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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

O NAUFRÁGIO DA UNIÃO EUROPEIA [Frédéric Farah]

 

https://www.youtube.com/watch?v=ZpxX0EPPJCc&t=2849s

COMENTÁRIO:

A União europeia tornou-se - a partir de Maastricht - numa modalidade de dominação neocolonial dos países nórdicos sobre os países do Sul. 

Apesar de todo o chinfrim e lamúrias feitas por alemães e outros, os países do Sul (os «PIGS»= Portugal, Itália, Grécia, Spain), foram sistematicamente arredados da competição nos domínios mais tecnológicos, embora à partida devessem ser os favorecidos, isto se a «fábula» da aproximação dos níveis de desenvolvimento e de vida, fosse mais do que a forma de «embrulhar» os povos na ilusão, para aceitarem o desaparecimento de uma parte considerável da sua soberania, ou seja, a renúncia a cunhar moeda própria. 

A incapacidade de desvalorizar a moeda nacional (visto não existir mais este instrumento de soberania) obriga a que a desvalorização do trabalho assalariado seja a única variável possível - em regime de mercado único - para conseguir aguentar a competição com países concorrentes comerciais mais fortes. 

Assim, de forma institucional, os governos do Sul foram «convidados» a implementar políticas de austeridade, que significam estagnação e sofrimento económico e social para os respetivos povos: Basta comparar os níveis de desemprego no Norte da UE e no Sul, no período considerado, nos anos entre 1992 e 2022.  

Durante algum tempo, as pessoas dos países do Sul foram iludidas e julgaram que realmente iriam alcançar os padrões de bem-estar dos países do Norte. Mas, as sucessivas políticas de austeridade, além da enorme fuga de capitais, fizeram com que - numa proporção maior que os ricos - fosse a classe trabalhadora (operariado + classe média) a sustentar a maior parte das despesas do Orçamento, com os seus impostos. 

- Na ausência de significativo investimento nos domínios tradicionais suscetíveis de crescerem numa primeira fase (por exemplo, as indústrias alimentares, as confeções, etc.) houve uma invasão dos produtos do Norte. 

- Não só a viabilidade de pequenas e médias empresas industriais dos países do Sul ficou posta em causa, com o desemprego correlativo, como também foram destruídos muitos postos de trabalho a montante e a jusante, na agricultura  e nos serviços. 

O balanço destas 3 décadas de União Europeia pós-Maastricht, para os países pobres, não poderia ser mais triste. 

- Perderam a possibilidade de desenvolver aquelas áreas onde possuíam reais vantagens, em relação aos concorrentes europeus e mundiais. 

- Houve destruição de sectores inteiros, como as pescas em Portugal, por exemplo.

- Agravou-se a miséria, que somente foi minorada com o renovo de fluxos migratórios em direção às economias do Norte. 

- As indústrias do Norte europeu ficaram com um vasto mercado cativo, não apenas em relação a automóveis e outros produtos industriais, mas também em relação a produtos antes fabricados no Sul, cujas empresas agrícolas e industriais foram liquidadas. 

- Parte da classe política (incluindo à «esquerda») em Portugal, continua a alimentar o mito do sucesso do projeto da UE. Trata-se daquela pequena casta, muitíssimo beneficiada com prebendas e privilégios da UE e suas agências, mas sem qualquer contributo positivo para este país.


Frédéric Farah é autor de um artigo recente, sobre como se originou e quais as consequências da bolha no imobiliário em Portugal:

 https://elucid.media/economie/flambee-immobiliere-portugal-malheurs-deregulation-europeenne-frederic-farah

sábado, 25 de novembro de 2023

AUMENTO DE VOTOS NA EXTREMA-DIREITA EUROPEIA

 


https://www.statista.com/chart/6852/right-wing-populisms-enormous-potential-across-europe/


A progressão da extrema-direita europeia não é uma fatalidade. Não se pode ficar de braços cruzados... 

O que fazer? Gostaria que as forças políticas e sociais fizessem um debate sério sobre o panorama político europeu e dentro de cada Estado. Só assim, haverá possibilidade de acordos entre várias tendências, mesmo que limitados, para a ação. 


quarta-feira, 29 de março de 2023

PARLAMENTO EUROPEU - CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE

 Corruptos Eurodeputados Votando Para Proteger Outros Eurodeputados e Suas Corrupções:

A reputação do Parlamento Europeu e da própria União Europeia é a última das preocupações dos deputados europeus. 

Leia o artigo de Martin Jay e perceba porque esta cadeia contínua de escândalos, protecionismo, favoritismo, corrupção e total desvergonha, raramente toca a média dos diversos países que compõem a União. 

