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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

A NOVA DESORDEM MUNDIAL [CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL, Nº 49 ]

 Não sei se algum título como este já existe, é provável - mas no caso deste escrito - entendo que se trata do título mais apropriado.

Senão vejamos; a liberdade é proclamada e negada, na prática. Não se pode defender um determinado ponto de vista perfeitamente legítimo e racional, sem se ter consequências gravosas, se este ponto de vista se traduz numa desacralização do poder.

Pelo contrário, podem cometer-se atrocidades, violações sistemáticas dos direitos humanos, impunemente, se forem cometidas sob a tutela e seguindo o guião da potência hegemónica. As coisas não mudaram, desde há cerca de 75 anos. Um adjunto do presidente dos EUA, Truman, fez-lhe notar que se estava a apoiar uns «bastardos» (já não sei de que país latino-americano); ao que Truman respondeu...«Sim; mas são os NOSSOS bastardos».

Hoje em dia, a ditadura totalitária de Zelensky tem as honras de governos ocidentais, enquanto vai prendendo os opositores, que «desaparacem», ou vai colocando para sacrifício inútil, centenas de milhares de soldados na mira de fogo das tropas russas, sobretudo vai construíndo - ele e seus associados - fortunas colossais, à custa do erário  público ucraniano (e nosso). Mas ninguém se preocupa, nas administrações que têm doado sucessivos  biliões, para onde vão estas somas. 

Os manifestantes que protestam contra o genocídio dos palestinianos, são dispersos à bastonada, são presos às centenas; isto tem lugar no suposto «modelo» da democracia e dos direitos civis, a Grã Bretanha. 

Em simultâneo, a indústria armamentista, nomeadamente, na UE, no Reino Unido e nos EUA, envia para Israel o que este precisa para efetuar o referido genocídio. Como podem os políticos  se apresentar como «observadores impotentes», durante estes quase três anos de genocídio, sabendo-se que um embargo de armas a Israel iria fazer parar rapidamente o Holocausto Palestiniano?

Claro que jogam os interesses económicos e a importância dos lobis pró-sionistas. Aliás, não devemos confundir estes com as comunidades judaicas: Estas podem estar completamente dissociadas da mentalidade suprematista e colonialista do governo de Israel. 

Em todo o lado, a igualdade dos seres humanos perante a lei, a sua dignidade fundamental, estão postas em causa. Um assassinato irá fazer a primeira página dos noticiários, consoante a vítima seja judeu (sionista ou não) ou um arauto «cristão», em associação com o sionismo, ou consoante se trate de um árabe, que pode ser muçulmano, cristão, de outra religião ou mesmo, ateu. No caso do árabe, nem será referido na maior parte dos noticiários; se o for, será classificado de «terrorista» ou de membro do Hamas, para desencadear repúdio e não qualquer sentimento de compaixão no público.

A ordem moral é a primeira a desfazer-se, quando se inicia a derrocada da ordem política-económica-jurídica.

 Aquilo que se chama «civilização» é um estado de imposição duma falsa ordem, porque baseada na repressão: É isso que significam expressões como «Pax Romana», ou «Pax Americana». 

A ordem moral não pode subsistir quando os do topo da hierarquia são impunes, face às regras aplicadas ao comum dos mortais. Vejam-se os casos (abafados) dos escândalos sexuais em torno da figura de Jeffrey Epstein, ou a total impunidade dos criminosos que lançaram a operação COVID («vacina anti-COVID») para benefício das multinacionais farmacêuticas Pfizer, Moderna, Astra-Zeneca...

Apenas dois exemplos acima citados, mas haveria muitos mais, se contabilizarmos os que no establishment se especializaram em lançar guerras  (Afeganistão, Iraque, Líbano, Líbia, Palestina, Irão...) que têm causado milhões de mortes, incontáveis feridos e deslocados. Mas, a media corporativa reserva sempre o melhor acolhimento para estes senhores e senhoras. 

Em desespero, os antigos aliados de ontém do Ocidente, estão em massa a aderir aos BRICS ou, pelo menos, a  estabelecer acordos comerciais frutuosos com estes países, pois vêm que do lado Ocidental e Americano, só há a perspectiva de manter os países mais fracos sob o seu domínio, por todos os meios, incluindo militares.

 Mas, o comércio precisa de liberdade. Sobretudo, de liberdade de escolha; em dado país participar ou não num dado acordo. Também precisa de um conjunto de regras. Porém, estas regras (acordadas e ratificadas na OMC) são sistematicamente ignoradas ou violadas pelos mesmos que clamam pelo seu respeito.  

A utilização do dólar como arma, abusando do privilégio de ser a principal moeda de reserva mundial (uma herança do acordo de Bretton Woods, 1944), levou a que mais trocas sejam efetuadas nas divisas dos respetivos países, não envolvendo o dólar. O dólar deixou de ser visto como «porto seguro», como reserva nos Bancos Centrais, em muitos países:  Estes passaram a acumular ouro, o qual não pode ser instrumentalizado. Quanto muito, poderá ser expropriado ou roubado, num contexto de guerra, com invasão e tomada do ouro do banco central (como aconteceu na Líbia e noutros casos).

A «lei» da força, ela própria, está posta em causa quando os rivais dos EUA e dos países da OTAN, possuem armas ao mesmo nível, ou que ultrapassam as ocidentais. Em relação à guerra assimétrica, temos assistido aos danos severos causados por mísseis e drones das milícias Houthis (Iemene), a instalações militares e civis israelitas, assim como mantêm o bloqueio no Mar Vermelho, para a navegação destinada a Israel, incluindo porta-aviões dos EUA. Podíamos também descrever o efeito do uso maciço dos drones que - com uma tecnologia relativamente simples - conseguem ultrapassar defesas anti-aéreas de uns e de outros, no teatro da guerra Russo-Ucraniana.

O mundo está cada vez mais complexo e as armas mais perigosas (armas nucleares) estão sob controlo de psicopatas, nalguns casos. A determinação de Netanyahu, ou do seu sucessor, em fazer explodir bombas nucleares contra inimigos (Irão, principalmente) pode configurar a «alternativa Sansão». Ou seja, tal como na narrativa bíblica, trata-se de deitar abaixo todo o edifício (Israel), de modo que os seus inimigos também morram. É uma loucura completa, mas que está consignada em manuais de estratégia militar israelitas, pelo que não pode ser tomada ao de leve.


