Esqueçam todas as carradas de propaganda disfarçada de informação que vos têm feito engolir, às pazadas: a propaganda do medo é a dos poderes oligárquicos, que têm de vos instilar o medo do «outro», do inimigo, do «bárbaro», só assim as pessoas comuns ficarão preparadas para odiar aquilo que desconhecem, para entrar em sintonia com a histeria anti-qualquer coisa.
As campanhas de ódio servem para desviar as pessoas dos verdadeiros problemas, das questões prementes do seu quotidiano. Como irão ganhar o sustento, quando nem com dois ordenados têm o suficiente para suprir as necessidades básicas? Como se poderão precaver de situações como a doença, um acidente ou quaisquer acontecimentos não previstos, mas com graves consequências nas suas vidas?
- As pessoas procuram segurança e bem-estar para os seus, em primeiro lugar para as crianças, dando-lhes afeto, satisfazendo suas necessidades de alimento, agasalho e teto; também de uma educação de qualidade, que os forme para a vida, para serem agentes ativos do seu próprio futuro, com independência.
- Quais são os pais e mães que não desejam isso, que não anseiam por que isso não lhes falte? Estas preocupações são legítimas e humanas.
Os políticos estão muito longe de as satisfazer; na verdade, subiram ao poder com promessas vazias, que esqueceram, logo que foram eleitos. É com essas pessoas que os Estados são desencaminhados; assim, eles atribuem prioridades de financiamento para o rearmamento, para as guerras. Quer o digam quer não, é claro que se vai cortar na satisfação das necessidades reais do povo, nas despesas com a saúde pública, com a educação, nas pensões de reforma e nas proteções sociais; contra o desemprego, contra doença incapacitante, contra catástrofes (inundações, tremores de terra, incêndios), que podem afetar uma ou várias comunidades.
As guerras só servem os ricos; a falácia de que a indústria de guerra é geradora de riqueza cai pela base, se virmos que ela apenas enriquece os acionistas das empresas de armamento, mas empobrece duradoiramente as nações, os contribuintes, pois serão estes que terão de pagar as enormes despesas improdutivas.
Qualquer investimento numa área social ou em infraestruturas é susceptível de gerar, a prazo, mais riqueza do que aquela que foi gasta para realizar a obra. Mas, as despesas com armamento são improdutivas, na sua essência, pois se não forem utilizadas só «servem» para ficar armazenadas; mas se são utilizadas, ainda pior, pois causam grandes destruições: mortes, estropiados, devastação, miséria.
A deriva belicista dos poderes na União Europeia é consequência da oligarquia sentir que o chão lhes está a fugir debaixo dos pés; que não tem nada para justificar sua loucura, com a qual destruíram a Ucrânia, empurrando-a para uma guerra suicidária contra a Rússia*. Ato profundamente estúpido e criminoso, em si mesmo, ainda agravado pelo facto de que sabiam desde o início que o desenlace só podia ser a derrota militar ucraniana, face às forças bem maiores e melhores equipadas da Rússia.
E tudo isto, para quê? Para satisfazer a gula insaciável de multimilionários, que viam a sua fortuna na guerra e na hipotética derrota da Rússia o abrir deste imenso país, para a pilhagem dos seus recursos. Esta é que foi a verdadeira motivação, por detrás do insuflar da guerra às fronteiras da Rússia, usando todo o apoio logístico da OTAN, incluindo a participação no reconhecimento, ao dirigirem os mísseis para os alvos, no treino de tropas da Ucrânia durante longos anos antes de 2022, para se dotarem dum exército capaz efetuar a limpeza étnica nas Repúblicas do Don, que se tinham insurgido perante o Estado oficialmente russófobo, resultante do golpe de Maidan. O objetivo estratégico era bem claro: Ficaria a OTAN às fronteiras da Rússia, o que significava a colocação de mísseis de longo alcance, a 4 minutos de atingirem Moscovo, inviabilizando assim qualquer defesa anti-míssil, do lado russo.
A criminalidade dos dirigentes não me oferece dúvidas, pois eles sabiam isto perfeitamente e estavam de acordo em jogar este jogo. Eles destruíram as vidas de centenas de milhares de ucranianos e de russos, além de também colocarem as nossas em risco direto. Eles devem ser julgados por tribunais adequados, que determinem para além de que qualquer dúvida, as suas responsabilidades nestes crimes.
A cidadania europeia adormecida, embalada, ignorante ou crente na propaganda mais descarada, tem as suas responsabilidades, também: Os apoiantes destes políticos criminosos, vejo-os como coniventes. O que teriam eles (esses meus concidadãos) a menos, em termos de capacidade cognitiva, de bom senso e de formação, que um grupo - infelizmente minoritário - de outros cidadãos, opositores à guerra?
