Mostrar mensagens com a etiqueta Jeffrey Sachs. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Jeffrey Sachs. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

COMO SE INSTALOU A DOUTRINA DO «MUNDO UNIPOLAR»? PROF. J. SACHS

                                            


Se quer compreender como se instalou a doutrina dos EUA imperiais, que tinham a força e legitimidade para «guiar» o Mundo, oiça o excelente e bem documentado Prof. Jeffrey Sachs. Ele é o mais credível economista americano para falar sobre estes assuntos, pois participou na desmontagem do sistema soviético, na época imediatamente após o colapso da URSS. Ele era conselheiro do presidente russo Yeltsin. Retrospetivamente, ele compreende a catástrofe a que foram sujeitas as populações russas e de outras etnias da ex-URSS.



Se ele choca, é porque as pessoas têm estado banhadas - no Ocidente - em narrativas propaladas pela media «mainstream» e são assumidas pela generalidade dos políticos no poder, nos EUA e nos seus vassalos da OTAN.

Se tiver de ver apenas UM vídeo sobre geoestratégia, que seja este: Porque ficará munido com os dados objetivos sobre as últimas décadas e com uma direta relação com os conflitos que se desenrolam hoje!

domingo, 6 de outubro de 2024

De 26 de Setembro a 6 de Outubro, tanta coisa mudou!

 Talvez, os "DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO"* das nossas vidas.

Eu estive doente e tive de assistir a minha esposa, também ela doente. Por isso, não escrevi, nesta semana, novos artigos para meus leitores do blog. Mas, agora que estou melhor, consegui apenas publicar dois vídeos esclarecedores:

O 1º, é uma entrevista de Glen Greenwald ao Prof. Jeffrey Sachs. 

Para se perceber como chegámos a este ponto, é preciso ter uma noção de todo o desenvolvimento que conduziu ao estado presente. A entrevista é intitulada «A Guerra Ucraniana Foi uma Jogada Estouvada» e faz todo o sentido, porque, como o Prof. Sachs recorda, os EUA e a OTAN, durante anos, tudo fizeram para que se chegasse a este estado. Mas, não só a provocação à guerra foi estouvada, como foi de incrível irresponsabilidade, a sucessão de recusas, a cada vez que a Rússia vinha propor conversações para novo acordo de paz e segurança no continente Europeu.


o 2º, é Andy Schectman, um comerciante e especialista de mercados de metais preciosos, que não tem dúvidas sobre a leviandade dos dirigentes políticos, banqueiros centrais e da classe dos oligarcas ocidentais.

Todos eles estavam absolutamente seguros, até há bem pouco tempo, que o dólar era inexpugnável como moeda de reserva e como moeda de intercâmbio comercial em todo o mundo. As forças que se opunham ao dólar tinham, no entanto, excelentes economistas e estrategas, não deixando passar as oportunidades de fortalecer a construção dos BRICS e das trocas entre eles, prescindindo do dólar, assim como do desenhar de uma moeda não vinculada a um país, mas a um pacote de matérias primas, onde o ouro entrava com uma cota de 40%.

Esta moeda internacional que, estou quase certo, vai ser proclamada na próxima Cimeira dos BRICS de Kazan, terá um respaldo muito maior do que o dólar (moeda dita «fiat»), que apenas tem como respaldo a «palavra» , as «promessas» do governo dos EUA.



_____________________________________

*O título do livro de John Reed, de reportagem sobre os dez dias de 1917, que antecederam e imediatamente sucederam à tomada do Palácio de Inverno pelos bolcheviques em 25 de Outubro (do calendário ortodoxo).  John Reed, o jornalista e revolucionário, cidadão dos EUA, a quem foi concedida a honra de ser enterrado na Praça Vermelha. 

domingo, 21 de julho de 2024

DECLARAÇÃO DA OTAN E ESTRATÉGIA MORTAL NEOCONSERVADORA [Jeffrey Sachs]

 https://www.unz.com/article/the-nato-declaration-and-the-deadly-strategy-of-neoconservatism/

                     Foto: Biden discursando num encontro da OTAN, em Bruxelas


Em prol da segurança da América e da paz mundial, os EUA deveriam abandonar imediatamente o objetivo de hegemonia dos neocons, favorecendo em vez disso, a diplomacia e a coexistência pacífica.

