A série de assassinatos (ou tentativas de) a que vimos assistindo e continuaremos a assistir, são operações da CIA, do MI6, doutros serviços da OTAN (+ Mossad de Israel + Serviços da Ucrânia), que contratam «homens de mão» para atentados terroristas. Desde 07 de Outubro de 23 assistimos a um horrível massacre contínuo de população inocente às mãos do exército IDF de Israel, cometendo crimes de guerra. Mas, também há uma multiplicação de atos de terrorismo contra alvos especiais, pelo «Grande Hegemon».
«Protest And Dissent Can Absolutely Push The Empire To Retreat On Gaza»
Citando: «Se um número suficiente de olhos se abrirem à realidade do que se passa em Gaza, não existirão manobras no Médio Oriente ou financiamentos do lobby Israel capazes de contrabalançar a necessidade existencial do Império em impedir o despertar massivo em relação à visão da media corporativa, propagando a visão imperial mundial e travar a tomada de consciência revolucionária»
Além das motivações políticas, não esqueçamos que Biden é o perfeito presidente da máfia sionista, pois ele foi escolhido pelos seus muitos «telhados de vidro». Era do conhecimento público (antes das eleições, há 4 anos) o enorme escândalo do seu filho Hunter Biden (psicopata sexual, adicto em drogas), que fazia a compra de influências, nomeadamente, entre altos dignatários do Partido Comunista Chinês, que são simultaneamente grandes acionistas de empresas chinesas e o vice-presidente Biden. O estado senil do seu pai e vice-presidente de Obama, já era conhecido. O facto de ter sido um «falcão», que apoiou entusiasticamente a invasão do Iraque em 2003, idem. Tudo isso, fazia dele o candidato mais fraco possível, mais facilmente manipulável: A AIPAC, a ADL (lobbies judaicos, pró-sionistas), o lobby do armamento e os grandes bancos é que elegeram Biden.
O poder não reside da Casa Branca, nem no Capitólio: é claro que este reside em conglomerados de interesses, doadores das campanhas multimilionárias e aos quais os candidatos respondem, antes de mais. Por isso, há um divórcio tão grande entre o sentimento da «rua» nos EUA e aquilo que faz a «elite», a «oligarquia».
Os dirigentes europeus, subservientes, são rápidos a copiar os piores exemplos de corrupção e de cinismo dos colegas americanos. Com a agravante de - na Europa - estarem a «suicidar» os seus países, seus Estados, suas economias, sacrificando os seus povos, só para demonstrar fidelidade ao seu «senhor feudal», os EUA.
A cumplicidade do «Ocidente» com crimes de guerra e crimes contra a humanidade, perpetrados pelo exército de Israel, não apenas agrava a situação humanitária no terreno, como confere um sentimento de «impunidade» ao governo de Netanyahu. Mas também mostra que o Direito Humanitário é apenas usado como argumento, quando isso convém ao Ocidente. Ou seja, não têm - os governos - qualquer intenção de cumprir e fazer cumprir leis, que eles próprios dizem defender. São dias muito sombrios, os presentes.
PS1: a retaliação iraniana ao ataque de Israel, assassinando funcionários militares de alta patente que estavam no interior do edifício consular do Irão em Damasco, foi sóbria e manteve -se dentro dos limites das leis da guerra. Com efeito, atacaram alvos militares. O ataque de Israel destinava -se causar um reação impulsiva do governo iraniano, além de desrespeitar a Convenção de Viena e as leis da guerra. O objetivo, da parte do governo de Netanyahu, era também o de arrastar os EUA e OTAN, para a armadilha de uma guerra alargada na região. Netanyahu sabe que só se mantém fora da prisão, porque preside a um gabinete de guerra. Logo que deixar de o ser, nada evitará a sua prisãopor corrupção.
Não deixe de ver este vídeo e de ler ESTE texto de um próximo do ministro Louis Farrakhan (Nation of Islam).
Igualmente, leia o artigo de Thierry Meyssan, que revela as ligações entre o movimento do judeu fascista Jabotinsky e Natenyahu e o seu governo (cf. Les derniers balbutiements du fascisme juif)
Nesta reflexão de Março 2023, tenho de começar por pedir desculpa aos meus leitores. É que eu sei, por mais que queira, não me posso erigir em representante deles, «dos desapossados», «dos danados da Terra», do povo mártir da Palestina, assim como de quaisquer outros povos oprimidos à face da Terra.
O meu grito de repúdio pela hipocrisia, revestida de civilização, pode parecer irrisório. Porém, o silêncio de muitos é que torna viável o genocídio em curso em Gaza.
Os sionistas, que não têm nada do humanismo judaico, da sua espiritualidade, do seu brilhantismo científico, fazem gala de insultar na TV as suas vítimas, como fazem Netanyahu e seus ministros. A média de Israel mostra imagens, filmadas pelos soldados da IDF, de crimes de guerra perpetrados por eles: assassinatos de mulheres e crianças, de homens quase nus, arrastados para interrogatórios feitos com tortura. Eles estão convencidos da sua impunidade, por isso erigiram a exibição dos próprios crimes, como forma propaganda: Ao causar tanto horror na população de Gaza, da Cisjordânia, Jerusalém e, mesmo, nos palestinos com cidadania de Israel, esperam que todos eles fujam da Palestina. O que desejam - eles dizem-no claramente, os suprematistas no poder - é fazer uma limpeza étnica total, uma «2ª Naqba» mas - desta vez - completa.