Os piores inimigos dos europeus são os próprios europeus: Porque descreem nos valores que enformaram a sua civilização: O humanismo, o respeito mútuo, a promoção da paz e do entendimento entre os povos.
É confrangedor notar se proclamem «cristãos» muitos destes europeus, mas que espezinham os valores que derivam, numa larga medida, da moral cristã. É certo que houve períodos, ao longo dos séculos, de destruições e guerras, mas também se construiu, ao longo desse tempo, uma forma de relacionamento mais humana, mais respeitadora dos outros povos, que nos habituámos a considerar como formando o substrato comum da «civilização europeia». Infelizmente, isto é uma ilusão, um verniz que estala com a maior das facilidades.
Gandhi, numa entrevista, em que lhe perguntaram o que pensava sobre a «civilização europeia»: Ele respondeu, «Acho que é uma boa ideia»... [ou seja, algo que ainda está por acontecer!]
Antes, considerei que ele exagerava um pouco, agora penso que, afinal, sua resposta era absolutamente objetiva: Nós não evoluimos nada; somos realmente tão destituidos de civilização como nos séculos anteriores.
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* Atualmente, mesmo um órgão tão comprometido com o imperialismo como o New York Times, reconhece no artigo “The Partnership: The Secret History of the War in Ukraine”, as responsabilidades dos EUA em empurrarem a Ucrânia para a guerra com a Rússia.
Pascal Lottaz de Neutrality Studies traz-nos mais uma notável entrevista, de um membro da Câmara dos Lords, que exprime o hiato que se tem alargado nos últimos tempos, entre a realidade e as fantasias, daí o título desta peça: «Struck in Fantasyland» .
Na minha opinião, o que diz Lord Skidelsky não é somente uma evidência que eu já tinha percebido, ao compulsar nestes últimos anos, materiais para as minhas crónicas neste blog; é sobretudo um apelo - implícito - à ação, das pessoas com sentido do real, para que retomem as coisas em mãos, para que acabe esta deriva «histérica» em relação à guerra Russo-Ucraniana, sobretudo na Europa da U.E. e no Reino Unido.
PS1 (28/03/2023): Martin Armstrong, no seu blog, mostra que os dirigentes dos principais países europeus da OTAN estão perfeitamente alinhados com o regime de Kiev. Estão dispostos a desencadear uma guerra directa OTAN - Rússia. Não hesitarão perante nada, desde ataques de «falsa bandeira», até à entrada em força de soldados da OTAN, combatendo ao lado da Ucrânia, a pretexto de serem «tropas de interposição», obrigando os russos a lutar contra eles.
Segundo Martin Armstrong, vários dirigentes europeus da OTAN estão «na cama» com os neocons.
Chas Freeman dá conta da enorme falha do Ocidente a vários níveis... Diplomático, informação, conhecimento das condições do terreno, ilusões de toda a espécie apenas explicáveis pela húbris dos líderes ocidentais... e muito mais!
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PS1:
Leia, em complemento, a visão realista de Thierry Meyssan sobre o cataclismo que se abateu sobre a OTAN, a U.€. e todo o edifício neoliberal. Há momentos irreversíveis na História.
«Tudo se torna mais simples de entender se admitirmos o seguinte: o imperialismo perdeu a guerra na Ucrânia. Todos os propósitos amplamente anunciados pela equipa de Biden que a Europa seguiu cegamente - desgastar militarmente a Rússia, arruiná-la economicamente, isolá-la do resto do mundo, derrubar o regime para abrir portas a uma segunda era Ieltsin - fracassaram.»
Veja esta conversa com Krainer: Explica porque IMPLODIU o encontro entre Zelensky/Trump, a 28 de Fevereiro e destinado a negociar um acordo sobre as «terras raras» ucranianas:
No solo negro do sangue vermelho da Ucrânia, na cinza e ruínas de Gaza, estão soterradas as minhas ilusões sobre os nossos contemporâneos. Negaram a sua civilização, que foi a minha, também.
Desculpem-me: estava enganado. Pensei que as prioridades fossem tão claras para mim como para as outras pessoas. Há uma ordem de prioridades, sim, nas coisas normais da vida, mas em emergência, há que agir de forma preventiva e/ou curativa de outro modo, na esfera onde sejamos competentes. Senão, como pode ser encaminhado o socorro, o apoio às vítimas? será tudo um teatro de máscaras, um falar em vão, intrigas sem fim?? Lamentável, enquanto se ignora o mais urgente...
Tentei despertar outras pessoas e pedir apoio aos outros, para os outros, mas não fui convincente - ou só tarde demais - quando a carnificina já estava em curso. Mas nunca é tarde para vos pedir desculpa, aos amigos, conhecidos e desconhecidos.