In 1992, U.S. foreign-policy exceptionalism went into overdrive. The U.S. has always viewed itself as an exceptional nation destined for leadership, and the demise of the Soviet Union in December 1991 convinced a group of committed ideologues—who came to be known as neoconservatives—that the U.S. should now rule the world as the unchallenged sole superpower. Despite countless foreign policy disasters at neocon hands, the 2024 NATO Declaration continues to push the neocon agenda, driving the world closer to nuclear war.

The neoconservatives were originally led by Richard Cheney, the Defense Secretary in 1992. Every President since then—Clinton, Bush, Obama, Trump, and Biden—has pursued the neocon agenda of U.S. hegemony, leading theU.S. into perpetual wars of choice, including Serbia, Afghanistan, Iraq, Syria, Libya, and Ukraine, as well as relentless eastward expansion of NATO, despite a clear U.S. and German promise in 1990 to Soviet President Mikhail Gorbachev that NATO would not move one inch eastward.

The core neocon idea is that the U.S. should have military, financial, economic, and political dominance over any potential rival in any part of the world. It is targeted especially at rival powers such as China and Russia, and therefore brings the U.S. into direct confrontation with them. The American hubris is stunning: most of the world does not want to be led by the U.S., much less led by a U.S. state clearly driven by militarism, elitism and greed.

The neocon plan for U.S. military dominance was spelled out in the Project for a New American Century. The plan includes relentless NATO expansion eastward, and the transformation of NATO from a defensive alliance against a now-defunct Soviet Union to an offensive alliance used to promote U.S. hegemony. The U.S. arms industry is the major financial and political backer of the neocons. The arms industry spearheaded the lobbying for NATO’s eastward enlargement starting in the 1990s. Joe Biden has been a staunch neocon from the start, first as Senator, then as Vice President, and now as President.

To achieve hegemony, the neocon plans rely on CIA regime-change operations; U.S.-led wars of choice; U.S. overseas military bases (now numbering around 750 overseas bases in at least 80 countries); the militarization of advanced technologies (biowarfare, artificial intelligence, quantum computing, etc.); and relentless use of information warfare.

The quest for U.S. hegemony has pushed the world to open warfare in Ukraine between the world’s two leading nuclear powers, Russia and the United States. The war in Ukraine was provoked by the relentless determination of the U.S. to expand NATO to Ukraine despite Russia’s fervent opposition, as well as the U.S. participation in the violent Maidan coup (February 2014) that overthrew a neutral government, and the U.S. undermining of the Minsk II agreement that called for autonomy for the ethnically Russian regions of eastern Ukraine.

The NATO Declaration calls NATO a defensive alliance, but the facts say otherwise. NATO repeatedly engages in offensive operations, including regime-change operations. NATO led the bombing of Serbia in order to break that nation in two parts, with NATO placing a major military base in the breakaway region of Kosovo. NATO has played a major role in many U.S. wars of choice. NATO bombing of Libya was used to overthrow the government of Moammar Qaddafi.

The U.S. quest for hegemony, which was arrogant and unwise in 1992, is absolutely delusional today, since the U.S. clearly faces formidable rivals that are able to compete with the U.S. on the battlefield, in nuclear arms deployments, and in the production and deployment of advanced technologies. China’s GDP is now around 30% larger than the U.S. when measured at international prices, and China is the world’s low-cost producer and supplier of many critical green technologies, including EVs, 5G, photovoltaics, wind power, modular nuclear power, and others. China’s productivity is now so great that the U.S. complains of China’s “over-capacity.”

