quarta-feira, 30 de novembro de 2022

REALISMO E ALUCINAÇÃO


 REALISMO: NUMA ENTREVISTA A UM JORNAL INDEPENDENTE POLACO, O CORONEL MAC GREGOR, MILITAR AMERICANO, DIZ A VERDADE.

ALUCINAÇÃO: O PARLAMENTO EUROPEU PASSA RESOLUÇÃO CHAMANDO A RÚSSIA DE «ESTADO TERRORISTA» E DANDO COBERTURA AOS CRIMES DE GUERRA COMETIDOS POR ELEMENTOS NAZIS NA UCRÂNIA. TRANSFORMOU-SE NUM ÓRGÃO DE PROPAGANDA ANTI-RUSSA.

(retirado de...) 

http://www.informationclearinghouse.info/57367.htm 

Parlamento Europeu Calunia a Rússia, Enquanto Financia o Terrorismo Nazi

 29 Novembro, 2022: Information Clearing House 

Editorial de "SCF" (Strategic Culture Foundation) 

Devia-se pensar, talvez que, com uma guerra perigosa decorrendo no continente europeu, o parlamento da União Europeia desejaria mostrar algum sentido de liderança, promovendo soluções diplomáticas para acabar o conflito. Não; nem um pouco. 

O Parlamento Europeu mostrou ser - de novo, esta semana - um gigante reacionário cujos valores democráticos proclamados têm relação inversa com a numerosa câmara de 705 membros.

Apenas há três anos, o mesmo parlamento votou uma resolução que -vergonhosamente- distorcia as origens da IIª Guerra Mundial, colocando no mesmo pé a União Soviética e a Alemanha Nazi.

Os membros do parlamento, compreendendo 27 nações membros, passaram uma resolução esta semana, condenando a Rússia «enquanto Estado promotor do terrorismo e um Estado que usa meios terroristas».  A moção não tem poder vinculativo de lei e portanto, não tem poder para ser colocada em prática. É um gesto simbólico de censura contra a Rússia. Por outras palavras, é um meio de propaganda política com objetivo político - caluniar a Federação Russa e inculcar no público a perceção de que a Rússia é um Estado bárbaro e à margem da lei internacional, que deve ser eliminado.

Nem os EUA foram tão longe. A administração de Joe Biden descartou sugestões semelhantes de designar a Rússia como Estado terrorista. Washington descartou isso, porque sabe que seria apenas um passo fortemente incendiário, além de ser uma flagrante falsidade.

A resolução do Parlamento Europeu é um texto recheado de russofobia, cheio de acusações anti- russas, relativas aos 10 meses de guerra com a Ucrânia. Muitas das alegações não têm base nenhuma, são puras construções destinadas a difamar a Rússia. Também chegam a ser cómicas, pela  sua estupidez.

Por exemplo, um dos pontos da resolução censurava absurdamente a Rússia por sabotar o seu próprio gasoduto Nordstream, sob o Mar Báltico, em Setembro passado. Isto está em contradição com muitas evidências de que as explosões foram - de facto - levadas a cabo numa operação de comando conjunta, britânica e dos EUA, para cortar, de modo permanente, a importação de gás da Rússia para a Europa. No entanto, os parlamentares europeus acusam  a Rússia de ter deixado escorrer o seu gás para o mar Báltico, das condutas rebentadas do gasoduto (estas custaram milhares de milhões de dólares ao Estado russo) e, portanto, a infligirem um ataque ao ambiente na UE». Logo, os russos, não só são bárbaros, como devem ser bárbaros muito estúpidos!

Noutro exemplo delirante, a resolução do parlamento europeu acusava a Rússia de aterrorizar a população ucraniana, ao ocupar a Central Nuclear de Zaporozhye, e «fazendo dela um alvo militar». Isto é um modo estranho de admitir a realidade de que os militares ucranianos têm durante meses alvejado a maior central nuclear da Europa com tiros de artilharia (e munições da OTAN) para criarem um desastre de uma fuga radiativa. No entanto, em vez de apontarem os dedos a Kiev e à OTAN, os deputados europeus põem a culpa na Rússia por fazer desta central nuclear, um alvo militar. Oh, que malandros e bárbaros russos!

Desgraçadamente, isto apenas mostra como o Parlamento Europeu conseguiu inverter completamente a realidade. A OTAN e o regime nazi de Kiev apoiado pela UE, são as entidades que estão a ameaçar desencadear uma guerra global na Europa, uma guerra que poderia transformar-se em conflito mundial. 

A insensatez da resolução parlamentar europeia vai para além da ironia. Ela foi produzida apenas dias após ter sido mostrada prova em vídeo de execuções de prisioneiros de guerra russos executados por soldados nazis ucranianos. Também surge somente uma semana depois do regime ucraniano ser apanhado em flagrante, depois de ter disparado um míssil para a Polónia, tendo matado dois civis, com a óbvia intenção de causar uma provocação para incitar uma guerra aberta da OTAN contra a Rússia.

A resolução acusava também a Rússia de cometer uma «agressão contra a Ucrânia» durante os passados nove anos. Isto é um exemplo de inversão da realidade. Foi o regime de Kiev saído do golpe de Estado de 2014 e apoiado pelos EUA e UE que embarcou numa campanha terrorista contra as populações russófonas da bacia do Don (agora parte da Federação Russa). O facto que conduziu ao estado de guerra presente foi a OTAN armar um regime que odeia a Rússia e que é abertamente adulador dos colaboradores do IIIª Reich.  

A OTAN e os EUA é que causaram a escalada que conduziu à guerra, ao fornecerem biliões de dólares em armas, à Ucrânia.  Washington e seus aliados da UE têm financiado, desde Fevereiro deste ano, 126 biliões de dólares. Muita dessa generosa doação à custa dos contribuintes, foi sugada por uma cabala de corruptos em Kiev, encabeçada pelo presidente-comediante Vladimir Zelensky.

A guerra foi desencadeada porque a OTAN e europeus recusaram encetar negociações diplomáticas sobre a questões de segurança estratégica que se colocam há muito tempo.  Igualmente, a guerra agravou-se devido à OTAN e Europa fazerem tudo para avivar o conflito militar, enquanto menosprezavam a diplomacia. 

Até agora, a Rússia tem procurado minimizar as operações militares na Ucrânia, limitando- a neutralizar o regime nazi e a sua agressão genocida. Mas tornou-se patente que do lado de Kiev e da OTAN não há qualquer capacidade em encontrar um solução política, compatível com as preocupações de segurança russas.

