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quinta-feira, 23 de outubro de 2025

JOHN MEARSHEIMER ANALISA A GUERRA UCRÂNIA-RÚSSIA [CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL, Nº50]


A lição que o Prof. Mearsheimar nos dá a todos, é memorável a vários títulos:

É a defesa apaixonada da realidade sobre a política de sentimentos
A retórica foi substituir as realidades no terreno, por dirigentes europeus e norte-americanos 
Não é com discursos que se modificam as realidades; é abordando as realidades sem viseiras
As relações dentro da Aliança Atlântica entre a parte europeia e dos EUA
Mostra-nos o que aconteceu à Ucrânia em resultado da  «cruzada moral» do Ocidente

... E muitos outros tópicos. 

Se juntarmos os pontos de vista deste prof. com a de vários membros (nos EUA) da comunidade de defesa e de inteligência, verificamos que existem muitas pessoas qualificadas, que articulam críticas de fundo à maneira como o poder presidencial se tem comportado desde o tempo de Obama, passando por Trump 1º , Biden e Trump 2º.
De facto, a OTAN e a UE estão em grave crise, experimentam divisões internas e um divórcio crescente com as populações dos respectivos países.  
Mearsheimer aponta o dedo para a crise moral, para a incompetência e apego ao poder das classes dirigentes destes países. 
Penso que a confiança é o capital que pode manter a aceitação pela cidadania da sua liderança, num contexto de «não-ditaduras totalitárias».  Porém, agora, todos sabemos, a confiança popular nos governos dos países da Europa ocidental desvaneceu-se. As sondagens não mentem: Os dirigentes dos mais fortes países da UE (Reino Unido, França, Alemanha) estão com uma popularidade extremamente baixa, assim como a Presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen. 
Nestas circunstâncias, a forma que eles encontram para se conservarem no poder, é  fazer com que passe uma imagem falsa, propagandística, de uma Rússia inimiga, agressiva, desejosa de se expandir a Oeste. Como esta e outras imagens de propaganada se vão desgastando, porque a realidade acaba sempre por vir ao de cima, a credibilidade dos dirigentes europeus aproxima-se de zero.
Como podem eles (elas) pretender mobilizar uma boa parte do continente para uma guerra, quando as populações recusam fazer sacrifícios porque sentem que o que lhes pedem é completamente absurdo? 
Na minha opinião, os dirigentes europeus globalistas decidiram fazer a guerra contra as próprias populações. Temos visto exemplos de terrorismo de Estado e subversão de quaisquer laivos de Estado de Direito que restem, para levar à guerra (e inevitável derrota) seus respectivos países. 
Não ficarão as presentes lideranças muito tempo no poder, pois a ilusão de «derrotar a Rússia» está a desfazer-se como um castelo de cartas. Bem depressa, espero, os povos vão acordar e perceber que os dirigentes estão desesperados, e que encontraram uma escapatória nesta política de «guerra à outrance».


sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL (Nº36): SÍRIA e COREIA DO SUL







Ben Norton diz-nos aquilo que a media corporativa, as forças políticas pró-OTAN e os governos de nossos países ocidentais nos querem ocultar. As distorções intencionais dos factos, a ocultação e a desinformação desenvoltas, são a «marca de água» deles. Eles também matam, com as suas campanhas de propaganda, proporcionando a guerra económica e o apoio ao terrorismo de Al Quaida. As suas vítimas, desde 2012, são já aos milhões, e não vão parar com certeza, agora com o caos instalado na Síria e a barbárie de um governo fundamentalista salafista do HTS, o sucessor da organização terrorista Al Nusra, ela própria um «rebranding» da Al Quaida na Síria. 

PS1: Paul Craig Roberts faz uma avaliação pessimista da situação no Médio Oriente e da Síria, pós-queda do regime de Assad.

PS2: Terá Netanyahu realizado o seu sonho de liquidação do mundo árabe? Pergunta Mike Whitney, no artigo seguinte:




A tentativa de golpe de Estado levada a cabo pelo próprio presidente e outros elementos de extrema-direita na Coreia do Sul, foi  derrotada graças à coragem do povo Sul Coreano, que foi para as ruas para obrigar os militares a deixar o cerco ao parlamento. Na confusão do momento, um número suficiente de deputados conseguiu reunir-se no interior do parlamento e votou o levantamento da Lei Marcial. 
O candidato a ditador Yon - o mais impopular presidente da Coreia do Sul, mesmo antes desta tentativa falhada de golpe - ainda não foi demitido. Só conta com o apoio de uma minoria de políticos de extrema-direita e dos EUA, cujas forças militares estão estacionadas na Coreia do Sul, cerca de 30 000 homens, distribuídos por várias bases.

Veja a entrevista em The Burning Archive com KJ Noh sobre a tentativa de golpe na Coreia do Sul.


 

A agressividade do imperialismo, usando os seus «proxi» para levar a cabo agressões contra os povos - supostamente para preservar os países do Ocidente de uma ameaça «comunista» - seria risível, se não fosse uma parte dos planos elaborados pelos estrategas do Pentágono (EUA):
1-  domínio direto do Médio Oriente pelo império, impedindo assim acesso ao petróleo, a países considerados hostis ou que não se vergam ao super-imperialismo dos EUA.
2- em paralelo, a criação duma OTAN do Extremo-Oriente com o Japão, a Coreia do Sul, as Filipinas e Austrália, aliança bélica dirigida contra a China. Este plano foi elaborado durante  a presidência Obama e continuado pelos seus sucessores: é portanto um plano estratégico, apoiado pelos partidos Democrata e Republicano que se alternam no poder. O essencial deste plano consiste em levar a cabo uma guerra de cerco (económico e militar), enfraquecendo a China e, finalmente, a sua destruição. São estas as forças que dominam hoje, em Washington. Os outros países, por mais fortes economicamente que sejam, são meros vassalos. 

PS.1: A OFENSIVA GERAL DO IMPÉRIO DO DÓLAR, PRIMEIRO NO EXTREMO-ORIENTE, SEGUIDA imediatamente pela «BLITZ KRIEG» DE INVASÃO DA SÍRIA. FORAM OPERAÇÕES LONGAMENTE PROGRAMADAS E COORDENADAS... 
A IIIª Guerra Mundial está a «aquecer» e alargar-se rapidamente aos pontos de fricção, onde ainda não havia operações militares, propriamente ditas. 
Próxima etapa: haverá um ataque de «falsa bandeira» para desencadear a ofensiva contra a China, pela «defesa» de Taiwan? Até onde? https://www.voltairenet.org/article221591.html
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PARA LER AS CRÓNICAS ANTERIORES, CONSULTAR: 

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/p/cronicas-da-iii-guerra-mundial.html