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Ps1: Jeffrey Sachs e a nova ordem  mundial 

https://youtu.be/97pxh5BifVU?si=H58F_pxUbI0pYdi_

sábado, 12 de julho de 2025

CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL (Nº45): «Guerra Contra Os Povos»

 




Pesem embora as meritórias posições e ações de partidos, grupos e pessoas contra a guerra na Europa, parece que se caminha para uma inexorável extensão do conflito bélico Ucraniano-Russo, como aliás era previsível desde a primeira hora.
Com efeito, este conflito - logo na sua estreia e antecedentes - estava repleto de hostilidade e mesmo de histeria bélica, dum Ocidente dominado pelos «falcões», que não cessaram de provocar a Rússia em todas as tribunas da OTAN e, sobretudo no terreno. 
Por exemplo, vários anos antes de se iniciar o conflito armado: Colocaram bases secretas da CIA, dedicadas ao bioterrorismo, na proximidade da fronteira russo-ucraniana; protegeram o regime criminoso e ilegal de Kiev, fechando os olhos às óbvias violações dos direitos mais elementares das populações (ucranianas) russófonas, etc.
Agora, após três anos e meio de confrontos armados entre as duas nações eslavas (e partilhando uma longa história comum), podemos ver com maior recuo, como se desenvolveu a estratégia do chamado «Ocidente»:

- Do lado da OTAN, a escalada começou com um apoio disfarçado e «indirecto», com o treino de certas unidades ucranianas e o fornecimento de material bélico «não-letal», progredindo para um apoio cada vez mais decidido, no plano financeiro, no fornecimento de armamento e de homens que o sabiam manejar.
- Também foram de natureza mista, as operações encobertas do lado ocidental, com intuitos - sobretudo - de propaganda, por mais mortíferos que fossem: O atentado contra a ponte que liga a Crimeia ao território russo; os atentados contra a frota russa sediada em Sebastopol; os atentados terroristas massivos contra um hall de concertos nas proximidades de Moscovo; a sabotagem de Nord Stream I e II, os gasoductos que forneciam gás russo à Alemanha e Europa ocidental; os vários atentados mortíferos contra intelectuais bem conhecidos; a destruição, com mísseis de médio e longo alcance, de refinarias de petróleo; a invasão de território russo em Kursk, numa zona destituída de interesse estratégico, mas possuindo uma central nuclear russa... Todos estes atentados e ações foram executados por tropas especiais e de elite, treinadas, enquadradas e apoiadas por especialistas da OTAN, em todas as suas fases; são prova de que o lado OTAN-ucraniano se dedicou desde cedo ao terrorismo. Mas são também prova de que tudo o que fizeram do lado ucraniano, era impossível de realizar sem o apoio logístico, a espionagem, a informação via satélite e os meios tecnológicos de ponta (ex. mísseis teleguiados, de última geração), que o exército ucraniano não possuía.

Dentro da minha caracterização da Terceira Guerra Mundial como guerra essencialmente híbrida, esta envolveu as periferias, sobretudo, visto que a confrontação direta estava vedada pelo perigo de guerra nuclear auto-destruidora. É enquanto ações contra um associado aos grandes (Rússia e China) que podemos caracterizar os ataques contra o Irão, perpetrados por Israel e os EUA, em íntima colaboração (de que eles se felicitaram, aliás). Este facto vem mostrar como se está próximo da guerra total. Num cenário onde as alianças entre países fossem automaticamente accionadas, já estaríamos agora numa guerra direta OTAN/Ocidente/Israel, contra Irão/Rússia/China/outros membros dos BRICS.

A agressividade do chamado Ocidente não se fica por aqui: Na U.E., transformada numa espécie de OTAN bis, Van de Leyen* toma a iniciativa, forçando a mão aos vários governos nacionais titubeantes, para um rearmamento acelerado, priorizando despesas militares sobre quaisquer despesas sociais e de «welfare», que estivessem programadas nos diversos países. O objetivo de 5% de despesas militares para os membros da UE cumprirem no prazo mais curto é a figura brutal, seguindo a imposição de Trump, que a UE se apressou a cumprir, supostamente para «manter os EUA dentro da OTAN».
Esta justificação cai pela base se pensarmos que a OTAN foi, desde o princípio, o instrumento dos EUA para manter a Europa ocidental - e depois quase todo o continente- submetida aos objetivos do super-poder imperial.

O império precisava agora, de propagandistas, como Marc Rutte, Kala Kallas e Úrsula van der Leyen que, pelo seu extremismo e suas poses, fizessem crer que a vertente europeia da OTAN tinha algum poder.
Assim, também foi evoluindo a guerra psicológica, onde os discursos e narrativas são mais importantes (pelo menos, até agora) do que os atos, propriamente ditos. Os atos, sejam eles de natureza económica, política, militar (ou mistos), precisam dum manto «justificativo», permitindo neutralizar críticos como sendo «pró-Putin», ou outra calúnia do género, enquanto se atrevem a espezinhar as constituições, e tratados (incluindo da UE e da OTAN), no que diz respeito à salvaguarda da paz, à procura de soluções pacíficas para os conflitos, etc.




A cidadania está num estado de torpor e terror, profundamente aterrada como efeito da propaganda, quer acredite naquelas atoardas, quer não. O estado em que as pessoas se colocam na defensiva, por instinto biológico de preservar sua própria vida e a dos seus, é o estado presente. Ele foi devidamente planificado e executado, pelos especialistas em guerra psicológica. Neste «mix» entram também uma série de mitos, preconceitos, imagens fantasmagóricas, construídas ao longo do tempo. «Os Russos, são assim»; «Putin é assado»; etc. A maioria das pessoas está incapaz de distinguir o verdadeiro do falso; pois isso implicaria ter tempo e disponibilidade para se ocupar de assuntos que não são de imediata relevância para a sua sobrevivência. A maioria está demasiado ocupada com o imediato, pois a ofensiva do grande capital não se fez esperar, atacando não só o poder de compra dos salários, como a estabilidade do emprego e promovendo o terror nos locais de trabalho (assédios, despedimentos ilegais, abusos e violações dos contratos laborais, etc.)

