Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

UCRÂNIA: REGIME DE ZELENSKY CONTESTADO POR DENTRO


 Pirâmide demográfica da Ucrânia: As classes etárias em torno dos 25 anos estão em défice acentuado. 

 https://www.moonofalabama.org/2023/11/ukraines-demographics-dictate-to-end-the-fight.html

O comandante-chefe das forças armadas ucranianas, Zeluzhnyideu uma entrevista ao magazine britânico «The Economist», em que se mostra realista em relação à guerra Ucrânia-Rússia. Este posicionamento desagradou aos setores de extrema-direita, que controlam o governo de Zelensky e à CIA, que controla o regime de Kiev. 

Porém, a mortandade causada pela guerra de atrição prolongada acaba por tornar impossível a defesa das próprias linhas de retaguarda ucranianas, por falta de soldados. No desespero de encontrar mais carne para canhão, o governo de Kiev decretou a conscrição forçada dos estudantes do ensino superior e de jovens mulheres. 

Zelensky e fanáticos de extrema-direita que o rodeiam, temem somente por eles próprios. Apesar da retórica nacionalista, não têm consideração pelo futuro do seu país e do seu povo.  Há cada vez maior dissidência em relação ao governo. Tem havido boatos segundo os quais três generais estariam em vias de ser demitidos.

É certo que o sacrifício das mais jovens gerações é absurdo, nestas circunstâncias. A probabilidade de vencer é nula e o seu sacrifício põe em xeque o crescimento demográfico no pós-guerra. A situação militar é tão má, que a Ucrânia deveria propor um cessar-fogo e negociar um tratado de paz, mesmo que ele seja nos termos ditados pela Rússia: É isso, ou o desaparecimento da Ucrânia, enquanto Estado independente. 

Na sua arrogância estúpida, os governantes americanos e europeus não puseram sequer a hipótese duma derrota ucraniana e ainda menos, com esta amplitude. 

Alguns observadores pensam que um dos motivos para os EUA terem dado carta branca à campanha genocida de Israel sobre a população de Gaza, é que ela vem desviar as atenções da enorme derrota dos EUA e da OTAN na Ucrânia.

A questão demográfica já existia muitos anos antes do início da guerra com a Rússia, em Fevereiro de 2022. O défice demográfico, agora mais acentuado, limita severamente a viabilidade  económica da Ucrânia, no período pós-guerra. 

- Explicações pormenorizadas sobre o assunto no blog Moon of Alabama, «Ukraine's Demographics Dictate To End The Fight».

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PS1 - Veja a entrevista dada pelo Prof. Jeffrey Sachs, dada a 21 de Nov. 2023:   https://www.youtube.com/watch?si=Atgmv32VbAFjQ0RI&v=CsDPDIx8bPY&feature=youtu.be

domingo, 10 de setembro de 2023

QUEM SÃO OS RESPONSÁVEIS? QUEM ORDENA O SACRIFÍCIO INÚTIL DE INÚMERAS VIDAS?


 

PS1: No seguinte artigo, Caitlin Johnstone dá conta de recente entrevista de Blinken, em que este admite que os mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA a Kiev, poderão atingir alvos bem dentro da Rússia. Caitlin argumenta que a questão é grave, pois a escalada nos armamentos aumenta a probabilidade de confronto nuclear: 

PS2: A hipocrisia do Tio Sam terá outro efeito nas pessoas, que não seja revulsivo ???



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

BULLSHIT NOTE [WILLIAM BANZAI]

 Graças ao talento e boas conexões de William Banzai, podemos mostrar, em primeira mão, o aspeto da nova Bullshit Note, que irá ser posta a circular:


Uma nova era para os EUA é inaugurada, com Joe Biden e seu governo.

Aquela cara parada, o olhar vazio, como de um imbecil, reconhecem? 

O novo formato de «Bullshit Note» tem as assinaturas necessárias para ser legal: 

Volodymyr Zelensky e Hunter Biden. 

Em breve, irá circular nos EUA. Não creio que tenha grande procura mundial, apesar dos esforços conjugados de Jerome Powell, Janet Yellen e todos os destacados «bullshit PhDs».

terça-feira, 2 de maio de 2023

A UCRÂNIA E A CHINA TÊM IMPORTANTES LAÇOS COMERCIAIS



A propaganda ocidental, que tenta criar sua «realidade-paralela» no caos causado pela guerra, tem ocultado - intencionalmente - o papel e o volume das relações económicas entre a Ucrânia e a China.

Com efeito, ambos são parceiros comerciais de peso no âmbito das Novas Rotas da Seda (ou BRI em inglês): Existem projetos e/ou realizações em vários domínios, na agricultura (sementes oleaginosas, cereais), no equipamento e máquinas industriais, no néon (um gás importante no fabrico dos microprocessadores), entre outros. 

Pode-se conjeturar que  - desde há longa data - um dos objetivos estratégicos dos falcões da OTAN era o de inviabilizar a extensão da BRI aos países da Europa, em especial, os orientais (Polónia, Bulgária, Roménia, Ucrânia) e da Europa Central  (sobretudo, Alemanha).

A guerra -infelizmente - é o recurso dos imperialistas com pretensões hegemónicas, quando vêm que as suas presas (neste caso, a parte mais industrializada e mais rica em recursos da Europa) lhes está a escapar das garras. Compreende-se melhor porque tudo fizeram para acirrar a guerra em curso entre a Rússia e Ucrânia. É que antes de mais eles não encontraram outra maneira de contrariar que a China, com as Novas Rotas da Seda, viesse dar uma oportunidade aos europeus de se emanciparem do jugo neocolonial Yankee.