São biliões de euros que fluem dos contribuintes dos países da UE. A manutenção desta máquina de corromper serve os interesses dos negócios e das grandes fortunas. 

No parlamento europeu, quem não é pessoalmente corrompido, encobre os do mesmo grupo que o são.  Quem pensa que existe «pinga» de democracia neste órgão, abra os olhos e desengane-se de vez! 

Bent MEPs Vote to Protect Bent MEPs and Their Graft. What Is the Point of the European Parliament?

The beating heart of the EU institutions is greed and self-gratification either by hook or by crook, Martin Jay writes.

Just how important would you say the European Parliament is, both on a local (European) level and internationally? In a pro-European Belgian newspaper in around 2001 I remember reading the results of a survey of Europeans with over 70 percent agreeing that the institution was an important body, while almost 80 percent admitting they didn’t really know what it did.

The European Parliament’s role often comes into question both by the staunch supporters of the EU and those who have lost faith in the EU as a whole. Recently, it was interesting to see MoroccoGate of QatarGate take up a lot of EU media oxygen as a bribery scandal rocked the very foundations of the parliament forcing its president to act quickly and suspend the MEPs who were milking their positions and the EU for everything they could get. Notably, these MEPs were all fiercely pro-EU, at least in theory glancing at their political stripes (socialists) but in reality you could easily argue that they had no belief in the project as a whole, given that they were happy to piss in its soup.

What emerged not only from the parliament but from the EU as a whole were warnings that such scandals can bring the entire EU project to its knees and that corruption on all levels needs to be tackled head on. But, just as Neil Kinnock in 1999 was brought in as Vice President to supposedly clean up graft, does it mean that in reality, just like Kinnock’s role, the new initiative will be to cover it up better? Kinnock’s legacy as Vice President was to draw up new internal EU roles, which the bulk of the British pro EU press genuinely believed was about preserving the sanctity of the EU. In reality, his first few years were dealt with him dealing with whistleblowers – which largely meant having briefings with journalists where he defamed them and claimed they were mentally unwell. I should know. I was at one of those briefings in his huge Brussels office. He soon drew up new rules which practically made it impossible for whistleblowers to expose corruption and keep their jobs and their rights. Kinnock himself – and his family who all had EU jobs – returned to the UK after almost a decade of riding the EU gravy train at least 6 million quid in assets and cash which the now defunct News of the World wanted to claim was in reality closer to 10m pounds using friends and family to purchase properties on his behalf, before, that is, he threatened to sue them hours before publication.

Corruption is really the very heart of what the EU is about. The beating heart of the EU institutions is greed and self-gratification either by hook or by crook. And with almost no real accountability, looking beyond the phalanx of fake watchdogs or graft investigation authorities, it’s hardly surprising that socialist MEPs – who belonged to the same pan-EU group in the European parliament as the Kinnocks – would be found with millions of euros of cash stuffed in suitcases under their beds in their Brussels’ apartments like Kaili and Panzeri.


Ex-Vice-Presidente do parlamento europeu, a socialista grega Eva Kaili, foi destituída após o escândalo de corrupção a favor de Marrocos. 

But now we are led to believe that the European parliament itself is doing something about this bribery scandal, preventing another one from happening. Some leading MEPs, apparently, believe it would have never happened if Panzeri was not allowed to act as a lobbyist when he lost his MEP seat and continued to work in the parliament in the murky world of consultancy.

Remarkably, this is the focus of attention. We should remember of course that the phoney democracy that the EU is, produced a parliament a couple of years after the entire grandiose project launched. It is only at best a rubber-stamping body which was mainly created to give the EU some credibility as something vaguely democratic. If that were the case, of course, the MEPs would be allowed actually to propose new EU laws. Given that this is beyond their reach, we could at least assume that this institution is merely window dressing at best.

And within this mindset, it is hardly surprising that such scandals which involve bribing MEPs to gain influence or, in the case of Morocco and Qatar, whitewash their appalling human rights records, exist in the first place. I would argue that the latest scandal probably only scratches the surface and that a lot more of this ‘pay-as-you-go’ bribery for influence is happening and that the europress, whenever they stumble across it, feel it their duty – as also part of the corruption – to cover it up. Journalists in Brussels are pro-establishment and actually believe that they are self-harming if they actually do any erudite reporting of the dark side of the EU.

The real story here is that the MEPs themselves – even the ones who are not taking bribes – have known about this murky world and are not remotely interested in cleaning it up, which makes their recent acerbic tutelage which they delivered to the Moroccans about their human rights record and their banged-up journalists preposterous, if not hilarious.

