sábado, 23 de março de 2024
LOUCURA CRIMINOSA DOS LÍDERES DA OTAN
domingo, 18 de fevereiro de 2024
AS VACINAS ARN-m ANTI- COVID NÃO SÃO UMA BRILHANTE IDEIA*
Todo o processo esteve muito errado, logo à partida: desde a irrupção da nova variedade de coronavírus - até ao alarme e instalação dum clima de histeria, amplificado por instâncias governamentais e oficiais - como os guardiães das "boas práticas médicas", incluindo Associações de Médicos, Farmacêuticos e Enfermeiros. As perseguições aos médicos corajosos, que trataram doentes com hidroxicloroquina ou com ivermectina e os que ergueram a voz para condenar a obrigatoriedade de vacinas experimentais; forçaram, sob chantagem, os membros de vários corpos profissionais, desde pessoal de saúde, aos militares, a tomarem a vacina; a ocultação sistemática dos efeitos secundários graves das mesmas (desde os ataques fulgurantes de coração, às paralisias e aos "cancros turbo"); falsificações que chegaram ao ponto de contabilizar muitas mortes causadas pelas vacinas contra o COVID, como sendo mortes devidas ao vírus do COVID ... Tudo isto e muito mais, constitui um rol de indignidades, baixezas, de negações flagrantes dos direitos humanos, de crimes. Note-se que isto ocorreu - sobretudo - em sociedades tidas como «civilizadas» e com «elevados padrões éticos».
Como eu temi e avisei, um crime que não é devidamente denunciado e cujos autores não sejam judicialmente processados, vai ser necessariamente branqueado, as provas incriminatórias eliminadas, os testemunhos valiosos varridos para debaixo do tapete...
Pior ainda, tem havido continuidade e reforço das condutas criminosas, com a garantia de impunidade dos autores iniciais e dos coniventes. [Veja-se a este propósito, entre outros, o projeto de lei liberticida francês, de prisão até 3 anos e 45 mil euros de multa, para quem falar contra a vacina do COVID.]
Este conjunto de factos, associados à deriva autoritária dos Estados e à sua transformação em apêndices das grandes empresas [desde as empresas de biotecnologia e farmacêuticas, às empresas de tecnologia, de Internet, de vigilância e controlo dos cidadãos] vai ser visto pelas gerações futuras como um momento em que o Mundo quase mergulhou em nova era de obscuridade, de arbítrio, de violência e de totalitarismo. Isto, no caso otimista de tal situação não se vir a prolongar, a perpetuar-se; Neste último caso, os meus testemunhos e os de quantidade de outras pessoas serão eliminados, seu registo apagado, os relatos dos acontecimentos serão reescritos, para ficarem integralmente compatíveis com a narrativa do poder. É sempre assim, numa idade obscura, de profunda regressão. Mas, o facto de haver - em média - apenas uma situação deste género em cada milénio da História humana, faz com que praticamente a totalidade das pessoas não esteja preparada: A grande maioria está inconsciente do que se está passar.
Mas surge, por vezes, uma pequena luz ao fundo do túnel (dos ecrãs de computador). É isso que vos quero apresentar agora:
Ela, Ros Nealon-Cook, psicóloga australiana a quem foi retirada a licença profissional; o entrevistador é o Dr. Campbell, que no início da pandemia, começou por apresentar os dados da maneira mais convencional mas, a partir de certo ponto, apercebeu-se duma acumulação de coisas que não coincidiam com o seu saber médico e com o simples bom-senso. Essa tomada de consciência fez com que tomasse uma posição crítica em relação ao discurso oficial.
Espero que este vídeo permaneça no YouTube, mas não posso ter a certeza, pois já tantos vídeos sobre o assunto têm sido censurados, não há garantia que este não o seja. Vejam, enquanto é possível, esta extraordinária entrevista entre duas pessoas científicas, profundamente humanas e altruístas, que se mostraram capazes de sacrificar muito para dar o alerta aos seus concidadãos!
O DESMASCAR DA MANIPULAÇÃO PSICOLÓGICA DO COVID:
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* Estas vacinas anti-COVID são um enorme fiasco e um crime, em termos de saúde pública, mas são um «belíssimo negócio» para os empórios gigantes farmacêuticos...