A subida do fascismo sem disfarce não deveria surpreender as pessoas com cultura política e histórica: O instrumento «fascismo», ou «nazismo», ou outro equivalente, foi sempre a jogada da alta burguesia, desejosa de aplacar uma classe operária rebelde, ou potencialmente revoltosa, com movimentos ditos «populistas». Estes tinham (e têm) como característica serem dirigidos aos fenómenos que afetam a classe trabalhadora autóctone, como a imigração excessiva e ilegal (promovidas pelo patronato), ou minorias étnicas (ciganos, negros, e outras), mas estas não são as verdadeiras ameaças ao emprego dos cidadãos, nem constituem um risco real para a sua segurança, ao contrário do que dá a entender a imagem amplificada pelos media.

Estão -portanto- lançados os dados para o alargamento mundial do conflito. Este, não poderá ser evitado nem por atores sábios, nem por nações prudentes, ao contrário do que visões fracas e retóricas, nos querem fazer crer. Não nos parece que Xi Jin Ping, ou Vladimir Putin ou qualquer outro dirigente mundial, sejam os poços de sabedoria e prudência que seus apologistas proclamam: Mas, mesmo que o fossem, não estaria nas mãos deles evitar que as ações continuem o seu curso. Eles e os outros chefes de Estado e governo, são apenas figuras, que representam o papel de «timoneiros», numa barca desconjuntada e sacudida pelos ventos tempestuosos. 
Somente os povos poderão fazer algo. Quanto aos  chefes, sejam eles quais forem, estes apenas irão precipitar o caos, a desordem máxima, a guerra mundial generalizada.

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* Nem a Comissão Europeia, nem Van der Leyen, sua presidente, têm o direito de se imiscuir nos assuntos de defesa. Os tratados são bem claros: o domínio da Defesa é exclusivamente assunto de soberania de cada um dos Estados-membros. Mas os dirigentes nacionais submetem-se à ditadura de Bruxelas...

segunda-feira, 10 de março de 2025

TULSI GABBARD DIZ A VERDADE EM RELAÇÃO À UCRÂNIA E AO PAPEL DOS EUA NA GUERRA


 A não perder! Como membro da Administração atual do Governo Trump, Tulsi Gabbard diz aquilo que muitos de nós - pacifistas - denunciámos.... mas fomos ignorados, ou arrastados na lama ou perseguidos... 

sexta-feira, 7 de março de 2025

Embaixador CHAS FREEMAN : «COMO O OCIDENTE CAÍU NA SUA PRÓPRIA PROPAGANDA»

 


Essencial, esta conversa. 

Chas Freeman dá conta da enorme falha do Ocidente a vários níveis... Diplomático, informação, conhecimento das condições do terreno, ilusões de toda a espécie apenas explicáveis pela húbris dos líderes ocidentais... e muito mais!

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PS1:

Leia, em complemento, a visão realista de Thierry Meyssan sobre o cataclismo que se abateu sobre a  OTAN, a U.€. e todo o edifício neoliberal. Há momentos irreversíveis na História.

quarta-feira, 5 de março de 2025

UM CONTRATO QUE NÃO PASSA DE UM LOGRO ...

 Veja esta conversa com Krainer: Explica porque IMPLODIU o encontro entre Zelensky/Trump, a 28 de Fevereiro e destinado a negociar um acordo sobre as «terras raras» ucranianas:






PS1: Veja também 

Alex Krainer: Economic Collapse & the End of Europe

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Príncipe saudita impediu confisco de 300 mil milhões de dólares russos cativos em bancos ocidentais

Parecia haver, a certa altura, total sintonia entre os dirigentes do G7, da UE  e Zelensky, no sentido da confiscação total dos 300 mil milhões de dólares em ativos da Federação Russa, em bancos europeus (sobretudo Franceses, Alemães e Belgas ).

De repente, o discurso mudou, com explicações bastante duvidosas, do ponto de vista jurídico, da parte dos governos da UE. Agora, só iriam ser confiscados os juros resultantes desses ativos e não o capital próprio. Para o mundo capitalista, a expropriação dos juros não tem qualquer lógica, na medida em que estes foram obtidos como resultado legítimo do investimento desses ativos. Continuava a ser uma monstruosidade jurídica do ponto de vista do sistema vigente.   

Agora, a Bloomberg vem nos dar a chave do problema. A Arábia Saudita ameaçou despejar no mercado as obrigações do tesouro desses países ocidentais, se eles expropriassem a Rússia dos seus ativos, para dá-los ao regime de Kiev e seus psicopáticos dirigentes. 

Foi afinal isso que mudou o discursos dos ocidentais, fazendo com que - agora - já não seriam «expropriáveis» os 300 mil milhões de ativos russos, mas «apenas» os juros que estes tinham rendido. Embora a lógica seja tão absurda como quando anunciavam que iriam «confiscar» os bens da Federação Russa e até de oligarcas (portanto, privados), que estavam em bancos de vários países da UE.

A monstruosidade deste confisco só tem paralelo com a operação falhada de promover um fantoche a «presidente» da Venezuela, entregando-lhe e ao seu «governo no exílio», o ouro venezuelano à guarda do Banco Central britânico (Bank of England).

A Venezuela não recuperou o ouro. Porém, todas as instâncias internacionais competentes na matéria, consideram que se tratou de pirataria financeira dos britânicos . 

ttps://morningstaronline.co.uk/article/f/give-venezuela-back-its-gold-2023

Agora, com a guerra na Ucrânia, os piratas que governam a UE decidiram fazer substancialmente o mesmo  com os ativos russos: Eles queriam pagar-se dos fornecimentos de armas e munições à Ucrânia, que têm sido fornecidas desde muito antes de Fevereiro de 2022 e, sobretudo desde então, despejadas em enormes quantidades e destruídas sistematicamente pelas forças armadas russas. Na realidade, nem um cêntimo do dinheiro russo confiscado irá para os cofres estatais da Ucrânia. Uma parte será para pagar as toneladas de material de guerra despejadas quotidianamente na guerra assoprada e fomentada pelos ocidentais, outra parte, irá para os bolsos de políticos corruptos, de Zelensky e da camarilha que gravita em torno dele, ou ainda, dos bilionários ao estilo de Kolomoisky (que financiava o «Batalhão Azov» e partidos ditos nacionalistas, na verdade, neonazis). 

