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sexta-feira, 18 de outubro de 2024

NÃO EXISTEM IMPÉRIOS BENÉFICOS

 A ideia que é mais difundida, é que a União Europeia seria a consequência de uma vontade de paz, de bom entendimento entre povos diversos, mas partilhando uma cultura comum, com valores comuns e, portanto, que poderiam ser vertidos dentro de um mesmo molde, para produzir uma harmoniosa síntese, «uma cidadania europeia».

 «A Europa», é uma construção, sem dúvida, muito presente no discurso de políticos (de praticamente todos os quadrantes), mas sem outro fim senão o de fazer com que os eleitores, os povos, continuem a oferecer mandatos periódicos e incondicionais à oligarquia europeia, a «dona» dos chefes políticos das nações mais poderosas. Estes políticos europeístas apoiam e são apoiados pela grande burguesia dos respetivos países.  Sobretudo, todos eles fizeram vassalagem ao suserano americano. 

A «diversidade política» é apenas aparente, não reflete uma real contradição de projetos de seus atores, antes pelo contrário: Os partidos, os que formam governos em cada país, as assembleias de deputados nacionais, os grupos políticos artificiais no parlamento europeu, todas estas instâncias estão bem controladas, para que o interesse comum seja entendido como o da oligarquia europeia. Por isso, quase não existe contestação no seio do Parlamento Europeu, às políticas europeias. Tudo é feito para que se mantenha o simulacro de unidade dos povos, quando apenas existe unidade de uns lacaios que fazem o frete (muito bem pago) de "representar" os povos.

Quem, de facto, beneficia com esta pseudo União europeia, é a grande burguesia europeia. Ela tem tudo a ganhar em se manter subordinada ao poderio imperial americano. Ela foi colocada e mantida no poder por esse mesmo complexo político-militar-industrial dos EUA, após a IIª Guerra Mundial.

A propósito disto, quando na Europa se discutia (entre as elites políticas e empresariais), como se deveria implementar o projeto do Euro, quais os efeitos na Europa e no Mundo dessa moeda transnacional, pan-europeia, lembro-me ter visto na TV, uma entrevista ao Presidente Bill Clinton. Perguntava o entrevistador, «Não se tornará o Euro uma ameaça para o Dólar e portanto para os EUA?», ao que Bill Clinton respondeu, em substância: «Aquilo que é benéfico para a Europa, é também para os EUA». Esta pequena frase generosa, à primeira vista, poderia ser interpretada como se o presidente dos EUA aceitasse que os seus aliados formassem um império rival, mas tendo os mesmos princípios gerais que o dos EUA e portanto, benéfico para os EUA também. Mas poderia ser a resposta, ambígua, do presidente que sabia que a unificação monetária da parte ocidental do continente europeu iria principalmente beneficiar os EUA. Estes, poderiam fazer com que os produtos e as empresas estadunidenses mais facilmente penetrassem e dominassem o mercado europeu unificado. Já não ter que adaptar os seus produtos e estratégias a 27 diferentes realidades nacionais (pequenas, médias ou grandes) que complicavam muito, era - em si mesma - uma vantagem estratégica considerável para os EUA: Desde logo, económica, devido ao desaparecimento de tarifas diversas e à uniformização de legislações comerciais e laborais nos diversos países do Euro.

Mas também, política, pois haveria -de ora em diante- uma Europa tendente à unificação das políticas económicas (a partir de Maastricht). Igualmente favoráveis iriam ser as consequências da adoção da moeda comum, desde a uniformização de impostos, à política monetária do (futuro) Banco Central Europeu.
Nestas circunstâncias, era tudo diferente (para melhor), do ponto de vista dos EUA: Os lucros das empresas transnacionais americanas, mais fortes que as concorrentes europeias, iriam decuplicar-se. Haveria igualmente uma real expansão e maior interpenetração do capital financeiro e industrial, dos dois lados do Atlântico.

