudesse chamar de socialismo. Parto do princípio que o socialismo designa um regime onde os trabalhadores têm o controlo do poder de Estado e que - ao nível das empresas - são eles diretamente, ou por delegação, que decidem sobre todos os aspetos da gestão: Neste socialismo (como eu o concebo), não havendo propriedade individual dos meios de produção, também não haveria uma casta (a nomenklatura) que substituísse o patronado, a qual decidiria sobre tudo.
Deparando-se com um sistema cada vez mais disfuncional, com maior atraso tecnológico em todos os setores produtivos, este causava uma paralisia da própria sociedade. Em vez de vir de baixo, das classes laboriosas, o rumo era traçado autoritariamente pela cúpula do partido comunista (o politburo), sendo depois transmitido por uma cadeia hierárquica de comando, até aos produtores. Estes, tinham de se conformar com as diretivas, por vezes absurdas, que vinham do alto.
Foi na época de Gorbatchov que estas insanáveis contradições se tornaram demasiado óbvias: Os próprios aparatchiki, a começar por Gorbachov, já não acreditavam no próprio modelo que apregoavam; sabiam, por informações de primeira mão, como o sistema estava pobre e não era «reformável». Tentaram ainda assim uma reforma, porém esta tentativa foi desencadear forças centrífugas demasiado grandes, que derrubaram o «império soviético».
Foi uma implosão, de que tomou nota a casta dirigente do regime chinês. Este era herdeiro do maoismo, o qual se filiava na vertente mais chauvinista do comunismo, o estalinismo.
O mecanismo de substituição de um regime de tipo soviético pelo sistema misto de capitalismo de Estado, com uma componente importante de capitalismo privado, não se fez sem sobressaltos. Foi a experiência dolorosa da rebelião da Praça de Tien An Men, que não teve possibilidade de injetar uma dose de democracia nas estruturas «comunistas» burocratizadas. As hierarquias do partido e do exército retomaram o controlo com toda a brutalidade.
Depois, houve uma fase em que o regime se ofereceu (literalmente) para servir os capitalistas internacionais que quisessem investir e explorar a classe trabalhadora chinesa. Não só esta classe estava destituída de qualquer poder sobre as suas vidas, como nem sequer podia fazer valer os seus direitos.
Foi assim que se deu a acumulação de riqueza no Estado totalitário chinês, com benefícios miríficos para a classe capitalista internacional. Esta, pôde assim baixar acentuadamente os custos de produção, graças aos salários chineses, dez vezes mais baixos que os equivalentes no «Ocidente».
Agora, o Estado muito repressor, que distribui aos capitalistas locais os «nacos» mais saborosos da exploração do seu próprio povo, não decidiu ainda encerrar muitas das empresas estrangeiras que se instalaram na China, desde há 30 anos. Mas, progressivamente, o capitalismo na China vai ser protagonizado por empresas chinesas, quer sejam estatais, ou de capitalistas locais. Provavelmente, continuará a haver algum capital estrangeiro investido em parcerias com o Estado, visto que estes acordos são tipicamente de longa duração.
Pessoalmente, não me impressiona muito que a China se tenha erguido durante estes 35 anos ao nível de nº 2 ou mesmo nº1 em certas áreas ao nível mundial. Vendo as coisas com olhos objetivos, desde os anos 50 até 80 sob o comando de Mao e de sua clique, a China estagnou: Podemos compreender que o pior mal foi feito pela casta dirigente, não obstante o nível muito baixo de que partiu a estrutura produtiva e o facto incontestável da guerra híbrida que o imperialismo dos EUA levou a cabo nestes anos.
O paradoxo, neste caso, é que a própria direção do Estado e do partido oferecem à classe capitalista internacional (e agora também aos capitalistas nacionais da China) uma enorme oportunidade, com um enorme «bonus», que permitiu que este mesmo capitalismo fizesse a transição de economias industriais, para economias de serviços (financeirização da economia).