Sadly, and alarmingly, the NATO declaration repeats the neoconservative delusions.

The Declaration falsely declares that “Russia bears sole responsibility for its war of aggression against Ukraine,” despite the U.S. provocations that led to the outbreak of the war in 2014.

The NATO Declaration reaffirms Article 10 of the NATO Washington Treaty, according to which NATO’s eastward expansion is none of Russia’s business. Yet the U.S. would never accept Russia or China establishing a military base on the US border (say in Mexico), as the U.S. first declared in the Monroe Doctrine in 1823 and has reaffirmed ever since.

The NATO Declaration reaffirms NATO’s commitment to biodefense technologies, despite growing evidence that U.S. biodefense spending by NIH financed the laboratory creation of the virus that may have caused the Covid-19 pandemic.

The NATO Declaration proclaims NATO’s intention to continue to deploy anti-ballistic Aegis missiles (as it has already done in Poland, Romania, and Turkey), despite the fact that the U.S. withdrawal from the ABM Treaty and placement of Aegis missiles in Poland and Romania has profoundly destabilized the nuclear arms control architecture.

The NATO Declaration expresses no interest whatsoever in a negotiated peace for Ukraine.

The NATO Declaration doubles-down on Ukraine’s “irreversible path to full Euro-Atlantic integration, including NATO membership.” Yet Russia will never accept Ukraine’s NATO membership, so the “irreversible” commitment is an irreversible commitment to war.

The Washington Post reports that in the lead-up to the NATO summit, Biden had serious qualms about pledging an “irreversible path” to Ukraine’s NATO membership, yet Biden’s advisors brushed aside these concerns.

The neoconservatives have created countless disasters for the U.S. and the world, including several failed wars, a massive buildup of U.S. public debt driven by trillions of dollars of wasteful war-driven military outlays, and the increasingly dangerous confrontation of the U.S. with China, Russia, Iran, and others. The neocons have brought the Doomsday Clock to just 90 seconds to midnight (nuclear war), compared with 17 minutes in 1992.

For the sake of America’s security and world peace, the U.S. should immediately abandon the neocon quest for hegemony in favor of diplomacy and peaceful co-existence.

Alas, NATO has just done the opposite.


(Republished from Common Dreams by permission of author or representative)

------------------------------
Pode ver o vídeo recente de diálogo sobre geoestratégia, entre Larry Johnson (antigo analista da CIA) e Pepe Escobar (jornalista brasileiro, baseado na Tailândia).
Veja também este vídeo, excerto de entrevista ao Prof. Jeffrey Sachs; é muito esclarecedor.

sábado, 26 de agosto de 2023

Tempos Conturbados (refletindo sobre intervenções do professor Jeffrey Sachs)

"I know hot what tomorrow will bring" 
Lembro-me desta citação de Fernando Pessoa, as suas últimas palavras rabiscadas num papel, no Hospital de São Luís dos Franceses (Lisboa, a 30 de Novembro de 1935). 
Ele escreveu - talvez - pensando na sua ignorância do Além (se é que havia, ou não, Vida após a morte). Mas também englobando a sua vida individual, com o destino da humanidade.
 Pois -nessa altura- estava-se no meio da tormenta,  do cataclismo que iria conduzir à IIª Guerra Mundial. As forças entrópicas dominavam. O caos era visível. Dava-se a ascensão de todo o tipo de governos e de regimes autoritários, em pano de fundo de um caos económico, do qual não havia saída. A saída da Grande Depressão foi afinal a pior possível: Foi a «Grande Matança» da Guerra Mundial. Ninguém sabia o que iria acontecer, mas todos percebiam que tremendas coisas iriam acontecer.

