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segunda-feira, 14 de julho de 2025

A GRANDE ILUSÃO - PARTE II

 Há cerca de 12 anos, escrevi um extenso ensaio intitulado «A Grande Ilusão». Este, está inserido neste blog, embora o seu aparecimento seja anterior à existência do blog. 

Mas, o que me importa mais agora é escrever uma espécie de apêndice ou postfácio, enfatizando aspectos da Grande Ilusão que não eram visíveis, na altura, pelo menos de forma representativa. Quero referir-me à persistente ilusão dos homens dominarem a Natureza, de serem eles a ditarem as regras, a imporem as leis e julgarem que estão no cerne do funcionamento dessa mesma Natureza. 

E digo que isto cabe perfeitamente sob o mesmo título, pois é uma tendência generalizada e os mais inteligentes caem na armadilha com maior facilidade ainda, que os estúpidos e os ignorantes.

Por isso mesmo, se verifica um tipo especial de estupidez, «a estupidez dos inteligentes», em que a sofisticação do raciocínio, a riqueza da argumentação, a erudição medida pelas numerosas referências, tudo isso junto, produz um resultado prático irrisório, ou manifestamente inoperante: Traduz-se numa incapacidade patológica de apreensão do real.

Porém, é essa mesma estupidez dos inteligentes, que tem maiores hipóteses de fazer carreira, de ter sucesso, numa sociedade plena de ilusões, incapaz de distinguir a realidade, da projecção da mente, sem qualquer outro critério de «verdade», que não seja essa filosófica nulidade chamada estatística.

A verdade não é nem pode ser uma questão estatística. Se todos errarem menos um, é este que tem razão, não importa quantos disserem que é esse indivíduo que está enganado. Em filosofia, o número não faz a prova e, sobretudo, não faz a razão. Verdades tão evidentes como esta, temos com frequência de voltar a enunciá-las, a reafirmá-las no nosso espírito, para mantermos a calma e a força da razão no meio do desvario. 

A ilusão mais perniciosa - ao fim e ao cabo - talvez seja a de quem se «colocar no lugar de Deus». Este facto mantém-se válido quer acredites em Deus, quer não: É completamente independente da nossa posição em relação à existência da Divindade Cósmica, pois postula a impossibilidade ab initio da posição peculiar dos indivíduos que pensam tudo saber, capazes de tudo equacionar, de terem solução para tudo e - se lhes for fornecido o que exigem - serem capazes de tudo fazer. Estamos aqui perante um delírio agudo ou crónico de inflação do ego, uma extrema confusão entre o limitado e falível, efémero e fraco, ser humano e aquilo que ele consegue se aperceber do Universo, na sua limitadíssima visão do mesmo. 

Mas, são esses indivíduos, inflados no seu narcisismo, que têm a maior probabilidade de arrastar as massas, as quais estão sempre em adoração do que elas consideram ser um «génio». As massas idólatras de super-homens e super-mulheres de pacotilha, são capazes de fazer as maiores loucuras, acreditar nos maiores absurdos, sendo estas crenças tanto mais fanaticamente defendidas, quanto mais absurdas forem.

Num mundo assim, é muito difícil ser-se racional, um pouco céptico e comedido. Num mundo assim, o sábio é frequentemente assimilado ao louco, ou ainda pior, ao dissidente. O seu destino não é invejável, pois vai do «gulag» para uns, até à fogueira, para outros. E porquê tanto ódio contra pessoas que pensam diferentemente da maioria? - Será que a grande maioria pensa, ou apenas repete slogans, lugares-comuns erigidos em grandes visões e todas as parafrenálias das ideologias? Se a maioria fosse composta por pessoas que pensam, elas não teriam problemas com os que têm um pensamento outro, dissidente. As suas capacidades cognitivas até ficariam estimuladas perante um pensamento dissidente e nunca lhes passaria pela cabeça «contrariar» uma teoria com uma sentença de morte ou de prisão, ou um linchamento.

Os ditadores e demagogos de todas as espécies e variedades, sabem perfeitamente que uma maioria da espécie humana não pensa. Sabem que não é difícil enfiar-lhes na cabeça uma série de automatismos mentais, como aliás a «educação» se esmera a fazer, em todas as nações, de todos os continentes. 

Com as técnicas de condicionamento da psique, podem ver a massa das gentes, (no sentido próprio, por vezes...) executar os que se atrevem a não acatar, os que não se submetem à «verdade» da multidão furiosa. 

Estes comportamentos surgem, não espontaneamente, mas por condicionamento, aberto ou disfarçado, em muitas sociedades. Muitos fanatismos são completamente «reversíveis», no sentido em que se pode mudar-lhe etiquetas, sinais, protagonistas, mas continuam a ser reflexos pavlovianos. Trata-se, porém, de um ser humano na aparência, mas que o medo, o desejo de pertença, a imaturidade, fez submeter-se ao que lhe aponta um chefe.

