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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

AVISO URGENTE A TODAS AS FORÇAS PELA PAZ NO PLANETA

     Mísseis de cruzeiro podem transportar ogivas nucleares a milhares de quilómetros


Como escreve Caitlin Johnstone, no título do artigo da sua newsletter, estamos num momento crítico, não apenas para os povos mais afetados com atos bélicos, como para todos os povos do planeta. Incansavelmente, as forças do globalismo capitalista insistem em levar o mundo para a guerra. Espero que as pessoas acordem e vejam que uma guerra nuclear, uma vez desencadeada, não importa por que potência, irá conduzir fatalmente à extinção das condições mínimas de sobrevivência no Planeta. Os que sobreviverem - no imediato - aos ataques nucleares, vão arrastar uma vida miserável, enquanto não morrerem de doenças causadas pelas radiações, pela ingestão de poeiras radioativas, pelos alimentos contaminados e pela fome. 


Leia na newsletter de Caitlin,  AQUI

quinta-feira, 20 de junho de 2024

A UNIÃO EUROPEIA AINDA EXISTE? (por Manuel Raposo *)

 Com a reprodução desta extensiva análise, pretendo alargar a divulgação do texto aos leitores do blog «Manuel Banet, Ele Próprio». O texto de Manuel Raposo merece leitura atenta e debate aprofundado.


* Manuel Raposo — Jornal Mudar de Vida



Casa Branca, 7 fevereiro 2022. Biden faz saber a Scholz que o Nord Stream 2 será destruído. “We will bring an end to it”

As forças políticas que têm dominado as instituições da União Europeia deram-se por muito satisfeitas por terem conseguido manter a maioria no parlamento nas recentes eleições de 6 a 9 de junho. Mas não podem mascarar o rebuliço político resultante do crescimento, em países fulcrais como a França ou a Alemanha, de partidos que se opõem à linha seguida por Bruxelas, nomeadamente no que respeita à condução da guerra na Ucrânia e à subordinação da UE aos ditames dos EUA. 

Tudo indica que se entrou num período de viragem política com consequências profundas. Recuar às origens da União Europeia, lembrar os conflitos por que tem passado, poderá ser útil para avaliar a dimensão da mudança. Tanto mais quanto tal mudança não se resume à Europa, mas resulta de uma transformação que se está a dar no campo imperialista e nas suas relações com o resto do mundo.

Na origem, a reconstrução necessária

A União Europeia viveu sempre – desde os seus primeiros dias, nos anos imediatos à segunda guerra mundial – numa contradição que tendeu a dilacerá-la. 

Por um lado, a reconstrução económica de um território destruído pela guerra impunha-se a todos os países sem excepção como uma necessidade absoluta e de primeira urgência. A constituição de uma primeira Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (Bélgica, Alemanha, França, Itália, Luxemburgo e Holanda, 1951) correspondia a esse esforço. 

Ao mesmo tempo, e a par da recuperação económica, a constituição da Europa como um bloco político era imprescindível ao Ocidente imperialista, já então capitaneado pelos EUA, para fazer frente aos desafios que a divisão do mundo em dois blocos iriam colocar. 

A NATO – reunindo regimes democráticos e fascistas e inclusive recrutando quadros nazis, mas fazendo-se paladino do “mundo livre” –  constituiu-se como o guardião militar desta recuperação europeia o que implicava ser a arma de combate à Europa de Leste e à URSS.

O desenvolvimento europeu, sob impulso do capital norte-americano (saído reforçado da guerra), seria um escudo contra as veleidades socialistas e revolucionárias que pudessem fazer curso na Europa e um importante braço dos EUA na sua busca de hegemonia no campo imperialista. 

Nos vinte anos seguintes à guerra, com efeito, o novo imperialismo que ganhava forma sob batuta norte-americana iria ter de enfrentar a vitória da revolução chinesa, as guerras da Coreia e da Indochina, as revoluções cubana e argelina, as lutas de independência das colónias africanas e asiáticas. O desenvolvimento económico impetuoso e a coesão política e militar conseguidos pelo capitalismo ocidental foram a base da constituição do bloco imperialista formado pelos EUA, pela Europa Ocidental e pelo Japão.

A ambição imperialista da Europa

Por outro lado, no entanto, o reerguer do capitalismo europeu, a coesão política que se forjava entre os principais dos seus países, encerravam uma ameaça para a hegemonia norte-americana. O natural expansionismo do grande capital europeu, que se procurava consolidar nas diferentes etapas percorridas pela UE, desafiava o domínio norte-americano, na medida em que o “projecto europeu” tendia a gerar um imperialismo concorrente dos EUA. 