Excusez-moi Si je ne peux sourire Excusez-moi Me faudrait-il vous dire Que tout là-bas Des oiseaux meurent Que tout là-bas Des âmes en pleurs Excusez-moi Mais comment deviner Que malgré ça Vous semblez ignorer Que tout là-bas Les nuits s’égrainent Sans un regard Sans un je t’aime Et moi j’ai mal Quand je pense à tout ça Et moi j’ai mal Quand je pense à tout ça Excusez-moi Si je ne peux sourire Excusez-moi J’ai le cœur qui chavire Quand il s’agit de mes tendresses Dès qu’il s’agit de ma jeunesse Excusez-moi Mais à vivre d’espoir A chaque fois J’ai fini par savoir Que pour un train Qui vous emmène Mille chagrins Souvent reviennent Et moi j’ai mal Quand je pense à tout ça Et moi j’ai mal Quand je pense à tout ça Excusez-moi Mais le monde est ainsi Que je ne crois plus A ce que l’on me dit Quand les matins Vous assassinent Et les regrets Vous guillotinent Excusez-moi Le temps est trop précieux Et nos vingt ans Jamais assez nombreux Pour qu’on revive une autre histoire Et se refaire une mémoire Et moi j’ai mal quand je pense à tout ça Et moi j’ai mal quand je pense à tout ça
La paix en Ukraine pourrait ne rien résoudre du tout. Cette guerre n’a pas été causée par une volonté expansionniste de la Russie, ainsi que l’assure la propagande atlantiste, mais par de réels problèmes. À se contenter de reconnaître une modification des frontières, on ne traitera pas le fond. Cette guerre est la résultante de l’extension de l’OTAN au mépris de la parole donnée ; une extension qui menace directement la sécurité de la Russie dont les frontières sont trop grandes pour pouvoir être défendues. Pour s’étendre en Ukraine, l’OTAN a soutenu des groupes néo-nazis qu’elle a placé au pouvoir et qui ont installé leurs lois dans ce pays. À cela s’est ajouté la résurgence d’un prétendu conflit de civilisation entre valeurs européennes et asiatiques. Il n’y aura pas de paix véritable tant que les Occidentaux ne respecteront pas leur propre parole.
Lors du sommet de Malte (2 et 3 décembre 1989) entre les présidents états-uniens et russe, George Bush (le père) et Mikhaïl Gorbatchev, les États-Unis firent valoir qu’ils n’étaient pas intervenus pour faire tomber le Mur de Berlin et qu’ils n’avaient aucune intention d’intervenir alors contre l’URSS [1]
Le ministre ouest-allemand des Affaires étrangères, Hans-Dietrich Genscher, déclara « que les changements en Europe de l’Est et le processus d’unification de l’Allemagne ne devaient pas conduire à une « atteinte contre les intérêts de sécurité soviétiques ». Par conséquent, l’OTAN devrait exclure une « expansion de son territoire vers l’est, c’est-à-dire un rapprochement des frontières soviétiques »
Les trois puissances occupantes de l’Allemagne, les États-Unis, la France et le Royaume-Uni, multiplièrent donc les engagements à ne pas étendre l’OTAN vers l’Est. Le Traité de Moscou (12 septembre 1990) suppose que l’Allemagne réunifiée ne revendiquera pas de territoire sur la Pologne (ligne Oder-Neisse), et qu’aucune base de l’OTAN ne sera présente en Allemagne de l’Est [2].
Lors d’une conférence de presse commune, en 1995, à la Maison-Blanche, le président Boris Eltsine qualifie l’entretien qu’ils viennent d’avoir de « désastreux », provoquant l’hilarité du président Bill Clinton. Il vaut effectivement mieux en rire qu’en pleurer.