O engodo da «IA», tem servido para fazer passar as mais extremadas posições e manipulação dos factos e isto, ao bel prazer dos multimilionários que possuem as empresas de «IA». Nada deste extremismo induzido surge ao olhar do público como insano, como totalmente repelente, etc. porque foi emitido (supostamente) por um algorítmo «IA» o qual teria a virtude de «pensar mais e melhor» que a mente humana. 

Junta-se a ignorância do que sejam estas máquinas informáticas e os algorítmos, com o complexo de inferioridade frente àquilo que não se compreende, que se julga demasiado complexo. 

O resultado é uma regressão, não apenas à infância, como ao «estado larvar»: Os indivíduos estão dentro de casulos, são alimentados e mantidos, consumindo o que os mantém em vida, mas uma vida do tipo zombie...

Assim, a redução do número de efetivos nas diversas populações pode prosseguir (com vários métodos), até ao limite que os Senhores desejarem. O limite para a redução dos efetivos, é que deverá haver um número suficiente de escravos para manutenção do mundo de conforto dos Senhores. 

Quanto aos escravos, em breve, nem terão a capacidade de reprodução. Esta deixará de estar dependente de um «ato animal»; será um complexo de operações de tecnologia biológica. Logicamente, as pessoas «vulgares» (a plebe, os escravos), serão produzidas em série, por clonagem. Assim, por uma técnica muito simples, produzem-se «seres sem defeitos». Estes terão sua recompensa num pouco de comida, um mísero abrigo e serão «processados» e substituídos quando sua produtividade baixar.

Se olharmos retrospectivamente, compreendemos que muitos fenómenos sociais, muitas situações «aberrantes» até, já se podiam delinear, pois despontavam nas sociedades onde ocorreram, mas as pessoas contemporâneas desses fenómenos não deram por nada, aparentemente. Embora, de facto, haja sempre algumas pessoas que não se deixam iludir e tentam dar o alerta, este nunca é tomado a sério ou pior, é considerado subversivo, vindo dos inimigos da sociedade. 

É falso pensarmos que não existe mais religião, baseados na premissa errada de que as pessoas abandonaram os respectivos templos. Há uma religião e está mais viva do que nunca, embora as pessoas não consigam identificá-la como tal. Por um lado, é transversal às diversas religiões, tradicionalmente prevalecentes. Por outro, ela flui pelos interstícios da sociedade, confundindo-se com as atividades mais triviais e indispensáveis no dia-a-dia. Não é religião que erga templos explícitos para culto dos fiéis. No entanto, o seu culto é muito divulgado e tem um número de fiéis certamente maioritário, em relação a todas as outras. Falo da religião do dinheiro.

No passado, ela existia também, diga-se: mas era temperada por outras coisas, como seja uma moral (religiosa, ou com raízes religiosas), que prescrevia o que se devia fazer ou não fazer, além de toda uma moldura de valores, de virtudes, às quais os devotos deveriam se conformar. Ou, pelo menos, na aparência. 

Agora, o fator mais importante de ascenção social é o dinheiro. Não importa como foi obtido, nem como é gasto... É a sua acumulação que provoca «respeito religioso», da parte da multidão. Assim, ser rico - muito rico, na verdade - tornou-se virtude. Claro que as pessoas sempre admiraram e cobiçaram os ricos, no passado. Porém, a passagem do dinheiro a culto religioso, fez dos detentores do capital, simultâneamente, sacerdotes, magos, semi-deuses...  

Bem podemos dizer e demonstrar que por este andar, a Terra fica esgotada, que os equilíbrios estão rompidos, que a diversidade biológica se vai reduzindo perigosamente, que  ecossistemas estão a entrar em ruptura, que o esgotamento dos recursos ou sua contaminação vão tornar muito difícil a vida das gerações vindouras. Não, as pessoas estão viradas exclusivamente para «ganharem mais», para consumir agora, aquilo que antes estava acima de suas posses, e só conseguem equacionar a felicidade ou o sucesso dentro de sua comunidade, com seu enriquecimento. 

Não procurei ser futurólogo no texto inicial de «A Grande Ilusão». Aqui, nesta segunda parte, atrevi-me a descrever tendências, que já se podem ver despontar no presente e têm já uma repercussão, mas que não se tornaram ainda, lugares-comuns.  

 

segunda-feira, 12 de maio de 2025

RICHARD WERNER AVISA: Comissão Europeia planeia tomar NOSSOS ativos para financiar a guerra na Ucrânia

 


A analogia da construção europeia com o regime da ex-URSS é muito forte, sobretudo após o tratado de Lisboa da União Europeia, que tornou inviável - na prática - que um país-membro decida, pela vontade do povo soberano, tomar rumo diferente da «democracia liberal».

Esta estrutura piramidal da UE, com um corpo não-eleito ao comando (Comissão Europeia) copia a hieraquia soviética. No plano parlamentar igualmente: Tal como o parlamento soviético, os deputados do Parlamento Europeu não têm o poder de fazer leis, por eles próprios. A iniciativa pertence sempre a uma entidade exterior ao parlamento (Conselho de ministros da UE, ou Comissão Europeia), tal como acontecia no regime soviético, em que a proposta de lei vinha sempre do Politburo do Partido. 