Junto aqui a ligação (clicar no título) para um artigo de Pepe Escobar, que dá detalhes que mais nenhum jornalista mainstream vos irá dar: «Qual É O Papel Que A China Está Realmente A Jogar Na Ucrânia»


segunda-feira, 10 de abril de 2023

CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL (nº12) GUERRA E PROPAGANDA



 Já sabemos que a guerra é um acontecimento disruptivo e uma catástrofe pessoal, familiar e social, para os povos nela envolvidos. Também sabemos que, quem governa, apresenta «motivos» para fazer a guerra. Pretextos, mais ou menos bem cozinhados, com «factos» inventados e «falsas bandeiras», como foi a «invasão polaca» dum posto fronteiriço da Alemanha, pretexto para o desencadear da invasão da Polónia pelas tropas do IIIº Reich, ou a provocação permanente, «secando» o Japão de petróleo (1) e empurrando o Japão imperial contra os EUA para, desta forma, o governo americano ter um pretexto credível junto da sua opinião pública, para entrar em guerra, juntando-se aos Aliados da coligação anti- hitleriana. 

                                      Pilotos kamikases japoneses,  IIª Guerra Mundial

Mas, para manter a adesão dos próprios cidadãos dum país em guerra, a máquina de propaganda do Estado e a media ao serviço dos interesses dominantes, vão esforçar-se por fabricar uma realidade, para manter o apoio popular a essa guerra e às posições do governo, não com base em realidades mas, antes, com base na distorção dos factos. Usam uma narrativa que se impõe através da repetição exaustiva da mentira. Uma técnica aprendida com Goebbels: «Se disserem uma mentira mil vezes, ela passa por verdade». Mas também, com a omissão de factos relevantes, ou o hipertrofiar de hipóteses, mais ou menos verosímeis, como se fossem «factos» inquestionáveis. 

                      Joseph Goebbels, ministro de Hitler

Por exemplo, a OTAN e os seus governos apresentaram a invasão russa de 24 de Fevereiro de 2022, como sendo uma «agressão não motivada». Evidentemente, com a omissão de que antes desta guerra russo-ucraniana, nos 8 anos após o golpe realizado com auxílio dos EUA e da UE, que derrubou um governo legítimo, os «ocidentais» prepararam, equiparam e treinaram, as forças militares ucranianas, de modo a que estas atingissem o nível considerado «apto para combater nas fileiras da OTAN». 

O exército ucraniano (2), em Janeiro de 2022 estava posicionado no Don e preparava-se para invadir os territórios das Repúblicas rebeldes. Tal invasão iria, segundo os estrategas da OTAN e da Ucrânia, «resolver» o problema do separatismo pela erradicação da resistência por meios militares, ou seja, negando enfática e explicitamente o compromisso, a solução negociada que era substância e letra dos acordos de Minsk. Em suma: preparavam-se abertamente para completar o crime de genocídio, contra uma parte da sua própria população.

Claro que esta situação nunca é explicada ao público dos países ocidentais, quer pelos governos da OTAN, quer pelos media que alinham caninamente com a política dos respectivos governos, liderando campanhas histéricas em relação aos «inimigos».  


Tropas da OTAN em treinos no Báltico junto à fronteira da Rússia

De facto, o verdadeiro inimigo fala a nossa língua, tem lugares proeminentes nos departamentos de Estado, pode considerar-se - sem exagero - que é composto por traidores ao serviço de uma potência estrangeira ...  Penso que já compreenderam que me estou a referir aos nossos respetivos governos,  com as máquinas de apoio político e propagandístico, que eles manobram. 

Ao fim e ao cabo, eles conseguem exercer o seu papel, ou porque as pessoas têm sido enganadas, ou porque, quem sabe a verdade, tem medo de a dizer frontalmente. A intimidação é o objetivo das campanhas de difamação contra vozes dissonantes, mesmo as vindas de dentro do  próprio sistema, sejam de políticos, militares, académicos, ou de celebridades. Nestes casos, a «penalidade» habitual é o blackout e o ostracismo; mas, pode ir até ao assassinato (3)  .

                                 MLK Jr.: Assassinado por se opor à guerra do Vietname

Os vira-casacas também são de todas as épocas. Já se veem pessoas a fazer uma «conversão», a «repudiar» a causa que defenderam, como se - de repente - tivessem visto «a luz», ou como se tivessem sido «contra» em segredo. Na verdade, viram algo bem mais terra-a-terra; viram que as probabilidades do seu lado ser vencedor, se esfumaram. 

No caso da presente guerra da OTAN contra a Rússia, aquela aliança militar (agressiva e não defensiva) está numa situação desfavorável e por sua própria culpa. Os EUA e "aliados" (= vassalos) mostraram imensa «húbris», nenhum senso, nenhuma precaução: Desrespeitaram os acordos de Minsk, dos quais eram cossignatários, juntamente com o governo ucraniano e os governos das Repúblicas do Don. Tudo o que fizeram durante esse período, foi encorajar a agressividade do governo da Ucrânia. Este, controlado por nacionalistas-étnicos, que têm um ódio de morte à Rússia e aos russos, queria «limpar» de russófonos as Repúblicas separatistas do Don.  