Para mais pormenores, leia o artigo de Zero Hedge: Diz muito sobre o fim do petrodólar e perda da hegemonia financeira do Ocidente sobre o Mundo: Os detentores de dívida dos países ricos têm, agora, mais meios de pressão sobre estes, do que antes. Antes, os emissores de dívida (como os EUA), faziam voz grossa e ameaçavam invadir quem se atrevesse a vender as «treasuries» guardadas em reserva.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

UCRÂNIA: REGIME DE ZELENSKY CONTESTADO POR DENTRO


 Pirâmide demográfica da Ucrânia: As classes etárias em torno dos 25 anos estão em défice acentuado. 

 https://www.moonofalabama.org/2023/11/ukraines-demographics-dictate-to-end-the-fight.html

O comandante-chefe das forças armadas ucranianas, Zeluzhnyideu uma entrevista ao magazine britânico «The Economist», em que se mostra realista em relação à guerra Ucrânia-Rússia. Este posicionamento desagradou aos setores de extrema-direita, que controlam o governo de Zelensky e à CIA, que controla o regime de Kiev. 

Porém, a mortandade causada pela guerra de atrição prolongada acaba por tornar impossível a defesa das próprias linhas de retaguarda ucranianas, por falta de soldados. No desespero de encontrar mais carne para canhão, o governo de Kiev decretou a conscrição forçada dos estudantes do ensino superior e de jovens mulheres. 

Zelensky e fanáticos de extrema-direita que o rodeiam, temem somente por eles próprios. Apesar da retórica nacionalista, não têm consideração pelo futuro do seu país e do seu povo.  Há cada vez maior dissidência em relação ao governo. Tem havido boatos segundo os quais três generais estariam em vias de ser demitidos.

É certo que o sacrifício das mais jovens gerações é absurdo, nestas circunstâncias. A probabilidade de vencer é nula e o seu sacrifício põe em xeque o crescimento demográfico no pós-guerra. A situação militar é tão má, que a Ucrânia deveria propor um cessar-fogo e negociar um tratado de paz, mesmo que ele seja nos termos ditados pela Rússia: É isso, ou o desaparecimento da Ucrânia, enquanto Estado independente. 

Na sua arrogância estúpida, os governantes americanos e europeus não puseram sequer a hipótese duma derrota ucraniana e ainda menos, com esta amplitude. 

Alguns observadores pensam que um dos motivos para os EUA terem dado carta branca à campanha genocida de Israel sobre a população de Gaza, é que ela vem desviar as atenções da enorme derrota dos EUA e da OTAN na Ucrânia.

A questão demográfica já existia muitos anos antes do início da guerra com a Rússia, em Fevereiro de 2022. O défice demográfico, agora mais acentuado, limita severamente a viabilidade  económica da Ucrânia, no período pós-guerra. 

- Explicações pormenorizadas sobre o assunto no blog Moon of Alabama, «Ukraine's Demographics Dictate To End The Fight».

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PS1 - Veja a entrevista dada pelo Prof. Jeffrey Sachs, dada a 21 de Nov. 2023:   https://www.youtube.com/watch?si=Atgmv32VbAFjQ0RI&v=CsDPDIx8bPY&feature=youtu.be

domingo, 10 de setembro de 2023

QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS? QUEM ORDENA O SACRIFÍCIO INÚTIL DE INÚMERAS VIDAS?


 

PS1: No seguinte artigo, Caitlin Johnstone dá conta de recente entrevista de Blinken, em que este admite que os mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA a Kiev, poderão atingir alvos bem dentro da Rússia. Caitlin argumenta que a questão é grave, pois a escalada nos armamentos aumenta a probabilidade de confronto nuclear: 

PS2: A hipocrisia do Tio Sam terá outro efeito nas pessoas, que não seja revulsivo ???



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

BULLSHIT NOTE [WILLIAM BANZAI]

 Graças ao talento e boas conexões de William Banzai, podemos mostrar, em primeira mão, o aspeto da nova Bullshit Note, que irá ser posta a circular:


Uma nova era para os EUA é inaugurada, com Joe Biden e seu governo.

Aquela cara parada, o olhar vazio, como de um imbecil, reconhecem? 

O novo formato de «Bullshit Note» tem as assinaturas necessárias para ser legal: 

Volodymyr Zelensky e Hunter Biden. 

Em breve, irá circular nos EUA. Não creio que tenha grande procura mundial, apesar dos esforços conjugados de Jerome Powell, Janet Yellen e todos os destacados «bullshit PhDs».

terça-feira, 2 de maio de 2023

A UCRÂNIA E A CHINA TÊM IMPORTANTES LAÇOS COMERCIAIS



A propaganda ocidental, que tenta criar sua «realidade-paralela» no caos causado pela guerra, tem ocultado - intencionalmente - o papel e o volume das relações económicas entre a Ucrânia e a China.

Com efeito, ambos são parceiros comerciais de peso no âmbito das Novas Rotas da Seda (ou BRI em inglês): Existem projetos e/ou realizações em vários domínios, na agricultura (sementes oleaginosas, cereais), no equipamento e máquinas industriais, no néon (um gás importante no fabrico dos microprocessadores), entre outros. 

Pode-se conjeturar que  - desde há longa data - um dos objetivos estratégicos dos falcões da OTAN era o de inviabilizar a extensão da BRI aos países da Europa, em especial, os orientais (Polónia, Bulgária, Roménia, Ucrânia) e da Europa Central  (sobretudo, Alemanha).

A guerra -infelizmente - é o recurso dos imperialistas com pretensões hegemónicas, quando vêm que as suas presas (neste caso, a parte mais industrializada e mais rica em recursos da Europa) lhes está a escapar das garras. Compreende-se melhor porque tudo fizeram para acirrar a guerra em curso entre a Rússia e Ucrânia. É que antes de mais eles não encontraram outra maneira de contrariar que a China, com as Novas Rotas da Seda, viesse dar uma oportunidade aos europeus de se emanciparem do jugo neocolonial Yankee.

Junto aqui a ligação (clicar no título) para um artigo de Pepe Escobar, que dá detalhes que mais nenhum jornalista mainstream vos irá dar: «Qual É O Papel Que A China Está Realmente A Jogar Na Ucrânia»


segunda-feira, 10 de abril de 2023

CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL (nº13) GUERRA E PROPAGANDA



 Já sabemos que a guerra é um acontecimento disruptivo e uma catástrofe pessoal, familiar e social, para os povos nela envolvidos. Também sabemos que, quem governa, apresenta «motivos» para fazer a guerra. Pretextos, mais ou menos bem cozinhados, com «factos» inventados e «falsas bandeiras», como foi a «invasão polaca» dum posto fronteiriço da Alemanha, pretexto para o desencadear da invasão da Polónia pelas tropas do IIIº Reich, ou a provocação permanente, «secando» o Japão de petróleo (1) e empurrando o Japão imperial contra os EUA para, desta forma, o governo americano ter um pretexto credível junto da sua opinião pública, para entrar em guerra, juntando-se aos Aliados da coligação anti- hitleriana. 