O terrorismo endémico que os EUA, a OTAN e a União Europeia têm recrutado e alimentado na UCrânia mostra que a Rússia agora não tem outra saída senão derrotar o regime de Kiev até obter uma vitória militar. O inimigo mobilizou o Estado Ucraniano na guerra contra a Rússia. O inimigo não se reteve de bombardear cidades russas indiscriminadamente, destruindo infraestruturas civis e levando a cabo «guerra total» através de sanções económicas e de sabotagem. O facto da Rússia estar a alvejar a infraestrutura energética com mísseis é uma situação de necessidade militar tornada inevitável pelo fornecimento maciço de armas pela OTAN. A Rússia não é o Estado terrorista aqui. São os EUA e UE que têm tornado a guerra inevitável. 

O parlamento europeu acusou a Rússia de levar  cabo massacres, quando são os grupos nazis, apoiados pela OTAN e UE que têm feito as piores atrocidades contra seus próprios cidadãos em Bucha, Mariupol, Kramatorsk e noutros locais numa infame e macabra charada, para culpar a Rússia.

Cheio de sua arrogância suprema, o parlamento europeu coroa-se a si próprio como o bastião da democracia, dos direitos humanos e da lei internacional. Na realidade, este colosso burocrático tornou-se instrumento da propaganda do terrorismo nazi na Europa. A degeneração deste parlamento tem ocorrido ao longo de vários anos, o que foi aumentado pelo contributo de Estados-membros  recentes, com posições anti-Rússia. Tal como a OTAN, este bloco tornou-se um esteio da russofobia tóxica, devido a dinâmicas semelhantes de expansão. 

A Europa viveu duas guerras mundiais no século passado, que resultaram em 100 milhões de mortes. A Rússia sofreu danos das guerras como nenhuma outra nação. Os políticos europeus estão de novo a fomentar a guerra, com as calúnias contra a Rússia e o seu encobrimento deliberado de elementos nazis. 

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Kanji Daito interpreta Louis Couperin, «Pasacalle em sol menor»

 A Pasacalle (em francês Passacaille) é uma dança lenta, de origem hispânica, provavelmente importada do Novo Mundo e baseada num baixo obstinado, ou seja, que repete sempre a mesma fórmula. Esta base permite que a estrutura seja organizada em variações sucessivas, em torno do tema. 

A Passacaille, como outras danças sobre basso ostinato (Chaconne, Pavane) seria o tipo de peça onde o compositor/interprete podia exibir seus dotes de improvisação criativa sobre um tema. O que ouvimos agora, é a codificação escrita duma prática de improvisação. 

A improvisação praticada tanto por organistas, como por cravistas ou alaudistas, permeou todo o barroco e foi somente suplantada aquando do triunfo do romantismo. Na época romântica, a personalidade do compositor "passou de simples artesão, a artista." O compositor passou a ser considerado um herói, um «génio», sendo, portanto, imprescindível o intérprete reproduzir, com a maior fidelidade, as mais subtis e etéreas impressões dos seus estados de alma.

Nada disso fazia parte do espírito barroco. Neste, a forma podia ser muito simples, mesmo austera. Porém, supunha-se que o intérprete desse mostras de criatividade e bom gosto, ao nível da ornamentação. Nesta época era legítimo serem usados variados instrumentos para uma mesma peça.  Todos os grandes compositores da época se copiavam uns aos outros; o conceito de plágio era totalmente estranho ao espírito barroco. Não havendo «copyright», a música era destinada a ser copiada de mil e uma maneiras; quanto mais, melhor! 



Kanji Daito*, ao cravo, capta a essência da música barroca francesa. A sua perfeita interpretação está igualmente penetrada de uma subtil nostalgia, que tem como contraponto a sempre renovada construção sobre o tema do basso ostinato

(*) Este jovem interprete traduz perfeitamente a arte dos sons da Europa, nos séculos XVII e XVIII com a técnica e a estilística adequadas. Dá-me imenso prazer ouvi-lo interpretar Froberger e, também, Bach. Os instrumentos (cravo, pianoforte e clavicórdio), são obras de arte por Akihiko Yamanobe, de altíssima qualidade.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

FTX: A MAIOR FALCATRUA DA ERA FINANCEIRA/CRIPTOMONETÁRIA

Muito do que se passa ao nível do mundo financeiro, mas que tem consequências enormes na economia de todos nós! 

Entrevista com Pierre Jovanovic, jornalista económico e autor:


 

BLOCKCHAIN & CRIPTOMOEDAS: VÍDEO EDUCATIVO

                                                  https://youtu.be/mKCcki6azHo

 Este vídeo é falado em espanhol. 

Podes visualizar com as legendas automáticas em espanhol.


Comentário: Desde há longa data tenho acompanhado o desenvolvimento do sector das criptomoedas. Desde há longa data também, tenho avisado para o perigo de tal tecnologia, a «blockchain», nas mãos de um poder centralizador - como são todos os poderes estatais - significar a escravidão para o comum dos mortais, que serão forçados a trabalhar, receber seu salário e consumir, exclusivamente, usando criptodivisas, emitidas pelos bancos centrais. 

Porém, a crise que se abate neste momento sobre as economias do Ocidente, onde o dinheiro «vulgar» - embora, em grande parte digitalizado - está a sofrer um grande abalo, não apenas pela enorme inflação, como pelas políticas absurdas e criminosas dos Estados, pode levar algumas pessoas a apostar em cripto-moedas como meio de salvação das suas parcas poupanças. Quero aqui deixar o aviso de que os poderes, assim como permitiram e até acolheram bem, estes meios especulativos (não repousam sobre nenhum valor real), vão simplesmente desinflar a bolha das cripto-divisas, logo que as moedas digitais emitidas pelos bancos centrais estiverem lançadas. 