É no contexto da crise do sistema burocrático e tecnocrático da União Europeia que vem crescendo - no público europeu - a consciência de que a U.E., afinal, não é mais do que a federação de vassalos europeus dos EUA. Esta «união de vassalos», é conduzida por uma Comissão Europeia que somente responde aos interesses dos grandes grupos económicos europeus e transnacionais.
A Comissão e a União Europeia, com todos os seus órgãos são, ao fim e ao cabo, a parte civil da OTAN.
Esta aliança (a OTAN) manteve a Europa dividida desde a sua fundação, tendo mantido o seu papel de domínio militar-estratégico sobre os territórios que «protegia». Mas, deixou de ter razão de ser, desde que ruiu o Pacto de Varsóvia e a URSS (afinal, apenas um pretexto conveniente). Já lá vão trinta e três anos, que a OTAN deixou de poder proclamar-se «aliança defensiva». Mas tem, evidentemente, mantido o seu papel, de conservar a Europa ocidental e central, sob tutela americana.
A constatação óbvia da forte dependência da União Europeia ao império americano, desde as origens, foi posta entre parêntesis ou omitida, pela esquerda, incluindo o movimento sindical.

Nesta conversa abaixo, entre Olivier Berruyer e Olivier Delorme, dizem-se verdades amargas, que poucas vezes temos oportunidade de escutar.

(pode ativar as legendas automáticas em francês para facilitar a compreensão)




quarta-feira, 10 de julho de 2024

Príncipe saudita impediu confisco de 300 mil milhões de dólares russos cativos em bancos ocidentais

Parecia haver, a certa altura, total sintonia entre os dirigentes do G7, da UE  e Zelensky, no sentido da confiscação total dos 300 mil milhões de dólares em ativos da Federação Russa, em bancos europeus (sobretudo Franceses, Alemães e Belgas ).

De repente, o discurso mudou, com explicações bastante duvidosas, do ponto de vista jurídico, da parte dos governos da UE. Agora, só iriam ser confiscados os juros resultantes desses ativos e não o capital próprio. Para o mundo capitalista, a expropriação dos juros não tem qualquer lógica, na medida em que estes foram obtidos como resultado legítimo do investimento desses ativos. Continuava a ser uma monstruosidade jurídica do ponto de vista do sistema vigente.   

Agora, a Bloomberg vem nos dar a chave do problema. A Arábia Saudita ameaçou despejar no mercado as obrigações do tesouro desses países ocidentais, se eles expropriassem a Rússia dos seus ativos, para dá-los ao regime de Kiev e seus psicopáticos dirigentes. 

Foi afinal isso que mudou o discursos dos ocidentais, fazendo com que - agora - já não seriam «expropriáveis» os 300 mil milhões de ativos russos, mas «apenas» os juros que estes tinham rendido. Embora a lógica seja tão absurda como quando anunciavam que iriam «confiscar» os bens da Federação Russa e até de oligarcas (portanto, privados), que estavam em bancos de vários países da UE.

A monstruosidade deste confisco só tem paralelo com a operação falhada de promover um fantoche a «presidente» da Venezuela, entregando-lhe e ao seu «governo no exílio», o ouro venezuelano à guarda do Banco Central britânico (Bank of England).

A Venezuela não recuperou o ouro. Porém, todas as instâncias internacionais competentes na matéria, consideram que se tratou de pirataria financeira dos britânicos . 

ttps://morningstaronline.co.uk/article/f/give-venezuela-back-its-gold-2023

Agora, com a guerra na Ucrânia, os piratas que governam a UE decidiram fazer substancialmente o mesmo  com os ativos russos: Eles queriam pagar-se dos fornecimentos de armas e munições à Ucrânia, que têm sido fornecidas desde muito antes de Fevereiro de 2022 e, sobretudo desde então, despejadas em enormes quantidades e destruídas sistematicamente pelas forças armadas russas. Na realidade, nem um cêntimo do dinheiro russo confiscado irá para os cofres estatais da Ucrânia. Uma parte será para pagar as toneladas de material de guerra despejadas quotidianamente na guerra assoprada e fomentada pelos ocidentais, outra parte, irá para os bolsos de políticos corruptos, de Zelensky e da camarilha que gravita em torno dele, ou ainda, dos bilionários ao estilo de Kolomoisky (que financiava o «Batalhão Azov» e partidos ditos nacionalistas, na verdade, neonazis). 