O regime ucraniano estava decidido a fazer este ato de agressão contra o seu próprio povo, razão pela qual os russos invadiram a Ucrânia em Fevereiro de 2022, logo depois de terem formalmente reconhecido a independência das duas repúblicas do Don. Afinal, eles não fizeram mais do que impedir a realização do ataque iminente contra as referidas repúblicas. Um exército ucraniano de elite, com armas modernas, estava estacionado, desde Janeiro de 2022, em frente da região do Don. Quotidianamente, bombardeavam zonas citadinas das repúblicas, causando mortos e feridos civis. Nas últimas semanas antes da invasão russa, intensificaram os bombardeamentos, facto que foi observado e registado pelos observadores da OSCE

À partida, toda a gente bem informada sobre as forças militares em presença, sabia que o resultado da guerra seria o que está a acontecer, agora. Uma derrota dos exércitos ucranianos, face à superioridade numérica, em equipamento e à produção industrial russa (sobretudo de munições) nas quantidades necessárias para abastecer as tropas do lado russo. 

Do lado ucraniano, o exército foi desbaratado nos primeiros dias da invasão, a sua força aérea foi neutralizada, assim como as defesas antiaéreas. Sofreu imensas perdas em soldados bem treinados, tendo que preencher as fileiras com recrutas muito pouco ou nada treinados, arrastados muitas vezes à força (4). Quanto ao material, era desadequado, ou por ser antiquado (material da era soviética), ou dos países da OTAN, o qual ou não se adequava às condições do terreno, ou era demasiado sofisticado, obrigando a um treino longo (feito em países da OTAN; França, Alemanha, etc.); ou esse equipamento era servido por soldados da OTAN, transformados em «voluntários». Assim, para os militares e políticos da Ucrânia, a única esperança de não perderem a guerra era o envolvimento direto e sem máscara dos países da OTAN.                                          

A Polónia, membro da OTAN, interveio com um número apreciável de efetivos (estimados em cerca de 20 mil homens) e tem sofrido pesadas baixas. Campos de treino de mercenários (quase todos de países da OTAN) no oeste da Ucrânia, perto da fronteira com a Polónia, foram atingidos por mísseis hipersónicos russos, causando muitos mortos e feridos. 

Era claro que a Rússia podia usar estas mesmas armas, impossíveis de interceptar, contra os estados-maiores políticos e militares inimigos. Porém, o jogo da Rússia não era de aniquilar o governo ucraniano, mas de o obrigar a sentar-se à mesa de negociações. Conseguiu estabelecer, na Bielorrússia primeiro, e depois na Turquia, conversações com vista a um cessar-fogo e á paz. Isto passou-se pouco mais de um mês após o início da invasão. Em Istambul, as delegações tinham chegado a um pré-acordo. O presidente ucraniano, Zelensky, muito pressionado pelos Anglo-Americanos (Boris Johnson foi a Kiev para dar «o recado»), deu ordem para a delegação ucraniana congelar as conversações e recusar qualquer acordo. Nesta altura, a propaganda dos ocidentais fazia grande barulheira, fazendo crer que os russos estavam em retirada, enfraquecidos, que estavam a perder a guerra. Podemos ter a certeza que os estados-maiores e as agências de espionagem ocidentais sabiam que isso não era verdade. Mas queriam convencer as opiniões públicas, de que a sua escolha de fazer a guerra à Rússia, usando como «ariete» o regime ucraniano, estava a dar bons resultados. O estado-maior ucraniano também não podia ter ilusões, mas os políticos ucranianos ultra- nacionalistas (para não dizer nazis) queriam, a todo o custo, a continuação da guerra. Eles chegaram a assassinar a sangue-frio um diplomata ucraniano que participou nas negociações de Istambul. Fizeram isso, como sinal de que seriam impiedosos com quaisquer que, no governo e forças armadas ucranianas, se atrevessem a propor uma solução negociada com a Rússia.

Além da opinião pública ignorar (por ser desinformada) o que aconteceu, em especial, nestas conversações e como foram brutalmente interrompidas pela ingerência direta anglo-americana, ela era quotidianamente «bombardeada» com falsos relatos horripilantes, sobre a conduta dos soldados russos em território ucraniano. Nalguns casos, foi possível comprovar que os crimes foram perpetrados pelas tropas ucranianas (5) e falsamente atribuídos aos soldados russos. 

A propaganda da OTAN e da imensa maioria da media ocidental, também seguiu aquela frase, que dizia que «a mentira é tanto mais facilmente engolida pelas massas, quando mais inverosímil parecer» (Goebbels).

No cômputo geral, a guerra na Ucrânia está perdida para a OTAN e os ucranianos têm um país depauperado, em ruínas, um Estado com uma dívida astronómica e incapaz de refazer um semblante de unidade nacional. Depois de tudo o que fizeram, o governo e seus apoiantes estão desacreditados perante a população. 

Este resultado era previsível. Desde a guerra da Coreia (que foi uma espécie de «empate») as guerras em que os EUA se envolveram diretamente, ou que foram instigadas por eles, resultaram em desastre, mesmo quando os EUA estiveram, temporariamente, numa posição militar de domínio absoluto nas primeiras fases (lembram-se do Iraque?). 

Os neocons têm a obsessão do domínio (full spectrum dominance) e sobretudo, preferem a destruição do «inimigo», a qualquer solução negociada. Lembrem-se naquilo em que transformaram a Líbia, o país mais próspero de África. Quando podem causar divisões entre países, ou entre fações num país, fazem-no, mascarando as ingerências como «revoluções coloridas»; foi assim na Síria e numa dúzia doutros países do Médio-Oriente e noutras regiões.

O problema, falando pragmaticamente, é que as guerras diretas entre superpotências são demasiado perigosas,  podem transformar-se em holocausto nuclear.  Nesta hipótese, afetando gravemente toda a humanidade, não haverá senão vencidos. Ou, caso sejam as chamadas guerras por procuração, vão causar a destruição dos países e o seu empobrecimento duradoiro, para além das mortes, feridos e destruição (foram os casos do Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, Iémen e agora o caso da Ucrânia).