Que o mundo ocidental assista a esta monstruosidade sem mexer um dedo, que endosse as mentiras da propaganda israelita sem pestanejar, diz-nos o que precisamos de saber sobre a tal " civilização" ocidental. A sua decadência torna-se evidente e o seu desrespeito flagrante das normas humanitárias que - ela própria - ajudou a instaurar na arena internacional, são razões fortes para repudiar o mundo oficial desse Ocidente, dos seus governos e representantes.
Considero-me apátrida em termos de afetos, pois o meu país desapareceu sob as inúmeras punhaladas nas costas, as incontáveis traições daqueles mesmos que juraram defender a justiça, os fracos perante os fortes, os oprimidos perante os opressores. São perjuros, todos eles. A fração dos que possuem a noção básica dos valores humanistas, podem ter divergências em relação a mim, mas estes, eu continuarei a considera-los meus irmãos e irmãs sempre que conservarem a dignidade e não ajustarem o seu discurso às conveniências do momento.
Tanto no cenário do Médio Oriente, como no resto do Mundo, só teremos Paz e Justiça quando Jerusalém for um farol de paz e de entendimento entre os povos. Um ponto de encontro de Religiões, a Judaica, a Islâmica e a Cristã.
Um dos mais lúcidos comentadores sobre o Médio-Oriente, tendo uma vasta experiência na zona, publica um boletim e mantém um site, indispensáveis para se compreender a geoestratégia de hoje e a evolução histórica nos últimos cem anos.
A maior parte dos artigos, escritos em francês, estão traduzidos para português (e para outras línguas).
Nos últimos tempos, no cenário da Ucrânia, a rutura da frente do lado ucraniano, após a queda de Avdiivka veio expor a total incompetência da liderança política e militar da ditadura que governa a Ucrânia. Com efeito, foi devido ao facto de muitas das defesas fortificadas que deviam estar presentes na linha da frente não existirem, que a perda da vila estratégica de Avdiivka se transformou numa retirada desordenada, em pânico. Muitas dessas defesas só existiam no papel; a isso se resumia a aplicação das ajudas ocidentais. As somas colossais que a OTAN tem vertido no caldeirão ucraniano, têm servido sobretudo para enriquecer ainda mais os muito ricos oligarcas que controlam o poder político, sendo este também possuidor de uma insaciável ganância como se pode verificar pelas mansões luxuosas, da Riviera até Miami, compradas por Zelensky. A imprensa ocidental parece estar a «descobrir» isso e muito mais, como as bases secretas da CIA, em território ucraniano, que desde 2014 espiam o território russo. Nada destas coisas é ao acaso. Estão a preparar a opinião pública para a derrota inevitável, que eles - no entanto - quiseram ocultar, depois de terem feito uma guerra de propaganda demente, enaltecendo as capacidades das forças militares ucranianas e diminuindo de forma grotesca as capacidades do lado russo.
Mas, infelizmente, perante uma opinião pública, em larga percentagem," lobotomizada" (castração mental), os sucessos e insucessos da guerra russo-ucraniana irão logo sumir-se no buraco negro de sua não-memória.
Entretanto, na faixa de Gaza e nos restantes Territórios Ocupados, o morticínio dos inocentes, das mulheres e crianças, assim como de não combatentes, prossegue perante a hipócrita atitude dos países ocidentais, em primeiro lugar dos EUA. Seu presidente, embora fale em mitigar os sofrimentos das populações civis, vai fornecendo as bombas e outro material a Israel. No Conselho de Segurança da ONU, os EUA vão chumbando as resoluções (penso que já vai na 4ª, que chumbam) de cessar-fogo, nesta guerra cruel de Israel contra a população de Gaza.
Nos países da Europa, os tais que eram «civilizados», os dirigentes multiplicam os sinais inquietantes de deriva militarista e autoritária: Macron, organiza uma cimeira, no fim da qual e sem dizer cavaco aos participantes, aventa a hipótese de serem colocadas tropas dos países da OTAN no teatro de guerra da Ucrânia, para evitar a derrota total do regime corrupto e fascista de Zelensky. Todos os participantes - numa reviravolta de ópera-bufa - apressaram-se a negar que tenham jamais concordado com tal hipótese.
Porém, dias depois, os serviços secretos russos gravaram e transcreveram uma conversa entre dois generais alemães, em que estes debatem a hipótese de bombardear (eles, alemães, diretamente) a ponte da Crimeia, ou - em alternativa - localidades em território russo, que nem sequer são internacionalmente disputadas. O chanceler Scholz veio confirmar a autenticidade do diálogo interceptado. Porém, a grande preocupação dele não era o seu conteúdo, mas o facto duma tal falha de segurança ter sido possível. Entretanto, é quase certo que os ucranianos já possuam os mísseis alemães Taurus, de longo alcance.
Tudo está a postos, do lado ocidental, para que a guerra russo-ucraniana se estenda às potências europeias da OTAN, já não apenas em fornecimento de material de guerra, o que já se tem feito desde o princípio do conflito, como também agora com tropas especiais no terreno, com competência para manipular armamento sofisticado, que exigiria muito tempo de treino aos militares ucranianos. Esperemos que esses engenhos de morte de longo alcance não estejam disponíveis a tempo de adiar o final desta cruenta guerra.
Os ucranianos, a partir de certo ponto, vão ficar incapazes de colocar no terreno, tropas - em quantidade e qualidade - mínimas para defender as suas posições. Nessa ocasião, não poderão continuar e terão de pedir negociações de paz. Alguns analistas calculam que este desfecho ocorra, o mais tardar, em Agosto deste ano.