A exploração da classe laboriosa chinesa veio beneficiar principalmente a casta dirigente do partido e os capitalistas nacionais e internacionais. O bemestar relativo da classe trabalhadora chinesa é inegável, mas temos de ter em conta que se, nos últimos 30 anos, o nível de remuneração melhorou duas ou três vezes (200 ou 300 %), a produtividade global no setor industrial aumentou cerca de 20 vezes (2000 %)! Era impossível manter a classe trabalhadora na miséria, pois esta iria virar-se contra o poder e talvez encetar uma revolução proletária a sério. O custo de manter a classe trabalhadora chinesa sossegada, trabalhando com afinco para melhorar a sua condição individual e da sua família, tem sido incrivelmente baixo, dado o diferencial entre o que recebe o povo em salário médio e os lucros obtidos pelos capitalistas.
quarta-feira, 21 de maio de 2025
PARADOXOS DA GUERRA ECONÓMICA CONTEMPORÂNEA
Foto: Vista de Xangai
Na realidade, são um feixe de contradições que vêm pôr de rastos construções ideológicas, que passaram por ciência económica «bona fide», no passado recente e continuam presentes, quer no discurso político oficial, quer na media mainstream, ou ainda na academia.
A contradição maior é a China, país governado por uma direção comunista, experimentar um desenvolvimento capitalista vigoroso. Hoje, é inegável a rapidez com que passou a estar no primeiro lugar em domínios de ponta, onde a excelência e a inovação vão de par com uma estrutura industrial em permanente renovação.
Nestes domínios da «high-tech», os EUA e países ocidentais em geral, já não estão em primeira linha numa série de indústrias, tanto em termos de qualidade, como na cobertura ao nível mundial.
Um exemplo importante é a rede 5G da telefonia móvel. Esta é dominada pela Huawei, empresa privada chinesa, que - apesar de todo o boicote levado a cabo há anos pelos EUA- está numa posição mundial dianteira.
Lembram-se do lamentável episódio da vice-presidente da Huawei ter sido presa no aeroporto de Vancouver, quando em trânsito para a China, vinda dum congresso na América Latina? E do tempo que levou libertarem-na, embora inocente de qualquer crime e retida contra todas as normas do direito internacional?
A China de hoje não sofre de atraso em termos tecnológicos, em relação ao Ocidente, antes pelo contrário. Ela tem sido capaz de ultrapassar as dificuldades colocadas pelos ocidentais à sua importação de componentes estratégicas, sujeitas a sanções pelo Ocidente. A indústria dos «chips» tem avançado depressa na China, embora esta não consiga ainda igualar certos tipos de chips de gama mais alta, fabricados em Taiwan. Pode-se dizer -porém - que não está em situação crítica, neste aspecto.
Um «teste» que comprova isso, ocorreu recentemente, com os aviões de combate da força aérea do Paquistão de fabrico chinês, que superaram em combate os da força aérea indiana, de fabrico francês (Rafale). Obviamente, os aviões de caça possuem múltiplos sistemas eletrónicos, dos radares de deteção, aos sistemas de assistência à pilotagem e ao combate. Estes sistemas utilizam os «chips» mais sofisticados. Penso que a qualidade dos sistemas electrónicos incorporados se reflectiu nas capacidades de combate desses aviões.
A China tem uma economia integrada, mas não demasiado verticalizada, assim conciliando a capacidade em concentrar recursos humanos, financeiros e materiais, em áreas consideradas prioritárias, ao mesmo tempo que - ao nível local, de município ou de província - tem dado livre curso a experiências audaciosas, colocando a iniciativa privada em concorrência. Esta é estimulada, sendo a excelência recompensada. Veja-se o que diz a economista Prof.ª Keyu Jin sobre os pólos de excelência das «Silicon Valleys» chinesas.
Neste país não há pobreza nas grandes cidades; a população está corretamente vestida; não tem carências alimentares, nem deficiências na saúde.
Pode-se argumentar como se queira, mas a pobreza é o factor de exclusão maior: Automaticamente, exclui os pobres da participação ativa na vida social e cívica. Além disso, a pobreza tende a perpetuar-se de geração em geração.
É no Ocidente que a pobreza progride. Aí, verifica-se a subida dos índices mais preocupantes, como o da taxa de mortalidade de bébés e infantes, o desemprego em massa dos jovens, o alcoolismo, o consumo de drogas e os suicídios... e tudo isto, enquanto a sociedade do consumo desenfreado continua a segregar a miragem da opulência. Esta miragem faz as pessoas mais pobres do Sul global imigrarem para os países «afortunados», onde irão encontrar, em vez dum «paraíso», o inferno da exploração!