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ABAIXO, ALGUNS ARTIGOS DO BLOG RELACIONADOS COM ESTE ASSUNTO:
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2024/02/perseguicao-de-denunciador-do-escandalo.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2023/11/artigo-cientifico-identifica-sindroma.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2023/10/sabe-o-que-sao-turbo-cancros.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2023/07/vacinas-covid-24-vezes-mais-reacoes.html
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
DECLARAÇÃO DE CJ HOPKINS AO TRIBUNAL DE BERLIM (23 de Janeiro de 2023)
Esta declaração é - na verdade - um rol de acusação daquilo em que se transformou a «justiça» na Alemanha e por extensão em todos os países europeus cujos governos (e status quo) se dedicaram a perseguir, excluir, censurar e difamar as pessoas que legitimamente contestavam as medidas ditas de «contenção» do COVID. Sabemos pelos factos que estas últimas tinham plena razão; que as «medidas de contenção» tinham apenas um fim: a sujeição da cidadania. Um traço típico de poderes totalitários.
É absolutamente claro, qual foi e é a intenção do autor, nunca havendo o mínimo traço de «propaganda pró-nazi». O facto dessa acusação ter sido formulada e admitida em tribunal e do próprio julgamento ter tido lugar (mesmo que tenha havido absolvição) equivale - antes de mais - a perseguição e difamação, pelo próprio aparelho de «justiça», nesse país. É grave, na medida em que o poder do Estado (poder judicial, neste caso) usou a lei de forma totalmente distorcida e isenta de qualquer fundamento razoável, para perseguir um autor com uma visão crítica, dissidente.
Goste-se ou não, concorde-se ou não, CJ Hopkins tem direito a exprimir a sua opinião por todos os meios, sendo que todo o atentado à sua integridade e aos direitos básicos de autor são índice seguro de que novo tipo de totalitarismo se está a instalar e domina em certo número de consciências, incluindo nas de autoridades que deveriam zelar pelo cumprimento da legalidade democrática.
Um caso em que o aparelho judicial alemão é humilhado pela sua própria conduta, enquanto o réu CJ Hopkins fica claramente em posição de vencedor. Seria justo que o Estado de Berlim fosse processado e tivesse que pagar indemnização pelos danos materiais e morais causados.
Abaixo, a declaração de CJ Hopkins ao tribunal:
Berlin District Court, January 23, 2024
My name is CJ Hopkins. I am an American playwright, author, and political satirist. My plays have been produced and received critical acclaim internationally. My political satire and commentary is read by hundreds of thousands of people all over the world. 20 years ago, I left my own country because of the fascistic atmosphere that had taken hold of the USA at that time, the time of the US invasion of Iraq, a war of aggression based on my government's lies. I emigrated to Germany and made a new life here in Berlin, because I believed that Germany, given its history, would be the last place on earth to ever have anything to do with any form of totalitarianism again.
The gods have a strange sense of humor. This past week, thousands of people have been out in the streets all over Germany protesting against fascism, chanting "never again is now." Many of these people spent the past three years, 2020 to 2023, unquestioningly obeying orders, parroting official propaganda, and demonizing anyone who dared to question the government's unconstitutional and authoritarian actions during the so-called Covid pandemic. Many of these same people, those who support Palestinian rights, are now shocked that the new form of totalitarianism they helped usher into existence is being turned against them.
And here I am, in criminal court in Berlin, accused of disseminating pro-Nazi propaganda in two Tweets about mask mandates. The German authorities have had my speech censored on the Internet, and have damaged my reputation and income as an author. One of my books has been banned by Amazon in Germany. All this because I criticized the German authorities, because I mocked one of their decrees, because I pointed out one of their lies.
This turn of events would be absurdly comical if it were not so infuriating. I cannot adequately express how insulting it is to be forced to sit here and affirm my opposition to fascism. For over thirty years, I have written and spoken out against fascism, authoritarianism, totalitarianism etc. Anyone can do an Internet search, find my books, read the reviews of my plays, read my essays, and discover who I am and what my political views are in two or three minutes. And yet I am accused by the German authorities of disseminating pro-Nazi propaganda. I am accused of doing this because I posted two Tweets challenging the official Covid narrative and comparing the new, nascent form of totalitarianism that it has brought into being -- i.e., the so-called "New Normal" -- to Nazi Germany.