Cependant, les Russes furent informés que le secrétaire d’État adjoint Richard Holbrooke faisait le tour des capitales pour préparer l’adhésion à l’OTAN d’anciens États du Pacte de Varsovie. Le président Boris Eltsine harangua donc son homologue, Bill Clinton, lors du sommet de Budapest (5 décembre 1994) de la Conférence sur la sécurité et la coopération en Europe (CSCE). Il déclara : « Notre attitude vis-à-vis des plans d’élargissement de l’OTAN, et notamment de la possibilité que les infrastructures progressent vers l’Est, demeure et demeurera invariablement négative. Les arguments du type : l’élargissement n’est dirigé contre aucun État et constitue un pas vers la création d’une Europe unifiée, ne résistent pas à la critique. Il s’agit d’une décision dont les conséquences détermineront la configuration européenne pour les années à venir. Elle peut conduire à un glissement vers la détérioration de la confiance entre la Russie et les pays occidentaux. […] L’OTAN a été créée au temps de la guerre froide. Aujourd’hui, non sans difficultés, elle cherche sa place dans l’Europe nouvelle. Il est important que cette démarche ne crée pas deux zones de démarcation, mais qu’au contraire, elle consolide l’unité européenne. Cet objectif, pour nous, est contradictoire avec les plans d’expansion de l’OTAN. Pourquoi semer les graines de la méfiance ? Après tout, nous ne sommes plus des ennemis ; nous sommes tous des partenaires maintenant. L’année 1995 marque le cinquantième anniversaire de la fin de la Seconde Guerre mondiale. Un demi-siècle plus tard, nous sommes de plus en plus conscients de la véritable signification de la Grande Victoire et de la nécessité d’une réconciliation historique en Europe. Il ne doit plus y avoir d’adversaires, de gagnants et de perdants. Pour la première fois de son histoire, notre continent a une réelle chance de trouver l’unité. Le manquer, c’est oublier les leçons du passé et remettre en question l’avenir lui-même. » Bill Clinton lui répondit : « L’OTAN n’exclura automatiquement aucune nation de l’adhésion. […] Dans le même temps, aucun pays extérieur ne sera autorisé à mettre son veto à l’expansion. » [3]
Lors de ce sommet, trois mémorandums furent signés, dont un avec l’Ukraine indépendante. En échange de sa dénucléarisation, la Russie, le Royaume-Uni et les États-Unis s’y engageaient à s’abstenir de recourir à la menace ou à l’emploi de la force contre l’intégrité territoriale ou l’indépendance politique de l’Ukraine.
Pourtant, lors des guerres de Yougoslavie, l’Allemagne intervint, en tant que membre de l’OTAN. Elle forma les combattants kosovars sur la base de l’Alliance d’Incirlik (Türkiye), puis déploya ses hommes sur place.
Pourtant, au sommet de l’OTAN de Madrid (8 et 9 juillet 1997), les chefs d’État et de gouvernement de l’Alliance annoncent se préparer à l’adhésion de la Tchéquie, de la Hongrie et de la Pologne. En outre, ils envisagent aussi celle de la Slovénie et de la Roumanie.
Consciente qu’elle ne peut empêcher des États souverains de souscrire des alliances, mais inquiète des conséquences pour sa propre sécurité de ce qui se prépare, la Russie intervient au sein de la Conférence sur la sécurité et la coopération en Europe (CSCE), lors du sommet d’Istanbul (18 et 19 novembre 1999). Elle fait adopter une déclaration posant le principe de la libre adhésion de tout État souverain à l’alliance de son choix et celui de ne pas prendre de mesures pour sa sécurité au détriment de celle de ses voisins.
Pourtant, en 2014, les États-Unis organisèrent une révolution colorée en Ukraine, renversant le président démocratiquement élu (qui souhaitait maintenir son pays à mi-chemin des États-Unis et de la Russie) et installant un régime néo-nazi publiquement agressif contre la Russie.
En 2004, la Bulgarie, l’Estonie, la Lettonie, la Lituanie, la Roumanie, la Slovaquie et la Slovénie adhérent à l’OTAN. En 2009, c’est l’Albanie et la Croatie. En 2017, le Monténégro. En 2020 la Macédoine du Nord. En 2023, la Finlande, et en 2024, la Suède. Toutes les promesses ont été bafouées.
Pour bien comprendre comment on en est arrivé là, il faut aussi savoir ce que pensaient les États-Unis.
En 1997, l’ancien conseiller de sécurité du président Jimmy Carter, le Polono-États-unien Zbigniew Brzeziński, publie Le grand échiquier. Il y disserte de « géopolitique » au sens originel, c’est-à-dire non pas de l’influence des données géographiques sur la politique internationale, mais d’un plan de domination du monde.
Selon lui, les États-Unis peuvent rester la première puissance mondiale en s’alliant aux Européens et en isolant la Russie. Alors à la retraite, ce démocrate offre aux straussiens une stratégie pour tenir la Russie en échec, sans pour autant leur donner raison. En effet, il soutient la coopération avec l’Union européenne, tandis que les straussiens souhaitent au contraire freiner son développement (doctrine Wolfowitz). Quoi qu’il en soit, Brzeziński deviendra conseiller du président Barack Obama.
Monument à Lviv à la gloire du criminel contre l’Humanité Stepan Bandera
2- Nazification de l’Ukraine
Au début de l’opération spéciale de l’armée russe en Ukraine, le président Vladimir Poutine a déclaré que son premier objectif était de dénazifier le pays. Les Occidentaux ont alors feint d’ignorer le problème. Ils ont accusé la Russie de monter en épingle quelques faits marginaux bien qu’ils aient été observés à grande échelle durant une décennie.