Por isso, um governo responsável nunca deveria empurrar outras nações para a guerra. O que chamam «diplomacia dos EUA», é apenas fazer intervir a CIA, a NED e outras agências encobertas, que promovem a subversão dos regimes que não agradam ao poder imperial dos EUA. Eles também impõem sanções brutais, destinadas a afetar as populações, por definição inocentes dos crimes, praticados ou não, pelos seus governos. São especialistas em criar casus belli, usando ataques de falsa bandeira, fornecendo o pretexto para bombardeamentos e invasões, literalmente não deixando «pedra sobre pedra». Depois, dominam esse país de modo colonial. Tal comportamento é essencialmente igual nas administrações democratas ou republicanas. Todo este caos traz imensos lucros para as empresas de mercenários (6) e fornecedoras de equipamento militar e armamento (a maior indústria e que mais exporta, nos EUA). Esta política alimenta e é alimentada pela corrupção a todos os níveis, desde as empresas com contratos para a «reconstrução» desses países, até às chorudas «comissões» aos membros do governo e do congresso.

Chegou o tempo em que o poder político e económico dos EUA se está a revelar tal como ele é, na realidade. 

O que descrevi acima faz sentido, em si mesmo. Além disso, explica a muito recente movimentação de ex-aliados dos EUA, Arábia Saudita, Turquia, Japão... Estão a desertar o campo «ocidental» ou seja, os EUA, mais seus vassalos, porque temem a «benevolência» yankee!

Por estes motivos, creio sinceramente que os maiores inimigos do chamado Ocidente são, sem sombra de dúvida, OS SEUS PRÓPRIOS GOVERNOS.


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1) O Japão, nessa altura, tinha os EUA como seu único fornecedor de petróleo. O Japão era um aliado do «Eixo», com a Alemanha, Itália e outras potências.

2) Eram cerca de 80 mil, os soldados das unidades de elite do exército ucraniano, estacionados frente às fronteiras das repúblicas separatistas.

3) Martin Luther King, é um exemplo: tem sido celebrado como «mártir da causa negra», mas hoje, sabe-se que ele foi assassinado porque se ergueu contra a GUERRA DO VIETNAME.

4) Filmes vídeo mostram civis a serem arrastados e metidos à força em camiões do exército em cidades ucranianas.

5) É o caso muito falado da vila de Bucha, onde os ucranianos construíram uma encenação  depois de terem matado civis «colaboradores» dos russos (pessoas que receberam ajuda sob forma de alimentos), dispuseram os cadáveres alinhados ao longo da estrada principal, muitos tinham ainda a braçadeira branca que significava que não eram inimigos dos russos.

6) Um exército sempre pronto a intervir, com mais de 50 mil homens disponíveis a qualquer momento.

segunda-feira, 3 de abril de 2023

KIM IVERSEN: «A GUERRA PODE TERMINAR EM BREVE, DIZ ZELENSKY»

Na entrevista com Scott Ritter,  militar dos EUA que participou do dispositivo para vigilância do cumprimento do tratado de limitação de armas estratégicas, são esclarecidos muitos pontos da guerra de desgaste, que tem levado ao sucesso da «Operação Especial da Rússia».



 

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

É tempo de perderem os preconceitos e observarem a realidade

 

http://espritdecorps.ca/history-feature/whitewashing-the-ss-the-attempt-to-re-write-the-history-of-hitlers-collaborators


Há quem martele constantemente que o regime em vigor na Ucrânia, saído do golpe de Maidan de 2014, não pode ser nazi ou simpatizante do nazismo: Para «prova», apresentam o facto de Zelensky e Koloimoyski (seu multimilionário mentor) serem judeus. 

Segundo estes defensores do regime ucraniano, Judeus nunca poderiam ter sido levados ao poder pelos herdeiros das divisões SS (ver artigo de onde foi retirada a foto acima) que, na Ucrânia soviética durante a II Guerra Mundial, cometeram genocídio de judeus, de polacos e de comunistas, no seguimento da invasão alemã.

Neste tempo de lavagem ao cérebro das massas e do medo, de muitas pessoas, em entrarem em choque com o status quo, espero que tu não tenhas medo de examinar com cuidado esta história da colaboração dum certo judaísmo (institucional) com o nazismo.
Pessoalmente, já estava consciente dela, há muitos anos, graças a um amigo meu, comunista libertário, judeu e psicólogo, que vive em Israel.

Consulta este extenso artigo, no link abaixo:

Excerto:
«Even as late as the 1930s and afterward, international Zionist groups closely cooperated with the Third Reich on their economic projects, and during the world war itself one of the smaller rightwing factions, led by future Israeli Prime Minister Yizhak Shamir, actually offered a military alliance to the Axis Powers, denouncing the decadent Western democracies and hoping to collaborate against their mutual British enemies. The Transfer Agreement by Edwin Black, 51 Documents by Lenni Brenner, and other writings have documented all these facts in detail, though for obvious reasons they have generally been ignored or mischaracterized by most of our media outlets.»


segunda-feira, 12 de setembro de 2022

SENADOR DOS EUA AVISA SOBRE PERIGOS DE GUERRA NUCLEAR

                               