Além do aspecto estrutural, há o aspecto de desapossar os cidadãos, característica típica de um Estado totalitário: Pretendem obrigar os cidadãos a «provar» a origem dos seus ativos, senão os ativos serão confiscados. Este é o conteúdo duma proposta da Comissão de Bruxelas e «em estudo» nas instâncias da UE: Teremos de provar a origem destes ativos, ou seja, inverte-se o «onus da prova»; todos nós somos declarados culpados, até prova em contrário!

Oiça na íntegra o que diz Richard Werner e lembre-se que os partidos, de todos os países da UE são coniventes, pois todos sabem o que Richard Werner nos acaba de revelar, mas nenhum diz claramente o que se passa. Discretamente, com o blackout mediático e a conivência dos partidos, vem-se instalando e consolidando um super-Estado fascista, sob a capa de democracia. 

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA, PARTE XIII

[PARTES ANTERIORES DA SÉRIE: VI ; VII ; VIII ; IX ; X ; XI ; XII ]

SOBRE A ASCENÇÃO DO TOTALITARISMO E ALGUMAS VERDADES AMARGAS DE PERMEIO 

Um golpe de Estado instaurando uma ditadura, é um acontecimento súbito. Pode ter anos de preparativos, mas o acontecimento, em si mesmo, é rápido. Pelo contrário, a instauração dum totalitarismo é um processo dilatado no tempo, é algo cumulativo, insinuante.
A mudança totalitária é tornada possível, porque as pessoas não reconhecem logo uma série de decisões e de medidas, como sendo transformações qualitativas e não pontuais, tais como o sistemático recurso à governação por decreto, a censura e outros entorses graves aos direitos humanos fundamentais, mas sempre em nome de algo aparentemente sensato, como «preservar a saúde e a segurança» das populações.
Existe uma grande massa obnubilada  (iludida) pela propaganda. Nesta massa, muitas pessoas estão num estado de tipo hipnótico, não estão nada recetivas para ouvir argumentos que contradizem a sua narrativa (psicologicamente) tranquilizadora.
Porém, estas pessoas em denegação, podem ser acordadas por algo que esteja em contradição com a narrativa do poder, mas com uma condição: É que existam uma ou várias contracorrentes, com uma voz suficientemente audível, capazes de veicular outra leitura (*) dos acontecimentos, da realidade.
Isto é válido, tanto no domínio da pandemia de COVID, como em qualquer outro âmbito coletivo da sociedade. Somente no caso de haver uma alternativa racional e um discurso explicativo do que se está a passar, um certo número irá mudar progressivamente, «virando» o seu ponto de vista. Pode-se fazer a analogia com placas tectónicas, que se deslocam no longo tempo geológico. Nunca é algo que ocorra dum momento para o outro.
Por este motivo, os poderes totalitários instauram a censura, ou seja, a proibição de falar verdade sobre certos assuntos. Em todos os regimes totalitários da História, falar-se verdade sobre assuntos inócuos foi tolerado; apenas se exercia censura em relação a assuntos sensíveis para o domínio totalitário. As narrativas, nas quais assenta a falsa legitimação das decisões e atos dos poderes totalitários, não podem jamais ser postas em causa. Quem entrar em contradição com a narrativa dominante, está sujeito à difamação, à segregação, à discriminação e à repressão a quente.
Estamos - o Mundo está - nesta malfadada descida para o autoritarismo, com tendências claras para o totalitarismo. Os verdadeiros liberais, libertários, democratas e todas/os humanistas no sentido lato, não podem deixar-se enganar: Estamos num momento histórico decisivo.
O que fizermos, ou deixarmos de fazer, vai decidir o futuro. Pois, se revelamos medo, e se nos mantemos divididos perante o poder opressor, este não hesitará em impor as mais drásticas medidas liberticidas.

Os sociopatas e psicopatas, os déspotas e seus apoiantes, sabem bem donde vem o perigo para eles. O que eles defendem, acima de tudo, são seus interesses de grupo. Se observarmos bem o seu jogo, ele consiste em manterem-se no grupo dos que possuem privilégios associados ao poder. O que os divide é exatamente a mesma coisa: Ou seja, o aliado de hoje, pode amanhã ser o rival, na luta pelo poder (ou para manter o poder).
Eles só sabem raciocinar em termos de relações de força. Não sabem o que são valores: Quando lhes perguntam os valores em que acreditam, eles respondem: «Está a perguntar-me que ações cotadas na bolsa, eu acredito irão subir?» ou algo parecido.

                                         
                                               Alice combate o monstro

Do lado positivo, finalmente vejo o despertar duma resistência cada vez mais madura, apostando na desobediência civil, na não-violência ativa, na união de todas as pessoas, por cima das clivagens políticas, ideológicas, religiosas, etc.
Tento ajudar sem demagogia, para que se construa essa consciência: ao longo dos anos, tenho insistido em fazer deste blog um espaço aberto, onde recebo e reenvio opiniões, pontos de vista, criticas neste ou aquele domínio, reflexões próprias e alheias.