                                      Pilotos kamikases japoneses,  IIª Guerra Mundial

Mas, para manter a adesão dos próprios cidadãos dum país em guerra, a máquina de propaganda do Estado e a media ao serviço dos interesses dominantes, vão esforçar-se por fabricar uma realidade, para manter o apoio popular a essa guerra e às posições do governo, não com base em realidades mas, antes, com base na distorção dos factos. Usam uma narrativa que se impõe através da repetição exaustiva da mentira. Uma técnica aprendida com Goebbels: «Se disserem uma mentira mil vezes, ela passa por verdade». Mas também, com a omissão de factos relevantes, ou o hipertrofiar de hipóteses, mais ou menos verosímeis, como se fossem «factos» inquestionáveis. 

                      Joseph Goebbels, ministro de Hitler

Por exemplo, a OTAN e os seus governos apresentaram a invasão russa de 24 de Fevereiro de 2022, como sendo uma «agressão não motivada». Evidentemente, com a omissão de que antes desta guerra russo-ucraniana, nos 8 anos após o golpe realizado com auxílio dos EUA e da UE, que derrubou um governo legítimo, os «ocidentais» prepararam, equiparam e treinaram, as forças militares ucranianas, de modo a que estas atingissem o nível considerado «apto para combater nas fileiras da OTAN». 

O exército ucraniano (2), em Janeiro de 2022 estava posicionado no Don e preparava-se para invadir os territórios das Repúblicas rebeldes. Tal invasão iria, segundo os estrategas da OTAN e da Ucrânia, «resolver» o problema do separatismo pela erradicação da resistência por meios militares, ou seja, negando enfática e explicitamente o compromisso, a solução negociada que era substância e letra dos acordos de Minsk. Em suma: preparavam-se abertamente para completar o crime de genocídio, contra uma parte da sua própria população.

Claro que esta situação nunca é explicada ao público dos países ocidentais, quer pelos governos da OTAN, quer pelos media que alinham caninamente com a política dos respectivos governos, liderando campanhas histéricas em relação aos «inimigos».  


Tropas da OTAN em treinos no Báltico junto à fronteira da Rússia

De facto, o verdadeiro inimigo fala a nossa língua, tem lugares proeminentes nos departamentos de Estado, pode considerar-se - sem exagero - que é composto por traidores ao serviço de uma potência estrangeira ...  Penso que já compreenderam que me estou a referir aos nossos respetivos governos,  com as máquinas de apoio político e propagandístico, que eles manobram. 

Ao fim e ao cabo, eles conseguem exercer o seu papel, ou porque as pessoas têm sido enganadas, ou porque, quem sabe a verdade, tem medo de a dizer frontalmente. A intimidação é o objetivo das campanhas de difamação contra vozes dissonantes, mesmo as vindas de dentro do  próprio sistema, sejam de políticos, militares, académicos, ou de celebridades. Nestes casos, a «penalidade» habitual é o blackout e o ostracismo; mas, pode ir até ao assassinato (3)  .

                                 MLK Jr.: Assassinado por se opor à guerra do Vietname

Os vira-casacas também são de todas as épocas. Já se veem pessoas a fazer uma «conversão», a «repudiar» a causa que defenderam, como se - de repente - tivessem visto «a luz», ou como se tivessem sido «contra» em segredo. Na verdade, viram algo bem mais terra-a-terra; viram que as probabilidades do seu lado ser vencedor, se esfumaram. 

No caso da presente guerra da OTAN contra a Rússia, aquela aliança militar (agressiva e não defensiva) está numa situação desfavorável e por sua própria culpa. Os EUA e "aliados" (= vassalos) mostraram imensa «húbris», nenhum senso, nenhuma precaução: Desrespeitaram os acordos de Minsk, dos quais eram cossignatários, juntamente com o governo ucraniano e os governos das Repúblicas do Don. Tudo o que fizeram durante esse período, foi encorajar a agressividade do governo da Ucrânia. Este, controlado por nacionalistas-étnicos, que têm um ódio de morte à Rússia e aos russos, queria «limpar» de russófonos as Repúblicas separatistas do Don.  

O regime ucraniano estava decidido a fazer este ato de agressão contra o seu próprio povo, razão pela qual os russos invadiram a Ucrânia em Fevereiro de 2022, logo depois de terem formalmente reconhecido a independência das duas repúblicas do Don. Afinal, eles não fizeram mais do que impedir a realização do ataque iminente contra as referidas repúblicas. Um exército ucraniano de elite, com armas modernas, estava estacionado, desde Janeiro de 2022, em frente da região do Don. Quotidianamente, bombardeavam zonas citadinas das repúblicas, causando mortos e feridos civis. Nas últimas semanas antes da invasão russa, intensificaram os bombardeamentos, facto que foi observado e registado pelos observadores da OSCE

À partida, toda a gente bem informada sobre as forças militares em presença, sabia que o resultado da guerra seria o que está a acontecer, agora. Uma derrota dos exércitos ucranianos, face à superioridade numérica, em equipamento e à produção industrial russa (sobretudo de munições) nas quantidades necessárias para abastecer as tropas do lado russo. 

Do lado ucraniano, o exército foi desbaratado nos primeiros dias da invasão, a sua força aérea foi neutralizada, assim como as defesas antiaéreas. Sofreu imensas perdas em soldados bem treinados, tendo que preencher as fileiras com recrutas muito pouco ou nada treinados, arrastados muitas vezes à força (4). Quanto ao material, era desadequado, ou por ser antiquado (material da era soviética), ou dos países da OTAN, o qual ou não se adequava às condições do terreno, ou era demasiado sofisticado, obrigando a um treino longo (feito em países da OTAN; França, Alemanha, etc.); ou esse equipamento era servido por soldados da OTAN, transformados em «voluntários». Assim, para os militares e políticos da Ucrânia, a única esperança de não perderem a guerra era o envolvimento direto e sem máscara dos países da OTAN.                                          

A Polónia, membro da OTAN, interveio com um número apreciável de efetivos (estimados em cerca de 20 mil homens) e tem sofrido pesadas baixas. Campos de treino de mercenários (quase todos de países da OTAN) no oeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Polónia, foram atingidos por mísseis hipersónicos russos, causando muitos mortos e feridos. 