Porém, é na China que ocorre o mais dinâmico desenvolvimento capitalista, numa combinação de capitalismo de Estado e de capitalismo privado.
A República Popular da China declara-se socialista, mas não exclui nem marginaliza o capitalismo privado, enquanto modo de produção.
Se, de facto, este modelo de socialismo tem tanto sucesso, ele não deveria assustar as pessoas dos países da Europa e América. Deveriam ver quais as vantagens que pode trazer, embora não para lhe copiar mecanicamente as soluções. Estas, podem ser adequadas para a China, mas não para outras paragens. Muitos países do Sul Global estão já a beneficiar da cooperação com a China.
Paradoxalmente, enquanto continua a pregar a «liberdade de concorrência», a «livre iniciativa», etc, o Ocidente mantém uma guerra de retaguarda com o resto do mundo. Claramente, esta destina-se a conservar os privilégios da oligarquia, a qual não tem interesse em desenvolver seus países, no sentido autêntico de emancipação das pessoas, sua maior autonomia, suas melhores condições de vida e uma melhor educação e informação.
Ao fazer esta escolha - pela oligarquia - a casta política europeia está cada vez mais dissociada das necessidades reais da cidadania. Prova clara desta dissociação, é sua opção pelo confronto bélico com a Rússia, indo ao ponto de mostrar-se mais inflexível que os EUA. Esta escolha, acabará por levar a Europa para um plano subalterno, não só no tecido tecno-científico-industrial, mas também ao nível civilizacional.
Múltiplos casos históricos de países, mostram que a perda de dinamismo (em particular, no setor produtivo) está na origem da decadência e se não for revertida, desemboca em dependência neo-colonial.
quarta-feira, 30 de abril de 2025
VIRAGEM PARA UMA NOVA ERA
segunda-feira, 28 de abril de 2025
quinta-feira, 17 de abril de 2025
quarta-feira, 16 de abril de 2025
A GUERRA "TARIFÁRIA" É O PRETEXTO; A CAUSA VERDADEIRA É OUTRA
Dollar, Putin & Iran Just Got STRONGER w/ Ben Norton
NA CHINA, CENTENAS, MILHARES DE SILICON VALLEYS ESTÃO A NASCER
Prof. Keyu Jin: What Americans GOT
WRONG About China's Economy
terça-feira, 15 de abril de 2025
quarta-feira, 9 de abril de 2025
CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL, Nº 42: A TEMPESTADE TARIFÁRIA, OS MERCADOS E AS ALIANÇAS
domingo, 6 de abril de 2025
TRUMP, 2 DE ABRIL, EUA: DIA DA LIBERTAÇÃO... PARA QUEM???
Segundo Peter Schiff, o dia "da libertação " de Donald Trump vai ser o começo de um período extremamente penoso para os consumidores dos EUA, de aprofundamento da crise de solvência das contas públicas, de aceleração da inflação americana e de escassez de bens e matérias-primas no mercado americano.
Mas não será necessariamente assim para o resto do mundo. Será fácil para as economias que exportavam para os EUA bens de consumo, reorientarem-se para outros mercados, incluindo os dos países emergentes. Haverá também mais capitais disponíveis para investir nestas economias. Se os países emergentes não imitarem os americanos, taxando tudo e todos indiscriminadamente, vão melhorar a sua posição na competição mundial. Seria irónico mas muito justo, que - afinal - este dia (2 de Abril de 2025) da imposição de tarifas alfandegárias pelos EUA, fosse O DIA DA LIBERTAÇÃO DO MUNDO* DA PARASITAGEM DOS ESTADOS UNIDOS SOBRE AS ECONOMIAS DOS PAÍSES EXPORTADORES.