Não me importa qual o posicionamento político deste senador; o que me interessa é que ele tem razão. Infelizmente, o mundo está ir direitinho prá catástrofe e as jovens gerações estão completamente alheadas, como se estivessem noutro sistema solar ou simplesmente como se estivessem a ver um filme de ficção que os motiva tão pouco que - rapidamente - mudam de canal para outro show mais «na onda»! 
A cobardia dos adultos e a loucura de alguns sociopatas que estão no poder, juntam-se. Só que, ao fim e ao cabo, o constante «jogo de chicken» (o jogo de provocações destinado a que o mais fraco se dê por vencido) irá desembocar em terríveis catástrofes.
A fome mundial já está a assolar muitas partes do Terceiro Mundo, desde o 2ª trimestre de 2021, pelo menos. Mas, isso não impressiona as pessoas habituadas a terem tudo, por preço módico, sem sequer saberem como é que tais «pechinchas» foram obtidas. Não lhes importa que seja trabalho escravo, que permite obter certos minerais indispensáveis para os seus telemóveis. Não lhes interessa que os produtos alimentares sejam produzidos nos países da África, Ásia e América Latina, por trabalhadores cujos salários não lhes permitem uma vida digna; ou que, nas «sweat shop» da Ásia do Sul sejam produzidos - em condições de sobre-exploração - os sapatos, que calçam e as roupas, que vestem ...
Caso todo este mundo hedónico, «ocidental» (América do Norte, Europa e Japão), sofresse em exclusivo com a guerra nuclear e suas consequências horríveis, sem que os povos do Terceiro Mundo sofressem, eu diria que eles próprios, os do mundo abastado, teriam que lamentar a sua indiferença egoísta, o seu vazio existencial, a sua estupidez!
Mas, nenhum povo ficará a salvo dum «Inverno Nuclear», que atingirá o Planeta inteiro, com duração desconhecida, com certeza vários anos. Junte-se a isso, a difusão de substâncias radiativas, pela atmosfera e pelos mares. Num curto espaço de tempo, todos os solos estarão contaminados. Logo, a agricultura ficará inviabilizada em todo o lado: Quem comer algo com radiatividade, está condenado à morte lenta, causada por cancros.
As pessoas de todos os continentes, nações, etnias e credos, deveriam acordar e mobilizar-se para fazerem obstáculo à presente deriva, conducente ao desastre nuclear. É esta também a opinião de pessoas como Paul Craig Roberts, que foi membro da equipa de governo de Reagan.
Impressiona-me a cobardia dos militares de alta patente da NATO, que colaboraram neste «jogo» (que não é jogo) de guerra, lançando as sementes da discórdia a Leste, provocando, desestabilizando, e expandindo o dispositivo bélico da NATO contra a Rússia, durante o espaço de tempo de uma geração, quando existia a oportunidade única de uma paz verdadeira. A paz era possível, nos primeiros anos do século XXI, uma paz sem vencedores nem vencidos, resultante de acordo multilateral entre as nações.
Infelizmente, no Ocidente, os governos mais poderosos não tinham à sua frente líderes com a estatura de De Gaulle ou de Roosevelt. Estes estadistas, que também cometeram erros, eram profundamente patriotas; eles não iriam vender a felicidade dos respectivos povos  para conseguirem o reforço momentâneo do seu poder.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

Maximiano Gonçalves: «A histórica visita do Costa à Ucrânia»

Meu querido amigo e cidadão de corpo inteiro, Maximiano Gonçalves, concedeu-me a honra de transcrever estas suas palavras, neste blog. Graças ao seu talento, os oportunistas e nojentos saracoteios da classe política portuguesa vassala do Império, são devidamente postos a nu. 

Obrigado Max!

Manuel Banet


 A visita do Ministro Português, e Primeiro, à Ucrânia é um momento da recente política portuguesa - embora, lamentavelmente, pouco salientado pelos meios internacionais de comunicação (mainstream ou não) - que a cronologia da notável intervenção portuguesa no Mundo vai registar.  

Não sou suficientemente importante na Sociedade Portuguesa para que António Costa, autor daquela patética frase "Já posso ir ao Banco?" dirigida à coitada governanta de serviço da conhecida instituição chamada União Europeia, se sinta ofendido por eu lhe chamar, como agora chamo, servente sem dignidade de uma política mentirosa, ridículo (e desnecessário) entregador de recados. Aliás, ofender, isto é, "ir contra", pode e deve ser entendido assim: Se a ofensa, é, afinal, verdade, não é ofensa, é verdade. Não estou a ofender, estou a dizer uma triste verdade acerca do filho do digno Cidadão Orlando da Costa. 
A verdade sobre a Ucrânia escondida de muitas populações há de ser divulgada, provavelmente depois dos Johnson e Costas já não pisarem os palcos como protagonistas...(o Boris tem mais graça, mas é da terra do Grande Teatro).
Entretanto, a população portuguesa é massacrada por um conjunto de "jornalistas" e comentadores da mais notável indignidade. Que a sua venalidade lhes traga, ao menos, dinheiro para gastos.
O armamento entregue por Portugal ? Se o ridículo matasse, quem cairia fulminado ? E o nosso restante apoio? 
Que vergonha, o tempo e o modo. 




quinta-feira, 19 de maio de 2022

PERDIDO POR CEM, PERDIDO POR MIL...


 

Sobretudo quando se trata de dinheiros públicos, ou seja, aquele dinheiro que - cedo ou tarde - todos nós teremos de pagar, porque somos nós a fonte donde o Estado vai buscar o dinheiro.

Isto vem a propósito dos biliões que se vão enterrar (ou melhor, vão entrar... e sair) nesse poço sem fundo: 

- Quando a guerra está perdida, quando os próprios ministros do governo Zelensky declaram que só com muitos biliões a podem aguentar porque o Estado ucraniano está falido. Vem, depressa, Úrsula ajudar! 

A ajuda da União Europeia consistirá (para já) em  9 biliões frescos. Eles serão devorados até ao último cêntimo, num Estado falido. Estado esse que é o mais corrupto do mundo. O mais certo, é o dinheiro ir parar às contas do Kolomoisky e outros oligarcas e apoiantes do regime, além das contas off-shore do comediante Zelensky, feito presidente. 