Ver este vídeo sobre FTX: https://www.youtube.com/watch?v=PaxKkflGrsc

PS1: Tal como tinha previsto, este artigo AQUI alerta para o facto dos bancos centrais se prepararem para lançar as suas divisas baseadas em blockchain, o que irá definitivamente enterrar  bitcoin e as outras cripto-divisas (mesmo que elas permaneçam legais)  

domingo, 27 de novembro de 2022

DÍVIDA PÚBLICA DE PORTUGAL, ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS

 

Dívida Pública Portuguesa
Crescimento em espiral desde há 20 anos 
Valor da dívida pública em 27/11/2022:
                       309 171 508 215 € 


Juros da dívida, por ano 
 9 045 028 729€ 
                        por segundo 287€ 
Dívida pública por cidadão 29 802€ 
Dívida em % percentagem do PIB 154.73%
PIB de Portugal 199 809 976 417€ 
População de Portugal 10 374 289


COMENTÁRIO

A dívida pública portuguesa é monstruosa face às capacidades produtivas do país, isto é, a dívida é essencialmente incobrável. No mesmo plano, na Eurozona, estão a Grécia, a Espanha e a Itália. Não nos equivoquemos: O desenho do euro foi, desde o início, destinado a manter sob domínio alemão os países do Sul da Europa e permitiu 20 anos de superavit da economia alemã, enquanto as economias mais frágeis da Europa ou estavam em  recessão, ou mantinham o seu PIB ligeiramente positivo, devido a manipulações das estatísticas. 
Assim, agora que o Euro está «na agonia», as economias dos países mais fracos do euro vão ter de pagar a fatura, com aquilo que tiverem. Vai ser um fartote de privatização das últimas empresas públicas, isto é, sua venda ao desbarato, como modo de diminuir o enorme défice, que se foi avolumando nestes 20 e poucos anos de existência do Euro. 
Mas, a espiral descendente vai continuar, pois as pessoas vão ficar cada vez mais pobres, pelo que não poderá haver consumo suficiente para arrancar o país da estagnação económica, por mais sacrifícios que a população seja obrigada a fazer.
Os políticos e os barões da finança portuguesa sabem isto muito melhor que nós; têm mantido o rumo catastrófico da economia; são eles os beneficiários desta enorme burla (conjuntamente com seus congéneres da UE).
É para mim inacreditável que o povo continue a votar neles (os políticos em causa) e a confiar-lhes as suas parcas poupanças (os banqueiros ladrões)! 

sábado, 26 de novembro de 2022

TRAGÉDIA DECORRENTE DE LOCKDOWN PROLONGADO EM URUMQI CAPITAL DO XINQUIANG


https://www.voanews.com/a/china-s-economy-contracts-sharply-in-april-on-lockdowns-/6579122.html

A economia chinesa já se tinha contraído de modo significativo com os lockdown de Xangai e de Pequim e de muitas outras cidades industriais e portuárias. Agora, na nova vaga de confinamentos, surgem situações trágicas como o incêndio, relatado na notícia abaixo, que desencadeiam protestos.
https://www.zerohedge.com/covid-19/covid-lockdown-protests-erupt-beijing-xinjiang-after-deadly-fire

Em Urumqi, estima-se que cerca de 4 milhões de habitantes têm estado sob «lockdown» (confinamento), um dos mais longos do país, impossibilitados de abandonar as casas por períodos até 100 dias. Nesta cidade, houve ontem um incêndio num prédio de 10 andares. As portas de entrada do edifício estavam seladas, o que atrasou a intervenção dos bombeiros. Teme-se que mais de uma dezena de pessoas pereceram no incêndio. Esta tragédia desencadeou uma manifestação espontânea, em que se ouvia «Somos seres humanos», «Acabem com os lockdown». Algumas estrofes do hino nacional chinês eram cantadas pelos manifestantes e também eram agitadas bandeiras da Rep. Popular da China, assinalando que eles não estavam contra a China, nem contra o seu sistema político, mas contra a burocracia e a política «zero covid», que se abateu sobre eles.

Em Pequim, também houve manifestações face a um renovo dos «lockdown». Em breve se saberá mais detalhes do que se passou na capital e nas províncias.

Confirma-se a minha compreensão de que os lockdown não se destinam a controlo sanitário, mas, na realidade, são medidas de controlo político das populações, por forma a que a burocracia do partido consiga controlar as massas em situações de grandes dificuldades económicas.

Com efeito, a economia da China estava centrada nas exportações e grande parte destas para países desenvolvidos, da Europa e América do Norte, que agora entraram numa profunda crise. Logo, tem de haver uma brusca redução das exportações chinesas para esses destinos, mesmo que não existam bloqueios ou sanções. A economia chinesa não conseguiu ainda adaptar-se a um contexto mais centrado no próprio país, de satisfazer mais o mercado interno, de exportar mais para países que não sejam do «Ocidente».
Penso que a política de «zero-COVID» tem sido um expediente para um controlo social acrescido, perante as possíveis perturbações decorrentes de desemprego, falta de certos produtos, de dificuldades alimentares em certa zonas do país, etc.
Esperemos que as autoridades chinesas tenham flexibilidade para diluírem as medidas draconianas, em face destes resultados desastrosos.

ATUALIZAÇÃO 1:

Insurreição operária na FOXCOMM (fabrica os smartphones para a Apple) a 22-23 de Novembro

ATUALIZAÇÃO 2:




Os protestos em Pequim incluem os estudantes da universidade de Tsinghua, uma das mais célebres instituições universitárias da China. Houve também protestos em Wuhan e Xangai. No site de «Zerohedge» podes ver a notícia contendo um vídeo da manifestação dos estudantes, em Pequim (univ. de Tsinghua) em 27 de Nov. 

Atualização 3: Uma flexibilização das medidas contra o COVID e a constatação de que a economia sofreu pesadamente com a política de «Covidd Zero»:  

O MAGNUM MISTERIUM - JOÃO RODRIGUES ESTEVES

                              

Diria que o magno mistério (parafraseando o título da obra) na música portuguesa, é como esta ascendeu a uma tão alta qualidade desde princípios do século XVI (pelo menos), tanto na música vocal como instrumental. Ainda mais surpreendente, é a produção musical portuguesa ter depressa retomado a posição notável, logo após a longa "extinção" durante os Reinados dos Filipes. Embora o Reino de Portugal fosse considerado como uma entidade independente formalmente, as artes em geral, ao longo dos 60 anos de união forçada com a coroa de Espanha, sofreram um nítido apagamento.
O renovo da arte musical, após a Restauração (1º de Dezembro de 1640), implica que tenha sido conservada a excelente tradição do período anterior à perda da independência. Terá sido isso que permitiu a reconstituição do esplendor musical, logo após a Restauração,  sobretudo na música sacra. 
Este «2º renascimento» musical é impulsionado pelo próprio rei-músico D. João IV que encabeça a revolta contra Filipe IV de Espanha (em 1640). A Restauração foi seguida por longo período de guerras. Por fim, foi  assinado um tratado que reconhecia a independência do reino de Portugal (1668). A paz entre os dois reinos, no século XVIII, foi consolidada com o casamento da infanta Maria Bárbara de Portugal, com o Príncipe Herdeiro de Espanha, Fernando VI.
Na mesma época, o compositor Carlos Seixas é organista da Capela Real portuguesa. Domenico Scarlatti, compositor de renome e mestre da Infanta Maria Bárbara, segue para a corte em Madrid em 1733, com o cargo de maestro de música ao serviço da Rainha.
Foi João Rodrigues Esteves um dos jovens músicos que D. João V enviou para Roma. Aí, foi aluno do compositor Giuseppe Ottavio Pitoni
«O Magnum Mysterium» é um belíssimo responsório de Natal. Revela grande talento na condução da polifonia. As vozes equilibradas conferem uma sensação de envolvimento, de adoração mística, que ainda hoje tem grande efeito nos auditores.
Quem cantava estes Responsórios, eram sobretudo monges nos conventos. Para eles e para a sociedade desse tempo, o Natal era símbolo da vinda do Cristo Redentor.