(*Dentro de um ano, a 02 de Abril de 2026, penso que já estaremos em condições de fazer um primeiro balanço do efeito dessas medidas na economia dos EUA e no Mundo)
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PS1: Prof. Warwick Powell considera aas tarifas uma prenda para a China e os BRICS. Veja AQUI
PS2: Um americano com muita experiência vivida na China explica-nos porque as subidas tarifárias não poderão atingir os objetivos pretendidos por Trump:
https://herecomeschina.substack.com/p/america-underestimates-the-difficulty
domingo, 16 de fevereiro de 2025
ALIANÇAS DE INVESTIGAÇÃO ESPACIAL DA CHINA COM NAÇÕES DE ÁFRICA
Nações Unidas apontam parceria China-África como “um pilar da Cooperação Sul-Sul”
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025
Jeffrey Sachs: sobre o Império e arrogância dos líderes políticos do ocidente
(A megalomania e arrogância de Trump servem os propósitos criminosos de Natanyahu)
quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
A REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DE «DEEPSEEK» O SISTEMA OPEN SOURCE CHINÊS
O sistema de IA (Inteligência Artificial) chinês ameaça retirar a supremacia dos EUA em tecnologias de informação. Já causou um tombo nas cotações bolsistas de empresas tecnológicas, como NDVIA. O índice de empresas tecnológicas NASDAQ, sofreu uma quebra considerável.
É uma mudança espectacular, que inaugura uma nova fase da competição tecnológica e económica entre os EUA e a China.
Veja o vídeo falado em francês, que nos permite compreender as características muito especiais do «Deepseek» e o efeito da sua entrada em cena, nos gigantes tecnológicos dos EUA:
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
A GUERRA ECONÓMICA DOS EUA CONTRA OS SEUS «ALIADOS» EUROPEUS
Desde a invasão russa da Ucrânia, o cenário tornou-se muito mais explícito, tal como o papel das «elites» políticas dos mais fortes países da UE.
Os EUA revelaram a sua verdeira face, ao destruírem o gazoduto submarino no Mar do Báltico (Nord Stream) e forçando os alemães - e em particular, o governo do Chanceler Olaf Scholtz - a fazer como se não soubesse de nada, como se isso fosse possível; logo, a desacreditar-se completamente perante os seus eleitores. A partir deste ponto, a Alemanha e muitos outros países da UE, não teriam outra opção viável, senão adquirir o gás americano, comprimido e enviado através do Atlântico em navios especiais e quatro vezes mais caro que o gás natural russo, veículado por uma rede de gazodutos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (representante da ala mais belicosa da oligarquia), advoga a necessidade do aumento substancial das despesas militares dos países da OTAN; apoiando inclusive a meta irrealista, não de 2% do PIB, mas de 5%. Esta exigência é uma sentença de morte para a capacidade de sobrevivência da UE, enquanto potência económica autónoma. É evidente que este esforço de despesas militares irá ser canalizado - em quase exclusivo - para aquisições em proveniência da indústria armamentista dos EUA, o que os salva da falência. Ou seja, nós vamos à falência, graças à cobardia, subserviência e estupidez dos dirigentes europeus.
Para cúmulo, os eurocratas e quase toda a casta política da Europa, estão comprometidos com Washington em impor mais sanções contra a Rússia (ainda mais) e contra a China. Ambos são dos mais importantes parceiros comerciais: A Rússia e China têm sido os melhores mercados para produtos agrícolas e industriais da Europa, além de que temos necessidade - no imediato - de importar destes países produtos que deixámos de fabricar, ou que não fabricamos em quantidade suficiente.
*Com amigos assim, para que precisamos de inimigos?
quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
BLACK ROCK APROVEITARÁ DA EXPLORAÇÃO (DEPOIS DA GUERRA) DAS RIQUEZAS UCRANIANAS
domingo, 12 de janeiro de 2025
DEVEMOS ESTAR PREOCUPADOS COM A INFLUÊNCIA DA CHINA NOS BRICS?
RETIRADO DE: https://thinkbrics.substack.com/
La influencia de China en los BRICS suscita un debate global: ¿su creciente poder traerá cooperación o dominio? Explore en qué se diferencia el ascenso de China, moldeado por valores culturales únicos, de la hegemonía tradicional.
A medida que la fuerza de China continúa creciendo, especialmente después de su reciente vuelo de prueba del avión de sexta generación, se están extendiendo voces de duda y preocupación en medio del asombro constante ante la fuerza militar y económica de China en el país y en el extranjero.