C’est que les deux géopoliticiens états-uniens rivaux, Paul Wolfowitz et Zbigniew Brzeziński, avaient fait alliance avec les « nationalistes intégraux » (c’est-à-dire avec les disciples du philosophe Dmytro Dontsov et du chef de milice Stepan Bandera) [4], lors d’une conférence organisée par ces derniers à Washington, en 2000. C’est sur cette alliance que le département de la Défense avait misé, en 2001, lorsqu’il externalisa ses recherches en guerre biologique en Ukraine, sous l’autorité d’Antony Fauci, alors conseiller Santé du secrétaire Donald Rumsfeld. C’est toujours sur cette alliance que le département d’État avait misé, en 2014, avec la révolution colorée de l’Euromaïdan.
Les deux présidents juifs ukrainiens, Petro Porochenko et Volodymyr Zelensky, ont laissé se développer partout dans leur pays des mémoriaux rendant hommage aux collaborateurs des nazis, particulièrement en Galicie. Ils ont laissé l’idéologie de Dmytro Dontsov devenir la référence historique. Par exemple, aujourd’hui, la population ukrainienne attribue la grande famine de 1932-1933, qui fit entre 2,5 et 5 millions de morts, à une volonté imaginaire de la Russie d’exterminer les Ukrainiens ; un mythe fondateur qui ne résiste pas à l’analyse historique [5], en effet, cette famine toucha bien d’autres régions d’Union soviétique. Au demeurant, c’est sur la base de ce mensonge que Kiev a réussi à faire croire à sa population que l’armée russe voulait envahir l’Ukraine. Aujourd’hui plusieurs dizaines de pays, dont la France [6] et l’Allemagne [7], ont adoptés, à d’écrasantes majorités, des lois ou des résolutions pour valider cette propagande.
La nazification est plus complexe qu’on le croit : avec l’implication de l’OTAN dans cette guerre par procuration, l’Ordre Centuria, c’est-à-dire la société secrète des nationalistes intégraux ukrainiens, a pénétré les forces de l’Alliance. Il serait, en France, déjà présent dans la Gendarmerie (qui, soit dit en passant, n’a jamais rendu public son rapport sur le massacre de Boutcha).
L’Occident contemporain perçoit, à tort, les nazis comme des criminels massacrant prioritairement des juifs. C’est absolument faux. Leurs principaux ennemis étaient les slaves. Durant la Seconde Guerre mondiale, les nazis assassinèrent quantité de gens, d’abord par balles puis, à partir de 1942, dans des camps. Les victimes civiles slaves de l’idéologie raciale nazie, furent plus nombreuses que les victimes juives (environ 6 millions si l’on ajoute les personnes tuées par balles et celles tuées dans les camps). Au demeurant, certaines victimes étant à la fois slaves et juives, elles sont comptabilisées dans chacun des deux bilans. Après les massacres de 1940 et 1941, environ 18 millions de personnes, de toutes provenances, furent internées dans les camps de concentration, dont 11 millions au total y furent assassinés (1 100 000 au seul camp d’Auschwitz-Birkenau) [8].
L’Union soviétique, qui s’est déchirée durant la révolution bolchévique, n’a refait son unité qu’en 1941 quand Joseph Staline a fait alliance avec l’Église orthodoxe et a mis fin aux massacres et aux internements politiques (les « goulags ») pour lutter contre l’invasion nazie. La victoire contre l’idéologie raciale a fondé la Russie actuelle. Le peuple russe se voit en pourfendeur du racisme.
3— Le rejet de la Russie hors de l’Europe
Le troisième sujet de discorde entre l’Occident et la Russie s’est créé, non pas avant, mais durant la guerre d’Ukraine. Les Occidentaux ont adopté diverses mesures contre ce qui symbolisait la Russie. On a, certes, pris des mesures coercitives unilatérales (qualifiées abusivement de « sanctions ») au niveau des gouvernements, mais on a aussi pris des mesures discriminatoires au niveau des citoyens. De nombreux restaurants ont été interdits aux Russes aux États-Unis ou des spectacles russes ont été annulés en Europe.
Symboliquement, nous avons accepté l’idée selon laquelle la Russie n’est pas européenne, mais asiatique (ce qu’elle est aussi partiellement). Nous avons repensé la dichotomie de la Guerre froide, opposant le monde libre (capitaliste et croyant) au spectre totalitaire (socialiste et athée), en une opposition entre les valeurs occidentales (individualistes) et celles de l’Asie (communautaires).