Abaixo reproduzo um texto que está junto com o disco: 
 
João Rodrigues Esteves fue un compositor portugués del siglo XVIII y un profesional clave de la composición latina sagrada cuyas obras supervivientes suman alrededor de 100. Todos sus manuscritos se encuentran en las bibliotecas portuguesas, la mayoría de ellas en el archivo de la Catedral de Lisboa. Todo lo que se sabe acerca de Esteves se encuentra en las notas al margen de estos manuscritos, la primera mención de él data de 1719, cuando fue enviado a Roma bajo los auspicios del rey João V para estudiar con el compositor Giuseppe Ottavio Pitoni. Estaba de nuevo en Portugal allá por 1726, pero no fue hasta 1729 que se instaló como maestro de música en la Basílica de Santa María, una capilla adjunta al cuerpo principal de la Catedral de Lisboa. Algunos manuscritos fueron por Esteves desde Roma a Lisboa, y otros se encuentran en Evora y en el palacio ducal de Vila Viçosa.

Después de Domenico Scarlatti y Seixas Carlos Esteves fue el compositor más importante de Portugal en la primera mitad del siglo XVIII. Aprendió con Pitoni y su música de Iglesia latina fácilmente iguala o excede la calidad de la obra conocida por su profesor. Aunque en obras posteriores, parece que Esteves comenzó a ceder ante la presión de las necesidades de virtuosismo y la popularidad de la escritura vocal operística. Para la gran mayoría de su producción Esteves se aferró fuertemente al stilo antiguo, tal y como se practicaba en el siglo anterior al suyo. Entre las composiciones más notables de Esteves están un Miserere en 12 voces, ocho responsorios para la temporada de Navidad en ocho voces y violín, y un tratado sobre la realización continuo, Regras de acompanhar (1719), su única obra puramente instrumental.

-Aunque parece que el trabajo Esteves logró sobrevivir al terremoto catastrófico, el fuego, y el tsunami que se cobró 30.000 y 60.000 vidas y en Lisboa el 1 de noviembre de 1755, parece que el propio compositor no podría tenerlos, ya que no hay mención después de 1751 en todos los manuscritos conocidos o registros públicos. 
Obra extraída del álbum: JOÃO RODRIGUES ESTEVES. Mestre de capela Basilica de Santa Maria Lisbon 1729-1751 Mass for 8 voices, Christmas Responsories, Pinguis et panis . 
Interpretan: CHRIST CHURCH CATHEDRAL CHOIR OXFORD. Dirige: Stephen Darlington. Nimbus Records.

------------------
Oiça também o Magnificat composto por João Rodrigues Esteves AQUI

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

HUMOR NATALÍCIO

          «O CÃO COMEU OS CRIPTOs!!»

                                                     HUMOR DE WILLIAM BANZAI


------
Simbólica da época em que se vive, esta colagem humorística de William Banzai.

Num registo não humorístico, deixo-vos esta reflexão sobre aquilo que os poderes que nos governam têm estado a fazer e o que se preparam para pôr no nosso sapatinho de Natal (sem nós lhes termos pedido nada!)



                        O CULTO DA MORTE

A morte é o culto que se perfila, por detrás das horrendas formas de matar que os globalistas, os oligarcas do mundo, encontraram para nos liquidar: 

- (1º) o vírus dito de Wuhan, mas talvez vindo de laboratórios americanos... um vírus com assinatura de ter resultado de manipulação em laboratório, dizem cientistas da área. 

- (2º) Depois, a construção da «vacina» que não só não previne a transmissão do vírus, como aumenta a fragilidade do sistema imunitário, sendo a causa direta (talvez devido ao grafeno que contém) de muitas mais mortes súbitas e danos permanentes, que o próprio vírus, que era suposto combater.

- (3º) Desde há uns anos, vem a charada do clima, que serve como pretexto para neste Inverno matar de frio e de fome, pessoas que não morreram do COVID, ou da «vacina» do COVID...

- (4º) Mas, a forma "clássica" de fazer diminuir a população também é usada: A guerra e as suas centenas de milhares de mortes. Mortes em crescendo, pois eles querem que a guerra continue, até ao último ucraniano! Depois desta guerra, já têm na forja outras guerras, com o potencial de se tornarem nucleares

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

POLITIZAÇÃO DA CIÊNCIA DO CLIMA & COP27

 Ao lermos sobre o resultado da COP27, nomeadamente a criação de um fundo de reparação/compensação do clima podemos ficar embevecidos com tanta «generosidade» dos países ricos e dominantes mundialmente. Estes fundos vão - na verdade - servir o mesmo fim que as famosas taxas carbono, criadas e desenvolvidas para refazer a liquidez dos grandes bancos «sistémicos», numa etapa da mercantilização dos assuntos do clima. Temos agora mais este mecanismo, inventado sobretudo para satisfazer o sentimento de «do gooder» (bonzinho) dos «ativistas climáticos» e dos seus sponsors da oligarquia ocidental. 

A ciência do clima foi completamente afundada na onda de demagogia que se acelerou, sobretudo após o ano 2000. Este transformar da climatologia numa questão política, é impulsionado pela ONU, com o seu «painel intergovernamental para o clima», logo uma estrutura política. Assim, se proporcionava o nascimento dum capitalismo «verde», destinado a fazer  «reconversão industrial» ou, a pomposamente chamada «4ª Revolução Industrial», por Klaus Schwab e seus epígonos. 

Aquilo a que assistimos é ainda mais triste que a história do «COVID-19». Aliás, tanto a narrativa do covid, como das alterações climáticas, fazem parte integrante do cenário de controlo globalista, com organizações que deveriam estar fora e acima da política, como a OMS, transformadas em veículos de fundações de multimilionários (ex. Bill Gates), ou de grandes farmacêuticas (Glaxo, Pfizer, ICI, etc). Sabemos que «quem paga, manda», ora estes interesses privados multimilionários são doadores da maioria dos fundos para o funcionamento da OMS, apesar de esta ser teoricamente uma estrutura intergovernamental (os estados membros contribuem com sua quota).