Estas voces de duda y preocupación no son más que si China, después de un aumento tan enorme de fuerza, mostrará actitudes agresivas en algunas organizaciones de cooperación internacional. Por ejemplo, dentro de la organización BRICS, la enorme fuerza política, económica y militar de China “forzará” a otros países más débiles que China a obedecer sus órdenes.
Semejantes dudas y preocupaciones son comprensibles, porque Estados Unidos, como potencia hegemónica mundial, es bien conocido por sus hábitos imperialistas. Estados Unidos ha utilizado su dominio absoluto en el ejército, la ciencia y la tecnología, la política y la economía para coaccionar a otros países no una o dos veces, sino muchas veces.
No sólo eso, sino que Estados Unidos también ha violado abiertamente el derecho internacional, invadido armadamente otros países y cultivado agentes proestadounidenses en diferentes países. Su comportamiento hegemónico ha hecho sufrir a países de todo el mundo.
Es precisamente debido a la coerción y persecución de países de todo el mundo por parte del imperialismo estadounidense que los países de todo el mundo naturalmente tienen las mismas dudas y preocupaciones ante el ascenso de China. Esto es comprensible.
Desde el estallido de la SMO rusa en Ucrania , la disminución de la influencia global de Estados Unidos y Occidente ha sido un hecho indiscutible. En particular, la flagrante utilización del dólar como arma por parte de Estados Unidos y el congelamiento de las reservas de divisas de Rusia han despertado el resentimiento de países de todo el mundo y desencadenado una ola de desdolarización global. La hegemonía del dólar es la base de la hegemonía estadounidense. Si estos cimientos se tambalean, entonces el hecho de que Estados Unidos está cerca del fracaso total será visiblemente evidente.
El declive de Estados Unidos y el ascenso de China se han convertido en una tendencia irreversible. Es inevitable que China se convierta en la nueva fuerza dominante en el mundo. La pregunta ahora es: ¿Se convertirá China en el segundo Estados Unidos? ¿Utilizará China su posición ventajosa para obligar a otros países a obedecer sus instrucciones, como Estados Unidos?La respuesta es, por supuesto, no.
Como China no es Estados Unidos, China no aprenderá el comportamiento hegemónico del imperialismo estadounidense. La cultura china siempre ha abogado por la "compatibilidad y aceptación". Bajo la influencia de esta cultura, es imposible que China adopte las mismas prácticas que el imperialismo estadounidense.
Esta cultura enfatiza la tolerancia hacia otras culturas y civilizaciones, así como el bienestar de la promoción común y la prosperidad común, que es fundamentalmente diferente de la hegemonía estadounidense.
Por ejemplo, Estados Unidos y los países occidentales han estado acusando a la iniciativa "La Franja y la Ruta" de China de ser una llamada "trampa de la deuda", y su verdadero propósito no es más que desacreditar la iniciativa "La Franja y la Ruta" de China y obligar a otros a países a mantenerse alejados de él. Sin embargo, esto es completamente falso.
Porque la mayoría de las deudas de los países que participan en la Iniciativa de la Franja y la Ruta son deudas privadas no estatales.
Tomemos como ejemplo a Sri Lanka. Según datos del Tesoro de Sri Lanka , a marzo de 2024, Sri Lanka tiene una deuda externa total de 27.600 millones de dólares, de los cuales los acreedores privados representan la mayor proporción, el 53,6%, los acreedores multilaterales representan el 20,7% y China representa el 20,7%. por sólo el 10,9%.
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La misma situación ocurrió también en Pakistán. La deuda externa total de Pakistán fue de 125.702 millones de dólares estadounidenses, de los cuales los préstamos de China ascendieron a 20.375 millones de dólares estadounidenses, lo que representa el 16,2% de la deuda externa total de Pakistán.
En cuanto a Kenia, en marzo de 2024 , la deuda externa total de Kenia era de 32.220 millones de dólares, de los cuales el 46,3% procedía de instituciones financieras multilaterales como el Fondo Monetario Internacional y el Banco Mundial, mientras que la deuda de diversas entidades chinas representaba solo el 17,2%.