Quanto à campanha genocida de Israel, apoiada pelos EUA e países vassalos, será um massacre e uma crueldade sádica completamente inúteis, no que toca aos interesses dos sionistas e vai (indiretamente) colocar em risco Israel, enquanto Estado-nação.
Para avaliar a monstruosidade desta campanha genocida, leia ESTE artigo, de Mike Whitney.
No que toca ao campo imperialista, globalmente, será uma viragem que vai isolar os EUA e países alinhados com eles.
Os BRICS estão cada vez mais sólidos: em termos de prestígio e de simpatia dos muitos países do Sul Global - coisa de que o público ocidental não se apercebe, devido a ocultação e deturpação nos media. Mas, também estão os BRICS em vésperas de lançar o seu novo sistema de moeda internacional, destinado a enterrar definitivamente o dólar.
Entretanto, as entidades financeiras internacionais (FMI, Banco Mundial e o BIS), estão moribundas: Não só estão incapazes de lançar a tão propalada divisa digital emitida pelo banco central (CBCD), como já não conseguem capturar os países fracos. Estes sabem que podem obter empréstimos, em condições muito mais favoráveis, junto do banco dos BRICS e/ou diretamente, em países poderosos (sobretudo, a China).
Alguns têm esperança de que a OTAN se afunde, se desfaça, uma vez que se perceba a sua inútil e antiquada maquinaria militar e a sua ainda mais antiquada doutrina estratégica (na continuidade da 1ª Guerra Fria). Parece-me que o sucesso do campo «multipolar» ultrapassa em muito o domínio militar, pois se verifica ao nível da tecnologia (civil ou militar), da produtividade e inovação, do comércio mundial, da economia (crescimento real do PIB dos seus diversos países) e da diplomacia (cimeiras dos BRICS e da OSX, cada vez mais participadas).
Os estados-maiores do campo imperialista estão - de certeza - bem informados sobre isso. Não podem fazer nada de significativo em relação a muitos dos aspetos acima indicados. Apenas podem desencadear e acirrar guerras regionais. Não o fazem como etapa para uma guerra nuclear, mas estão a tornar cada vez maior a probabilidade desse «armagedão».
Com efeito, os melhores especialistas consideram que uma guerra nuclear tem muitas probabilidades de se desencadear por engano, por deteção errada de um ataque nuclear pelo outro campo, sendo demasiado pouco o tempo para deliberar se tal é um ataque efetivo ou apenas um artefacto.
Estamos assim, neste século tão sofisticado, à mercê de uma falha nos sistemas automáticos de deteção de mísseis balísticos.
[Israel bem pode declarar Lula da Silva «persona non grata»; eu e todos os lusófonos estamos gratos ao presidente do país irmão do Brasil, por dizer a verdade sem rodeios]
Brasil e Israel vivem fortes tensões diplomáticas. Numa declaração recente durante uma visita à África, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva comparou as práticas de Israel em Gaza ao Holocausto contra os judeus cometido pela Alemanha Nazista. As suas palavras foram extremamente reprovadas pelo Estado Sionista e pelo Ocidente Coletivo, levando a uma crise diplomática.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou Lula persona non grata e convocou o embaixador brasileiro em Israel para esclarecimentos. Então, o governo brasileiro reagiu chamando de volta seu embaixador, deixando o Brasil sem representação diplomática em Tel Aviv.
O chefe da diplomacia israelense, Frederico Meyer, acusou Lula de cometer um grave “ataque antissemita” e prometeu “não perdoar nem esquecer” a declaração do político brasileiro. Muitos especialistas acreditam que a crise poderá culminar na ruptura total das relações diplomáticas entre Brasília e Tel Aviv.
Obviamente, o Brasil não está sozinho nas críticas a Israel. Vários países foram ainda mais duros contra Tel Aviv, chegando a uma ruptura completa. Contudo, o valor político da declaração de Lula é notório. Fundador dos BRICS e cumprindo seu terceiro mandato como Presidente do Brasil, Lula é atualmente um dos líderes mais respeitados do mundo, por isso o valor de seus posicionamentos é alto e relevante.
Na prática, isto poderá significar o início de uma nova onda entre as nações emergentes. A posição do Brasil poderia encorajar mais países a endurecerem as suas críticas a Israel, o que seria desastroso para a diplomacia sionista e minaria a influência ocidental no Sul Global. Não por acaso, a condenação a Lula tem sido forte entre os países ocidentais – e conta com o apoio das alas mais reacionárias e pró-Israel da política interna brasileira.
Na verdade, esta não é a primeira vez que o Brasil desafia Israel. Na década de 1970, durante o Regime Militar brasileiro, houve um impasse entre os dois países. Na época, sob o governo do general Ernesto Geisel, o Brasil planejava se tornar uma potência-chave entre os chamados “países não alinhados”, razão pela qual o Brasil assumiu uma postura cética em relação ao Ocidente, chegando a votar na ONU pelo reconhecimento da ideologia sionista como forma de racismo, manifestando apoio ao povo árabe na luta contra a ocupação israelense.
Há muitas suspeitas de que Israel tenha reagido às iniciativas brasileiras da época com operações complexas de espionagem e inteligência, incluindo sabotagem industrial e até suposto envolvimento no assassinato de José Alberto Albano do Amarante, então chefe do programa nuclear brasileiro. Nesse sentido, há temores de que Tel Aviv possa voltar a lançar uma campanha de “guerra secreta” contra o Brasil, mobilizando o seu aparato de inteligência para prejudicar setores estratégicos brasileiros.