Porém, a palhaçada não acaba aqui, pois o congresso dos EUA já decidiu enviar 40 biliões, para «ajuda». Isto é o negócio do século, para muitos cleptocratas, e não apenas da Ucrânia, também dos próprios países «doadores». (Eu coloco «doadores» entre aspas, pois nós não fomos ouvidos nem chamados. )

Nós, «os servos», dum lado e doutro do Atlântico, apenas servimos para fornecer os tais biliões, com mais impostos, medidas de austeridade, etc. Não há distinções. Os chefes dizem que é preciso enviar tantos biliões para a Ucrânia; e que os súbditos não se atrevam a levantar a voz!



Isto faz-me lembrar um pouco de história recente de Portugal:

- Em tempos de crise profunda, Portugal tinha uma espécie de gestores, que se poderia caracterizar como «abutre dos negócios». Estes gestores, bem vestidos e engravatados, tomavam conta de empresas em falência. Mediante falsas garantias e esquemas de corrupção, conseguiam obter, junto de bancos, empréstimos para «salvar as empresas». 

Estas, já estavam falidas, na prática, mas não tinha sido ainda decretada a sua falência. Porém, os trabalhadores não recebiam salário há meses e as mobílias, as matérias-primas, os equipamentos, eram secretamente vendidos ao desbarato.  

Nem a empresa «a salvar», nem os trabalhadores, viam a cor do dinheiro de tais empréstimos. Os «gestores» tinham a arte de fazer desaparecer o dinheiro sem que se pudesse apontar o dedo, pois «eles tinham feito o seu melhor», para salvar a empresa.

Agora, a comédia macabra tem como cenário a Ucrânia. A sua população não terá outra escolha senão emigrar para terras dos seus «benfeitores», ou então, viver no «Zimbabwe europeu».

Não o merecem; são - para todos os efeitos - irmãos e irmãs de infortúnio. Nós devemos acolhê-los, mas - em simultâneo - devemos denunciar os abutres que se acoitam, a todos os níveis do poder e da casta política, nos países da NATO. Povoam ministérios,  ONGs, administrações de empresas de toda a espécie, mas, em especial, as de «segurança» e de armamento. Para eles, isto é «uma party»!  

O dinheiro vai desaparecer e ninguém se espantará que assim seja. O Estado, afinal, é como uma monstruosa empresa. E sabemos bem que o dinheiro despejado em empresas falidas, é dinheiro perdido. Isto aplica-se aos Estados, também! Embora, no caso dos Estados, esse dinheiro não esteja perdido para todos: Há sempre uns mais iguais que os outros. Há os que enchem os bolsos com uns milhões e vão gozá-los em estâncias de férias bem agradáveis. Quanto aos outros, que fossem espertos e aprendessem com os oligarcas.

Mas, o processo de entrada em falência do sistema Euro, já está bastante avançado; ultimamente sofreu uma aceleração. Vejam como o dólar está «forte» e o euro, como está «fraco». Pois, a divisa europeia vai estar ainda mais fraca. Vai ser um sorvedoiro, até ao rebentamento final do sistema monetário europeu. O sorvedoiro de dinheiro da guerra ucraniana, vai acabar por levar à falência total e irrecuperável e ao rebentamento - de um modo ou doutro - do sistema da União Europeia. 

Os magnates dos EUA ficam a olhar todos contentes, pois a economia americana, por mais disfuncional que seja, vai aparecer aos olhos dos capitalistas, como o «último porto de abrigo» («safe haven») e os capitais do mundo vão afluir de novo aos USA ... Penso que este é o cálculo do lado do Tio Sam. Posso estar completamente enganado; até gostava de estar completamente enganado, mas o cenário para os povos da UE é realmente negro. Os dirigentes ocidentais traíram os seus eleitores, só que estes ainda não o sabem e quando o souberem, já será tarde demais. 

Só desejo que os povos da Europa aprendam, duma vez por todas, com a dura lição que está a desabar em cima de suas cabeças. 

sábado, 14 de maio de 2022

Guerra Rússia-Ucrânia: uma guerra por procuração dos EUA contra a Rússia



 Guerra Rússia-Ucrânia: uma guerra por procuração dos EUA contra a Rússia. Conselho de Segurança da ONU pediu negociações de paz

O seguinte é uma entrevista de Peter Koenig com GEOFOR, Centro de Prognóstico Geopolítico (Rússia)

 

GEOFOR:  Saudações! Desde nossa última conversa, mudanças verdadeiramente históricas e marcantes ocorreram no mundo. A luta entre a Rússia e o Ocidente está apenas ganhando força. Como você vê as perspectivas para esse processo? Até onde esse confronto pode ir?

Peter Koenig:  Prever um resultado neste momento é quase impossível. Estamos falando de uma guerra por procuração, o Ocidente/OTAN contra a Rússia, jogada na Ucrânia e potencialmente – espero que não  – no teatro europeu.

Esta seria a terceira guerra mundial em território europeu em pouco mais de um século.

Pelo menos hoje, 6 de maio, o Conselho de Segurança da ONU pela primeira vez encorajou ambas as partes a buscar negociações para a paz, ou pelo menos um cessar-fogo. Claro, isso não significa muito, já que o presidente Zelensky é totalmente controlado pelo Ocidente, predominantemente Washington e Bruxelas, ou seja, a OTAN.