MEPs think about themselves and their careers first, their political party second, their own country third and the EU’s sanctity last, if at all. When they recently suggested that the rules about MEPs becoming lobbyists when they leave office needed amending what they were really doing is thinking about themselves and how hard it would be to keep the payments up, not to mention cash flowing to keep their mistresses in the life they aren’t accustomed – and so came up with this plan which still allowed them to suck the milk from the EU teat while pretending that they cared about sleaze. Six-months break? Are they having a laugh? If they were serious then they would propose an entire five-year gap but this of course would make them very unpopular with their older bosses who are eying a key, high-paying appointment with Weber Shandwhick or Hill and Knowlton or any of the other sleaze operations which represent the interests of shareholders of the largest and most powerful corporations in the world. Fuck the EU.

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

REALISMO E ALUCINAÇÃO


 REALISMO: NUMA ENTREVISTA A UM JORNAL INDEPENDENTE POLACO, O CORONEL MAC GREGOR, MILITAR AMERICANO, DIZ A VERDADE.

ALUCINAÇÃO: O PARLAMENTO EUROPEU PASSA RESOLUÇÃO CHAMANDO A RÚSSIA DE «ESTADO TERRORISTA» E DANDO COBERTURA AOS CRIMES DE GUERRA COMETIDOS POR ELEMENTOS NAZIS NA UCRÂNIA. TRANSFORMOU-SE NUM ÓRGÃO DE PROPAGANDA ANTI-RUSSA.

(retirado de...) 

http://www.informationclearinghouse.info/57367.htm 

Parlamento Europeu Calunia a Rússia, Enquanto Financia o Terrorismo Nazi

 29 Novembro, 2022: Information Clearing House 

Editorial de "SCF" (Strategic Culture Foundation) 

Devia-se pensar, talvez que, com uma guerra perigosa decorrendo no continente europeu, o parlamento da União Europeia desejaria mostrar algum sentido de liderança, promovendo soluções diplomáticas para acabar o conflito. Não; nem um pouco. 

O Parlamento Europeu mostrou ser - de novo, esta semana - um gigante reacionário cujos valores democráticos proclamados têm relação inversa com a numerosa câmara de 705 membros.

Apenas há três anos, o mesmo parlamento votou uma resolução que -vergonhosamente- distorcia as origens da IIª Guerra Mundial, colocando no mesmo pé a União Soviética e a Alemanha Nazi.

Os membros do parlamento, compreendendo 27 nações membros, passaram uma resolução esta semana, condenando a Rússia «enquanto Estado promotor do terrorismo e um Estado que usa meios terroristas».  A moção não tem poder vinculativo de lei e portanto, não tem poder para ser colocada em prática. É um gesto simbólico de censura contra a Rússia. Por outras palavras, é um meio de propaganda política com objetivo político - caluniar a Federação Russa e inculcar no público a perceção de que a Rússia é um Estado bárbaro e à margem da lei internacional, que deve ser eliminado.

Nem os EUA foram tão longe. A administração de Joe Biden descartou sugestões semelhantes de designar a Rússia como Estado terrorista. Washington descartou isso, porque sabe que seria apenas um passo fortemente incendiário, além de ser uma flagrante falsidade.

A resolução do Parlamento Europeu é um texto recheado de russofobia, cheio de acusações anti- russas, relativas aos 10 meses de guerra com a Ucrânia. Muitas das alegações não têm base nenhuma, são puras construções destinadas a difamar a Rússia. Também chegam a ser cómicas, pela  sua estupidez.

Por exemplo, um dos pontos da resolução censurava absurdamente a Rússia por sabotar o seu próprio gasoduto Nordstream, sob o Mar Báltico, em Setembro passado. Isto está em contradição com muitas evidências de que as explosões foram - de facto - levadas a cabo numa operação de comando conjunta, britânica e dos EUA, para cortar, de modo permanente, a importação de gás da Rússia para a Europa. No entanto, os parlamentares europeus acusam  a Rússia de ter deixado escorrer o seu gás para o mar Báltico, das condutas rebentadas do gasoduto (estas custaram milhares de milhões de dólares ao Estado russo) e, portanto, a infligirem um ataque ao ambiente na UE». Logo, os russos, não só são bárbaros, como devem ser bárbaros muito estúpidos!