Nos últimos anos, especialmente após a ascensão do ex-presidente direitista, Jair Messias Bolsonaro, o Brasil passou por um processo de profunda reaproximação com Israel, revertendo sua histórica política soberanista. Mesmo o próprio Lula até então estava sendo “bem equilibrado” em suas ações e pronunciamentos sobre a crise no Oriente Médio. Por exemplo, ele chegou a condenar a Operação Dilúvio Al Aqsa como um “ataque terrorista”, sendo fortemente criticado pela comunidade árabe no Brasil por tal posição.
No entanto, o agravamento da crise humanitária em Gaza impossibilitou que o Brasil continuasse neutro. Brasília tem uma tradição de política externa baseada na defesa da paz, dos direitos humanos e do direito internacional. Todos estes princípios elementares foram fortemente violados por Israel na sua campanha de agressão contra Gaza. O Brasil foi então forçado pelas circunstâncias a endurecer a sua posição e formalizar uma condenação aos crimes de Israel.
Com isso, Lula dá um passo importante para restabelecer a tradição diplomática brasileira, além de incentivar mais países emergentes a condenarem Israel. Porém, o presidente brasileiro precisa estar ciente das consequências que isso trará ao seu governo. Além das manobras secretas de inteligência por parte de Israel, o Ocidente Coletivo poderá reagir impondo sanções ao Brasil. O governo Lula deve ser forte o suficiente para administrar a situação e sobreviver às pressões externas.
Políticas de reindustrialização são vitais para que o Brasil supere, internamente, os desafios que virão sem enfrentar grandes problemas econômicos. No mesmo sentido, é necessária uma postura mais sólida do Brasil na política externa. O país tem hesitado muito entre posições pró-multipolares e pró-Ocidente. É preciso dar um “passo adiante” e colocar definitivamente o Brasil como um Estado interessado na transição geopolítica multipolar, consolidando um eixo de resistência contra o Ocidente ao lado de parceiros dos BRICS como Rússia, China e Irã.
Só assim será possível angariar apoio internacional suficiente para superar a pressão imposta sobre Brasília.
Este jurista tem uma vasta experiência de organizações da ONU, em particular dos Direitos Humanos, na Palestina. A sua posição é muito racional embora seja uma implacável denúncia da hipocrisia criminosa dos governos ocidentais.
A opinião de Craig Murray sobre a sentença do TIJ também é muito interessante. Ele explica em pormenor o seu conteúdo e significado e desfaz as distorções, que governos e media ocidentais em socorro de Israel, têm papagueado. Estes distorcem e não dão conta - de facto - do conteúdo da decisão:
Danny Haiphong recebe Scott Ritter: Desenrola-se uma troca absolutamente esclarecedora sobre os termos em que a guerra no Médio Oriente é levada a cabo, quer por israelitas, americanos , países da OTAN, quer pelos Houthis do Iémen, pelo Hezbollah do Líbano, as milícias do Hamas, que põem em cheque as tropas de Israel em Gaza e todo o eixo de Resistência, que está coordenadamente a levar a cabo uma guerra em múltiplas frentes, face ao poder enfraquecido dos EUA. Não é tomar os desejos pela realidade, é antes a realidade que se impõe, desfazendo as sucessivas narrativas enviesadas da media mainstream ocidental. Os americanos e os sionistas seus aliados estão a receber um castigo que se designa por «morte por mil feridas»: cada ferida não é mortal por si, mas o sangramento no total é tão grande que acabam por morrer. É isto que se está a passar, mas os loucos neocons e sionistas não têm a mínima ideia de como combater numa guerra destas. Como diz Scott Ritter, eles só são capazes de fazer coisas estúpidas e causarem a morte (inútil) dos seus soldados.
Localização do ataque à base americana «Tower 22» ver artigo em Zero Hedge
Em certos momentos, a classe no poder fica demasiado desorientada. É nestas ocasiões - que se podem verificar em diversas épocas históricas - que os poderes dirigentes são levados a fazer erro sobre erro. As tomadas de decisão desastrosas conduzem a um agravamento da situação, o que leva a que tomem medidas mais e mais brutais, mais e mais desesperadas, para assegurar o domínio sobre os adversários.
Nós estamos a verificar agora, no caso das guerras declaradas e não declaradas dos EUA e seus aliados, uma sucessão catastrófica de erros, que apenas resultam no enfraquecimento da posição global destes, em relação às nações que ainda ontem eram aliadas do Império, ou que não o sendo, tentavam evitar o confronto direto, para não sofrer o peso esmagador das sanções, da subversão e da guerra, pela potência hegemónica.
Uma característica sobressai dos fracassos, quer de israelitas (nomeadamente, no 7 de Outubro passado), quer dos EUA e vassalos da OTAN: A excessiva confiança nos sistemas automatizados de controlo, deteção e riposta, quer no cenário de Gaza, quer no cenário da base americana (ilegal) «Tower 22» na fronteira jordano-síria. O ataque com drones a esta última base, por milícias xiitas baseadas no Iraque, foi bem sucedido porque as defesas aéreas automáticas que defendiam a base não funcionaram. Já em Outubro os militantes palestinianos conseguiram inativar os sistemas de monitorização e desencadear um ataque para fora do perímetro de Gaza, fortemente vigiado. Neste caso, também os sistemas automáticos de resposta não funcionaram. Nos subsequentes ataques com mísseis, quer no lado do Sul (HAMAS), quer do Norte (HEZBOLLAH), a chamada «Cúpula de Ferro» (iron dome), o sistema israelita de deteção e contra-ataque com misseis teleguiados que - supostamente - iria neutralizar os mísseis e drones que se aproximassem, também não funcionou com a eficácia que lhe era creditada. Os americanos decidiram punir o Iémen, em retaliação dos ataques dos Houthis contra navios da frota de guerra dos EUA, estacionados na entrada do Mar Vermelho. Este ataque não causou danos significativos ao dispositivo de mísseis dos Houthis: Menos de 24 h depois do ataque americano, eram disparados pelos Huthis salvas de mísseis em direção a navios de carga e de guerra americanos e aliados.