Se este apelo às negociações não resultar em nada tangível, em termos de, pelo menos, um acordo de armistício, com fortes expectativas de que possa eventualmente conduzir à paz, o conflito poderá prolongar-se por muito tempo – e agravar-se ainda mais, arriscando-se mesmo um cenário da Terceira Guerra Mundial; emergindo, Deus me livre, em uma guerra nuclear. Não vamos nem pensar nisso.

Por outro lado, não esqueçamos que, em todos os seus 246 anos de história, os EUA conheceram apenas 15 anos sem conflito. A economia dos EUA é quase 60% baseada na guerra, na indústria da guerra direta e nos serviços e indústrias relacionadas à guerra. Portanto, uma nova guerra para os EUA é necessária, agora, com o hegemon EUA vacilando, mais do que nunca.

Como disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov , em entrevista à Al Arabiya , o presidente Zelenskyy está totalmente nas mãos e sob controle do Ocidente.

Embora Zelenskyy tenha aceitado várias condições da Rússia, ele desistiu de seu compromisso depois de receber instruções dos EUA/OTAN em contrário. Veja este 59-min. entrevista em vídeo .

GEOFOR:  Hoje, vários estados estão aumentando o fornecimento de armas para Kiev. Quantas armas mais os países ocidentais podem fornecer à Ucrânia, já que seus estoques não são ilimitados?

PK:  Fornecer armas a Kiev é uma bonança da indústria de guerra ocidental. Como mencionado anteriormente, os EUA, por exemplo, dependem com sua economia em mais de 50% de guerras e conflitos armados, realizados diretamente ou por procuração. A guerra Ucrânia-Rússia é uma guerra por procuração para os EUA / OTAN e pela associação OTAN também para a Europa. Portanto, em vez de esgotar os estoques de armas ocidentais, sua indústria de guerra está funcionando em excesso. “A guerra é boa para os negócios”  tornou-se uma frase comum, quase “doméstica”; indica o tipo de mundo distópico em que estamos vivendo.

GEOFOR:  Voltando à pergunta anterior: você não acha que a Rússia deveria ter bloqueado as fronteiras ocidentais da Ucrânia em resposta? E, ao mesmo tempo, talvez seja hora de o Kremlin parar de fornecer petróleo, gás natural e outros recursos e mercadorias para a Europa e os Estados Unidos?

PK:  É difícil bloquear fronteiras.

A Rússia nunca teve a intenção e ainda não tem a intenção de “tomar o controle”, como na absorção da Ucrânia. A Rússia tinha e ainda tem quatro objetivos: nenhuma OTAN jamais na Ucrânia; tornar a Ucrânia um país independente e neutro; desnazificando a Ucrânia; e, por último, mas não menos importante, protegendo as duas províncias de Donbass, com esmagadoras maiorias de língua russa, Donetsk e Luhansk . A área de Donbas, você deve se lembrar, está constantemente sendo atacada pelo batalhão nazista-Azov, tendo causado cerca de 14.000 mortes de civis desde o golpe de Maidan, em fevereiro de 2014, em Kiev.

Estes são objetivos simples, oferecidos pela Rússia. Zelenskyy originalmente os aceitou contra garantias de segurança russas, mas depois voltou atrás, quando Washington/OTAN disse nyet . Veja acima a entrevista de Lavrov.

GEOFOR:  Quanto tempo pode durar a unidade do Ocidente na questão das sanções contra a Rússia tendo como pano de fundo seus próprios problemas internos, aumento de preços, protestos, etc.?

PK:  Esta é outra boa pergunta. Na verdade, já agora, e desde o início deste insano “jogo de sanções”, o ocidente é o principal perdedor. Não a Rússia, mas o Ocidente, predominantemente a Europa, está sofrendo com suas próprias sanções. São sanções impostas pelos EUA e pela Europa, a covarde União Europeia deixou-se coagir a repeti-las.

É claro que a Europa depende muito mais das linhas de abastecimento vitais da Rússia, como energia, especialmente gás, do que vice-versa. A Alemanha, por exemplo, depende em pelo menos 50% do gás russo; e esta é uma estimativa conservadora. O resto da Europa também precisa de gás russo como fonte vital de fornecimento de energia.

A razão para a Europa concordar com as “sanções” pode ser um pouco mais complexa do que aparenta. Há um fato pouco conhecido, ou apenas por poucas pessoas: a Alemanha, o principal país da UE, não é de forma alguma livre e independente. A Alemanha ainda vive sob um acordo de armistício desde a Segunda Guerra Mundial, nenhum Acordo de Paz jamais foi concedido pelos vencedores da guerra, especialmente os Estados Unidos. Várias tentativas de chanceleres alemães de se libertar disso – poderíamos chamar de escravidão – falharam. Washington reagiu com um “de jeito nenhum”, ou então…..

Um caso em questão é o Nord Stream 2. Ele foi morto não pela Alemanha, mas por Washington. Em detrimento de toda a Europa.

Até agora, a UE seguiu os ditames de seu principal parceiro económico e de defesa (OTAN). Quanto tempo eles vão aderir a essa regra tácita é uma incógnita. Do meu ponto de vista, o ponto de ruptura está próximo. O momento em que a Europa tem que tomar suas próprias decisões, independente da coerção sob a qual a Alemanha está.

Enquanto isso, o presidente Putin e seu brilhante conselheiro económico, Sergey Glazyev , chegaram a uma solução engenhosa. A Rússia honrará suas obrigações contratuais de fornecer gás e outros hidrocarbonetos ao ocidente, desde que a energia russa seja paga em rublos. Não em dólares americanos, não em euros, mas em rublos russos. Esta regra se aplica a todos os países que aceitaram o pedido de Washington de aplicar sanções à Rússia, em relação a mais de 40 países. Veja isso .