Noutro exemplo delirante, a resolução do parlamento europeu acusava a Rússia de aterrorizar a população ucraniana, ao ocupar a Central Nuclear de Zaporozhye, e «fazendo dela um alvo militar». Isto é um modo estranho de admitir a realidade de que os militares ucranianos têm durante meses alvejado a maior central nuclear da Europa com tiros de artilharia (e munições da OTAN) para criarem um desastre de uma fuga radiativa. No entanto, em vez de apontarem os dedos a Kiev e à OTAN, os deputados europeus põem a culpa na Rússia por fazer desta central nuclear, um alvo militar. Oh, que malandros e bárbaros russos!

Desgraçadamente, isto apenas mostra como o Parlamento Europeu conseguiu inverter completamente a realidade. A OTAN e o regime nazi de Kiev apoiado pela UE, são as entidades que estão a ameaçar desencadear uma guerra global na Europa, uma guerra que poderia transformar-se em conflito mundial. 

A insensatez da resolução parlamentar europeia vai para além da ironia. Ela foi produzida apenas dias após ter sido mostrada prova em vídeo de execuções de prisioneiros de guerra russos executados por soldados nazis ucranianos. Também surge somente uma semana depois do regime ucraniano ser apanhado em flagrante, depois de ter disparado um míssil para a Polónia, tendo matado dois civis, com a óbvia intenção de causar uma provocação para incitar uma guerra aberta da OTAN contra a Rússia.

A resolução acusava também a Rússia de cometer uma «agressão contra a Ucrânia» durante os passados nove anos. Isto é um exemplo de inversão da realidade. Foi o regime de Kiev saído do golpe de Estado de 2014 e apoiado pelos EUA e UE que embarcou numa campanha terrorista contra as populações russófonas da bacia do Don (agora parte da Federação Russa). O facto que conduziu ao estado de guerra presente foi a OTAN armar um regime que odeia a Rússia e que é abertamente adulador dos colaboradores do IIIª Reich.  

A OTAN e os EUA é que causaram a escalada que conduziu à guerra, ao fornecerem biliões de dólares em armas, à Ucrânia.  Washington e seus aliados da UE têm financiado, desde Fevereiro deste ano, 126 biliões de dólares. Muita dessa generosa doação à custa dos contribuintes, foi sugada por uma cabala de corruptos em Kiev, encabeçada pelo presidente-comediante Vladimir Zelensky.

A guerra foi desencadeada porque a OTAN e europeus recusaram encetar negociações diplomáticas sobre a questões de segurança estratégica que se colocam há muito tempo.  Igualmente, a guerra agravou-se devido à OTAN e Europa fazerem tudo para avivar o conflito militar, enquanto menosprezavam a diplomacia. 

Até agora, a Rússia tem procurado minimizar as operações militares na Ucrânia, limitando- a neutralizar o regime nazi e a sua agressão genocida. Mas tornou-se patente que do lado de Kiev e da OTAN não há qualquer capacidade em encontrar um solução política, compatível com as preocupações de segurança russas.

O terrorismo endémico que os EUA, a OTAN e a União Europeia têm recrutado e alimentado na UCrânia mostra que a Rússia agora não tem outra saída senão derrotar o regime de Kiev até obter uma vitória militar. O inimigo mobilizou o Estado Ucraniano na guerra contra a Rússia. O inimigo não se reteve de bombardear cidades russas indiscriminadamente, destruindo infraestruturas civis e levando a cabo «guerra total» através de sanções económicas e de sabotagem. O facto da Rússia estar a alvejar a infraestrutura energética com mísseis é uma situação de necessidade militar tornada inevitável pelo fornecimento maciço de armas pela OTAN. A Rússia não é o Estado terrorista aqui. São os EUA e UE que têm tornado a guerra inevitável. 

O parlamento europeu acusou a Rússia de levar  cabo massacres, quando são os grupos nazis, apoiados pela OTAN e UE que têm feito as piores atrocidades contra seus próprios cidadãos em Bucha, Mariupol, Kramatorsk e noutros locais numa infame e macabra charada, para culpar a Rússia.

Cheio de sua arrogância suprema, o parlamento europeu coroa-se a si próprio como o bastião da democracia, dos direitos humanos e da lei internacional. Na realidade, este colosso burocrático tornou-se instrumento da propaganda do terrorismo nazi na Europa. A degeneração deste parlamento tem ocorrido ao longo de vários anos, o que foi aumentado pelo contributo de Estados-membros  recentes, com posições anti-Rússia. Tal como a OTAN, este bloco tornou-se um esteio da russofobia tóxica, devido a dinâmicas semelhantes de expansão. 