Devo muito a familiares e amigos, em vários aspetos da minha vida e atividade, a quem agradeço de todo o meu coração. Porém, também devo agradecer aos que me seguem anonimamente, que são a imensa maioria, consultando estas páginas de reflexão e crítica. Graças a todos eles, esforço-me por fazer o meu melhor. São 600 a 700 visualizações/dia, em média diária. Isto significa que muitos são seguidores regulares.

Para todos um Natal em Paz e um Ano Novo de Coragem e Esperança!

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Abaixo, uma amostra de alguns cientistas e outras personalidades que responsavelmente têm colocado objeções à narrativa oficial ou «oficiosa» e têm sido «banidos» do espaço público por censores anónimos que se erigem em vigilantes da «ortodoxia»:













https://www.zerohedge.com/political/covid-19-pandemic-fear-manufactured-authorities-yale-epidemiologist


quarta-feira, 3 de novembro de 2021

[Mattias Desmet] CONDICIONAMENTO DE MASSAS E HIPNOSE

 O condicionamento de massas é um fenómeno social complexo, que se aparenta com a hipnose, mas não é exatamente a mesma coisa. O vídeo abaixo tem grande mérito, porque nos esclarece quais as condições que favorecem o aparecimento deste fenómeno coletivo. Quais são os pressupostos que permitem o aparecimento do fenómeno do condicionamento de massas (aqui, no vídeo abaixo, designado por  «formação de massas»)? - Esta e muitas outras questões são esclarecidas neste profundo diálogo de Aubrey Marcus com Mattias Desmet*, incidindo sobre os tempos de hoje, à luz da história dos totalitarismos.

[*Mattias Desmet é professor de psicologia clínica na Universidade de Ghent (Bélgica); também possui um grau de mestrado em estatística.]


00:00- Introdução 1:22- Estatísticas que não dão certo 3:30- Dinâmica Psicológica 9:50- Condicionamento de Massas (Mass formation) 17:45- Algo muito específico pode ocorrer nestas condições 25:10- O condicionamento de massas no séc. XIX 31:55- Mentecídio 37:27- A experiência de Asch 41:35- Perigos da nossa paisagem presente 47:42- Precisa de média de massas para o condicionamento das massas 53:53- Uma Terceira Via 58:49- Mecanismo do totalitarismo 1:05:10- A importância de estruturas paralelas 1:19:13- Consequências de erguer a voz?

quarta-feira, 14 de julho de 2021

DITADURA TOTALITÁRIA INSTALA-SE EM FRANÇA

Ditadura inaugurada quando o presidente Macron anunciou aos franceses toda a extensão da obrigatoriedade do passe sanitário. Não há uma obrigatoriedade, em resumo, se alguém se submete a ficar eternamente em casa, em confinamento, ou prisão domiciliária.



 Esta deriva autoritária, negando o direito das pessoas a dispor do seu corpo, vai trazer uma sociedade com um novo tipo de apartheid: «os vacinados e os não vacinados». Além disso, a coerção não se vai restringir ao «passe sanitário». Já está colocado o princípio de submeter diversas medidas sociais, como os apoios escolares, à conformidade com a ditadura «sanitária». Quando as pessoas acordarem, terão penalizações ou suspensões de direitos fundamentais. O direito à saúde? Um «não-vacinado» não poderá entrar num estabelecimento hospitalar, para ser tratado quando doente, por exemplo.

A partição entre os «vacinados» e os «não-vacinados» vai aumentar as fraturas na sociedade, vai potenciar os conflitos. 

Está-se perante a negação dos direitos (e do próprio Estado de Direito) aos cidadãos que não querem (e com boas razões !) ser vacinados com vacinas experimentais, apenas com autorização provisória de colocação no mercado. Acresce que estas têm mais de clonagem, do que de vacinas propriamente ditas. 

Estamos - portanto - a assistir a uma viragem, não apenas na França, mas em toda a Europa da União Europeia. Note-se,  o governo do Reino Unido tem uma atitude mais «liberal» e respeitadora dos direitos das pessoas. Nos últimos tempos, houve manifestações muito participadas, populares, reclamando a liberdade de ser ou não ser vacinado, no Reino Unido. Lamentavelmente, é diferente a atitude dos dirigentes de países poderosos da UE: Estão JÁ muito longe da democracia liberal, que de tanto se vangloriam, nos discursos

[NB: Cabe aqui fazer um parêntesis para lembrar que Hannah Arendt, ao caracterizar a instalação do Estado totalitário, mostrou que quem toma o poder, não se embaraça em abolir a constituição. Simplesmente ignora-a. Foi assim, na subida ao poder de Hitler e dos nazis, como em relação a Estaline e seu aparelho de terror. A letra da constituição de Weimar dava garantias de respeito pelos direitos individuais. Esta constituição foi ignorada, mas não foi abolida pelos nazis, foi mantida durante todo o IIIº Reich, até à sua derrota. De mesma forma, a letra da constituição da União Soviética, promulgada no tempo de Lenine, também tinha artigos sobre direitos e liberdades dos cidadãos. Estes artigos foram sistematicamente violados, mas nunca revogados ou modificados, no período estalinista.]