O lado negro das chamadas conferências climáticas é que o mundo está sendo encerrado dentro de uma redoma de «leis» que são totalmente alheias às vontades e às necessidades dos povos. Tem estado a ser criada, paulatinamente, uma estrutura financeira que não está subordinada a qualquer Estado em particular. Esta estrutura financeira global é - afinal de contas - controlada pelos grandes empórios financeiros e bancários. São eles que controlam o fluxo de dinheiro internacional. São eles que subtilmente vão canalizar fundos para este ou aquele projeto. 

Não pensem que existe um input significativo dos povos, ou mesmo dos seus governos, nesses projetos onde são utilizados fundos obtidos através das «taxas carbono» ou, agora do «fundo climático de compensação». Os que estão nas instâncias «técnicas», são um exército de burocratas (não são eleitos), em cargos do FMI, OMS, Banco Mundial, ou OCDE, são eles que controlam a atribuição de créditos a projetos nos vários países. A banca «sistémica», além da sua intervenção direta neste processo, tem um outro grande incentivo, visto que estas somas colossais vão parar aos seus cofres, vão circular nos mercados financeiros e  contribuem muito para o seu funcionamento. Com efeito, segundo o sistema bancário de reserva fracionária, os bancos não têm obrigação de cobertura a 100 % dos empréstimos que fizerem. Os graus de cobertura são variáveis, mas chegam a ser apenas de 10%. Isto significa que um banco está sempre a emprestar dinheiro, que não é dele próprio.  Quanto maiores forem os ativos presentes nas contas de balanço dum banco (não importa que uma grande parte seja dos clientes e não deles), mais poderá emprestar a juros e maior será o seu lucro. 

A coberto da «virtuosa» compensação «climática», estão a desviar-se colossais somas dos Estados, pondo-as nas mãos da finança internacional, ou seja, da oligarquia global dos banqueiros. Assim, as prioridades de investimento já não serão determinadas pelos Estados nacionais, onde os cidadãos poderiam - teoricamente - ter a sua palavra a dizer. Agora, os mais importantes investimentos, sobretudo em países pobres, serão feitos e dirigidos diretamente por uma burocracia internacional, sob forma de «joint ventures» e de «parcerias público-privadas», segundo o querer dos multimilionários que controlam as organizações supracitadas.  


            https://www.meer.com/en/66417-child-labour-and-child-slavery[José Ramos Horta]

Quanto à montra mediática das «COP», sua não eficácia não é resultante de ignorância: É devido ao facto de estarem muito mais polarizadas em torno do «business», tais como os painéis solares e as eólicas. No estádio em que se encontram estas tecnologias, elas são, sobretudo, mais duas fontes de poluição, pois as matérias-primas de que são feitas, são extraídas à custa de trabalho escravo infantil e com graves prejuízos ecológicos, nos países do Terceiro Mundo. Mas, isto passa-se longe da vista dos sensíveis ecologistas de pacotilha. Além disso, as eólicas e painéis fotovoltaicos que deixaram de estar funcionais, são depositados em «cemitérios», ou seja, não há reciclagem dos materiais porque, dados os custos associados à extração das matérias-primas neles encerradas, não seriam operações rentáveis!

                              Foto: «Cemitério» de palas de eólicas

Assim vai o Mundo! Dai-vos ao trabalho de ir procurar boas fontes de informação e não confiai nas «notícias» nas diversas media. 

Apenas assim, teremos um recuo para ver as questões num tempo longo: O da vida humana, o das civilizações e o dos ciclos naturais.


terça-feira, 22 de novembro de 2022

ARQUEOBACTÉRIAS, PRECURSORES DOS EUCARIOTAS (E DE NÓS)?


 Segundo os dados mais recentes, poderíamos ser  herdeiros em linha direta das arqueobactérias! 

Carl Woese e a sua equipa, associados a muitos outros laboratórios, emitiram, nos finais dos anos 1980, uma «árvore filogenética da vida» que resultou da sequenciação de partes dos genes ribossomais de seres vivos presentes nos diferentes grupos taxonómicos. Os ribossomas são estruturas essenciais a todos os seres celulares, são a «fábrica de montagem» das proteínas. As divergências nessas sequências ribossomais, resultavam de modificações (estáveis) ao longo dos (muitos) milhões de anos de evolução biológica. Esta «árvore de vida» estava de acordo com a visão tradicional das relações filogenéticas entre espécies, nalguns casos mas, noutros, entrava em flagrante contradição com a visão predominante na altura.
As arqueobactérias foram reconhecidas como grupo distinto das restantes (eubactérias), com base na divergência das sequências dos seus genes, mas também lhes foram associados aspetos ecológicos (uma larga parte das arqueobactérias eram provenientes de ambientes extremos, ou seja, que não tinham condições de sobrevivência e multiplicação para eubactérias ou eucariotas), bioquímicos e fisiológicos (usavam, como modo de produção de energia, vias diferentes das usadas pelas  eubactérias), ou ainda estruturais (os lípidos de membrana eram significativamente diferentes dos equivalentes noutros ramos da árvore da vida).
O vídeo diz-nos em que consistem os indícios moleculares que nos aproximam (e a todos os eucariotas) às arqueobactérias.

-------------------------------

PS1: Outro magnífico documentário, centrado nos diplomonades (arqueozoa) dá-nos uma ideia de como terá sido complexo o caminho evolutivo para o aparecimento dos primeiros eucariotas. 

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

POR QUE RAZÃO A MEDIA CORPORATIVA OMITE ISTO?

UMA NOVA MOEDA DE RESERVA MUNDIAL ESTÁ NA FORJA

NO OCIDENTE, AS PESSOAS CONTINUAM A SER ENGANADAS 



O grande público tem sido condicionado a não investir em ouro ou prata. Apesar de o ouro e a prata, metais preciosos, serem desde tempos imemoriais escolhidos como «metais monetários» (incorporados em moedas). Para os «fazedores de opinião», todos eles alinhados com interesses que não revelam, estes não seriam senão «uma curiosidade» ou algo apenas para os «muito ricos»*.