A Europa viveu duas guerras mundiais no século passado, que resultaram em 100 milhões de mortes. A Rússia sofreu danos das guerras como nenhuma outra nação. Os políticos europeus estão de novo a fomentar a guerra, com as calúnias contra a Rússia e o seu encobrimento deliberado de elementos nazis. 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

NADA, ABSOLUTAMENTE NADA.

Sinceramente, não gosto mesmo nada do regime instaurado na Bielorrússia. Mas, perante os polícias polacos que estão a bloquear a saída de refugiados de guerras causadas ou onde tiveram papel as potências europeias ocidentais em aliança com os EUA, o que dizem os defensores dos direitos humanos ocidentais? Nada, absolutamente nada.

O que dizem os defensores dos direitos humanos, sobre o que se está a passar na Áustria, perante a óbvia instauração por ordem do governo, duma espécie de «gulag» para os não-vacinados. Uma ordem que os coloca num estatuto de «infra-humanos» (retiram-lhes mesmo os direitos mais elementares)? Nada, absolutamente nada.

O que dizem os defensores dos direitos humanos sobre os ocultados massacres americanos na Síria, de centenas de crianças e de mulheres e outros crimes de guerra? Nada, absolutamente nada. 

Há vários anos que a guerra no Iémen destrói este país. 

Ela é apresentada como «conflito interno», porém as forças pró-governamentais são reforçadas por contingentes sauditas e dos emiratos. Têm apoio ocidental (britânicos, americanos, franceses, etc.) em armamento, «conselheiros», mercenários, tropas especiais. O que dizem os membros de organizações que inscrevem a paz e os direitos humanos nos seus estatutos e programas? Nada, absolutamente nada.

Conclusão: 

- Se não dizem nada, absolutamente nada, são claramente coniventes com esses crimes. 

Escolhem encobrir estes crimes e denunciar seletivamente outros. Estes últimos, até podem ser reais, até podem ser muito graves. 

Porém, a credibilidade da denúncia, a razão verdadeira dos protestos, a sinceridade da solidariedade, ficam logo postas em dúvida, senão mesmo, desmascaradas pelos próprios, ao encobrirem, dum manto de silêncio, os horrores que os seus Estados cometem. 

Ao não mexer um dedo nestes casos, enquanto fazem campanhas obstinadas para denunciar crimes (reais ou supostos) cometidos por regimes noutras partes do Mundo, negam-se a si próprios enquanto defensores dos direitos humanos. 

Não agem, quando as circunstâncias o justificam, junto dos seus governos e opiniões públicas: Mas seria aí, onde poderiam ter maior eficácia. 

A sua verdadeira agenda é outra, não é o interesse genuíno pelas pessoas oprimidas. Antes, estão a utilizar diversas situações como pretexto para fazer campanha contra certos regimes. 

São o «braço civil» na guerra híbrida levada a cabo pelo «Ocidente», pelo «Império» dos EUA, contra todos os que não lhe são submissos. 

Estas ONGs são generosamente subsidiadas por agências especializadas, como a NED (dos EUA), ou «programas» de instituições europeias (Parlamento Europeu, Comissão Europeia, etc.), da ONU e de suas agências. 

Não são a expressão da «sociedade civil», autonomamente organizada, como querem fazer crer: São totalmente dependentes no plano financeiro (e portanto, também no plano da ação política) de governos ou magnates como George Soros («Open Society Foundation»). 

Se alguém duvidar da veracidade do que afirmo, que investigue por si: verá que não estou a exagerar.

PS1: Leia AQUI a transformação da Austrália em pesadelo fascista. Outro caso em que a atitude dos defensores dos direitos humanos ocidentais se resume a nada, absolutamente nada!

sábado, 30 de outubro de 2021

PARLAMENTARES EUROPEUS CONTRA O PASSAPORTE DE VACINA: DECLARAÇÃO DE EURODEPUTADA ALEMÃ


 Retirado de : https://off-guardian.org/2021/10/30/watch-meps-protest-vaccine-passports/

No dia 28 de Outubro houve uma conferência de imprensa de parlamentares europeus contra o passaporte sanitário. Nessa ocasião, a parlamentar europeia Christine Anderson (da Alemanha) proferiu o discurso mais potente da história da União Europeia. 


Abaixo, a minha tradução:


«Em toda a Europa, os governos fizeram todos os esforços para fazer vacinar as pessoas. Foi-nos prometido que esta vacinação seria «uma mudança qualitativa», que iria restaurar a nossa liberdade... acontece que nenhuma destas afirmações é verdadeira. Não ficas com imunidade, continuas a poder contrair o vírus e continuas a ser infecioso(a).