Não sei o que vai acontecer, mas no curto prazo, está a haver um colapso do turismo, da hotelaria e da restauração em França. Estes sectores, muito importantes para o emprego, também são importantes para as indústrias transformadoras e os serviços. Será impossível manter esta situação de modo «pacífico», mesmo com a imposição de restrições ao direito de manifestar, de reunir, de palavra, etc. Não acredito que o povo francês - no seu conjunto - não compreenda o que lhe estão a preparar. 

Nada do que se passa num país da «União» europeia é indiferente aos restantes. Uma nova legislação é normalmente ensaiada num só Estado, ou num pequeno número de Estados, para logo ser alargada ao conjunto. O processo autoritário desta generalização, é realizado através de «diretivas europeias» (deveriam chamar-se «leis», na verdade), emitidas pela Comissão de Bruxelas. Todos os países e suas assembleias legislativas têm um prazo - passado o qual, o país faltoso pagará multas - para verter no seu Direito interno a norma europeia em causa.   

Veremos o que acontece nos próximos meses, com a aceleração garantida da inflação. O banco central europeu (BCE) vai aumentar ainda mais a impressão monetária. Irá continuar a compra da dívida soberana dos Estados. Os países continuarão a endividar-se, sem teto ou restrições de qualquer espécie. Antes, eram a Grécia e  Portugal, os sobre-endividados na UE. Agora, a França e a Espanha passaram a ter, igualmente, um endividamento de mais de 100% do PIB, caminhando alegremente para os 120%... 

Nada pode ficar como dantes. Um Estado policial e autoritário poderá vir a instalar-se. Em França existe descontentamento popular mas, nas circunstâncias presentes, ele só pode reforçar a vertente direitista-populista. Os partidos à esquerda estão esfacelados pelo abandono de «uma linha de unidade de classe» (usando a terminologia marxista), para abraçarem a «movida» identitária e o fracionamento das lutas. 

Assim, com as esquerdas parlamentares e sociais fora-de-jogo, as fileiras da direita chauvinista e conservadora têm vindo a engrossar, quotidianamente.

 O mal-estar dos franceses ditos «de raiz» (seja lá o que isso for), tem sido explorado, ampliando os medos e ódios contra todos os imigrantes. Este estado de coisas é mantido com a política de ghettos (as «periferias pouco seguras»). Nestes ghettos vive «um exército de reserva» de trabalho precário, disponível e a baixo preço. 

O grande patronato está contente com isso, pois advoga a abertura das fronteiras e legalização indiscriminada dos clandestinos em França. 

Nisso, está a espelhar a política de total abertura à imigração, levada a cabo pelos democratas nos EUA, à qual Trump queria fazer obstáculo, mas não conseguiu.

Tudo isto é perverso: as pessoas ficam presas a falsas dicotomias, a fidelidades irredutíveis: é o triunfo da política «identitária». 

Este jogo dura há demasiado tempo. O respeito pelos «princípios republicanos» não entusiasma por aí além os eleitores. A polarização a que se assiste agora, neste lançamento da campanha eleitoral para a presidência, significa que as tensões irão muito depressa ao rubro. Macron é o «bombeiro-pirómano». Ele é também o fantoche da oligarquia. Esta, pagou e assinou em seu nome próprio*, um anúncio a página inteira, declarando que «aceitar refugiados, é importar talentos». Só não dizem a razão do seu entusiasmo. Vão pagá-los, esses talentos importados ... abaixo, muito abaixo dos salários dos cidadãos franceses com qualificações equivalentes.

Antes, as forças armadas designavam-se como «La Grande Muette» (= a grande muda), um grande corpo estatal, que não manifestava em público a sua opinião, nunca. Recentemente, vimos vários grupos semi-anónimos, militares, a posicionarem-se. 

Porém, «uma tomada em mãos da situação», eufemismo de golpe de Estado, já está em curso. Seu protagonista é o próprio presidente Macron.  Agora, resta saber se ele tem realmente «as costas quentes», ou se está a fazer um bluff arriscado.

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[* com assinaturas pessoais dos grandes patrões]


sábado, 3 de julho de 2021

DERIVA TOTALITÁRIA NA UNIÃO EUROPEIA E NO «OCIDENTE»

O poder que abandonais, que colocais nas mãos dos governantes, serve para vos oprimir*.
                                

- Quantas vezes vos tenho dito isto? De quantas maneiras vos mostrei claramente o que estava em jogo?

- Será que vossa mente é obtusa? Não! Vós tendes tão boa inteligência quanto eu! Será que sou eu que estou a delirar? Não, senão não poderia fazer as previsões acertadas, que tenho feito! 