No Ocidente, em particular, os investidores têm sido «treinados» a desprezar os referidos itens, com o pretexto de que «não produzem rendimento», o que aliás é falso. Os bancos centrais (sobretudo, mas não apenas) fazem leasing de ouro, desde há muito tempo: o leasing permite-lhes obter rendimento para cobrir as despesas de armazenamento e segurança associadas. Os gestores de portefólios costumam dizer aos clientes que seria prudente possuírem cerca de 10% (o número exato varia) de seus ativos em metais preciosos, supostamente para funcionar como «seguro». No fundo, eles - especialistas em precipitar os seus clientes ingénuos para o mercado de ações - querem guardar uma imagem «impoluta», mas também sabem de que o mais provável é os clientes terem perdas significativas.  Em contas dos bancos e sociedades de investimento o ouro desempenha um papel de caução, para os gestores financeiros: Para tomar o ouro dos clientes que tiveram «azar» no jogo da bolsa.
Mas no Oriente, China, Índia, etc. o ouro continua a ser considerado por todos a forma preferida de poupança.
Agora, multiplicam-se os sinais de que os bancos centrais orientais e em todo o mundo estão ativamente a comprar ou a resgatar ouro que estava cativo em contratos de leasing. Na semana passada, o próprio BIS (Banco Internacional de Pagamentos, de Basileia) anunciava discretamente que repatriava 500 toneladas de ouro.

Há um número elevado de bancos centrais a comprar ouro, em quantidades record. Por exemplo, a Turquia, o Uzbequistão e outros países asiáticos, reforçaram recentemente, em muitas toneladas, as suas reservas em ouro. A razão para isto, é que os candidatos aos BRICS e à OCX (Organização de cooperação de Xangai) estão ao corrente dos esforços daquele grupo para lançar uma moeda de reserva digital. Eles querem ter um «bom lugar à mesa».
É praticamente certo que a nova moeda, digital, não seja a moeda nacional de um país. Pelo contrário, há muitos indícios de que irá basear-se em matérias-primas (petróleo, metais raros, cereais, etc.) e nas reservas de ouro de cada interveniente. Cada interveniente terá um peso relativo no cabaz de divisas, de acordo com os seus recursos naturais e do ouro que possua. Assim se prevê será a nova moeda, simultaneamente: Funcionará como reserva dos bancos centrais e nas trocas internacionais.

Isto equivale a uma mudança tectónica na política mundial, não apenas em termos estritamente monetários, mas também em termos geoestratégicos. Pois, esta nova unidade internacional monetária vai retirar a hegemonia de moeda de reserva ao dólar, o privilégio que os EUA usaram e abusaram durante mais de 70 anos.

Como todos sabemos, as guerras económicas, de sanções que os EUA levam a cabo, são contra a legalidade internacional. Só poderia haver sanções legais (o que não significa que fossem justas), se fossem decretadas pelo Conselho de Segurança da ONU. Pois bem, esta transformação do dólar em instrumento de guerra (económica) é o que exaspera todos, incluindo seus fiéis aliados (como a Arábia Saudita, entre outros).

Como confirmação do que está acima, alguns bancos centrais já estão a fazer as contas. A Holanda tem uma quantidade relativamente avultada de ouro no banco central. Seu presidente veio «sugerir» que se poderia reavaliar esse ouro, deixando de ser contabilizado a 35 $/onça. Este era o valor que vigorava até 1971, quando Nixon unilateralmente retirou a convertibilidade do dólar em ouro. Será esta cotação que ainda está nos livros de balanço dos bancos centrais ocidentais**. Se o banco central holandês «pensa nisso», também outros bancos da eurozona pensarão, nomeadamente o português.

Mas, entretanto, a roleta do grande casino tem de continuar a rodar, os especuladores vão continuar a obter lucro, os «cripto- trafulhas» a fazer seus golpes, etc. O público não pode pôr-se a comprar ouro e prata, senão estes subirão demasiado cedo, antes do tempo conveniente para os banqueiros centrais; e lá desaparece o lucro dos bancos «sistémicos», emissores de «ouro-papel» (contratos de futuros)!

A viragem para uma moeda de reserva internacional, digital e baseada em matérias-primas estratégicas e no ouro, está em vias de se concretizar. Tecnicamente, estará já pronta para ser lançada. O único senão, é as reservas em dólares, consideráveis, que certos países, como a China, o Japão, Arábia Saudita, e outros possuem. Terão de se conformar a perder bastante.

O que se pode prever?
 - O valor do dólar vai se desencher como um balão que encontrou um alfinete na sua trajetória. Nessa altura, muitos dólares voltarão ao «ninho», em grande quantidade. Os EUA serão inundados pelo seu principal produto de exportação (e quase exclusivo: o outro, são armas). O dólar vai ficar como moeda dos EUA, sem que as pessoas no mundo inteiro queiram especialmente essa divisa, pois ela foi «queimada» pela sua emissão intemperada (os famosos QE) e a sua utilização, como parte do arsenal de guerra dos EUA.

---------------
*Na realidade, está ao alcance de muitas pessoas: Custo de 1 grama de ouro hoje (21/11/2022), cerca de $ 56.  
**Hoje, a cotação da onça de ouro (~31.1gr.) é cerca de $ 1740.

/////////////////////////////////////////////////////////

PS1: Preço do ouro em dólares ajustados à inflação: Pode-se ver que o ouro consiste num bom investimento para fazer face à inflação.


(A linha contínua azul clara representa a produção anual de ouro, a linha quebrada azul escura representa o preço do ouro em dólares ajustados ao seu valor de 2021.)

sábado, 19 de novembro de 2022

G20 - DECLARAÇÃO PÚBLICA FINAL REFORÇA METAS DO GLOBALISMO


Para muitos, é difícil de acreditar que todos os grandes potentados estão essencialmente de acordo, quando se trata de aumentar o controlo sobre os «súbditos». Soa a «teoria da conspiração».

Porém, não sei explicar esta notícia relativa aos pontos acordados no último G-20 senão como isso mesmo. Ou seja, a existir conspiração, não é na minha cabeça, com certeza, mas na realidade. Leia AQUI, A Declaração dos Líderes em Bali, na página oficial da Casa Branca.

Para não restar qualquer dúvida, veja ESTE artigo de Off-Guardian sobre o mesmo assunto.

Conclusão: Podem confrontar-se, pode haver guerra e mortes, mas os «grandes deste mundo» estão de acordo no essencial! Só que o essencial não é «a paz e a fraternidade entre os povos»! Mas, estarem todos de acordo, sobre como melhor submeter, dominar e espoliar as ovelhas dos rebanhos que estão à sua guarda!

ELES, ESTÃO TODOS DO MESMO LADO;  TU E EU, ESTAMOS DO OUTRO!