A única coisa que esta vacina fez, de certeza, foi derramar biliões e biliões de dólares nas algibeiras das companhias farmacêuticas.
Eu votei contra o certificado digital verde, em Abril passado, infelizmente foi ainda assim adotado e isto apenas vem mostrar que existe somente uma minoria de eurodeputados que realmente se ergue pelos valores da União Europeia. A maioria dos eurodeputados, quaisquer que sejam as suas razões, que eu desconheço, obviamente apoia a opressão das pessoas, enquanto defende - sem vergonha - que faz isso para o bem do seu próprio povo.
Não é o objetivo que torna o sistema opressivo, são sempre os métodos pelos quais os fins são atingidos. Sempre que o governo clama que tem  o interesse do povo no coração, devemos pensar de novo. Em toda a história da humanidade nunca houve uma elite política sinceramente preocupada em relação ao bem-estar das pessoas comuns. Por que motivo alguns pensam que seria diferente, agora? Se a idade das luzes trouxe algo de valor, então será certamente o seguinte: nunca tomai algo que o governo vos diga, como a verdade literal.
Questionai sempre tudo o que qualquer governo faz, ou deixa de fazer. Vede sempre quais seus motivos ulteriores. E perguntai sempre «cui bono?», a quem isso beneficia?
Sempre que uma elite política força, de maneira tão brutal, determinada agenda; quando recorre à extorsão e manipulação para conseguir seu objetivo, podemos, quase sempre, estar certos que o benefício não é o vosso, não era vosso bem que eles tinham em mente.

No que me diz respeito, não serei vacinada com nada que não tenha sido testado e certificado devidamente e que não tenha prova científica de que os benefícios são superiores a deixar a doença, ela própria, ocorrer; que ultrapassam potenciais efeitos colaterais de longo prazo, dos quais - até hoje - não sabemos nada.

Não irei ser reduzida a cobaia, vacinada com uma substância experimental e com certeza não irei ser vacinada porque o meu governo me diz para o fazer e me promete um retorno à liberdade.

Vamos ser claros, em relação a uma coisa: ninguém pode prometer-me a liberdade, porque eu sou uma pessoa livre.

Por isso, desafio a Comissão Europeia, o Governo Alemão: atirem-me para a cadeia, fechem-me e deitem fora a chave, não me importa! Pois nunca podereis obrigar-me a ser vacinada quando eu - cidadã livre, como sou - escolho não ser vacinada.»




terça-feira, 27 de abril de 2021

ALERTA: A 28 ABRIL, PARLAMENTO EUROPEU VOTA PASSAPORTE DE VACINAS

 https://twitter.com/i/status/1385957599229747204


ALERTA: PARLAMENTO EUROPEU VOTA AMANHÃ A PASSAGEM DA «LEI DE PASSAPORTE SANITÁRIO/VACINA ANTI-COVID»

Na ignorância generalizada deste facto pela cidadania de Portugal, como dos restantes países da U.E. vai ser votada uma lei gravíssima que institui, a ser aprovada, uma ditadura «sanitária».

Tomem 5 minutos para ler o material que vos envio nos links abaixo:



Isto é grave, trata-se do NOSSO futuro, depois da utilização criminosa de «vacinas» em estado experimental, com efeitos colaterais, de extrema gravidade, tendo levado à morte  de pessoas em boa saúde.
Além disto, deste crime caucionado pelos poderes, é adicionada uma legislação liberticida, que nos coloca ao nível («civilizados e democráticos» países europeus...), das piores ditaduras totalitárias de que há memória. 
Com efeito, um passaporte ou «certificado de vacinas» condicionará as pessoas que não podem (a não vacinação pode ser por razões de ordem médica) ou não desejam (é da liberdade de cada pessoa decidir se uma intervenção no seu corpo pode ou não ser levada a cabo) ser vacinadas, a um confinamento eterno, sendo interditas de viajar, de circular livremente dentro de seu próprio país, a frequentarem locais e edifícios públicos, etc. Porque, mesmo que hipocritamente digam que não é permitido discriminar contra as pessoas não-vacinadas, elas vão ser - com certeza - discriminadas: Já está a acontecer, mesmo antes da lei existir.
Quem já se deixou vacinar não está isento de problemas com o «passaporte de vacinas», no futuro, visto que as «vacinas» perdem a sua eficácia rapidamente, como era aliás previsível, dado que se verificou um desaparecimento dos anticorpos em circulação no plasma sanguíneo, passados alguns meses após  a infeção, com todos os outros coronavírus. Assim, estas pessoas vão ter de ser re-vacinadas, à medida do surgimento dos novos variantes na população, cada 6 meses... Não será possível evitar ou diminuir o aparecimento destes variantes, pois o vírus tem numerosos «refúgios», incluindo as pessoas que foram vacinadas e, que, apesar disso, são infectadas e não conseguem eliminar o vírus. Neste caso, um processo de selecção dentro do corpo desses indivíduos, fará com que sejam portadores (e irão expelir) os vírus com características de RESISTÊNCIA A ANTICORPOS, especialmente, aos anticorpos originados pelas vacinas de ARNm (estes apenas codificam os antigénios de uma proteína, a proteína spike).