Derrière ce glissement, les idéologies raciales ressurgissent. J’avais noté, il y a trois ans, que le 1619 Project du New York Times et la rhétorique woke du président Joe Biden était en réalité, peut être à leur insu, une reformulation inversée du racisme [9]. J’observe qu’aujourd’hui le président Donald Trump partage la même analyse que moi et a révoqué systématiquement toutes les innovations woke de son prédécesseur. Mais le mal est fait : le mois dernier, les Occidentaux ont réagi à l’apparition du chinois DeepSeek en niant que des Asiatiques aient pu inventer et non copier un tel logiciel. Certaines agences gouvernementales l’ont même interdit à leurs employés dans ce qui n’est autre d’une dénonciation du « péril jaune ».
Faut-il censurer Léon Tolstoï (1828-1910), l’auteur de « Guerre et Paix », comme le fait l’Ukraine où l’on brûle ses livres parce qu’il était russe ?
4- Conclusion
Les négociations actuelles se focalisent sur ce qui est directement palpable par les opinions publiques : les frontières. Or, le plus important est ailleurs. Pour vivre ensemble, nous avons besoin de ne pas menacer la sécurité des autres et de les reconnaître comme nos égaux. C’est beaucoup plus difficile et n’engage pas que nos gouvernements.
D’un point de vue russe, l’origine intellectuelle des trois problèmes examinés ci-dessus réside dans le refus anglo-saxon du Droit international [10]. En effet, durant la Seconde Guerre mondiale, le président états-unien Franklin D. Roosevelt, et le Premier ministre britannique, Winston Churchill, convinrent lors du sommet de l’Atlantique qu’après leur victoire commune, ils imposeraient leur loi au reste du monde. Ce n’est que sous la pression de l’URSS et de la France qu’ils acceptèrent les statuts de l’ONU, mais ils ne cessèrent de les bafouer, contraignant la Russie à boycotter l’organisation lorsqu’ils refusèrent à la Chine populaire le droit d’y siéger. L’exemple criant de la duplicité occidentale est donné par l’État d’Israël qui foule au pieds une centaine de résolutions du Conseil de sécurité, de l’Assemblée générale et d’avis de la Cour internationale de justice. C’est pourquoi, le 17 décembre 2021, alors que la guerre en Ukraine se faisait proche, Moscou a proposé à Washington [11] de la prévenir en signant un Traité bilatéral apportant des garanties à la paix [12].
L’idée de ce texte était, ni plus, ni moins, que les États-Unis renoncent au « monde fondé sur des règles » et se rangent derrière le Droit international. Ce droit, imaginé par les Russes et les Français juste avant la Première Guerre mondiale, consiste uniquement à respecter sa parole sous les yeux des opinions publiques.
Em todas as frentes, verifica-se a subida à superfície de verdades até agora escondidas ou obscurecidas. É como se um balão estivesse mantido submerso debaixo de água, fosse largado e subisse à superfície, de repente.
A verdade sobre a pseudo pandemia do COVID vem ao de cima, com provas irrefutáveis da montagem, destinada a encobrir o maior acréscimo de concentração de poder em poucas mãos, por magnates e instituições financeiras globais. Como disse desde o início (ver os artigos neste blog, desde Fevereiro/Março de 2020), esta montagem não correspondia aos critérios da boa ciência, em biologia molecular e em biologia populacional. Daí a necessidade de intoxicação das massas com falsas (fake) informações e da perseguição terrorista contra médicos e científicos honestos, que ousaram desmascarar os estratagemas montados pela tecno-bioestrutura globalista.
Nada poderá fazer voltar o Mundo ao que era. As desesperadas tentativas de fact-checkers, censores ao serviço da Nova Ordem Mundial globalista, foram completamente goradas.
O jogo terá de ser modificado: O poder globalista tem de mudar de narrativa; tem de ceder nalguns pontos, para manter o controlo, sob pena das massas se aperceberem do logro em que foram mantidas durante anos, ou mesmo decénios.
Na impossibilidade de tudo resumir, deixo aqui - abaixo - alguns vídeos que nos esclarecem sobre vários aspectos de geopolítica, sobre a guerra tecnológica e os jogos de poder da oligarquia mundialista. Eles poderão modificar as perspectivas das pessoas. Basta que estejam minimanente interessadas em conhecer a verdade.
Analisem estes documentos: É nestes momentos que a verdade vem ao de cima.
Desde 2022, as Crónicas da IIIª Guerra Mundial têm sido um repositório de informação honesta, fazendo contrapeso à propaganda dos poderes. Podes consultar estas crónicas AQUI.