Quem são as pessoas que «preferem ignorar» as verdades que lhes ponho debaixo do nariz? 

Há dois grupos nesta categoria dos que «ignoram»:

Há aqueles que têm por hábito olhar o mensageiro e avaliá-lo. Consoante a avaliação do mensageiro, a mensagem será credível, ou não. São demasiado recetivos à propaganda do poder. Atribuem a credibilidade a quem detém o poder, veneram o poder. Existem outras pessoas, que «não querem saber», que «preferem ignorar», como crianças que têm imenso medo e fecham os olhos, num esforço desesperado e fútil de «fazer desaparecer» a visão horrenda. O povo diz, com razão, que «não há pior cego do que aquele que não quer ver» e estamos a transformar-nos num povo de «cegos», impotentes e cobardes, incapazes de recusar algo ao poder. 

A «crise do Covid» serviu, entre outras coisas, para mostrar isso mesmo. Serviu para por a nu a psicologia profunda dos contemporâneos, a sua anomia (ausência de vontade própria), a sua cobardia também. Existe - porém - um número grande mas indefinido, desorganizado, que está contra esta situação. Muitos estão a chegar a conclusões semelhantes às minhas. Mas, vai demorar um bocado até muitas destas pessoas conseguirem juntar-se e fazer voz comum, em relação ao mais importante, ou seja, desmascarar os mecanismos pelos quais o povo se deixa iludir, se deixa capturar. Vai demorar o seu tempo. 

Aqui, deixo alguns conselhos às pessoas que têm consciência do que se está a passar:

1- Tem de haver uma retirada da barafunda mediática, não no sentido de ignorar totalmente o que nos querem fazer engolir, mas antes para não ficarmos submersos pela propaganda. A propaganda tem efeito, mesmo naqueles que são contrários à mensagem que ela veicula, pois polariza a sua atenção, a sua indignação. Eles, ao colocarem-se numa postura antagónica, vão reagir em vez de agir. Pode ser exatamente isso que o manipulador deseja: pode ser esse o objetivo encoberto de uma determinada onda de propaganda. 

2- Trata os outros como gostas que te tratem a ti: Deve a pessoa esclarecida colocar-se num plano igualitário, em relação à outra pessoa, seja ela quem for. A condescendência, o paternalismo, a hipocrisia, são totalmente contraproducentes. O outro é tão inteligente como nós próprios. Nós não estamos num plano acima, nem abaixo do outro. Quem não extirpar de si próprio tais sentimentos falsos, não tem capacidade para estar em empatia com o próximo. E o próximo intui isso: ele tem inteligência emocional, que lhe permite distinguir se algo é sincero, ou se é mero teatro.

3- É preciso identificar os mecanismos de manipulação das massas, compreender os processos utilizados pelos poderes. Uma vez que se atingiu tal compreensão, que implica um pouco de conhecimento em psicologia, fica-se imune à propaganda. A partir deste ponto, os que manejam a propaganda não conseguem que tu sejas um foco de disseminação da mesma. O mecanismo é análogo à infeção viral: os que estão imunizados ao agente infecioso, vão destruí-lo, de cada vez que o vírus entrar no seu organismo. Também não pode haver difusão de um vírus (... ou de uma falsa informação) por uma pessoa que seja resistente a este.

4- Sendo o propósito do poder o de manter as pessoas cheias de medo e divididas, é preciso desenvolver uma pedagogia - não uma contrapropaganda! - que combata o medo, que propicie a reconciliação entre as pessoas e onde se manifeste o que há de mais profundo no ser humano, o amor.

5- A História é importante. Ela ensina-nos o que os poderes passados fizeram para oprimir, para esmagar, para enganar, para dividir e colocar uns contra os outros, os que tinham interesses básicos comuns. Ela ensina-nos os caminhos para a libertação da opressão: Como as pessoas souberam desmascarar falsos amigos e se organizaram para vencer a força bruta, ou insidiosa. A História é a disciplina marginalizada, o «parente pobre» no ensino básico, secundário e universitário. Mesmo nos casos em que é ensinada, é-o segundo o ponto de vista dos vencedores, não dos vencidos, ou seja, seu ensino institucional é uma construção ideológica.

6- Agir com conhecimento é elementar. Os poderosos têm um domínio muito grande, pois têm uma visão de conjunto, têm informantes ao seu serviço e  são eles, muitas vezes, a tomar a ofensiva. Portanto, para uma ação eficaz contra a corrente opressora, devem as pessoas estar bem informadas, capazes de antecipar as «jogadas» deles, como num jogo de xadrez: Devem debater entre si, com vista a chegar a um consenso, quais são as melhores táticas, face ao jogo dos oponentes.