Quando, nos anos 60, o presidente de Gaulle retirou a França do comando unificado da NATO (dominada em absoluto pelos EUA) e falou de uma Europa do Atlântico aos Urais; e quando o chanceler Willy Brandt, na então Alemanha Federal, lançou a Nova Política a Leste (Neue Ostpolitik) ficou claro que as duas principais potências da então CEE encaravam a relação com os EUA não apenas em termos de colaboração, mas também, quanto possível, em termos de autonomia política e de competição. 

Ambos viam a Europa de Leste e a URSS, mesmo em plena guerra-fria, como territórios situados na esfera de influência da Europa, para os quais a CEE poderia desenvolver políticas próprias – não apenas no plano diplomático, mas sobretudo económico e político.

A continuidade geográfica entre a Europa e o território russo jogava a favor desta ambição, dando como “natural” a tentativa do capital europeu de beneficiar dos imensos recursos (industriais, agrícolas, minerais, energéticos) que se estendiam desde a “cortina de ferro” ao Extremo Oriente.

Os EUA contra a Europa

Os EUA sempre trataram de combater por todos os meios as ambições próprias das potências europeias. As suas principais armas foram, e continuam a ser, de natureza económica, tecnológica e militar. À medida, porém, que o poderio económico dos EUA decaía e que as vantagens tecnológicas deparavam com concorrentes à altura, o domínio militar ganhava preponderância, tornando-se o meio principal não só para enfrentar os inimigos, mas também para manter coeso, sob sua alçada, o campo imperialista. Os últimos 30 anos demonstram-no.

A aventura do imperialismo alemão nos Balcãs em 1991 (acolitado pela Áustria e pelo Vaticano) no sentido de fragmentar a Jugoslávia, teve como resultado a entrada em força dos EUA e da NATO na região para derrotar a resistência da Sérvia e mostrar quem manda nestas coisas da geopolítica. A maior base militar norte-americana fora dos EUA foi constituída por essa via no Kosovo e uma outra, da NATO, instalada na Albânia. As ambições imperiais alemãs, impulsionadas pelo processo de reunificação, tiveram de contentar-se com as estâncias de férias nas costas do Adriático. 

Com as duas Guerras do Golfo (1991 e 2003) os EUA afrontaram directamente o chamado eixo franco-alemão. Tomando conta do petróleo do Médio Oriente, pretendiam condicionar o crescimento económico e sujeitar politicamente todo o mundo – mas também a Europa, o Japão e demais “amigos”. Uma última resistência da Europa foi então protagonizada pelo presidente francês Chirac e pelo chanceler alemão Schröder que se opuseram à invasão do Iraque, sem a conseguir travar. França e Alemanha resignaram-se, que remédio, à preponderância dos EUA.

A machadada definitiva na “autonomia estratégica” europeia – económica, política ou militar – foi dada recentemente, já com a guerra na Ucrânia em curso. Primeiro, foi a chantagem para a imposição de sanções à Rússia, o que significou afundar a economia europeia numa crise sem precedentes e sem fim à vista. Depois, foi o golpe de misericórdia na economia alemã com a destruição pelos serviços secretos norte-americanos do gasoduto North Stream 2  sem que os dirigentes alemães ousassem piar.

Finalmente, depois de porem em pleno andamento a guerra na Ucrânia, os EUA tratam de empurrar para a Europa e para a UE os custos humanos e materiais dela decorrentes, degradando as condições de vida das populações europeias e conduzindo à liquidação do Estado Social europeu. Por via da guerra – seja no plano militar, político ou económico – os EUA transformaram a Europa num vassalo, em grau que nunca antes tinha sido conseguido.

Um passo mais esboça-se nos dias que correm com as pressões dos EUA para que a Europa siga os interesses norte-americanos no seu afrontamento com a China e corte laços económicos com Pequim.

O fim da contradição original

À vista dos sinais dados pelas últimas décadas, a contradição que marcou o nascimento e o crescimento da unidade europeia tende pois a ser resolvida pela submissão absoluta do capitalismo europeu ao capitalismo norte-americano. As ambições do (sub) imperialismo europeu perdem assim base para se afirmarem. A Europa e a UE são reduzidas à condição de peças do imperialismo norte-americano. 

Mesmo se os conflitos de interesses entre o capitalismo europeu e norte-americano não desaparecem, a sua manifestação política – que se tem traduzido na tentativa de criar um bloco europeu com identidade própria – é esmagada pelo amarramento da Europa e da UE aos estritos interesses hegemónicos dos EUA.