Para mais pormenores, leia o artigo de Zero Hedge: Diz muito sobre o fim do petrodólar e perda da hegemonia financeira do Ocidente sobre o Mundo: Os detentores de dívida dos países ricos têm, agora, mais meios de pressão sobre estes, do que antes. Antes, os emissores de dívida (como os EUA), faziam voz grossa e ameaçavam invadir quem se atrevesse a vender as «treasuries» guardadas em reserva.

terça-feira, 9 de julho de 2024

A DECADÊNCIA DO OCIDENTE

A verdadeira causa do desmoronar do poderio do Ocidente, é dupla:
Por um lado, está fortemente associada a fatores intrínsecos ao sistema, tais como a forma como o próprio sistema foi «moldando» a opinião pública e auto convencendo as elites da propaganda que  segregava.
Mas, por outro lado, é consequência inevitável de forças exteriores ao seu controlo, à sua vontade. Nomeadamente, o desejo de emancipação da maioria das nações e povos do Mundo, que não querem mais ser colónia ou neo-colónia dum império como os houve no século XIX, nem do atual império dos EUA, com as nações vassalizadas ao mesmo.

Penso que se trata, em grande parte, de uma autodestruição, onde os atos dos poderosos e das forças obscuras que os influenciam, acabam por ter o efeito precisamente oposto ao desejado. O aspeto trágico nisto, é que os mais destituídos, os que têm sido oprimidos durante séculos, vão ser (estão a ser) mais uma vez, as principais vítimas dos delírios hegemónicos da casta no poder.



O vídeo acima com a reflexão aprofundada de Michael Brenner sobre os conflitos na Ucrânia e em Gaza, foi publicado em 22 de Março deste ano. Não envelheceu nada, antes pelo contrário, pois os acontecimentos posteriores à conversa com Pascal Lottaz (Neutrality Studies), vêm acentuar a justeza dos pontos de vista do prof. universitário Michael Brenner*

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(*) Professor Emeritus of International Affairs at the University of Pittsburgh and a Fellow at the Center for Transatlantic Relations at John Hopkins 

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

UCRÂNIA: REGIME DE ZELENSKY CONTESTADO POR DENTRO


 Pirâmide demográfica da Ucrânia: As classes etárias em torno dos 25 anos estão em défice acentuado. 

 https://www.moonofalabama.org/2023/11/ukraines-demographics-dictate-to-end-the-fight.html

O comandante-chefe das forças armadas ucranianas, Zeluzhnyideu uma entrevista ao magazine britânico «The Economist», em que se mostra realista em relação à guerra Ucrânia-Rússia. Este posicionamento desagradou aos setores de extrema-direita, que controlam o governo de Zelensky e à CIA, que controla o regime de Kiev. 

Porém, a mortandade causada pela guerra de atrição prolongada acaba por tornar impossível a defesa das próprias linhas de retaguarda ucranianas, por falta de soldados. No desespero de encontrar mais carne para canhão, o governo de Kiev decretou a conscrição forçada dos estudantes do ensino superior e de jovens mulheres. 

Zelensky e fanáticos de extrema-direita que o rodeiam, temem somente por eles próprios. Apesar da retórica nacionalista, não têm consideração pelo futuro do seu país e do seu povo.  Há cada vez maior dissidência em relação ao governo. Tem havido boatos segundo os quais três generais estariam em vias de ser demitidos.

É certo que o sacrifício das mais jovens gerações é absurdo, nestas circunstâncias. A probabilidade de vencer é nula e o seu sacrifício põe em xeque o crescimento demográfico no pós-guerra. A situação militar é tão má, que a Ucrânia deveria propor um cessar-fogo e negociar um tratado de paz, mesmo que ele seja nos termos ditados pela Rússia: É isso, ou o desaparecimento da Ucrânia, enquanto Estado independente. 

Na sua arrogância estúpida, os governantes americanos e europeus não puseram sequer a hipótese duma derrota ucraniana e ainda menos, com esta amplitude. 