Era claro que a Rússia podia usar estas mesmas armas, impossíveis de interceptar, contra os estados-maiores políticos e militares inimigos. Porém, o jogo da Rússia não era de aniquilar o governo ucraniano, mas de o obrigar a sentar-se à mesa de negociações. Conseguiu estabelecer, na Bielorrússia primeiro, e depois na Turquia, conversações com vista a um cessar-fogo e á paz. Isto passou-se pouco mais de um mês após o início da invasão. Em Istambul, as delegações tinham chegado a um pré-acordo. O presidente ucraniano, Zelensky, muito pressionado pelos Anglo-Americanos (Boris Johnson foi a Kiev para dar «o recado»), deu ordem para a delegação ucraniana congelar as conversações e recusar qualquer acordo. Nesta altura, a propaganda dos ocidentais fazia grande barulheira, fazendo crer que os russos estavam em retirada, enfraquecidos, que estavam a perder a guerra. Podemos ter a certeza que os estados-maiores e as agências de espionagem ocidentais sabiam que isso não era verdade. Mas queriam convencer as opiniões públicas, de que a sua escolha de fazer a guerra à Rússia, usando como «ariete» o regime ucraniano, estava a dar bons resultados. O estado-maior ucraniano também não podia ter ilusões, mas os políticos ucranianos ultra- nacionalistas (para não dizer nazis) queriam, a todo o custo, a continuação da guerra. Eles chegaram a assassinar a sangue-frio um diplomata ucraniano que participou nas negociações de Istambul. Fizeram isso, como sinal de que seriam impiedosos com quaisquer que, no governo e forças armadas ucranianas, se atrevessem a propor uma solução negociada com a Rússia.

Além da opinião pública ignorar (por ser desinformada) o que aconteceu, em especial, nestas conversações e como foram brutalmente interrompidas pela ingerência direta anglo-americana, ela era quotidianamente «bombardeada» com falsos relatos horripilantes, sobre a conduta dos soldados russos em território ucraniano. Nalguns casos, foi possível comprovar que os crimes foram perpetrados pelas tropas ucranianas (5) e falsamente atribuídos aos soldados russos. 

A propaganda da OTAN e da imensa maioria da media ocidental, também seguiu aquela frase, que dizia que «a mentira é tanto mais facilmente engolida pelas massas, quando mais inverosímil parecer» (Goebbels).

No cômputo geral, a guerra na Ucrânia está perdida para a OTAN e os ucranianos têm um país depauperado, em ruínas, um Estado com uma dívida astronómica e incapaz de refazer um semblante de unidade nacional. Depois de tudo o que fizeram, o governo e seus apoiantes estão desacreditados perante a população. 

Este resultado era previsível. Desde a guerra da Coreia (que foi uma espécie de «empate») as guerras em que os EUA se envolveram diretamente, ou que foram instigadas por eles, resultaram em desastre, mesmo quando os EUA estiveram, temporariamente, numa posição militar de domínio absoluto nas primeiras fases (lembram-se do Iraque?). 

Os neocons têm a obsessão do domínio (full spectrum dominance) e sobretudo, preferem a destruição do «inimigo», a qualquer solução negociada. Lembrem-se naquilo em que transformaram a Líbia, o país mais próspero de África. Quando podem causar divisões entre países, ou entre fações num país, fazem-no, mascarando as ingerências como «revoluções coloridas»; foi assim na Síria e numa dúzia doutros países do Médio-Oriente e noutras regiões.

O problema, falando pragmaticamente, é que as guerras diretas entre superpotências são demasiado perigosas,  podem transformar-se em holocausto nuclear.  Nesta hipótese, afetando gravemente toda a humanidade, não haverá senão vencidos. Ou, caso sejam as chamadas guerras por procuração, vão causar a destruição dos países e o seu empobrecimento duradoiro, para além das mortes, feridos e destruição (foram os casos do Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, Iémen e agora o caso da Ucrânia).

Por isso, um governo responsável nunca deveria empurrar outras nações para a guerra. O que chamam «diplomacia dos EUA», é apenas fazer intervir a CIA, a NED e outras agências encobertas, que promovem a subversão dos regimes que não agradam ao poder imperial dos EUA. Eles também impõem sanções brutais, destinadas a afetar as populações, por definição inocentes dos crimes, praticados ou não, pelos seus governos. São especialistas em criar casus belli, usando ataques de falsa bandeira, fornecendo o pretexto para bombardeamentos e invasões, literalmente não deixando «pedra sobre pedra». Depois, dominam esse país de modo colonial. Tal comportamento é essencialmente igual nas administrações democratas ou republicanas. Todo este caos traz imensos lucros para as empresas de mercenários (6) e fornecedoras de equipamento militar e armamento (a maior indústria e que mais exporta, nos EUA). Esta política alimenta e é alimentada pela corrupção a todos os níveis, desde as empresas com contratos para a «reconstrução» desses países, até às chorudas «comissões» aos membros do governo e do congresso.

Chegou o tempo em que o poder político e económico dos EUA se está a revelar tal como ele é, na realidade. 

O que descrevi acima faz sentido, em si mesmo. Além disso, explica a muito recente movimentação de ex-aliados dos EUA, Arábia Saudita, Turquia, Japão... Estão a desertar o campo «ocidental» ou seja, os EUA, mais seus vassalos, porque temem a «benevolência» yankee!

Por estes motivos, creio sinceramente que os maiores inimigos do chamado Ocidente são, sem sombra de dúvida, OS SEUS PRÓPRIOS GOVERNOS.


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1) O Japão, nessa altura, tinha os EUA como seu único fornecedor de petróleo. O Japão era um aliado do «Eixo», com a Alemanha, Itália e outras potências.

2) Eram cerca de 80 mil, os soldados das unidades de elite do exército ucraniano, estacionados frente às fronteiras das repúblicas separatistas.

3) Martin Luther King, é um exemplo: tem sido celebrado como «mártir da causa negra», mas hoje, sabe-se que ele foi assassinado porque se ergueu contra a GUERRA DO VIETNAME.

4) Filmes vídeo mostram civis a serem arrastados e metidos à força em camiões do exército em cidades ucranianas.

5) É o caso muito falado da vila de Bucha, onde os ucranianos construíram uma encenação  depois de terem matado civis «colaboradores» dos russos (pessoas que receberam ajuda sob forma de alimentos), dispuseram os cadáveres alinhados ao longo da estrada principal, muitos tinham ainda a braçadeira branca que significava que não eram inimigos dos russos.