Novas contradições, novos conflitos

Os poderes até agora instalados na generalidade dos países europeus têm na sua maioria seguido como carneiros por este trilho, particularmente desde o início da guerra na Ucrânia. As instâncias dirigentes da UE, por seu lado, são hoje mandatárias da política definida em Washington. A desconsideração a que são votadas pelas populações dos países membros mede-se pela maciça abstenção sistematicamente verificada nas eleições para o parlamento europeu (50% nas deste ano). 

Não é sem conflitos e dissensões que este caminho se tem feito. A UE, nomeadamente, tem sofrido abalos sucessivos mal mascarados pela aparente unidade exibida pelas suas instituições. Nacionalistas na forma, estes movimentos centrífugos dão sinal da desagregação interna do campo imperialista constituído na segunda metade do século XX.

UE, uma casca vazia

Cabe portanto perguntar se o propósito que, do lado europeu, alimentou a criação da União nas suas diversas etapas ainda tem pés para andar. A elite dirigente da UE faz tudo para parecer que sim, mas a realidade mostra que as divisões entre países membros se acentuam à medida que se agravam os conflitos de interesses causados pela perda de autonomia do capital europeu. 

É no patente domínio absoluto dos EUA, nas suas imposições ditatoriais – não apenas resultantes da guerra na Ucrânia, mas decorrentes do esforço para manter a hegemonia sobre todo o mundo – que em última análise tem de ser procurada a razão das divisões crescentes entre os países europeus que dilaceram e ameaçam partir a UE. A UE, em larga medida, já hoje é uma casca vazia. Os sinais são vários.

Adeus prosperidade, adeus paz

Desde logo, é evidente o descalabro económico e político causado pela guerra. As promessas de prosperidade e de paz eterna que alimentaram o “projecto europeu”, irremediavelmente comprometidas, transformaram-se no seu contrário: apelo ao sacrifício material e mentalização para a guerra.

Mesmo não havendo, por enquanto, uma opinião pública disposta a bater-se pelo fim do conflito, a pioria visível das condições de vida, o receio de alastramento da guerra, a pressão para o aumento das despesas militares, a ameaça às políticas sociais europeias que tudo isto encerra alarmam as populações. 

Estes têm sido motivos suficientes para que governos como o da Hungria ou da Eslováquia (membros da UE) ou da Sérvia (candidata à UE) tenham levantado fortes obstáculos às determinações da NATO e da subserviente camarilha dirigente de Bruxelas. Independentemente da cor política de cada um, o que marca a posição destes governos é a tentativa de assumir uma posição soberana face a uma UE enfeudada aos EUA e alheia aos interesses das populações europeias.

Renasce o nacionalismo

Não admira que, de forma mais geral, o nacionalismo (no sentido imediato de reforço de soberania para defesa de interesses nacionais) renasça e ganhe apoio em vários países. Com isto, é o sonho de uma federação europeia, alimentado pelas maiores potências, que cai por terra. Os resultados das recentes eleições para o parlamento europeu mostram um crescimento acentuado daquelas correntes, não apenas em países de segunda linha, mas em potências centrais como a França, a Alemanha, a Itália ou a Holanda. 

Não é apenas o nacionalismo de direita (“populista”, como os barões da UE gostam de dizer, como se fosse crime defender interesses populares!) que encarna essa resistência. O exemplo, embora solitário, da Eslováquia e da Sérvia mostra que o mesmo comportamento pode vir a ser personificado por outras forças políticas. 

O “eixo” quebrado

Mas não apenas o nacionalismo divide a UE. A própria acção directa dos EUA e mesmo das cúpulas da UE se volta contra a pretendida coesão da União. A constituição, em 2016, da Iniciativa dos Três Mares (Báltico, Adriático, Negro), reunindo doze países situados na frente leste da Europa, desde logo se tornou uma arma dos EUA no afrontamento da Rússia – longe dos propósitos anunciados de criação de uma mera “cooperação em questões económicas”. 

Os três países bálticos, a Polónia e a Chéquia, por exemplo, têm sistematicamente tomado posições ultramontanas a respeito da guerra, constituindo pontas de lança da NATO quando é necessário espicaçar outros membros da UE no apoio à Ucrânia, como sucedeu em dada altura com a Alemanha.

A cautela que até certo momento se pôde ver na posição francesa ou alemã a respeito da guerra (por exemplo, nas restrições ao fornecimento de armas) foi gradualmente derrotada pelos falcões da NATO e por forças internas dos próprios países. 

O chamado eixo franco-alemão, apontado como o motor da UE – quer no plano económico, quer no plano da sua definição política – simplesmente já não existe, e o que se vê hoje é uma rasteira disputa entre Macron e Scholz para ganhar os favores dos EUA como seus representantes na Europa. 