Alguns observadores pensam que um dos motivos para os EUA terem dado carta branca à campanha genocida de Israel sobre a população de Gaza, é que ela vem desviar as atenções da enorme derrota dos EUA e da OTAN na Ucrânia.

A questão demográfica já existia muitos anos antes do início da guerra com a Rússia, em Fevereiro de 2022. O défice demográfico, agora mais acentuado, limita severamente a viabilidade  económica da Ucrânia, no período pós-guerra. 

- Explicações pormenorizadas sobre o assunto no blog Moon of Alabama, «Ukraine's Demographics Dictate To End The Fight».

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PS1 - Veja a entrevista dada pelo Prof. Jeffrey Sachs, dada a 21 de Nov. 2023:   https://www.youtube.com/watch?si=Atgmv32VbAFjQ0RI&v=CsDPDIx8bPY&feature=youtu.be

segunda-feira, 26 de junho de 2023

CRISE DE SUPERPRODUÇÃO DO VINHO

 https://www.zerohedge.com/commodities/europe-drowns-wine-eu-adopts-crisis-measures-rescue-producers



Em vários países europeus, o vinho estava mais ligado ao mercado externo do que ao consumo interno. O agravamento da crise reflete-se nos diversos países, no chamado consumo de luxo. Mesmo o vinho de média qualidade é considerado como luxo em países não tradicionalmente produtores, por exemplo os da Europa do Norte, da América do Norte e muitos países Africanos e Asiáticos. O mercado está saturado porque este produto tem tido uma expansão contínua desde há décadas, ora, apesar de novos países se abrirem ao consumo do vinho, uma expansão do mercado não pode durar sempre. Tem de vir um momento de contração.

No caso do vinho, essa contração coincide com a provocada pela inflação mundial, assim como as piores previsões económicas, relativas a países afluentes e que eram tradicionalmente consumidores de vinho dos países do Sul da União Europeia, como a Alemanha ou o Reino Unido.

Ao nível nacional, os portugueses têm diminuído o consumo de vinho, o que tem causas múltiplas, entre elas o acentuar da inflação (que toca mais os produtos não-essenciais), a diminuição do poder de compra das classes menos favorecidas e da classe média, a evolução do consumo das camadas mais jovens que se têm desviado para o consumo das cervejas (nomeadamente, as «artesanais») e para os álcoois fortes, ingredientes de cocktails ou «shots», muito em voga. 

 Dá-se a situação de retração simultânea nos mercados interno e internacional, em especial, para os países menos afortunados da UE, mas também em países beneficiando (ainda) de confortável nível de vida. 

As marcas de vinho deveriam ter visto esta crise chegar, mas - pelo menos em Portugal - insistiram em subir constantemente o preço dos vinhos nos supermercados, ao ponto de que, vinhos correntes passaram a ser algo que muitos agora consomem apenas em ocasiões especiais.  O setor vinícola, além de fundamental economicamente em várias zonas agrícolas do país, era também enorme fonte de divisas, não apenas na exportação, como no consumo dos turistas dentro de Portugal. 

As zonas do Sul da Europa já são as principais vítimas económicas do cerco contra a Rússia, mesmo antes do inicio da guerra imposta pelos belicistas da OTAN, assim como pelos globalistas:  

- Estes, não se importam com a sobrevivência económica dos mais fracos, preferindo até que haja muito desemprego, para manter as populações debaixo do jugo da necessidade. 

Estas populações serão «beneficiárias» do «Rendimento Mínimo Universal», em conjugação com a introdução das «Divisas Digitais dos Bancos Centrais». 

Tudo corre às mil maravilhas para os globalistas: Podem fazer «à saúde», erguendo os copos, cheios dos vinhos mais caros do mercado!