Estamos a entrar numa época de distopia totalitária

Tratou-se, primeiro, de construir uma imagem falsa da situação sanitária, com uma avalanche constante de notícias alarmistas e falsas, por uma média ao serviço dos governos e sobretudo dos grandes interesses corporativos. Agora, estão a passar à fase seguinte que consiste em controlo absoluto da população através de «dispositivos digitais» (os «apps») que serão condicionantes para praticamente todas as actividades dos cidadãos.

PS1:
Felizmente, a resistência está em marcha. Manifestação massiva em Londres, 26-04-2021 (https://off-guardian.org/2021/04/27/debunking-msm-lies-about-the-unite-for-freedom-protests/ )


PS2:
Um parlamento europeu ao serviço das grandes
 farmacêuticas e da grande banca... acaba de aprovar o tal passaporte «verde». Veja artigo, eu não estou a exagerar nada:
 

segunda-feira, 20 de maio de 2019

AS ELEIÇÕES PARA O PARLAMENTO EUROPEU E A ESQUERDA EUROPEIA

                      Image result for parlamento europeu

Este texto de reflexão dirige-se - em particular - às esquerdas que, de uma forma ou de outra, acabaram por ficar «apanhadas» pelo jogo eleitoral, tendo sempre adoptado o ponto de vista de que «é necessário fazer oposição por dentro», aos desígnios das burguesias nacionais e transnacionais, dos grandes grupos económicos, que são os verdadeiros patrões desta União Europeia.
 Acontece que esta União Europeia é irreformável, não há maneira de a transformar em algo minimamente democrático, segundo os padrões de democracia representativa comummente aceites. Não irei aqui recapitular os argumentos que dei anteriormente, num artigo deste blog. 
Basta-me, desde já, referir que as formas de actuação acima evocadas podem, no melhor dos casos, ser protagonizadas com sucesso ao nível duma nação, ou seja, duma entidade política cujo povo partilha fortes vínculos (históricos, culturais, económicos, linguísticos, etc). 

Acredito ser possível que, ao nível do parlamento de um país, estejam representados os diversos interesses, corporizados por partidos e coligações dos mesmos, que exprimam - de forma não directa, porém, aproximativa- a vontade dos seus eleitorados respectivos. 
Nestas condições, um parlamento poderá corresponder às expectativas do povo. 
Os processos que se observam nas democracias parlamentares típicas - da preparação das listas de candidatos dos partidos e coligações concorrentes, à campanha eleitoral, à votação, até à formação dum governo - têm a sua validação própria. A legitimação profunda de todo o processo,  para além da  sua conformidade com trâmites formais e constitucionais, assenta na possibilidade do povo controlar o comportamento das forças políticas, verificar se estão a fazer o que se propuseram fazer, se estão a agir de acordo com as promessas... 
Não sou ingénuo, pois sei que não chega estar instaurado este tipo de regime, para que tudo role sobre rodas. 
Porém, os que formam o grosso dos candidatos às eleições «não vêm outra alternativa» a este tipo de democracia. Hoje em dia, pode-se englobar nesta categoria praticamente todos: mesmo os que se reclamam de uma tradição revolucionária, submetem-se, como os restantes, a este jogo de «cadeiras musicais», chamado «democracia parlamentar». 

Ora, um parlamento como o europeu, tem um pressuposto e funcionamento substancialmente diversos dos parlamentos nacionais. Tem as aparências da democracia representativa, e com isso engana muita gente:
- Todos sabem que as campanhas ocorrem com listas nacionais e que o número de deputados a eleger, por país, reflecte mais ou menos a população do mesmo. Porém, os grupos que se formam, após eleições, são formados com base em famílias políticas, agrupando deputados europeus de várias nacionalidades. 