Let me be very clear. In those two Tweets, and in my essays throughout 2020 to 2022, and in my current essays, I have indeed compared the rise of this new form of totalitarianism to the rise of the best-known 20th-Century form of totalitarianism, i.e., Nazi Germany. I have made this comparison, and analyzed the similarities and differences between these two forms of totalitarianism, over and over again. And I will continue to do so. I will continue to analyze and attempt to explain this new, emerging form of totalitarianism, and to oppose it, and warn my readers about it.
The two Tweets at issue here feature a swastika covered by one of the medical masks that everyone was forced to wear in public during 2020 to 2022. That is the cover art of my book. The message conveyed by this artwork is clear. In Nazi Germany, the swastika was the symbol of conformity to the official ideology. During 2020 to 2022, the masks functioned as the symbol of conformity to a new official ideology. That was their purpose. Their purpose was to enforce people's compliance with government decrees and conformity to the official Covid-pandemic narrative, most of which has now been proven to have been propaganda and lies.
Mask mandates do not work against airborne viruses. This had been understood and acknowledged by medical experts for decades prior to the Spring of 2020. It has now been proven to everyone and acknowledged by medical experts again. The science of mask mandates did not suddenly change in March of 2020. The official narrative changed. The official ideology changed. The official "reality" changed. Karl Lauterbach was absolutely correct when he said, "The masks always send out a signal." They signal they sent out from 2020 to 2022 was, "I conform. I do not ask questions. I obey orders."
That is not how democratic societies function. That is how totalitarian systems function.
Not every form of totalitarianism is the same, but they share common hallmarks. Forcing people to display symbols of conformity to official ideology is a hallmark of totalitarian systems. Declaring a "state of emergency" and revoking constitutional rights for no justifiable reason is a hallmark of totalitarian systems. Banning protests against government decrees is a hallmark of totalitarian systems. Inundating the public with lies and propaganda designed to terrify people into mindless obedience is a hallmark of totalitarian systems. Segregating societies is a hallmark of totalitarian systems. Censoring dissent is a hallmark of totalitarianism. Stripping people of their jobs because they refuse to conform to official ideology is a hallmark of totalitarian systems. Fomenting mass hatred of a "scapegoat" class of people is a hallmark of totalitarianism. Demonizing critics of the official ideology is a hallmark of totalitarian systems. Instrumentalizing the law to punish dissidents and make examples of critics of the authorities is a hallmark of totalitarianism.
I have documented the emergence of all of these hallmarks of totalitarianism in societies throughout the West — including but not limited to Germany — since March of 2020. I will continue to do so. I will continue to warn readers about this new, emerging form of totalitarianism and attempt to understand it, and oppose it. I will compare this new form of totalitarianism to earlier forms of totalitarianism, and specifically to Nazi Germany, whenever it is appropriate and contributes to our understanding of current events. That is my job as a political satirist and commentator, and as an author, and my responsibility as a human being.
The German authorities can punish me for doing that. You have the power to do that. You can make an example of me. You can fine me. You can imprison me. You can ban my books. You can censor my content on the Internet, which you have done. You can defame me, and damage my income and reputation as an author, as you have done. You can demonize me as a "conspiracy theorist," as an "anti-vaxxer," a "Covid denier," an "idiot," and an "extremist," which you have done. You can haul me into criminal court and make me sit here, in Germany, in front of my wife, who is Jewish, and deny that I am an anti-Semite who wants to relativize the Holocaust. You have the power to do all these things.
However, I hope that you will at least have the integrity to call this what it is, and not hide behind false accusations that I am somehow supporting the Nazis by comparing the rise of a new form of totalitarianism to the rise of an earlier totalitarian system, one that took hold of and ultimately destroyed this country in the 20th Century, and murdered millions in the process, because too few Germans had the courage to stand up and oppose it when it first began. I hope that you will at least have the integrity to not pretend that you actually believe I am disseminating pro-Nazi propaganda, when you know very well that is not what I am doing.
No one with any integrity believes that is what I am doing. No one with any integrity believes that is what my Tweets in 2022 were doing. Every journalist that has covered my case, everyone in this courtroom, understands what this prosecution is actually about. It has nothing to do with punishing people who actually disseminate pro-Nazi propaganda. It is about punishing dissent, and making an example of dissidents in order to intimidate others into silence.
That is not how democratic nations function. That is how totalitarian systems function.
What I hope even more is that this court will put an end to this prosecution, and apply the law fairly, and not allow it to be used as a pretext to punish people like me who criticize government dictates, people who expose the lies of government officials, people who refuse to deny facts, who refuse to perform absurd rituals of obedience on command, who refuse to unquestioningly follow orders.