No Tribunal Internacional de Justiça (um órgão da ONU) Israel foi condenado em termos nada ambíguos como autor de massivas e flagrantes violações dos direitos humanos e das convenções internacionais de proteção dos civis, em tempo de guerra (convenções de Genebra). Mas, não só Israel, também o governo americano, desprezaram esta sentença, mostrando - mais uma vez - o que os imperialistas entendem por «respeito pela ordem internacional baseada em regras»: Não se trata da obediência ao direito internacional, mas sim da submissão aos interesses dos EUA. A organização de apoio aos refugiados UNRWA, um organismo da ONU, foi-lhe seguidamente interrompido o financiamento, sob pretexto de que alguns (poucos) trabalhadores* deste organismo, em Gaza teriam alegadamente (sob tortura) confessado terem laços com o Hamas. Que este gesto dos poderes ocidentais apareça como vingança torna-se patente, pelo «timing» em que se ocorreu essa interrupção do financiamento: dias após a sentença do TIJ, mas semanas após terem sido conhecidas as alegadas ligações.
Veja-se, desde 2001, o percurso catastrófico das guerras no Médio-Oriente (Afeganistão, Iraque, Líbano, Síria Israel/Palestina), da guerra na Ucrânia, das provocações ao largo de Taiwan (legalmente e internacionalmente reconhecido como território chinês, não esqueçamos) e a intensificação da agressividade da potência que pretende ser hegemónica. Apesar deste crescendo, a sua posição estratégica global só diminuiu.
Bases americanas na Ásia Ocidental
A guerra económica, com sanções, embargos, boicotes, tarifas punitivas, arresto de ativos financeiros e - mesmo - o confisco puro e simples destes, foi brutal, deitou abaixo muitas relações construtivas que se tinham tecido no pós-Guerra Fria. Isto conduziu à derrota do Ocidente, em termos da economia produtiva e - claramente - a favor dos «inimigos», a Rússia, a China e outros. Ou seja, os EUA e restantes membros da OTAN, essencialmente, perderam em termos económicos, com as sanções e outras formas de guerra económica, que tomaram a iniciativa de desencadear.
Há quem diga que os BRICS não precisam de tomar uma iniciativa agressiva contra a OTAN, basta se auto-desenvolverem, estreitarem laços de cooperação com projetos comuns entre eles e com outros, que queiram participar. Os tresloucados dirigentes ocidentais vão continuar a dar tiros nos pés, a se autopunirem, num jogo macabro e inútil, pois eles não podem já ditar as leis na arena internacional. Já estão completamente desmascarados; ninguém os vê como defensores da legalidade internacional. Agora, a verdade sobressai em todos os planos e ao nível global: São os EUA e os seus aliados (OTAN, Israel e alguns outros países aliados), quem estão - em permanência - fora da legalidade internacional; que não acatam resoluções da ONU, nem os veredictos de tribunais internacionais, quando lhes são desfavoráveis; são eles que multiplicam as ações de provocação, com o perigo destas induzirem o alargamento dos conflitos até ao nível global.
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NB:
* «That a dozen or less of the 30,000 UNRWA worker were probably involved in the October 7 events was known for weeks» Citado em MoA
DESENHO HUMORÍSTICO DE JOHN HELMER
Dois excelentes e detalhados artigos relativos às situações que enunciei acima, por John Helmer, e «Moon of Alabama»:
O ódio desencadeia o ódio. Verifica-se uma espiral de violência e de irracionalidade que estamos todos testemunhando, neste momento exato. A História sempre foi acompanhada por um rasto sanguinolento, mas agora está absolutamente diante dos olhos de todos. Quem se conforta com pseudo justificações como "do outro lado, fazem igual ou pior", não pode ter a nossa indulgência porque os pecados de uns não podem absolver os dos outros. Agora, como outrora, os violentos querem fazer com que a humanidade de certos povos seja desprezada pelos outros, através de toda a espécie de narrativas de ódio, como um bombardeaeemento psicológico que oculta os bombardeamentos cobardes de bombas, despejadas a todo o momento sobre civis indefesos.
A civilização judaico - cristã morreu, não tem hipótese de dar nada de relevante para a humanidade presente e futura. Os seus representantes e apologistas máximos, não apenas trucidam aqueles que deviam proteger, como recobrem os seus crimes duma capa de mentiras e reforçam os preconceitos racistas.
É difícil descer-se mais baixo. Durante muitos anos, os políticos dirigentes dos países ocidentais revestiram-se de discursos sobre os direitos humanos e os princípios morais elevados. A sua prática, muitas vezes, contradizia os seus dizeres. Mas, agora, a contradição tornou-se tão óbvia, que muitas pessoas, mesmo as que partilham os valores fundamentais do «Ocidente», estão escandalizadas. Não existe qualquer desculpa, deixaram completamente cair a máscara. De nada serve tentarem afivelar de novo a máscara de civilizados . Os crimes de massa, que perpetraram ou apoiaram oficialmente, não são suscetíveis de perdão.
Agora mesmo lançam mais uma guerra de agressão (contra o Iémen e simultaneamente contra o Irão), fazendo a vontade ao governo sionista. Este, tem controlo efetivo sobre a política americana e esta - por sua vez - comanda os governos e forças armadas dos países da OTAN. Vários países europeus estão assim - voluntariamente ou não - feitos coniventes dos crimes de Estado de Israel e com a participação e cobertura americana.