- Os parlamentos nacionais debatem e votam o orçamento das respectivas nações. Porém, o orçamento europeu é apenas ratificado pelo parlamento europeu. Se, por hipótese, uma proposta de orçamento da Comissão europeia fosse chumbada, o parlamento europeu, ou um grupo dentro deste, não poderia propor outro orçamento alternativo.
- O mesmo se passa com as leis: os parlamentos nacionais são os locais onde se propõem, discutem e votam leis.
No parlamento europeu, aprovam-se, ou não, propostas de leis da iniciativa da Comissão Europeia, órgão não eleito, ou do Conselho Europeu, formado pelos chefes dos executivos dos países da UE. 
Nenhum grupo parlamentar europeu pode avançar com uma proposta legislativa própria e submetê-la à discussão e votação no parlamento. 

- Num parlamento nacional, apesar de possível existência de partidos regionalistas, o sistema é vocacionado para dar voz às correntes com expressão nacional; a política faz-se sobretudo com organizações políticas de âmbito nacional, onde coexistem pessoas oriundas das várias regiões do país. 
No parlamento europeu, as forças políticas nacionais tendem a alinhar pelos interesses do seu próprio país (ou daquilo que julgam ser esse interesse), mesmo que estejam em total contradição com os de outras nações da UE. 

O sistema é pesado, burocrático, dispendioso e -além disso - fora do escrutínio do eleitor, ao contrário do que se passa nos parlamentos nacionais. 
É contraditório com o princípio da soberania popular, pois esta só se pode exercer no quadro duma nação, transformando assim os parlamentos nacionais, de centros da democracia parlamentar, em meras caixas de ressonância dos poderes europeus. 
Com efeito, a legislação europeia, as directivas são redigidas, ou pela Comissão Europeia, ou pelo Conselho de Europeu, sendo o papel do parlamento europeu o duma espécie de «câmara de registo». 
Uma vez que uma directiva, ou lei europeia, esteja aprovada, ela tem de ser transposta para a legislação nacional em cada país-membro. Caso não o seja dentro de determinado prazo, esse país terá de pagar multas. 
Assim, as legislações dos diversos países estão «invadidas» por legislação europeia, produzida fora do âmbito nacional, duma forma anti-democrática, sob todos os prismas. Trata-se da forma disfarçada de ditadura imperial imposta pelos órgãos executivos da UE. 
Dentro destes órgãos executivos, o peso dos grandes países, mais poderosos, acaba por prevalecer sempre. De facto, o parlamento europeu surge apenas como um órgão que dá o aval e «verniz democrático» às políticas europeias.
Não se vê como estes processos possam ser transformados «por dentro», como defende uma certa esquerda, que apenas deseja convencer-se a si própria (ou seus adeptos), pois os seus dirigentes sabem que os tratados, que regulam todo o funcionamento da UE, tornam quase impossível uma reforma. As  estruturas e regras de base do seu funcionamento são irrevogáveis na prática, pela obrigatoriedade de unanimidade ou de maioria qualificada. Foi intencionalmente que construíram assim os textos dos tratados; para haver impossibilidade prática de reforma. 
Muitas pessoas de esquerda, de várias sensibilidades, em vários países da UE, percebem que a soberania popular é apenas possível se esta for exercida a nível nacional. 
Ora, se é do povo que emana toda a legitimidade, a construção europeia enferma dum «pequeno problema»... o de arredar os povos dos processos de decisão. 

Portanto, o modelo da UE não é confederal ou federal, mas antes um modelo especialmente desenhado para servir os «grandes poderes», os grandes grupos transnacionais, financeiros e industriais.  Os próprios dirigentes políticos dos países mais fortes estão no poder graças a eles e fazem a política que a esses grupos convém.  
Assim, os grandes poderes detêm um controlo total sobre os aspectos mais relevantes das políticas europeias, desde a política económica, passando pelas políticas de imigração e controlo de fronteiras, até à construção duma força militar europeia. 

quinta-feira, 28 de março de 2019

A «EUROPA» ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS


Aquilo que se está a passar com o Brexit, não diz respeito apenas ao povo britânico. 
O que está a acontecer, neste momento, deve ser visto no contexto em que as forças neoliberais, no continente e nas ilhas britânicas, têm ainda «a faca e o queijo na mão». 

Os povos estão realmente num colete de forças da «União» Europeia. 
A saída desta prisão dos povos é necessária e implica uma grande lucidez das pessoas e das forças políticas. Implica verdadeira liderança, dirigentes à altura do desafio, propriamente patriotas (que amam o seu país e seu povo). 
Tem de haver uma mudança, que não pode ser protagonizada por políticos - de «direita», de «centro» ou de «esquerda» - que se vendem, para terem um lugar doirado nas instituições eurocráticas (parlamento europeu, comissão de Bruxelas, etc...).