Because the issue here is much larger and much more important than my little "Tweet" case.
We are, once again, at a crossroads. Not just here in Germany, but throughout the West. People went a little crazy, a little fascist, during the so-called Covid pandemic. And now, here we are. There are two roads ahead. We have to choose ... you, me, all of us. One road leads back to the rule of law, to democratic principles. The other road leads to authoritarianism, to societies where authorities rule by decree, and force, and twist the law into anything they want, and dictate what is and isn't reality, and abuse their power to silence anyone who disagrees with them.
That is the road to totalitarianism. We have been down that road before. Please, let's not do it again.
N.B. A German version of the statement is available in Aya Velázquez’s article and on Bastian Barucker’s blog.
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PS (21/03/2024): O caso não foi encerrado. O procurador do tribunal de Berlim decidiu recorrer da sentença. É - simultaneamente - uma história absurda e angustiante, pelo facto dos supostos guardiães da legalidade e direitos civis, estarem a usar os tribunais para perseguição política. Mas, isto passa-se em todo o «Ocidente». Leia o artigo e entrevista a CJ Hopkins, de autoria de Matt Taibbi:
quarta-feira, 15 de novembro de 2023
PROPAGANDA 21 (nº20) «A BANALIDADE DA PROPAGANDA*»
Patrick Lawrence, no seu recente artigo «A Banalidade da Propaganda» analisa os mecanismos pelos quais os poderosos transformam as palavras e as usam como instrumentos de ataque contra a inteligência dos seus súbditos, sem qualquer preocupação pela verdade, pela coerência, pela justiça. Os exageros e as inversões lógicas abundam nos discursos propagandísticos do poder.
O exemplo mais recente, é o do poder de Estado de Israel, que nos quer fazer crer que as vítimas (os pobres civis esmagados e desfeitos pelas bombas israelitas) seriam, afinal, os «maus». O Chefe de Estado de Israel, Isaac Herzog, vai ao ponto de fabricar uma história envolvendo uma tradução árabe de «Mein Kampf» de Hitler** como tendo sido encontrada em Gaza, num esconderijo do Hamas!
https://caitlinjohnstone.com.au/2023/11/15/theyre-just-insulting-our-intelligence-at-this-point/
Mas é preferível ler a história no artigo original, com o talento de Patrick Lawrence e os detalhes!
Pessoalmente, o que mais me impressionou, foi a justeza absoluta da reflexão de Hannah Arendt, judia e grande filósofa política, feita numa conversa em 1975, pouco tempo antes de morrer, com Roger Errera, um ativista da liberdade de expressão. As palavras deste diálogo são aplicáveis às situações que enfrentamos hoje, cinquenta anos depois:
“If everybody always lies to you,” she said to Roger Errera, “the consequence is not that you believe the lies, but rather that nobody believe anything any longer.” ***
As circunstâncias e acontecimentos presentes não podiam ser mais ilustrativos do que disse Hannah Arendt, há cinquenta anos!
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*Nota 1: O título do artigo de Lawrence, na revista Consortium News, evoca o célebre livro de Hannah Arendt sobre o processo do nazi Eichmann, «A Banalidade do Mal».
**Nota 2: Livro escrito por Hitler na prisão «Mein Kampf» (A Minha Luta), tornou-se o principal instrumento de propaganda do nazismo.
***Nota 3: " Se toda a gente te mentir, a consequência não é que acredites nas mentiras, mas antes que ninguém acredite jamais em seja o que for."
quarta-feira, 23 de agosto de 2023
CRÓNICA (Nº16) DA IIIª GUERRA MUNDIAL : «NORMALIZAÇÃO» DO ESTADO DE GUERRA NA EUROPA
quinta-feira, 8 de junho de 2023
O PROBLEMA DA CENSURA E PERSEGUIÇÃO DAS VOZES DISSIDENTES
Muitas pessoas estarão de acordo em considerar a liberdade de opinião como pilar essencial das nossas sociedades ocidentais. Neste momento, desenvolve-se uma cruel e seletiva caça à dissidência, que tem como vítimas jornalistas, escritores e outras figuras públicas conhecidas, respeitadas e apreciadas. Perante isto, nota-se uma indiferença da cidadania e um olhar para o lado de pessoas metidas na luta política (leia-se política = meios de alcançar o poder). Não só são passivos perante esses crimes, como perante os crimes que justamente foram denunciados pelos dadores de alerta (Assange, Snowden, etc, etc). Dessa forma, estão a dar cobertura aos senhores do poder, que irão «tratar-lhes da saúde», assim que tiverem a situação inteiramente sob controlo.