Não tenho ilusões sobre a cobardia e corrupção das classes no poder da Europa: escolhem seguir os cavernícolas neocons dos EUA, em vez de defenderem os interesses básicos, existenciais, dos seus próprios povos.
Não resta nada da civilização ocidental, que se baseava sobre os valores do humanismo. Estes foram destruídos, com tudo o que se tem passado, nomeadamente, desde a infame guerra contra a Jugoslávia (um enorme crime de guerra da OTAN) seguido por guerras neocoloniais no Afeganistão, no Iraque, na Líbia e na Síria. A invasão da Rússia à Ucrânia foi um erro daquela, mas Americanos e outros países da OTAN (Alemanha, França, Reino Unido...) têm responsabilidades, por inviabilizar conversações diplomáticas em Dezembro de 2021. Pior ainda, obrigaram o regime de Kiev a renegar acordos que estavam prestes a serem assinados em Abril de 2022, causa próxima deste infeliz país ser sacrificado no «altar» de vergar a Rússia. O plano para os neocons obterem finalmente o «grande prémio»: a derrota e o desmembrar da Rússia.
E o cúmulo foi a aprovação entusiástica do ataque criminoso pelos israelitas do povo indefeso de Gaza. Com isto, ficou definitivamente enterrada a orgulhosa «civilização ocidental». Pode continuar a ter vitórias, mas serão vitórias de Pirro, ou seja, das que trazem ainda pior que uma derrota. Com efeito, todo o resto do mundo, e é a maioria, olha com horror as práticas bárbaras dos governos e exércitos «ocidentais» e percebe perfeitamente que eles não têm qualquer consideração por nações que se coloquem num caminho de independência, de desenvolvimento autónomo.
Espero que muitos de vós saibam repudiar a deriva criminosa dos vossos governos. Só nessa medida, poderá haver um sentido de compaixão quando se abaterem sobre as nossas sociedades as profundas misérias em que nos meteram as élites corruptas que nos desgovernam.
PS1: como os meus leitores habituais já sabem, eu tenho descrito a situação geopolítica como de guerra mundial, a qual se estende por todo o espectro, desde as guerras locais por procuração, às sanções económicas e ao reconfigurar dos sistemas monetários. No texto acima, quis enfatizar a insanidade das políticas levadas a cabo pelos dirigentes ocidentais e os seus desastrosos resultados, no contexto da guerra mundial em curso.
As catástrofes que se abatem - ora num país, ora noutro - no Sul Global não são fatalidades. Claramente, são causadas pelas intervenções dos poderes imperiais, ou diretamente, ou através de vassalos. Este estado de caos nos países mais frágeis é exatamente o que a classe oligárquica globalista procura.
- Não só através de guerras, golpes de Estado, guerrilhas (manipuladas pelos imperialistas) mas, também por arma de destruição massiva terrível e muito mortífera: A fome. Estas populações não têm outro meio de sobrevivência, senão a ajuda das agências internacionais: A Cruz Vermelha, os organismos da ONU para os refugiados, e outras organizações humanitárias.
O povo tem de deixar de «dar o benefício da dúvida» aos genocidas e aos cúmplices destes, que se apoderaram das rédeas do poder - há algum tempo - em países do Ocidente. Eles estão no poder para fazer a política que lhes é ditada pelos seus verdadeiros donos: Os multimilionários têm o futuro dos políticos na mão; distribuem - ou não - benesses, consoante os políticos façam - ou não - o que lhes é ditado.
Não admira que a dissociação entre o público desses países e seus dirigentes, seja enorme. O que a cidadania deseja, apesar das campanhas de lavagem ao cérebro pelo jornalismo prostituto, é a paz, a ajuda às vítimas, o alívio dos que sofrem. Está preocupada com o influxo de milhões de refugiados das guerras, das fomes, das destruições, mas percebe cada vez mais nitidamente, que ele é provocado pelos próprios dirigentes dos países ocidentais. Uma nítida maioria de jovens, dos 18-24 anos e dos 25-30 anos, respondendo a inquéritos nos EUA e na Alemanha, deseja que seja atribuído o estatuto de Estado à Palestina e que Israel não tem legitimidade para o que está a fazer em Gaza.
Espero que a cidadania dos países - em especial, os ocidentais - tome plena consciência e compreenda cada vez melhor a natureza criminosa dos que a governam.
Veja o vídeo de entrevista a Thierry Meyssan, pelo «Courrier des Stratèges»:
[TEM LEGENDAS AUTOMÁTICAS EM FRANCÊS]
Consulte o artigo de John Helmer «RUNNING THE RED GAUNTLET» sobre a guerra em alastramento no Mar Vermelho (estreito deBab el-Mandeb)
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PS1 (22/12/2023): A instabilidade parece acentuar-se com a entrada em cena de navios de guerra iranianos, chineses, russos e indianos; face a uma anunciada força naval liderada por americanos e OTAN:
PS2 (23/12/2023): Uma hipócrita resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi aprovada. Israel poderá continuar negar o auxílio humanitário à população palestiniana de Gaza, com a consequência de fome devastadora e epidemias: https://www.youtube.com/watch?v=IT0yW6kS3Uo
PS3 (23/12/2023): Espetacular fracasso dos EUA em juntar os seus países aliados, da OTAN e outros, na missão no Mar Vermelho. Vejam esta notícia, abaixo. Na realidade, isto é uma autêntica bofetada no poder hegemónico:
PS24/12/2023: A brilhante iniciativa estratégica dos houthis, no estreito que controla o Mar Vermelho, vem mostrar aos EUA, que os aliados da OTAN (França, Itália, sobretudo Espanha...) não estão disponíveis para se queimarem, para defender Israel. Sobretudo, não estão interessados em entrar em conflito com o Irão. Isto quer dizer que o panorama internacional mudou - qualitativamente - com o alargamento dos BRICS. Será o início do fim da OTAN.