PS1: Inacreditável! Veja o desempenho de Schwab no G20, no clip inserido, aos 1 minuto e 39 sec., em «Klaus Schwab announces NEW plan to rule the world | Redacted with Clayton Morris »



sexta-feira, 18 de novembro de 2022

ALBERTO GINASTERA & A MÚSICA ARGENTINA

                           Atsuko Seta - Maestro Liang Zhang - Shanghai Philharmonic Orchestra

Alberto Ginastera é um dos compositores de maior estatura da América Latina. Este argentino, que estudou com Aaron Copland e outros famosos compositores nos EUA, teve uma carreira brilhante e fecunda. O seu reportório coloca-o, em termos formais, como membro da vanguarda musical dos anos pós IIª Guerra Mundial. 

Seu concerto para piano nº1, faz-me pensar em Prokofiev ou em Khachaturian. Mas, ele tem a sua própria personalidade. 
O seu temperamento sul americano, apaixonado e romântico, exprime-se - entre outras peças - nas famosíssimas 3 Danzas Argentinas. Podemos ouvir as 2ª e 3ª danças, executadas como «encore» no recital de  Atsuko Seta.



                                                Kotaro Fukuma - Danzas Argentinas

Outro pianista japonês, Kotaro Fukuma, em recital da «Maison de la culture du Japon à Paris», trouxe-nos esta magnífica interpretação integral das "3 Danzas Argentinas".
O que me seduz mais na escrita de Ginastera é sua extrema versatilidade, sua capacidade em passar duma para outra forma, sem aparente dificuldade. Na música de Ginastera, tudo soa perfeitamente natural.

Numa entrevista Ginastera disse: «Esta influência na minha música eu sinto que ela não vem do folklore, mas - como dizer? - duma espécie de inspiração metafísica. Num certo sentido, o que fiz é a reconstituição do aspeto transcendente do mundo pré-colombiano.»

A música da América Latina tem um encanto único, na sua imensa diversidade. Talvez a «fórmula secreta» dos seus compositores seja, por um lado, utilizarem o «folklore» rico de cada país... mas, por outro, não se confinarem a «folklorismos»: Dão às melodias, ritmos e danças populares, o estatuto de temas como parte da matéria-prima de composições maduras, complexas e subtis.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

SOBRE O CRASH DE FTX E AS DIVISAS DIGITAIS DOS BANCOS CENTRAIS

 Toda a construção parece, agora, que se sabe muito mais coisas sobre FTX e seu dono, algo muito frágil e ligado ao meio corrupto da política americana. Mas, embora as perdas para o dono e para os investidores em criptos sejam avaliadas em mais de 20 biliões de dólares, pode considerar-se que o mundo não ficou mais pobre. Porquê? Porque a imensa maioria das pessoas, AGORA, não vai colocar as suas poupanças em veículos tão especulativos, em que se arriscam a perder tudo se a plataforma onde colocaram os seus bitcoins e outras cripto, entrar em falência

Agora, também se perfila no horizonte próximo a possibilidade de entrada em vigor de divisas cripto, emitidas pelos bancos centrais ocidentais. É verdade que o país mais avançado nesta digitalização a 100%  do dinheiro é a China, que colocou experimentalmente, em várias províncias, cripto-Yuan em circulação. Porém, aquilo que transparece dos estudos dos BRICS e de uma série de países a eles associados, é que a própria ideia de  nova divisa de reserva mundial, que de facto seja aceite como tal, não pode ser a divisa nacional, seja de que país for.



O reino do dólar como moeda de reserva, «obrigava» a que os EUA tivessem défices comerciais e da balança de pagamentos permanentes, em ordem a fornecerem o mercado mundial em dólares, sempre «consumidos» pelos diversos países - amigos ou inimigos dos EUA - no comércio e nas operações de financiamento internacionais. Além disso, os EUA não resistiram à tentação de se aproveitarem, de todas as maneiras, do seu monopólio de emissão da moeda de reserva mundial. Com efeito, o défice crónico da balança de pagamentos e comercial dos EUA era suportado pela emissão de dólares, os quais deixaram de estar indexados ao ouro desde 1971. Isto significa que os EUA recebiam matérias-primas e produtos manufaturados, que eles «pagavam» com pedaços de papel. Estes, apenas eram aceites porque os outros países os aceitavam também como forma de pagamento. Este sistema era gerador de inflação, visto que os EUA têm emitido muito mais dólares, do que os mercados financeiros e comerciais mundiais conseguem absorver. A crise mundial de inflação, agora em curso, não é mais do que a consequência de 8 anos de «quantitative easing» pela FED.  Agora, nem a Arábia Saudita está muito interessada em que lhe paguem o petróleo em dólares. Logicamente, estando o reinado do dólar a chegar ao fim, pode-se imaginar que os que desenham a nova moeda de reserva mundial, queiram evitar para esta os defeitos de que sofria o dólar, enquanto desempenhava esta função.  

- É verdade que os cidadãos de um determinado Estado, se lhes impuserem que a sua moeda seja digital, não terão muitas hipóteses de evitar usá-la no quotidiano. Por isso, as moedas digitais emitidas por bancos centrais, têm garantidos os mercados internos dos respectivos países. Mas, para terem aceitação inequívoca, ao nível internacional, têm de ser mais do que «digitais», têm de estar indexadas a algo de tangível, como matérias-primas estratégicas e/ou metais preciosos. É nesse sentido que caminham os que estão a construir uma nova moeda de reserva mundial. Provavelmente existirá um cabaz de moedas nacionais e que inclua também certas matérias-primas e metais preciosos. Isto significa que será uma moeda digital mundial muito estável, com um câmbio estável, não só para as divisas presentes no cabaz, como para as outras. Outra vantagem para os países detentores da nova unidade de valor monetário será terem acesso às matérias primas e ao ouro.

- O corte entre os blocos «euro asiático» e o «ocidental/anglo-americano» vai dar-se não somente em termos de alianças militares, mas também de blocos comerciais e espaços de circulação de divisas internacionais: Se as hostilidades se agudizarem e prolongarem, pode mesmo acontecer que não haja convertibilidade direta entre as moedas de reserva que vierem a ser adotadas num e noutro campo. 

PS1: Parece que o dono de FTX, « Sam Bankman-Fried-on-Amphetamines » era, não só um drogado, mas também tinha o cérebro bastante afetado. Então, o autor do artigo seguinte coloca a questão de Sam ser apenas um simples joguete ("patsy"), tendo por detrás a manipulá-lo alguém poderoso: 

https://www.unz.com/kbarrett/sam-bankman-fried-on-amphetamines/

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

CRÓNICA (nº10) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: UM ASSUNTO MUITO SÉRIO

Mísseis S300 ucranianos, cedidos por ex-membros do Pacto de Varsóvia. Os sistemas antimísseis ucranianos são da era soviética; só podem operar com estes mísseis S300.