Parece que muitos dos intelectuais dos países ocidentais ignoram os escritos de Hannah Arendt, e de muitos outros autores importantes, sobre a ascensão dos totalitarismos. Para mim, não é surpresa que os neoliberais os ignorem, quer no sentido de nunca os terem lido, ou de terem esquecido por conveniência (oportunismo) esses escritos fundamentais de reflexão em filosofia política. Mas, choca-me ainda mais que pessoas com elevadas credenciais académicas e culturais se comportem «como se» ignorassem tudo sobre a natureza dos sistemas totalitários, as suas manhas para subverter por dentro as democracias, etc. Será possível que esqueçam os contributos de Hanna Arendt, de Bertolt Brecht ou de Soljenitsin e de muitos outros, que seria demasiado longo citar?
O problema não é ter-se mais ou menos conhecimento: é muito mais central e premente. Tem relação com a dignidade e a coragem do ser humano; dizer-se «não colaboro, a minha consciência não mo permite»; ou «já não posso continuar sem fazer nada, como se nada houvesse, ou como se isso nada tivesse que ver comigo e com a sociedade em que vivo».
Eu compreendo melhor, agora, o desespero de Stefan Zweig, que o levou ao suicídio quando pensou que os nazis iriam vencer a II Guerra Mundial. Ele não queria viver num mundo assim. Também o existencialismo de Albert Camus, que teve a coragem de contribuir ativamente para a Resistência francesa durante a IIª Guerra Mundial. Não cito aqui muitos outros, que merecem a nossa homenagem e são exemplos de dignidade humana e de elevado valor moral.
A minha postura pode ser considerada estranha, face ao tempo em que vivemos. Pois eu sou testemunha, mas não participo nesta cultura hedónica, materialista (no sentido de procura dos bens materiais), de adoração do poder, do dinheiro, do «estrelato»... que é hoje o substrato cultural da maioria das pessoas.
Mas, isto não acontece por acaso. Note-se que - por enquanto - o ensino nos países ocidentais não veicula estas ideologias - pelo menos, de um modo explícito. As religiões correntes nestas paragens (a cristã, mas também as outras), não encorajam, até condenam explicitamente, esta adoração do vitelo de ouro.
Penso que a influência da comunicação social de massas é avassaladora e impregna, ao nível subconsciente, quase todas as pessoas: isto inclui, obviamente, pessoas inteligentes e de elevado nível cultural. Por isso, os verdadeiros donos deste mundo querem ter o controlo da media, sobretudo das redes sociais, como temos visto nos casos de Elon Musk, Marc Zuckerberg, etc.
A cultura das pessoas em Portugal tornou-se quase uniformemente ocidentalizada, assimilando a cultura anglófona, em particular a dos EUA, sob todos os aspetos; desde a música pop-rock, às modas de linguagem - a utilização do inglês no comércio e publicidade - aos valores ideológicos e aos modelos comportamentais das «stars».
Por contraste, vai aumentando a ignorância do que seja português, ibérico, e de tudo o resto que não seja anglo-saxónico, mas europeu ou extraeuropeu. Isso faz com que tenham «uma vaga ideia», no melhor dos casos, das produções e personalidades que marcaram as outras culturas.
Não sou parcial, não tenho qualquer ódio e raiva aos americanos e ingleses, nem à maioria dos intelectuais, homens e mulheres com elevado padrão moral, além de talento. Eu aprecio a coragem de alguns jornalistas, ensaístas e políticos, dos EUA, como Chris Hedges ou como Paul Craig Roberts (e muitos outros).
Criticar o imperialismo e a repressão aos «de baixo», não me afasta (ideológica e eticamente) deles; pelo contrário, isso aproxima-nos. O que há de bom na cultura anglo-saxónica, é por mim reconhecido, tanto em relação ao passado, como ao presente. De facto, o combate pela liberdade atravessa fronteiras geográficas ou físicas, mas também de cultura e ideológicas.