A entrevista dada recentemente pelo Professor Jeffrey Sachs fez-me lembrar a citação pessoana, pois o Professor americano, por duas vezes, assinala o facto de ninguém saber como se iria desenrolar o futuro. Ele dava uma nota de incerteza, de angústia, perante as políticas irresponsáveis, criminosas e destituídas de qualquer visão no longo prazo, dos principais dirigentes políticos mundiais: Biden e seu «entourage», mas também Putin e as lideranças da Europa.

Os erros dos líderes pagam-se muito caro. Mas - raramente - são os próprios, quem os comete, que os paga: As vítimas são as pessoas que vivem sob o seu controlo.

Visione o seguinte vídeo do Prof. Sachs:



quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Dmitry Orlov & Jeffrey Sachs: DUAS VOZES DE PAZ

A política é dominada pelas paixões. Isso não nos irá surpreender muito. Mas, aquilo que surpreende, é que no «Ocidente», em especial nos EUA, os responsáveis políticos fazem um papel de irresponsáveis
Não encontro explicação simples e unívoca para o fenómeno: será húbris, será autointoxicação com narrativas de propaganda bélica, será a pressão constante do complexo militar industrial, será que esperam assim ganhar eleições e obter maior poderio?  
A ala Democrata do partido único (Chomsky dixit) do establishment americano, não apenas colhe imenso descrédito face aos seus concidadãos, como é vista como causa de imenso sofrimento nos povos. 
A administração Biden é claramente responsável pela guerra na Ucrânia, pelo seu desencadear e prolongamento, pelo afundar as economias da Europa ocidental, dos seus «aliados», pela perda de qualquer «capital de sedução» junto das nações do Terceiro Mundo. Estas nações estão a virar-se (incluindo a Arábia Saudita) em direção aos BRICS, à China, à Rússia! 
Digam-me se esta liderança democrata fez algo de positivo: Semear o caos, não me parece senão causar desgraça, a destruição, o mal!

Duas pessoas, cidadãs dos EUA, que tenho acompanhado, pelas quais tenho imenso respeito, embora não me identifique com os seus percursos e com muitas das suas afirmações. No entanto, nesta época de pequenez, têm a coragem de dizer a verdade e de proporem um caminho para a paz.



                                                   Entrevista com Jeffrey D. Sachs




DMITRI ORLOV: 


The New Cuban Missile Crisis That Isn’t

("A nova e inexistente crise dos mísseis cubanos")

 

domingo, 9 de outubro de 2022

CAMINHO PARA UMA PAZ NEGOCIADA NA UCRÂNIA, COM O PROF. JEFFREY SACHS

                                                                  William Banzai : «Nuke 'em Joe!»
 
A Associação «Brooklyn for Peace» uma associação local pela paz em Nova Iorque, entrevistou o Prof. Jeffrey Sachs. É refrescante ver pessoas «comuns» serem ativas em encontrar caminhos para a solução pacífica do presente conflito. Este, pode ter uma escalada a qualquer momento, desembocando num confronto direto entre grandes potências e com desenlace nuclear. Isto significaria a extinção da vida na Terra ou, pelo menos, das formas  de vida complexas, incluindo, evidentemente, a humanidade.  


Absolutamente importante para as pessoas todas, sejam quais forem os seus pontos de vista, suas opiniões. O Prof. Jeffrey Sachs fala com ciência e, sobretudo, com conhecimento do terreno. Ele tem uma total clareza; a sua perspetiva deveria ser tomada como ponto de partida no caminho da paz.


Um claro e lúcido artigo de Jonathan Cook, «Pode a Europa fingir de não vê o papel dos EUA nas explosões dos gasodutos?» também ajuda a perceber a configuração perigosa em que nos encontramos, na Europa.

PS1: O terrorismo de Estado da Ucrânia, encorajado pela NATO, revela a viragem perigosa que a guerra está a tomar. Leia o artigo de Andrei:

http://thesaker.is/west-has-now-set-a-course-on-total-terrorist-warfare/