A regra do rublo originalmente criou alguns protestos e revoltas na Europa, a ponto de Mme. Ursula van der Leyen , Presidente da Comissão Europeia (CE), ingenuamente chamou, isso é inaceitável …. Bem, é simples. Ou são rublos ou não há gás. Eventualmente, a maioria dos países aceitou as condições russas, silenciosamente, sem barulho e, especialmente, sem cobertura da média ocidental.

Isso pode se tornar uma bonança para a Rússia: o Petro-Rublo substituindo o vacilante Petro-Dólar. É muito adequado para o ocidente e para o sistema monetário ocidental “propenso a sanções”. Mais e mais países se atrevem a desertar do sistema de moeda fiduciária, para moedas mais estáveis, como o ouro e o rublo apoiado pela economia nacional e o yuan chinês.

A maioria das fraudes acaba ter um fim. O golpe fiduciário do dólar americano durou o suficiente – mais de um século, desde que o Federal Reserve Act de 1913 foi aprovado de forma fraudulenta. É hora de o dólar ser substituído – levando o mundo a um sistema socioeconômico mais honesto e mais justo.

GEOFOR:  Os Estados Unidos estão aumentando sua atividade na região do Pacífico: o bloco AUKUS, submarinos nucleares para a Austrália, cooperação em armas hipersónicas com os australianos e os britânicos etc. Isso significa que, por um lado, Washington está trabalhando para enfraquecer a Europa e a OTAN e, por outro lado, está preparando um novo projeto estratégico dirigido contra a China e a Rússia?

PK:  O bloco AUKUS é uma expansão da OTAN no Pacífico. Não é um enfraquecimento da OTAN em si , muito pelo contrário. Destina-se a cercar ainda mais a China, através do Mar do Sul da China e indiretamente a Rússia.

Sob este acordo, a Austrália receberia submarinos nucleares da indústria de guerra britânica, substituindo e cancelando um contrato de 2016 para submarinos franceses.

Como assinatura, de acordo com a ABC Australia new (veja isto ), o contrato submarino quebrado com a França poderia custar aos contribuintes australianos até 5 bilhões de dólares.

O AUKUS  é um pacto de segurança trilateral entre a Austrália, o Reino Unido e os Estados Unidos, anunciado em 15 de setembro de 2021 para a região do Indo-Pacífico. Sob o pacto, os EUA e o Reino Unido ajudarão a Austrália a adquirir submarinos movidos a energia nuclear. O pacto expandiria essencialmente a OTAN para a região do Pacífico.

Por outro lado, a OTAN não pretende ser enfraquecida na Europa. Muito pelo contrário. Enquanto vários membros da OTAN da UE começaram discretamente a expressar dúvidas sobre a utilidade da OTAN em tempos de paz, a guerra por procuração Ucrânia-Rússia veio mudar-lhes o tom.

A propaganda mundial altamente financiada da agressão russa faz com que “todos” lutem por mais segurança. Os “líderes” europeus (sic) – a maioria deles académicos da Academia para Jovens Líderes Globais de Klaus Schwab são implantados pelo Fórum Económico Mundial (WEF) e seus manipuladores invisíveis. Eles seguirão seu roteiro aprendido de trabalhar em direção à Grande Reinicialização, uma tirania global, eventualmente levando ao sonho dos Globalistas ocidentais de uma Ordem Mundial Única (OWO), ou uma Governança Global, liderada por Washington. Esse é o sonho deles.

Entretanto, a OTAN na Europa poderá em breve ter dois novos membros, se o seu sonho se concretizar, Suécia e Finlândia. Estão a ponderar candidatar-se à adesão à OTAN. O Sr. Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, já disse que seria a favor de uma adesão acelerada, se de fato os dois países se candidatassem. De acordo com Stoltenberg, a adesão plena pode ser possível até junho de 2022.

Imagine, a Finlândia que compartilha uma fronteira de 1.340 quilômetros  com a Rússia. A Suécia, no entanto, não faz fronteira com a Rússia, e a Suécia e a Rússia não estão em guerra entre si pelo menos nos últimos dois séculos. A adesão da Suécia à OTAN pode, portanto, ser considerada um ato especialmente severo de agressão da Rússia.

No caso da Finlândia, se a Ucrânia é uma indicação, a Rússia certamente não toleraria outro país da OTAN – a Finlândia – à sua porta. Isso pode se tornar outro ponto de discórdia, aumentando o cenário de guerra – e novamente, Deus me livre, em direção a um cenário quente (nuclear?) da Terceira Guerra Mundial.

A esmagadora maioria das pessoas na Finlândia e na Suécia é contra a adesão de seus países à OTAN. Por uma questão de defesa da paz mundial, podemos apenas esperar que a liderança dos dois países ouça seu povo.

* Em inglês no site do CRG: https://www.globalresearch.ca/russia-ukraine-war-western-proxy-war-against-russia/5780040

Isso foi publicado pela primeira vez no GEOFOR.

Peter Koenig  é analista geopolítico e ex-economista sénior do Banco Mundial e da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde trabalhou por mais de 30 anos em água e meio ambiente em todo o mundo. Ele leciona em universidades nos EUA, Europa e América do Sul. Ele escreve regularmente para jornais online e é autor de  Implosion – An Economic Thriller about War, Environmental Destruction and Corporate Greed; e   coautora do livro de Cynthia McKinney “When China Sneezes:  From the Coronavirus Lockdown to the Global Politico-Economic Crisis” ( Clarity Press – 1 de novembro de 2020).

Peter é pesquisador associado do Center for Research on Globalization (CRG). Ele também é membro sênior não residente do Instituto Chongyang da Universidade Renmin, em Pequim.