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PS 1 (09/02/2025) : Um refugiado da Síria na Alemanha fala com conhecimento de causa do que se passou no seu país. Ele era jornalista e cobriu muito do que se passou desde o início da guerra civil na Síria. Fala com inteligência sobre as ingerências neste martirizado Estado do Levante, herdeiro da mais antiga civilização agrária.
Jean Daniel Ruch, o embaixador suíço reformado é entrevistado por Pascal Lottaz (Neutrality Studies). Ele dá-nos muita informação e contextualização das recentes falhas de diplomacia. Estas conduziram ao estado de «neo Guerra Fria» em que vivemos hoje.
Além dessa constatação, ele advoga um papel ativo dos cidadãos para construção de uma verdadeira neutralidade. Propõe criar-se uma base sólida para futuras conversações de paz. Este «clube» ou «rede» informal, poderá ajudar. Para além deste objetivo, um conjunto de países neutrais pode ser como um «lubrificante» para conversações entre as principais potências com vista obter-se sólidas garantias de segurança colectiva. Esta era a intenção inicial, com a criação OSCE. Tal evolução no continente europeu, teria efeitos globais; facilitaria o caminho para a paz mundial.
Gerard Autier diz-nos tudo o que precisamos saber sobre a empresa de gestão de ativos, com valorização de 150 milhares de milhões de dólares.
BLACK ROCK E OUTRAS GRANDES EMPRESAS OCIDENTAIS POSICIONARAM-SE NO INÍCIO DA GUERRA UCRÂNIA/ RÚSSIA. EM 2022 BLACK ROCK ASSINOU UM ACORDO COM O GOVERNO ZELENSKY, CRIANDO UM «FUNDO PARA A RECONSTRUÇÃO». SERÃO NECESSÁRIOS CERCA DE $ 300 000 000 000 (trezentos milhares de milhões de dólares), PARA ESTE FIM.
AS GRANDES EMPRESAS - BLACK ROCK E OUTRAS - PODERÃO EXPLORAR AS RIQUEZAS DA UCRÂNIA, PARA APROVEITAREM AS «TERRAS RARAS», O LÍTIO, AS TERRAS AGRÍCOLAS E RECONSTRUÇÃO DE IMOBILIÁRIO E INFRAESTRUTURAS DEPOIS DA GUERRA.
DESMONTA AS MENTIRAS DE QUEM PROPULSIONA AS GUERRAS EM WASHINGTON
Após a retirada do vídeo inicial* , que eu lamento, podem ouvir o podcast abaixo, que explica claramente a política exterior dos EUA e o legado dos anos Biden.
* 01 Fev. 2025: Em substituição do video retirado, deixo aqui um vídeo recente sobre a guerra da Ucrânia, pelo Col. Douglas Mcgregor, com o Juíz Napolitano:
Ray Mcgovern é um ex-analista da CIA que tem uma experiência vivida sobre as trocas diplomáticas entre os EUA, a União Soviética e também sobre a era pós colapso desta última.
Os conflitos não datam nunca de ontém; muito menos quando se trata de «cartadas» decisivas, jogadas por superpotências.
As pessoas do Ocidente estão a ser desinformadas pelos seus políticos e pela media corporativa.
A maneira mais astuciosa (e perversa) de mentir é omitir, esconder certos factos, cuja discussão poderia dar uma explicação dos acontecimentos geopolíticos mais subtil do que «Os Bons contra os Maus».
Os povos do mundo (incluindo os americanos) estão a acordar.
Estamos a assistir em direto ao primeiro capítulo da queda do Império USA:
- A derrota militar na Ucrânia, a retaliação da oligarquia europeia contra os «recalcitrantes» dirigentes da Eslováquia e Hungria, a ilusão da democracia desmascarada com o que se passa na Roménia com anulação das eleições com base em «suspeitas» de ingerência, a histeria na Alemanha, que apresenta um partido nacionalista como se fosse nazi, na Geórgia as ingerências dos países «fortes» da UE são descaradas, etc.
O mundo está a evoluir aceleradamente, mas a media ocidental tem mantido a ilusão, jogando também com o medo, a denegação, como serviçais que são do capital monopolista.
Oiça com atenção as análises (em francês) sobre a atualidade:
PS: Os mitos estão de tal maneira entrincheirados nos cidadãos, que mesmo julgando-se informados e esclarecidos, fazem uma leitura totalmente equivocada dos acontecimentos da guerra Russo - Ucraniana.
Um profissional dos media insistia comigo, há pouco tempo, que a intenção de Putin era conquistar a totalidade da Ucrânia. Eu tentei explicar-lhe isso não era lógico: Se a operação militar russa na Ucrânia tivesse o caráter duma guerra de conquista total do território da Ucrânia, não seria planeada e executada da maneira como foi. O objetivo era interpor uma força dissuasora nas fronteiras do Donbass e entrar em negociações diplomáticas para que os acordos de Minsk II fossem finalmente cumpridos e implementados.