6) Um exército sempre pronto a intervir, com mais de 50 mil homens disponíveis a qualquer momento.

segunda-feira, 3 de abril de 2023

KIM IVERSEN: «A GUERRA PODE TERMINAR EM BREVE, DIZ ZELENSKY»

Na entrevista com Scott Ritter,  militar dos EUA que participou do dispositivo para vigilância do cumprimento do tratado de limitação de armas estratégicas, são esclarecidos muitos pontos da guerra de desgaste, que tem levado ao sucesso da «Operação Especial da Rússia».



 

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

É tempo de perderem os preconceitos e observarem a realidade

 

http://espritdecorps.ca/history-feature/whitewashing-the-ss-the-attempt-to-re-write-the-history-of-hitlers-collaborators


Há quem martele constantemente que o regime em vigor na Ucrânia, saído do golpe de Maidan de 2014, não pode ser nazi ou simpatizante do nazismo: Para «prova», apresentam o facto de Zelensky e Koloimoyski (seu multimilionário mentor) serem judeus. 

Segundo estes defensores do regime ucraniano, Judeus nunca poderiam ter sido levados ao poder pelos herdeiros das divisões SS (ver artigo de onde foi retirada a foto acima) que, na Ucrânia soviética durante a II Guerra Mundial, cometeram genocídio de judeus, de polacos e de comunistas, no seguimento da invasão alemã.

Neste tempo de lavagem ao cérebro das massas e do medo, de muitas pessoas, em entrarem em choque com o status quo, espero que tu não tenhas medo de examinar com cuidado esta história da colaboração dum certo judaísmo (institucional) com o nazismo.
Pessoalmente, já estava consciente dela, há muitos anos, graças a um amigo meu, comunista libertário, judeu e psicólogo, que vive em Israel.

Consulta este extenso artigo, no link abaixo:

Excerto:
«Even as late as the 1930s and afterward, international Zionist groups closely cooperated with the Third Reich on their economic projects, and during the world war itself one of the smaller rightwing factions, led by future Israeli Prime Minister Yizhak Shamir, actually offered a military alliance to the Axis Powers, denouncing the decadent Western democracies and hoping to collaborate against their mutual British enemies. The Transfer Agreement by Edwin Black, 51 Documents by Lenni Brenner, and other writings have documented all these facts in detail, though for obvious reasons they have generally been ignored or mischaracterized by most of our media outlets.»


segunda-feira, 12 de setembro de 2022

SENADOR DOS EUA AVISA SOBRE PERIGOS DE GUERRA NUCLEAR

                               

Não me importa qual o posicionamento político deste senador; o que me interessa é que ele tem razão. Infelizmente, o mundo está ir direitinho prá catástrofe e as jovens gerações estão completamente alheadas, como se estivessem noutro sistema solar ou simplesmente como se estivessem a ver um filme de ficção que os motiva tão pouco que - rapidamente - mudam de canal para outro show mais «na onda»! 
A cobardia dos adultos e a loucura de alguns sociopatas que estão no poder, juntam-se. Só que, ao fim e ao cabo, o constante «jogo de chicken» (o jogo de provocações destinado a que o mais fraco se dê por vencido) irá desembocar em terríveis catástrofes.
A fome mundial já está a assolar muitas partes do Terceiro Mundo, desde o 2ª trimestre de 2021, pelo menos. Mas, isso não impressiona as pessoas habituadas a terem tudo, por preço módico, sem sequer saberem como é que tais «pechinchas» foram obtidas. Não lhes importa que seja trabalho escravo, que permite obter certos minerais indispensáveis para os seus telemóveis. Não lhes interessa que os produtos alimentares sejam produzidos nos países da África, Ásia e América Latina, por trabalhadores cujos salários não lhes permitem uma vida digna; ou que, nas «sweat shop» da Ásia do Sul sejam produzidos - em condições de sobre-exploração - os sapatos, que calçam e as roupas, que vestem ...
Caso todo este mundo hedónico, «ocidental» (América do Norte, Europa e Japão), sofresse em exclusivo com a guerra nuclear e suas consequências horríveis, sem que os povos do Terceiro Mundo sofressem, eu diria que eles próprios, os do mundo abastado, teriam que lamentar a sua indiferença egoísta, o seu vazio existencial, a sua estupidez!
Mas, nenhum povo ficará a salvo dum «Inverno Nuclear», que atingirá o Planeta inteiro, com duração desconhecida, com certeza vários anos. Junte-se a isso, a difusão de substâncias radiativas, pela atmosfera e pelos mares. Num curto espaço de tempo, todos os solos estarão contaminados. Logo, a agricultura ficará inviabilizada em todo o lado: Quem comer algo com radiatividade, está condenado à morte lenta, causada por cancros.
As pessoas de todos os continentes, nações, etnias e credos, deveriam acordar e mobilizar-se para fazerem obstáculo à presente deriva, conducente ao desastre nuclear. É esta também a opinião de pessoas como Paul Craig Roberts, que foi membro da equipa de governo de Reagan.
Impressiona-me a cobardia dos militares de alta patente da NATO, que colaboraram neste «jogo» (que não é jogo) de guerra, lançando as sementes da discórdia a Leste, provocando, desestabilizando, e expandindo o dispositivo bélico da NATO contra a Rússia, durante o espaço de tempo de uma geração, quando existia a oportunidade única de uma paz verdadeira. A paz era possível, nos primeiros anos do século XXI, uma paz sem vencedores nem vencidos, resultante de acordo multilateral entre as nações.
Infelizmente, no Ocidente, os governos mais poderosos não tinham à sua frente líderes com a estatura de De Gaulle ou de Roosevelt. Estes estadistas, que também cometeram erros, eram profundamente patriotas; eles não iriam vender a felicidade dos respectivos povos  para conseguirem o reforço momentâneo do seu poder.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Maximiano Gonçalves: «A histórica visita do Costa à Ucrânia»

Meu querido amigo e cidadão de corpo inteiro, Maximiano Gonçalves, concedeu-me a honra de transcrever estas suas palavras, neste blog. Graças ao seu talento, os oportunistas e nojentos saracoteios da classe política portuguesa vassala do Império, são devidamente postos a nu. 

Obrigado Max!