Este programa de No2NATO-No2WAR, com George Galloway, Piers Robinson e Richard Medhurst, é intitulado «War in two fronts».
Na realidade, a guerra não se limita às duas frentes onde há maior densidade de ações militares, neste momento (Ucrânia e Palestina). É o meu modo de ver a situação, como parte da IIIª Guerra Mundial.
Mas, tudo o que dizem os participantes neste programa é rigoroso e esclarecedor.
Quando as pessoas permitem que ocorra um genocídio em direto, sem mexer um dedo, até ficando tranquilizadas com o estribilho de que Israel «tem direito a defender-se», o que significa isso?
- Significa que os valores morais da civilização cristã e democrática desapareceram. Que as várias centenas de anos de combates pela dignidade humana, que culminaram com a titânica luta contra o nazismo e as outras formas de fascismo, se evaporaram totalmente da consciência dos povos respectivos.
O consentir e encorajar um crime contra a humanidade em Gaza oblitera definitivamente o regime de Biden nos EUA e dos lugares-tenentes que ocupam o poder em países vassalos da OTAN.
Na verdade, existe uma ignorância muito grande e uma ausência de curiosidade, da parte do público: Não se pode pretender participar num processo democrático ignorando tudo das políticas concretas que os dirigentes políticos levam a cabo e se propõem continuar.
Isto não é democracia, seja qual for o critério utilizado para defini-la. Os que se permitem dar apoio, pelo voto ou por outros meios, a genocidas são também eles genocidas. Os que deixam uma ação nitidamente genocida ser levada a cabo sem mover um dedo, quando podiam fazer algo para a parar ou dificultar os planos dos criminosos são, obviamente, comparsas do crime. Os que permitem esta monstruosidade deixaram de ser humanos, tal como os executantes da mesma. Passaram a ser monstros morais, com aparência física de humanos, apenas.
Inventam motivos falsos, falsidades óbvias, mentiras descaradas, para que as pessoas engulam e se auto-absolvam de sua total falta de coragem e de ética. É que, apesar de tudo, as pessoas sabem que massacrar inocentes - e na escala em que é feito - é uma perversão total. Os nazis cometeram muitas atrocidades contra populações civis. Hoje, membros do povo judaico, cujos avós e bisavós sofreram o Holocausto às mãos dos nazis, são executores do Holocausto do povo de Gaza. Os governos e aparatos políticos que apoiam isto, estão realmente a justificar a descida aos infernos, o mergulhar nas trevas!
A minha surpresa é grande, embora não tivesse ilusões sobre os sistemas políticos ditos de «democracia liberal» do Ocidente. Acho que ninguém - ou quase - previu o mergulhar de tantos países em simultâneo, no que só pode ser designado por "totalitarismo de novo tipo".
As «elites» do dinheiro que estão no poder nos países ocidentais, manipulam as consciências. Mas, certos grupos de pessoas, deveriam ser mais difíceis de manipular: professores universitários, dirigentes políticos, membros destacados de igrejas, etc. Eles não podem, pela sua própria formação, ignorar o que se passa, nem qual é o seu dever. Mas, por cobardia, porque estão bem instalados na vida, fingem que não conhecem os factos chocantes ou descartam estes, como se fossem «mentiras dos inimigos da democracia». Os piores inimigos da civilização e da democracia são eles mesmos pois falham no seu dever, são cúmplices.
Os outros povos, não envolvidos na matriz imperial e neocolonial do «Ocidente», estão atónitos perante os comportamentos dos ocidentais. É sua convicção de que não existe outra solução, senão viverem afastados dessa minoria de países do Ocidente, perversa, contrária a Deus e aos valores cívicos que dizem defender.
Os governos e os oligarcas ocidentais estão a isolar-se a si próprios do resto do Mundo. Porém, estão tão ébrios da sua «superioridade», que não se apercebem disto. Nada pior do que um sistema que proclama num dado momento, certos valores para logo os trair no momento seguinte. É que ele nunca teve realmente os valores que apregoa. Eram apenas adornos de retórica ou propaganda para melhor executar seus crimes.
Não irei chorar nem uma lágrima pela «civilização» ocidental: Ela - afinal - já estava morta. Estou só à espera que se realize o funeral e que seja enterrada numa cova bem funda.
(03/12/2023) O inferno recomeçou em Gaza. Trazido pelas cobardes bombas da força aérea de Israel fornecidas (e com outro material mortífero) pelos EUA e pelos vassalos da OTAN. O crime de guerra é - portanto - cometido conjuntamente.