Se o objetivo dos russos fosse anexar a Ucrânia na sua totalidade, eles teriam logo no princípio da guerra bombardeado e arrasado totalmente as defesas de Kiev, de modo a neutralizarem o centro político e os comandos militares inimigos. Os russos tinham capacidade para fazê-lo com os seus mísseis, sua força aérea, drones e artilharia de longo alcance.
Aliás, tinha sido essa a escolha dos americanos (e aliados/vassalos) aquando dos planos de ataque e invasão no Afeganistão, Iraque e Líbia.
Mas ele continuou a teimar na sua versão «oficial», embora não me soubesse explicar em que estava eu errado!
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NB: ESTA PÁGINA CONTÉM os números da série «propaganda 21» publicados neste blog.
Este repórter de «Omerta» tem vários trabalhos em teatros de guerra na Síria, no Afeganistão, além de reportagens nas frentes da guerra russo-ucraniana, onde tem estado tanto de um lado como de outro.
Penso que é o melhor antídoto para a propaganda, que tomou conta da media «mainstream». Com efeito, ele não se coloca numa posição de simpatia por um ou outro dos lados em conflito, mas avalia e dá conta das realidades no terreno.
Os generais «de secretária» que se julgam «especialistas» da guerra, deveriam ter um pouco de modéstia e reconhecer que as suas informações são de segunda mão, no melhor dos casos e, no pior, são desinformação saída de «oficinas de intoxicação informativa».
Claro que existem tais «oficinas» de um lado e do outro da contenda.
Mas, tenho a sensação de que os meios de propaganda, ou lavagem ao cérebro, do lado ocidental (EUA e países da OTAN, principalmente) são muito mais massivos e eficazes, que os meios equivalentes no campo oposto.
Dito isto, é com imenso prazer que descubro e partilho convosco este vídeo.
Oxalá, que na profissão de jornalista aumente a percentagem de pessoas como Régis Le Sommier, trabalhando com paixão e com racionalidade para informar devidamente seu público.
A propaganda de guerra faz-nos pensar que os russos estão numa postura de ataque, de ofensiva. Na realidade, são as forças da OTAN e desde há muitos anos, que estão em situação de ameaçarem permanentemente os interesses vitais e mesmo a sobrevivência física da Rússia.
Em violação de tratados assinados, os EUA e as forças da OTAN, colocaram sistemas de lançamento de mísseis junto das fronteiras da Rússia, na Polónia e na Roménia.
Estes mísseis tinham sido colocados (oficialmente) para proteger a Europa de ataques por parte do Irão. Sim, leu bem; do Irão. Uma desculpa tão estúpida, que é - na verdade - apenas uma forma de negar o óbvio. Estes mísseis, que podem ser dotados de cabeças nucleares, estão - desde há vários anos, muito antes de guerra com a Ucrânia - apontados à Rússia.
Compreende-se que estes dados sejam omitidos nos discursos políticos e na média, que apenas funciona como arma de propaganda de guerra. Esta pode ser dirigida para confundir e diminuir o moral do inimigo, mas também e até, sobretudo, para anestesiar a cidadania dos próprios países do Ocidente e neutralizar os seus sectores críticos.
Os dados que esta entrevista nos fornece são de grande importância para compreendermos os factos no terreno. Com efeito, por detrás de uma postura dos estadistas ocidentais simulando «responsabilidade», eles estão levando as suas populações para uma guerra mundial.
Na minha visão, esta Terceira Guerra Mundial já está em curso, pelo menos há 25 anos, desde a agressão da OTAN à Sérvia, em 1999 e tem continuado no século XXI, com guerras de conquista e agressão, ou com golpes de Estado (as «revoluções coloridas») para impedir que essas nações se vejam livres do imperialismo global, que apostou na hegemonia sobre todo o globo.
Se lhe parece demente, eu dou-lhe razão; é de facto demência e da mais perigosa. Mas, não se engane; o demente não é quem escreve estas linhas, mas os que estão nos lugares de poder, em cargos de governo e de comando militar em Washington, Londres, Bruxelas e etc., do Ocidente.
A parte da Humanidade que constitui o «Sul Global», as pessoas que não estão no chamado «Ocidente» percebem muito bem que os países Europeus e da América do Norte estão - desde há bastante tempo - nas mãos de uma casta apenas interessada em manter-se no poder e defender os privilégios dos multimilionários, que os financiam.
Oiça e veja esta entrevista do Prof. economista e ex-embro do governo dos EUA. Oxalá que contribua para que tenha uma visão mais crítica das narrativas geopolíticas enganadoras da media convencional!