Manuel Banet


 A visita do Ministro Português, e Primeiro, à Ucrânia é um momento da recente política portuguesa - embora, lamentavelmente, pouco salientado pelos meios internacionais de comunicação (mainstream ou não) - que a cronologia da notável intervenção portuguesa no Mundo vai registar.  

Não sou suficientemente importante na Sociedade Portuguesa para que António Costa, autor daquela patética frase "Já posso ir ao Banco?" dirigida à coitada governanta de serviço da conhecida instituição chamada União Europeia, se sinta ofendido por eu lhe chamar, como agora chamo, servente sem dignidade de uma política mentirosa, ridículo (e desnecessário) entregador de recados. Aliás, ofender, isto é, "ir contra", pode e deve ser entendido assim: Se a ofensa, é, afinal, verdade, não é ofensa, é verdade. Não estou a ofender, estou a dizer uma triste verdade acerca do filho do digno Cidadão Orlando da Costa. 
A verdade sobre a Ucrânia escondida de muitas populações há de ser divulgada, provavelmente depois dos Johnson e Costas já não pisarem os palcos como protagonistas...(o Boris tem mais graça, mas é da terra do Grande Teatro).
Entretanto, a população portuguesa é massacrada por um conjunto de "jornalistas" e comentadores da mais notável indignidade. Que a sua venalidade lhes traga, ao menos, dinheiro para gastos.
O armamento entregue por Portugal ? Se o ridículo matasse, quem cairia fulminado ? E o nosso restante apoio? 
Que vergonha, o tempo e o modo. 




quinta-feira, 19 de maio de 2022

PERDIDO POR CEM, PERDIDO POR MIL...


 

Sobretudo quando se trata de dinheiros públicos, ou seja, aquele dinheiro que - cedo ou tarde - todos nós teremos de pagar, porque somos nós a fonte donde o Estado vai buscar o dinheiro.

Isto vem a propósito dos biliões que se vão enterrar (ou melhor, vão entrar... e sair) nesse poço sem fundo: 

- Quando a guerra está perdida, quando os próprios ministros do governo Zelensky declaram que só com muitos biliões a podem aguentar porque o Estado ucraniano está falido. Vem, depressa, Úrsula ajudar! 

A ajuda da União Europeia consistirá (para já) em  9 biliões frescos. Eles serão devorados até ao último cêntimo, num Estado falido. Estado esse que é o mais corrupto do mundo. O mais certo, é o dinheiro ir parar às contas do Kolomoisky e outros oligarcas e apoiantes do regime, além das contas off-shore do comediante Zelensky, feito presidente. 

Porém, a palhaçada não acaba aqui, pois o congresso dos EUA já decidiu enviar 40 biliões, para «ajuda». Isto é o negócio do século, para muitos cleptocratas, e não apenas da Ucrânia, também dos próprios países «doadores». (Eu coloco «doadores» entre aspas, pois nós não fomos ouvidos nem chamados. )

Nós, «os servos», dum lado e doutro do Atlântico, apenas servimos para fornecer os tais biliões, com mais impostos, medidas de austeridade, etc. Não há distinções. Os chefes dizem que é preciso enviar tantos biliões para a Ucrânia; e que os súbditos não se atrevam a levantar a voz!



Isto faz-me lembrar um pouco de história recente de Portugal:

- Em tempos de crise profunda, Portugal tinha uma espécie de gestores, que se poderia caracterizar como «abutre dos negócios». Estes gestores, bem vestidos e engravatados, tomavam conta de empresas em falência. Mediante falsas garantias e esquemas de corrupção, conseguiam obter, junto de bancos, empréstimos para «salvar as empresas». 

Estas, já estavam falidas, na prática, mas não tinha sido ainda decretada a sua falência. Porém, os trabalhadores não recebiam salário há meses e as mobílias, as matérias-primas, os equipamentos, eram secretamente vendidos ao desbarato.  

Nem a empresa «a salvar», nem os trabalhadores, viam a cor do dinheiro de tais empréstimos. Os «gestores» tinham a arte de fazer desaparecer o dinheiro sem que se pudesse apontar o dedo, pois «eles tinham feito o seu melhor», para salvar a empresa.

Agora, a comédia macabra tem como cenário a Ucrânia. A sua população não terá outra escolha senão emigrar para terras dos seus «benfeitores», ou então, viver no «Zimbabwe europeu».

Não o merecem; são - para todos os efeitos - irmãos e irmãs de infortúnio. Nós devemos acolhê-los, mas - em simultâneo - devemos denunciar os abutres que se acoitam, a todos os níveis do poder e da casta política, nos países da NATO. Povoam ministérios,  ONGs, administrações de empresas de toda a espécie, mas, em especial, as de «segurança» e de armamento. Para eles, isto é «uma party»!  

O dinheiro vai desaparecer e ninguém se espantará que assim seja. O Estado, afinal, é como uma monstruosa empresa. E sabemos bem que o dinheiro despejado em empresas falidas, é dinheiro perdido. Isto aplica-se aos Estados, também! Embora, no caso dos Estados, esse dinheiro não esteja perdido para todos: Há sempre uns mais iguais que os outros. Há os que enchem os bolsos com uns milhões e vão gozá-los em estâncias de férias bem agradáveis. Quanto aos outros, que fossem espertos e aprendessem com os oligarcas.

Mas, o processo de entrada em falência do sistema Euro, já está bastante avançado; ultimamente sofreu uma aceleração. Vejam como o dólar está «forte» e o euro, como está «fraco». Pois, a divisa europeia vai estar ainda mais fraca. Vai ser um sorvedoiro, até ao rebentamento final do sistema monetário europeu. O sorvedoiro de dinheiro da guerra ucraniana, vai acabar por levar à falência total e irrecuperável e ao rebentamento - de um modo ou doutro - do sistema da União Europeia. 

Os magnates dos EUA ficam a olhar todos contentes, pois a economia americana, por mais disfuncional que seja, vai aparecer aos olhos dos capitalistas, como o «último porto de abrigo» («safe haven») e os capitais do mundo vão afluir de novo aos USA ... Penso que este é o cálculo do lado do Tio Sam. Posso estar completamente enganado; até gostava de estar completamente enganado, mas o cenário para os povos da UE é realmente negro. Os dirigentes ocidentais traíram os seus eleitores, só que estes ainda não o sabem e quando o souberem, já será tarde demais. 

Só desejo que os povos da Europa aprendam, duma vez por todas, com a dura lição que está a desabar em cima de suas cabeças.