A censura não é um «problema de intelectuais», porque o próprio âmago da liberdade está aqui em causa, a liberdade de todos; sejam de esquerda, ou direita; radicais ou conservadores; crentes ou ateus, etc...
O autor, dramaturgo esquerdista, é acusado por tribunal de Berlim de «propaganda nazi»!
Se alguns são amordaçados por causa das suas ideias, daquilo que pensam e escrevem, então, qualquer um de nós pode também ser, de um momento para o outro. Estamos todos ameaçados. Estou convicto disso: a realidade tem trazido, ultimamente, imensas provas em apoio desta convicção.
domingo, 28 de maio de 2023
[CJ HOPKINS] A CAÇA AOS OPOSITORES DO GLOBALISMO CAPITALISTA ESTÁ ABERTA
Na minha opinião, CJ Hopkins é - no momento atual - o mais genial e acutilante autor de sátira política. Que os lagartos pintados o odeiem é visto - por mim - como um título de glória, uma confirmação de que Hopkins acertou, com a sua certeira crítica.
Começo a ficar cansado da perfídia: Eles fazem-se de ignorantes, de imbecis etc., para melhor esmagar seus adversários mais consequentes, sem que os ingénuos percebam a manobra pérfida deles.
Todos temos a perder, com a anulação da liberdade de expressão. As leis ultimamente passadas, supostamente para «defender-nos dos inimigos da liberdade», são usadas pelos neo-(qualquer coisa) para se livrarem de qualquer opinião individual ou coletiva que apresente um perigo para eles.
Para eles, nada pior do que as massas saberem a verdade, do que tomarem consciência de como têm sido manipuladas. Tudo indica que entrámos na era de transição para um totalitarismo «de novo tipo», pior ainda que os totalitarismos do século XX.
Leia «The Anti-Anti-Semitism Follies*» e ajuíze por si próprio/a.
Presentemente, muitas pessoas são iludidas do modo mais completo. Uma parte do que se chamava «esquerda» está completamente confusa e desorientada. Eu já sei o que aí vem, pois estudei a história do século XX e não só.
Uma cena célebre de John Cleese, fazendo o «passo de ganso»
sexta-feira, 31 de março de 2023
VÓS QUE AQUI ENTRAIS, ABANDONAI TODA A ESPERANÇA!*
Pintura de Boticelli: Inferno segundo Dante
É difícil de se fazer uma síntese do que se está a passar no mundo, hoje. Temos de interligar as crises bancárias, com as de governabilidade e estas, com o surgimento e desagregação de alianças geoestratégicas e militares. Estas crises entrecruzam-se e têm efeitos claros nas sociedades. Há uma crise de valores, um relativismo ético e uma fuga para falsas esperanças.
Porém, a crise que eu considero mais grave de todas é a de (des-)responsabilização, quer dos indivíduos enquanto cidadãos, quer dos eleitos, enquanto mandatários dos que os elegeram. Na raiz desta crise, está a deslegitimação do «Estado de Direito», que tem sido protagonizada pelos que mais envolvidos estão nos assuntos de Estado e de governo e, portanto, agravam esta deslegitimação, com a sua conduta frívola, ou irresponsável, quando não francamente corrupta.
Portanto, sem fazer moralismo, direi que se trata de uma crise ética. Ética, no sentido de se saber quais os valores que enformam as ações dos indivíduos. Quando uma casta se considera «naturalmente» acima das regras e leis do «vulgo», estamos a assistir a uma deslegitimação vinda daqueles mesmos que tinham todo o interesse em manter o sistema, em dar-lhe credibilidade.
Este complexo de causas e consequências, as crises que se somam, se sucedem e potenciam, não podem ser atribuídas aos povos. Porque, a verdade é que as pessoas vivem permanentemente sujeitas a uma propaganda e esta assume todas as características de propaganda de guerra (mesmo antes de haver guerra, propriamente): a propaganda de guerra incide sobre aspetos que causam grande medo e angústia, nos indivíduos às quais se dirige. Causa uma reação de rejeição do «outro», visto como o inimigo, ou como alguém antissocial (assim eram considerados os indivíduos que não se conformaram com a injeção de ARNm dita vacina anti-coronavírus) e chega ao ponto de negar ao «inimigo» a sua humanidade.
A propaganda não é algo que surge espontaneamente: ela é pensada por equipas interdisciplinares, que preparam e lançam a campanha.