Veja a fotorreportagem (dia 02/12/2023) sobre a tragédia da população civil d Gaza (tem dispositivo de tradução automática em português e outras línguas):
Segundo Keith Barrett, vários especialistas e certa mídia mainstream consideram que o Hamas está a ganhar a guerra contra o exército de Israel (IDF). Leia o artigo abaixo:
PS1 : Tradução de artigo de Manlio Dinucci em Voltaire.net (este artigo é um resumo da Revista de Imprensa 'Grandangolo' de Sexta-f. 13 de Outubro às 21:30 na tv italiana 'Byoblu')
O 11-de-Setembro do Médio-Oriente
Manlio Dinucci
A versão oficial do ataque do Hamas contra Israel é impossível. Segundo a CNN, o Hamas pôde treinar-se durante um ano e meio em seis instalações militares em Gaza. Esta preparação era objecto de rumores desde o mês de Maio no Líbano. Ela deu lugar a uma batalha mortífera entre facções palestinianas, em Setembro, em Saïda. Em 30 de Setembro, o Ministro egípcio de Inteligência, Kamel Abbas, telefonou pessoalmente ao Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para o por em guarda. Uma sociedade de Segurança privada israelita contactou a Shabak nos dias seguintes. A CIA informou igualmente a Mossad, em 5 de Outubro. É impossível que Israel tenha sido surpreendido. Além disso, como sublinha Manlio Dinucci, os procedimentos rotineiros de segurança não foram aplicados. E o Exército levou 5 horas para intervir. A questão é, portanto, por que é que Benjamin Netanyahu deixou morrer 1. 300 dos seus concidadãos ?
REDE VOLTAIRE | ROMA (ITÁLIA) |24 DE OUTUBRO DE 2023
Segundo a versão oficial, o ataque do Hamas «apanhou de surpresa» Israel. Porém, há uma série de factos inexplicáveis que não tornam credível a versão oficial.
Como é possível que a barreira de Gaza tenha sido arrombada com buldózer sem que ninguém se apercebesse? A barreira que circunda Gaza, com 64 quilómetros de extensão, é formada por um muro subterrâneo dotado de sensores para impedir a escavação de túneis, e uma cerca de 6 metros de altura com sensores, radares, câmaras e sistemas de armas automáticas ligados a um centro de comando, e que é controlada por soldados.
Como é possível que nesse mesmo dia se realizasse um festival de música, com milhares de jovens, no deserto a poucos quilómetros de Gaza, numa zona já considerada perigosa por estar no raio de acção dos foguetes do Hamas, para mais sem qualquer força segurança?
Como é possível que, quando os militantes do Hamas atacaram mais de 20 centros populacionais israelitas (israelenses-br), matando (segundo os dados oficiais) 1. 300 pessoas, não tenham imediatamente intervido com helicópteros as Forças Especiais israelitas, consideradas entre as melhores do mundo, e tenham intervindo apenas forças de policia ?
Como é possível que a Mossad, considerada um dos mais eficientes Serviços Secretos do mundo, não tenha dado conta que o Hamas estava a preparar o ataque ?
As respostas essenciais encontram-se num artigo, publicado a 8 de Outubro pelo diário israelita The Times of Israel : « Durante anos, os vários governos dirigidos por Benjamin Netanyahu adoptaram uma política que dividiu a Faixa de Gaza e a Cisjordânia entre dois poderes diferentes. Pondo de joelhos o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e favorecendo o Hamas. Este foi tratado como um parceiro em detrimento da Autoridade Palestiniana para evitar Abbas de avançar no sentido da criação de um Estado Palestiniano. O Hamas foi promovido de grupo terrorista a organização com a qual Israel conduziu negociações por intermédio do Egipto, e ao qual foi dada permissão para receber do Catar, através das passagens de Gaza, malas contendo milhões de dólares ».
Todos estes factos traçam um cenário semelhante ao do ataque terrorista a Nova Iorque e Washington em 11 de Setembro de 2001, quando todo o sistema de inteligência e defesa dos EUA foi « apanhado de surpresa » pelo ataque da Alcaida. Provas irrefutáveis (oficialmente ignoradas ou rejeitadas como «conspiracionismo») demonstram que foi uma operação levada a cabo pela CIA (provavelmente com a participação da Mossad) para desencadear a « guerra global ao terrorismo » com a invasão do Afeganistão e do Iraque e as subsequentes guerras. Algo de semelhante está a acontecer hoje em Israel, no qual todo o sistema de inteligência e defesa teria sido «apanhado de surpresa» pelo ataque do Hamas.
O fim estratégico da operação é, por um lado, exterminar os Palestinianos (até agora houve mais de 1. 500 mortos, incluindo 500 crianças, e mais de 7. 000 feridos) e apoderar-se dos seus territórios (o comando israelita ordenou a evacuação de mais de um milhão de habitantes, mais de metade de toda a população, da metade norte de Gaza). Por outro lado, o objectivo estratégico da operação é desencadear, visando o Irão, uma reacção em cadeia de guerras num Médio-Oriente onde os Estados Unidos, Israel e as potências europeias estão a perder terreno.
PS2: significativa informação do recente artigo de Scott Ritter:
«...While Israeli forces have been able to penetrate into the less urbanized areas of the northern Gaza strip, taking advantage of the mobility and firepower of its armored troops, the progress is illusory, as Hamas forces harry the Israelis continuously, using deadly tandem-warhead rockets to disable or destroy Israeli vehicles, killing scores of Israeli soldiers and wounding hundreds more. While Israel has been reticent in releasing the figures of armored vehicles lost in this fashion, Hamas claims the number is in the hundreds. Hamas’ claims are bolstered by the fact that Israel has halted the sale of older Merkava 3 tanks, and instead has organized their inventory of these vehicles into new reserve armor battalions to make up for the heavy losses being sustained in both Gaza and along the northern border with Lebanon, where Hezbollah forces are engaged in a deadly war of attrition with Israel in operations designed to support Hamas in Gaza. »
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(01/12/2023) Posição do presidente do governo de Espanha, que afirmou na visita a Israel, um ponto de vista independente e favorável ao povo de Gaza: