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domingo, 12 de outubro de 2025

Revelado quem sabotou Nordstream


Vladimir Putin, numa conferência de imprensa recente, afirmou que estavam identificados os autores da sabotagem. Seriam os britânicos, dos quais se sabe que têm dos melhores grupos especializados em sabotagens marítimas. Esta sabotagem contou com a monitorização e o provável apoio logístico de navio da marinha dos EUA. As entidades da OTAN estavam com certeza ao corrente, pois a área onde ocorreu a sabotagem tem sido - ao longo dos anos - sujeita a constante vigilância por radar, por satélite, ou por patrulhamento de guardas costeiros da Dinamarca e da Alemanha.
A hipótese avançada pelos responsáveis da OTAN, como explicação para o sucedido, não tem ponta de verosiminhança, a começar pelo facto do iate «Andrómeda» não estar equipado com sistemas de compressão/descompressão necessários para descer os homens a 80 metros de profundidade, e também o facto de não ser tarefa para «amadores», mas apenas para homens bem treinados e experientes, o que implica que teriam de pertencer a um corpo de elite militar.
Quanto à  posição oficial da Alemanha, o chanceler Merz, recentemente, mostrou a sua total subordinação aos americanos e desprezo pelos concidadãos, ao se «regojizar» da sabotagem e de «jurar» que nunca mais haveria ligação por gasoduto com a Rússia. Isto, no preciso momento em que na Alemanha (e noutros países da Europa central), o custo elevado do gás (o gás comprimido americano custa 3 a 4 vezes mais caro que o russo, em gasoduto) tem causado o empobrecimento da população, devido às faturas de gás e eletricidade. Além disso, observa-se a fuga para outros países ou a falência, de muitas empresas industriais. Está previsto para o ano de 2025, um défice do PIB de cerca de 30%.

quinta-feira, 6 de março de 2025

[jornal popular MUDAR DE VIDA] O TAMANHO DA DERROTA (por Manuel Raposo)

 

                                      Foto: Tratados como inúteis pela nova gerência de Washington

O tamanho da derrota

«Tudo se torna mais simples de entender se admitirmos o seguinte: o imperialismo perdeu a guerra na Ucrânia. Todos os propósitos amplamente anunciados pela equipa de Biden que a Europa seguiu cegamente - desgastar militarmente a Rússia, arruiná-la economicamente, isolá-la do resto do mundo, derrubar o regime para abrir portas a uma segunda era Ieltsin -  fracassaram.»

domingo, 12 de fevereiro de 2023

[Seymour Hersh] GASODUTOS NORDSTREAM FORAM SABOTADOS POR ORDEM DO PRESIDENTE DOS EUA

 


No vídeo acima, pode-se escutar* o jornalista de «Geopolitical Economical Report» Ben Norton, detalhando o conteúdo do artigo de Seymour Hersh 

(* para melhor compreensão pode acionar as legendas automáticas, em inglês)

Seymour Hersh é um jornalista que ganhou o prémio Pulitzer e que há uns dias atrás publicou em Substack (para escapar a censura dos media corporativos), uma reportagem de investigação, que esclarece - para além de qualquer dúvida - como foi a sabotagem dos gasodutos Nordstream que abasteciam a Alemanha em gás russo. Seymour obteve testemunho de dentro sobre como a administração Biden aprovou a operação da CIA, que utilizou explosivos e mergulhadores da Marinha de guerra dos EUA, com a ajuda da Noruega (membro da OTAN)

Leia o artigo de Seymour Hersh: https://seymourhersh.substack.com/p/h... Mais fontes e informações aqui: https://geopoliticaleconomy.com/2023/... Reportagem de Outubro do site Geopoliticaleconomy em Outubro - "Who sabotaged Nord Stream pipelines? US boasts ‘tremendous opportunity’ to weaken Russia. CIA knew": https://geopoliticaleconomy.com/2022/... Os EUA são agora o principal exportador de LNG (gás liquefeito) mundial enquanto a Europa boicota o gás russo, mais barato: https://geopoliticaleconomy.com/2023/... || Geopolitical Economy Report || Please consider supporting us at https://GeopoliticalEconomy.com/Support Patreon: https://Patreon.com/GeopoliticalEconomy Podcast: https://Soundcloud.com/GeopoliticalEc... Newsletter: https://GeopoliticalEconomy.Substack.com

quarta-feira, 13 de março de 2019

SAÍDA DE PESSOAL DIPLOMÁTICO DOS EUA, DA VENEZUELA, É UM MAU SINAL



                         

Ontem, Michael Pompeo, o Secretário do Governo Trump, decretou a retirada de todo o pessoal diplomático da Venezuela. Não creio que isso inclua os operacionais da CIA e das outras agências que estão apoiando as forças de oposição ao governo Maduro. Este é um sinal muito mau, em termos de perspectiva de uma actuação militar, em grande escala e com possibilidade de muitos mortos, como um bombardeio de Caracas, por exemplo. Numa circunstância dessas, o governo dos EUA não iria ter a possibilidade efectiva de garantir a segurança dos seus funcionários.
A agressão sob todas as formas, contra o governo legítimo de Maduro, atingiu o patamar mais elevado, com a sabotagem da rede eléctrica, cujo significado é muito claro; pretendem assim tornar a vida impossível aos milhões de cidadãos, pretendem propiciar o saque a supermercados e comércios, por forma a que a vida de todos os dias seja impossível, dado os comerciantes se irem embora; pretendem sobretudo, mostrar que têm capacidade em sabotar do interior as estruturas vitais de um país, mensagem sobretudo endereçada a um todo-poderoso exército, que se tem mantido do lado da legalidade, mas poderá (como no Chile!) bascular para o lado dos golpistas.
    
                  Blackout shuts down Venezuela’s oil exports
                  Acima: Uma artéria de Caracas durante o «apagão» 

A estratégia do imperialismo em relação à Venezuela tem sido clara:

  • Criar uma série de obstáculos através de sanções económicas e outras, sem porém cortar relações diplomáticas (fase do processo que tem já mais de uma dezena de anos).
  • Estrangular economicamente a Venezuela através de embargos de todo o género de mercadorias, desde material com uso militar até artigos de medicina e alimentos.
  • Fomentar o mercado negro desses produtos, que somente poderão ser adquiridos a troco de dólares. Assim, colocam em ruptura o abastecimento normal do país, infelizmente demasiado dependente de compras ao exterior, para toda a espécie de bens e mesmo de alimentos. Por outro lado, o desenvolvimento do mercado negro provoca a descida acelerada do Bolivar – a divisa do país – e inicia-se a fase de híper inflação.
  • A oposição, constantemente apoiada e financiada, exige eleições; estas têm lugar, mas a mesma oposição boicota-as, alegando que não são «democráticas». Isto passou-se assim, apesar dos observadores declararem que as eleições tinham sido regulares e de – aliás – ter havido uma candidatura de oposição, que se apresentou a escrutínio.
  • Uma campanha internacional insistente para deslegitimar o governo do presidente Maduro, em paralelo com o fomentar de manifestações de rua, cada vez mais violentas.
  • A declaração, em perfeita coordenação com Michael Pence, vice-presidente dos EUA, de que Guaidó – que fortuitamente, era presidente do parlamento- seria, daqui por diante, o Presidente-interino da Venezuela. Esta manobra tinha como objectivo criar um movimento de deslegitimação de Maduro, pelos acólitos dos EUA (dignamente, a Itália recusou).
  • A política de sanções e de guerra económica atinge o cúmulo, com o roubo de mais de 20 biliões de dólares, pertencentes ao Estado Venezuelano, assim como a recusa pelo Banco de Inglaterra em autorizar o repatriamento de ouro venezuelano, do qual tem a custódia. Estes actos são tipicamente pirataria económica, são actos totalmente ilegais face à lei internacional.
  • A recente sabotagem da rede eléctrica pública da Venezuela, mostra como os imperialistas dispõem de meios de sabotagem, que poderão ser ainda mais gravosos e instaurarem o caos. O que fizeram agora tem a seguinte mensagem explícita: «Ou derrubam Maduro, ou nós fazemos ainda mais e pior, tornando a Venezuela um inferno ingovernável». Esta mensagem dirige-se sobretudo à casta militar.
  • A ordem de saída de todo o pessoal diplomático da Venezuela, por Pompeo, surge como preparação para uma invasão ou um ataque militar aéreo ou algo semelhante, em preparação e na eminência de ser executado. Retiram o seu pessoal diplomático – também- para evitar que este possa servir como refém, se a guerra com tiros e bombas rebentar.