Com efeito, a empresa de domínio das multidões por uma ínfima minoria, pode passar por ser apenas um aspeto da democracia, poderia ser vista como fazendo parte dos mecanismos de convencimento, de persuasão, que as diversas forças políticas utilizam na sua luta política. Sem dúvida, este aspeto existe, mas aquilo que prevalece é o que se pode classificar como «convencimento negativo», ou seja, o denegrir a imagem do outro, seja ele candidato presidencial, ao parlamento, ou a outro cargo político.
As coisas não param aqui, pois as campanhas de enegrecimento da imagem, de diabolização, têm frequentemente atacado os «dadores de alerta» (whistleblowers), aos quais se reconhece, em teoria, o direito de proteção mas, na prática, são maltratados, quer por autoridades judiciais, quer pelo aparelho político, quer ainda, pela media corporativa.
Como é evidente, a dita democracia liberal, não funciona nem como democracia (= poder do povo), nem como liberal (= sistema defensor das liberdades). A própria política está cheia de expressões que são usadas para descrever o contrário daquilo que inicialmente queriam dizer, em linguagem comum (a inversão orwelliana do significado). Esta apropriação do vocabulário e sua distorção, tem o efeito de afastar as pessoas íntegras, de entrarem ou de se manterem na pugna política. Pelo contrário, vai permitir que as pessoas menos indicadas para altos cargos de governo, ou lugares-chave dentro da administração, sejam as que vencem. Eu designo este abastardamento, como a «seleção darwiniana ao contrário», isto é, vencem os menos aptos, os menos éticos, os mais oportunistas e os mais arrogantes.
Não é possível caucionar este sistema com as virtudes que muitos desejariam ver nele. Se os regimes autoritários não satisfazem também as exigências mínimas em relação aos direitos humanos (o que é uma verdade), a evolução dos sistemas ditos de democracia liberal, nestes 30 ou mais anos, mostra que os políticos que tiveram e têm mais influência e poder, têm transformado as realidades políticas e institucionais, sempre no sentido de esvaziar o poder coletivo da cidadania, pondo o indivíduo mais à mercê do arbítrio do Estado todo-poderoso, incluindo o poder judicial, além de terem sido responsáveis por crimes gravíssimos, pelos quais - na imensa maioria - têm impunidade, mesmo relativamente aos que são conhecidos.
O mais preocupante é que muitas medidas que eles pretendem implementar, são a cópia direta, ou com adaptações, de medidas adotadas por regimes que - eles próprios, políticos no Ocidente - consideram «totalitários». Estão a copiar os mecanismos de vigilância e controlo, instalados pelas autoridades dos países que eles dizem ser autocracias. Veja-se o que foi desenvolvido a pretexto do COVID; as repressões às pessoas resistentes a serem injetadas com «vacina» da ARN, essas que eles consideravam «merecer» um castigo tão terrível como a demissão compulsiva do emprego.
Se, há quarenta ou mais anos, eu tivesse conhecimento do que são, hoje, a falta de respeito pelos direitos humanos, pelas liberdades e garantias, assim como o comportamento dos poderosos, a acumulação de dinheiro e de poder, não teria a mínima hesitação em dizer estarmos perante estados totalitários, ou que para lá caminham.
Como eu, a imensa maioria das pessoas da minha geração, teve esperança num socialismo libertador, emancipador, numa melhoria do exercício da cidadania e no desenvolvimento do bem-estar material para as classes menos favorecidas. Nenhuma destas expetativas se realizou. Mas, ao contrário dos «amnésicos», eu tenho exatamente a noção do que se perdeu. Isso, tem para mim um valor-chave, para o presente e o futuro: Estou a falar da esperança. Sem esperança, não existe ímpeto, quer nos indivíduos, quer nas sociedades, para trabalhar pela melhoria da sua condição.
(*) Assim, a acusação que eu faço aos que se banqueteiam com o poder, é que: «Sois os guardiães das portas do Inferno. Segundo Dante, as portas eram encimadas pela seguinte inscrição: Vós que aqui entrais, abandonai toda a esperança!»
domingo, 5 de março de 2023
A SITUAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
quinta-feira, 12 de janeiro de 2023
COMO SE FABRICAM AS PSICOSES DE MASSAS?
Continuação, com o vídeo “Controlo mental, manipulação das massas e escravidão moderna”: https://youtu.be/_8zrTvBN_N8
Jorge Benito analisa em profundidade a psicologia do totalitarismo.