Ontem, dois mísseis disparados a partir das defesas antiaéreas ucranianas durante um ataque de mísseis russos, contra as infraestruturas elétricas da Ucrânia, numa zona próxima da fronteira Ucrânia/Polónia, aterraram em território polaco e causaram dois mortos*. Este caso foi logo tornado - pela comunicação social de massas do ocidente - num «ataque Russo contra a Polónia», o que potencialmente poderia desencadear O ALARGAMENTO/ GENERALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DA GUERRA, visto que a Polónia é membro da OTAN.
As pessoas que não querem ver, não veem. Este é o resultado, ou da sua cobardia, ou por estarem nas mãos de agentes poderosos e que lhes mandam fazer e dizer certas coisas, ou por autointoxicação ideológica. De qualquer maneira, este incidente e sua falsa atribuição, poderiam significar o despoletar de um conflito direto da NATO, com a Rússia.
Ele foi rapidamente reduzido à sua dimensão verdadeira pela declaração de Joe Biden de que «tudo indica que estes mísseis tinham sido disparados partir da Ucrânia, para intercetarem mísseis russos lançados contra as instalações elétricas ucranianas».
 Os que sopram os ventos da guerra, não deveriam gozar de impunidade prática, sob pretexto de serem membros de órgãos de comunicação social. Os poderes servem-se, frequentes vezes, destes indivíduos sem escrúpulos, que por venalidade ou ideologia, se prestam a difundir «notícias» extremamente perigosas (propaganda), que podem desencadear reflexos de pânico ou de raiva, numa parte dos leitores. Podem também ser aproveitados por forças sombrias do «Estado profundo» (não apenas dos EUA, como de outros países da Aliança Atlântica), para forçarem o alargamento da guerra.

Com efeito, alguns criminosos, em posições estratégicas do aparelho administrativo, de espionagem ou militar das potências mais fortes, têm uma convicção da «inevitabilidade» de uma guerra GENERALIZADA entre a Rússia a NATO. Isso está por detrás da «lógica» deles, para incitarem posturas agressivas das potências ocidentais, para estas terem a iniciativa de um ataque nuclear. Eles contam com o «efeito surpresa». Note-se, que este incidente vem após a recente modificação da doutrina de guerra nuclear pelos EUA em que já admite, como fatores desencadeantes de resposta com mísseis nucleares, situações que NÃO envolvem ataque ou ameaça de ataque nuclear por uma potência inimiga.
Por isso, os neocons estão sempre a tentar provocar uma escalada, seja com falsas-bandeiras, seja com declarações incendiárias, para arrastar os governos a fazerem uma política de provocações e de confronto.

Os cidadãos que pensam que existe «democracia» nos países do Ocidente, estão completamente enganados. Eu concedo que existiu, mas é preciso ver a realidade de frente: Ficámos completamente destituídos de poder e somos considerados, coletivamente, como ovelhas destinadas a ser guiadas para o curral, ou para o matadouro. Todos os meios lhes servem: A desinformação, o medo, as operações de falsa-bandeira, etc.

Como tenho dito, a 3ª Guerra Mundial começou há bastante tempo, só que as pessoas não se aperceberam (foi-lhes ocultado isso) que era esse o estado do Mundo.

A IIIª Guerra Mundial, no mínimo, começou OITO ANOS ANTES da invasão russa da Ucrânia, com o golpe de 2014 de Maidan, teleguiado pelos Americanos. Em resposta, as populações ucranianas de origem russa (cerca de 40% da população) defenderam-se. Não queriam ficar submetidas ao regime nacionalista russófobo e de extrema-direita de Kiev. A encenação criminosa do abate do avião das linhas aéreas malaias MH17, destinava-se a desencadear uma resposta emocional anti- russa em todo o Mundo. Os acordos de Minsk, para solucionar a guerra civil entre o governo de Kiev e as duas repúblicas separatistas do Don, foram enterrados pouco depois de assinados, pelo próprio governo de Kiev que os assinou. Seguiu-se uma longa guerra de atrição em que as forças de Kiev causaram mais de 14 mil mortes, em grande maioria civis das repúblicas separatistas.

Sem a conivência dos EUA e doutros países da NATO, tal comportamento do governo ucraniano da altura, não poderia ter existido.

-------------------------------------

(*)Tweet:



Jackson Hinkle 

@jacksonhinklle


Ukrainian military telegram admits that the deadly explosion in Poland was caused by a Ukrainian anti-missile defense S-300P to protect their country against Russian missile barrages.

----------------------------------------
PS1: Em baixo, artigos da série «CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL»:


CRÓNICA (nº10) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: UM ASSUNTO MUITO SÉRIO


CRÓNICA (nº9) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: POLÍTICAS NEOLIBERAIS E GUERRA


CRÓNICA(nº8) DA IIIª GUERRA MUNDIAL - ECONOMIA EUROPEIA CAI NO ABISMO


CRÓNICA (nº7) DA III GUERRA MUNDIAL - A EMERGÊNCIA DE UM NOVO PADRÃO MONETÁRIO


CRÓNICA (nº6) DA IIIª GUERRA MUNDIAL - Os laboratorios de bioarmas dos EUA


CRÓNICA (nº5) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: UM RESET PODE ESCONDER UM OUTRO.


CRÓNICA (nº4) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - ECONOMIA, O NERVO DA GUERRA


CRÓNICA (nº3) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - FACTOS E VISÕES QUE A MEDIA MAINSTREAM ESCONDE


CRÓNICA (nº2) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - Hipocrisias... que nos podem matar


CRÓNICA (nº1) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - MÚLTIPLOS TIROS NO PÉ



PS2: Veja como «Moon of Alabama» regista a extensão da fraude premeditada dos media ocidentais e em especial, britânicos. Acho que estão em linha com as instruções dos seus donos!

PS3: John Helmer publica no seu blog uma extensa análise do efeito que teve na sociedade e forças políticas polacas não só o trágico incidente em si, da explosão do míssil ucraniano causando a morte de dois cidadãos polacos, como - sobretudo - a atitude de Zelensky, enquanto presidente da Ucrânia, insistindo que o míssil era russo, não pedindo desculpa pelo ocorrido e ainda por cima, querendo que os polacos lhe deem acesso ao inquérito sobre o ocorrido.