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Propaganda 21 nº16: TWITTER E GUERRA DA INFORMAÇÃO

A saga da aquisição de Twitter por Elon Musk encheu as  parangonas dos jornais e redes da Internet durante vários meses. Isto, no fluxo incessante de notícias, é percebido por muitos como uma eternidade. Mas, na realidade, o que moveu tanta curiosidade foi, basicamente, o facto do multimilionário prometer «limpar» o Twitter da vergonhosa censura, com motivação política e mesmo partidária (favorável ao Partido Democrata* dos EUA). Que as esperanças de muitos (mas não a minha), se depositem num multimilionário que venha salvar a liberdade de expressão moribunda na Internet e redes sociais, deveria ser um claro aviso sobre a progressão do totalitarismo na sociedade globalizada do «ocidente». 



Agora, um estudo académico da Universidade de Adelaide, vem mostrar que os bots pró-ucranianos inundaram o twitter e o espaço cibernético nos primeiros tempos da invasão russa, enquanto os favoráveis a Putin tinham uma presença muito modesta. Exatamente o contrário do que a media corporativa nos queria fazer crer: 

 https://consortiumnews.com/2022/11/06/researchers-find-massive-anti-russian-bot-army/

Veja-se o excelente artigo de Philip Giraldi, que desmascara a tendenciosa e propagandística escrita de jornalistas do NYT. Este órgão era tido como uma espécie de farol do jornalismo de qualidade, independente. Pois, hoje isso é somente um mito:

https://www.unz.com/pgiraldi/naughty-russians/

Muito mais se poderia acrescentar, mas seria necessária fazer-se a atualização constante dos artigos da série «PROPAGANDA 21», que eu iniciei a 20 de Julho de 2021. 

Sabia que a 3ª guerra mundial, na qual estamos metidos, há algum tempo - há mais de 30 anos -  tem sido uma «guerra híbrida»? 

Uma guerra de informação (de propaganda) e cinética, que se alternam ou sobrepõem. A estas, juntam-se a guerra económica, de sanções, biológica, alimentar, sanitária, etc. 

Veja abaixo, qual poderá ser o papel da guerra da informação ou cognitiva, no dispositivo bélico da OTAN:  

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/01/estamos-metidos-numa-guerra-de.html

«Numa sociedade em que tudo o que dê lucro é privatizado e em que é classificado como subversivo tudo o que escapa ao poder e controlo tanto dos grandes consórcios, como dos políticos corruptos (... que sabem que nós sabemos), o controlo da Internet surge como um objetivo essencial para ambos.» 

Escrevi o texto acima num artigo sobre o exercício do tipo «jogo de guerra» (War Game) organizado pelo WEF, sobre aspetos de guerra cibernética e de informação, chamado «Cyber Polygon»:

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/08/o-que-e-o-cyber-polygon.html

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* A perceção que certas pessoas têm sobre o partido democrata nos EUA está longe da realidade. Uma propaganda continuada convenceu muitos que ele era historicamente o defensor dos direitos civis e da não-discriminação com base na raça. Porém, as coisas não são assim tão lineares, veja:

 https://www.zerohedge.com/news/2022-11-05/racist-history-democratic-party-1863-2020

PS1: Como eu dizia, o que se passa ao nível do controlo da informação está sempre a merecer atualização, pois os governantes e outros poderes nunca param, na sua «cruzada» de censura por aquilo que consideram «desinformação, terrorismo» etc, na Internet. Vejam agora o governo alemão (uma coligação de «Verdes» e «Social-Democratas») não se lembra de nada melhor, do que colocar entraves à livre informação no Twitter.   Vivemos num universo orwelliano, protofascista, em que o preto é branco, a ignorância é sabedoria, a guerra é paz, etc. Os governantes, que deveriam preservar a liberdade de informação, querem preservar-se (a si próprios!) da liberdade de informação porque temem -acima de tudo- o povo, sobretudo se bem informado.

PS2: O governo dos EUA, discretamente diz para os bancos NÃO cortarem com os russos. Veja o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=-m0x4ocs6EA Toda a charada das sanções está desenhada por um lado para agradar aos eleitores que ficam (alguns) satisfeitos por uma atitude «firme» contra a Rússia e... uma forma de liquidarem a concorrência europeia, que foi forçada a cortar os elos económicos com  Rússia, incluindo energéticos, entrando assim numa crise de desindustrialização, em benefício dos EUA.