7-  Um otimismo sem triunfalismos, é um ingrediente necessário. Deve-se compreender que os adversários cometem erros, que o seu poder é finito e sua inteligência, também. Um efeito estranho, mas comum, é um dos lados se colocar, logo desde o início, na atitude mental do derrotado. Isto é diferente de colocar-se na defensiva. É, pelo contrário, não ser capaz de resistir: é entregar a «partida de xadrez» ao adversário, por capitulação psicológica. Por isso, é importante ter sempre presente que não há poder invencível, não há ditadura que dure sempre, não há inteligência (malévola, neste caso) infinita, não há crueldade que não acabe por revoltar, até quem apoiou o poder tirânico.

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* Ver leis de censura, 1933 e 2021:



PS: Ver clip de Snowden, explicando como se chega a um estado mundial de vigilância estatal  https://www.youtube.com/watch?v=Y6xByTqeygY

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

ARBÍTRIO - UM ESTADO DE NÃO-CONSTITUCIONALIDADE, SOB PRETEXTO DE COMBATER O COVID



ESTADO DE NÃO-CONSTITUCIONALIDADE é, por definição, uma DITADURA

[Para quem tiver dúvidas, apresento em baixo o artigo da Constituição em que, supostamente, o governo deste país se baseia para impor uma série de medidas INCONSTITUCIONAIS.]

Análise Constitucional

Antes de mais, não existe no texto constitucional um «estado de calamidade pública», por si. Figura o «estado de sítio» e o «estado de emergência». No ponto 2 do referido artigo constitucional, aparece a menção de «calamidade pública», como justificação de ser decretado estado de sítio ou de emergência. Não há simplesmente nada que se assemelhe -AQUI E AGORA - a calamidade pública. Mesmo no caso de efectivamente haver calamidade pública, o que não é o caso, é notória a preocupação do texto constitucional, de que as medidas tomadas no contexto de um estado de emergência sejam proporcionais e adequadas à situação. Por exemplo, se um furacão se abater sobre a região dos Açores, isso pode originar um decretar de um estado de emergência na região, mas não no todo do território nacional... Os cuidados ao nível do texto são múltiplos, para que os poderes (governo, legisladores e judiciais) não possam abusar do referido artigo da constituição. 

Análise factual

Quanto ao fundo, há manifesta falta de prova de que estamos perante o que o Primeiro-Ministro designa como «agravamento» da pandemia de Covid-19.
Os pressupostos, em que se baseia o Primeiro Ministro, são falsos.
A epidemia mede-se, não pelo número de testes positivos, mas sim pelas pessoas cuja infecção é activa (estas são apenas uma fracção diminuta das que têm teste PCR positivo). Também se pode medir pelos óbitos. Ambos os valores estão a diminuir, mais de 90%, em relação ao pico da epidemia, em múltiplos países da Europa. O pico de Março/Abril, não foi repetido. A Suécia e a Bielorússia, que nunca fizeram confinamento, estão com uma taxa de mortalidade de quase zero, menor do que a de países que usaram as políticas estritas de confinamento.

Este decretar do «estado de calamidade» é simplesmente anti-constitucional pois não existe o pressuposto de uma calamidade. Uma calamidade é algo muito grave. É algo que se traduz por muitos mortos subitamente, por muitas pessoas afectadas, por desorganização das estruturas. Nada disto se verifica. 

A epidemia do medo

O que se verifica é uma campanha de alarmismo, programada, nos media portugueses (e de muitos outros países), um silenciar das vozes científicas que denunciam esta manipulação, um exercício do poder sem respeito pelos direitos fundamentais dos indivíduos, usando e abusando do pretexto para impor arbitrariamente medidas, que não têm utilidade real ou pior. Por exemplo, o uso da máscara em espaços públicos, que apenas vai implicar mais doenças pulmonares, por re-inalação de bactérias e vírus que os próprios exalaram. 
Isto não é maneira de combater uma epidemia, que aliás está a extinguir-se naturalmente, à medida que muitas pessoas tiveram contacto com o vírus e portanto têm resistências e não são transmissores. 
Esta medida de impor máscara e «distanciamento social» ao ar livre, em espaço público, é mesmo absurda: a própria OMS reconhece a sua ineficácia. 

O mecanismo do golpe 

Se não existe justificação alguma médica e sanitária, então, estamos a assistir a quê, em Portugal e noutros países da Europa? O que se verifica é antes um constante matraquear de números pela media: estes, em regra, não são estatisticamente tratados e contextualizados. Está-se perante uma ausência de significado epidemiológico, apenas tendo como efeito psicológico manter e agravar a psicose colectiva induzida.
O aspecto mais perturbador é o facto de quererem impor aos cidadãos o uso de um «app» no seu «smart-phone», com capacidade deste detectar, supostamente, alguém que «tenha covid».
 Isto só tem paralelo com a obrigatoriedade dos leprosos usarem uma campainha, para assinalar a sua aproximação, na Idade Média. 