Según un informe de 2022 del African Policy Institute , desde 2011, alrededor de tres cuartas partes de los reembolsos de la deuda de los países del África subsahariana se han pagado a tenedores de bonos y préstamos comerciales, que son los mayores acreedores de África.
Además, aun así, China no ha escatimado esfuerzos para perdonar las deudas de los países africanos. Incluso los medios estadounidenses y occidentales tienen que admitirlo. Según VOANews , China ha perdonado 23 préstamos en África, lo que también es una poderosa refutación de la "trampa de la deuda" de los países occidentales.
La hegemonía estadounidense se basa en los genes culturales de los anglosajones que, en palabras de Fausto, son "poder, espacio e infinito". Bajo la guía de esta ideología, la hegemonía estadounidense y británica siempre ha utilizado la fuerza y la intimidación para lograr un gobierno de alta presión sobre los asuntos globales y los países de todo el mundo. Éste es el método consistente utilizado por Estados Unidos y Gran Bretaña para gobernar el mundo.
Pero ésta no es la manera china, porque la cultura china enfatiza la inclusión. La propia cultura china es producto de una mezcla de varias culturas extranjeras. Por tanto, China tiene una tolerancia natural hacia las culturas extranjeras. Ésta es también la diferencia esencial entre China, Gran Bretaña y Estados Unidos.
China está abierta al ascenso de cualquier país y nunca ha considerado ni considerará el ascenso de ningún país como una amenaza al dominio de China en el mundo, porque reprimir a otros países no es una forma que los chinos estén dispuestos a tomar. Por el contrario, tolerar y apoyar a otros países es la política nacional que China siempre ha defendido.
Es necesario porque China tolera y apoya el desarrollo y el ascenso de otros países que China haya lanzado el gran proyecto de la "Franja y la Ruta". En el marco de este proyecto, China ha construido una infraestructura bastante completa para muchos países pobres de África y América Latina. Sólo cuando estos países se desarrollen podrá China desarrollar el comercio con ellos. Esto es beneficioso para los países subdesarrollados de Asia, África y América Latina, así como para el propio desarrollo de China. Esta es una verdadera situación en la que todos ganan.
Para desacreditar la política de "la Franja y la Ruta" de China, Estados Unidos y Occidente siempre han difamado el pensamiento de "ganar-ganar" de China calificándolo de "China gana dos veces", lo cual es completamente inconsistente con los hechos. En el marco de "La Franja y la Ruta", los países subdesarrollados de Asia, África y América Latina han obtenido ferrocarriles, aeropuertos, carreteras y otras infraestructuras importantes completas, mientras que China ha ganado canales para abrir los mercados de estos países. El beneficio mutuo es el verdadero beneficio mutuo.
También es por esta razón que la llamada "trampa de Tucídides" no se aplica a China. Si hay un país que puede superar a China en el futuro, entonces China no lo reprimirá como Estados Unidos, porque la cultura china cree que "la gran tendencia del mundo está gobernada por aquellos con virtud".
Si otros países piensan que pueden liderar el mundo con más poder que China, y este país no busca dañar a China, entonces China puede tomar la iniciativa de ceder la posición del máximo liderazgo mundial a este país, y nunca utilizará diversos medios. para reprimir a este país como Estados Unidos. Esto será beneficioso y no perjudicial tanto para la propia China como para la paz mundial y puede evitar una nueva guerra mundial para los máximos dirigentes del mundo.
Porque una vez que este país se fortalezca, China podrá comerciar con él de manera más efectiva. China presta más atención a los beneficios económicos reales y a los logros reales en materia de desarrollo, y no tiene ningún interés en el nombre falso de "los máximos dirigentes del mundo".
Por lo tanto, no hay absolutamente ninguna necesidad de preocuparse por el crecimiento de la fuerza de China. El ascenso de China será una bendición para la humanidad y felicidad para el mundo. Mientras China crezca, el mundo será pacífico, la humanidad se desarrollará, la economía prosperará y el mundo entero estará bañado por la luz de la paz y la prosperidad. No habrá necesidad de preocuparse por guerras y conflictos. Éste es el mayor significado del ascenso de China.
NÃO SERÁ FÁCIL REVERTER A GLOBALIZAÇÃO [Sinobabble]
https://www.youtube.com/watch?v=q4oq8Uwqutk&t=599s