Condicionamento de massas

Que a media e muitas pessoas achem isso «normal e proporcional», mostra até que ponto estão sob influência, condicionadas, como se a epidemia de Covid fosse tão grave como a lepra ou a peste, sendo que está ao nível de mortalidade da gripe, como tenho feito referência no meu blog: [DR IOANNIDIS] taxa de mortalidade de Coronavírus semelhante à Gripe

Instalação da censura e arbítrio

A monstruosidade e cobardia disto salta à vista, pois é evidente que estão a censurar as vozes dissidentes desta nova ditadura totalitária. 
Os mais prestigiados especialistas das ciências biológicas e médicas são censurados, impedidos de ser ouvidos em público. O público é impedido de ouvir e tomar conhecimento das opiniões discordantes do «mantra» dominante. A isto chama-se uma ditadura.
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LEIA EM APENSO ARTIGO 19 DA CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA

(Suspensão do exercício de direitos)

Como apêndice a este artigo, junto excerto do artigo de CJ Hopkins «The Covidian Cult»: https://consentfactory.org/2020/10/13/the-covidian-cult/  

«... The Head of the Health Emergencies Program at the WHO has basically confirmed an IFR of 0.14%, approximately the same as the seasonal flu. And here are the latest survival rate estimates from the Center for Disease Control:

  • Age 0-19 … 99.997%
  • Age 20-49 … 99.98%
  • Age 50-69 … 99.5%
  • Age 70+ … 94.6%

The “science” argument is officially over. An increasing number of doctors and medical experts are breaking ranks and explaining how the current mass hysteria over “cases” (which now includes perfectly healthy people) is essentially meaningless propaganda, for example, in this segment on ARD, one of the big mainstream German TV channels. »

quinta-feira, 30 de abril de 2020

[Lynette Zang] ESTÁS DISPONÍVEL PARA SERES ESPIADO/A?


Lynette Zang é analista de mercados económicos e financeiros, trabalhando para uma empresa especializada na venda de metais preciosos, moedas de ouro e prata, no mercado dos EUA. 
Ela tem uma experiência acumulada muito grande, pois começou por trabalhar em grandes bancos, em «trading», sabendo muito bem decifrar as subtilezas dos produtos financeiros derivados e outros «arcanos», para o público leigo. 
O seu trabalho é de uma qualidade e utilidade insubstituíveis, pois parte sempre da realidade dos factos, para desfazer os preconceitos, as ideias feitas, com as quais os media «mainstream» alimentam uma narrativa totalmente distorcida, dirigida ao público não especializado.
Neste vídeo, ela aborda a questão essencial da liberdade: da liberdade de expressão, de movimentos, da confidencialidade, do direito à nossa vida privada. 
Não  é o assunto habitual dos seus vídeos, normalmente centrados na economia. Mas este vídeo é muito apropriado, mesmo em termos económicos, pois nos permite compreender como é que esta crise, dita «do coronavírus», na realidade é uma enorme oportunidade para as grandes empresas, a banca sistémica e os maiores fundos financeiros (hedge funds): São estas, as entidades que têm beneficiado em pleno, enquanto pequenas empresas e trabalhadores têm sido as grandes vítimas. 
Lynette concorda que as coisas não serão como dantes, mas que a crise económica não é «por causa do vírus», mas sim por causa dos montões de dívida que se acumularam muito ANTES e da forma como os Estados responderam à epidemia, com o «lockdown» ou fecho da economia e confinamento forçado das pessoas, potenciando assim os malefícios da pandemia, com um golpe mortal. 
Lynette, logicamente, faz notar que este tipo de comportamento precisa de uma explicação racional, pois esta decisão não pode ser vista  como «inevitabilidade», face a um fenómeno natural mas antes, como maneira de disfarçar as enormes fragilidades que pendiam sobre as economias do mundo ocidental, por um lado; por outro, tratava-se de encontrar uma saída para esta situação de dívida impagável, através dum «great reset», mas em favor dos poderosos, do 0.1%. 
Tratava-se de construir um cenário que não pusesse em risco a estrutura do poder global. 
A verdade é que as grandes empresas, como as «FAGA» (Facebook, Amazon, Google, Apple.) aumentaram os seus lucros e consolidaram a sua posição neste momento: viram as suas cotações bolsistas diminuírem menos, ou mesmo subirem nos mercados, face a outras acções cotadas, de sectores tradicionais da economia. 
Igualmente, o «bail out» que os grandes bancos sistémicos receberam agora dos bancos centrais ocidentais (FED, ECB, e outros) foram  de novo - exactamente como em 2008 - uma «limpeza» das más dívidas, das más apostas, das dívidas impossíveis de cobrar e consistem essencialmente em fornecimento de dinheiro fresco, o incentivo e a recompensa para comportamentos de risco, para políticas de «buy-back» (auto-compra de acções pelas empresas, fazendo subir as cotações), de generosa distribuição dos dividendos e de bónus principescos aos seus gestores de topo.

Vale a pena ouvir com atenção o que esta experiente analista dos mercados nos tem transmitido ao longo de muitas sessões.

PS1: Quem é Bill Gates? Um documentário de «corbettreport» em como Gates monopolizou a saúde ao nível global: 
https://www.youtube.com/watch?v=wQSYdAX_9JY