A batalha vital do imperialismo

O imperialismo norte-americano trava a sua batalha vital contra a China e a Rússia. Defronta cada vez mais a desconfiança e a oposição dos países do mundo dependente. Não pode dar-se ao luxo de ter aliados inseguros ou que ambicionem seguir uma política movida por interesses próprios; precisa de os ter ferreamente amarrados para os colocar ao serviço do único desígnio que o norteia: travar a queda da sua hegemonia sobre o mundo. 

Neste sentido, estamos a assistir ao processo que levará ao fim do imperialismo formado no pós-guerra tal como o conhecemos até agora.

A submissão de todos os, até aqui, aliados é condição para isso. “Que se foda a UE”, disse Victoria Nuland em 2014 quando comandava o golpe de estado em Kiev. Biden disse praticamente o mesmo quando anunciou publicamente, diante de um chanceler alemão aparvalhado, o fim próximo do North Stream 2. 

Tal submissão, de sentido estratégico, dá-se em todos os campos – económico, político, militar, diplomático – assumindo os contornos de uma ditadura voluntariamente aceite pelos ditos “aliados”. Esta ditadura norte-americana sobre o campo imperialista leva ao inevitável esvaziamento (possivelmente à desagregação) da UE como potência económica e como entidade política.

O fim de uma época

O enfeudamento do capitalismo europeu ao imperialismo norte-americano (algo semelhante se passa a respeito do Japão) tem consequências notáveis. 

a) Aquilo a que se tem chamado a Tríade Imperialista (EUA-UE-Japão) tende a tornar-se um bloco imperialista com uma única cabeça e com uma única estratégia: garantir a sobrevivência da hegemonia norte-americana de que a Europa e o Japão, sem campo para se afirmarem por si próprios, se tornam inteiramente dependentes.

b) Uma certa divisão de tarefas e uma certa divisão de espaços de influência que existiu até recentemente entre os três pólos da Tríade tende a apagar-se em favor de um domínio exclusivo dos EUA. No entanto, o declínio económico e o crescente descrédito político não conferem aos EUA nem tempo nem capacidade para assumir tamanha missão. Os riscos de guerra generalizada crescem na medida em que o imperialismo norte-americano, confiado no seu potencial militar, possa tentar correr contra o tempo numa fuga para a frente.

c) O corte de relações comerciais com a Rússia, nomeadamente a perda das suas fontes de energia barata, sujeita a Europa à condição de cliente obrigatório dos EUA a preços muito mais elevados. No imediato, isto representa um óptimo negócio para as companhias norte-americanas, mas, a prazo, quer dizer que o capitalismo ocidental, todo ele, vai ficando privado de recursos do resto do mundo, muito mais abundantes e baratos – na rapina dos quais, lembremos, se baseia a sua condição de capitalismo imperialista. Se a isto se juntar a demarcação comercial com a China, como pretendem os EUA, e ainda a resistência de países dependentes a cederem os seus recursos como até aqui, será certo que a saúde económica do imperialismo irá de mal a pior.

d) Ao submeterem a UE e a Europa, os EUA ganham um vassalo obediente, mas deixam de ter um aliado com vontade e capacidades próprias. O mesmo se pode dizer a respeito do Japão. Em certo sentido, o imperialismo corta o ramo em que tem estado sentado desde há 80 anos.

e) Perde sentido a ideia de que relações privilegiadas do chamado Terceiro Mundo com a UE poderiam ser alternativa ao domínio dos EUA, o que torna os países dependentes menos propensos a miragens de “neutralidade” nas relações internacionais. Estreita-se o campo para   não-alinhados, tende-se para a divisão do mundo em dois blocos antagónicos.

f) O resto do mundo procura organizar-se por si, fora da órbita imperialista, em função de interesses nacionais ou regionais (BRICS, Organização para a Cooperação de Xangai, associações de âmbito regional) buscando apoio em potências como a China e a Rússia. Este caminho tornou-se possível pelo desenvolvimento industrial ocorrido em muitos dos países ditos subdesenvolvidos, que assim puderam dar passos para sair do atraso ancestral em que foram mantidos pelo colonialismo e pelo imperialismo. A globalização capitalista, impulsionada pelo Ocidente imperialista com o final da guerra-fria, gerou no resto do mundo condições materiais que agora põem em causa o domínio imperialista.

g) A contradição maior do mundo de hoje, entre o imperialismo e os povos dependentes, ganha uma dimensão nunca antes atingida.

Novos desafios para a esquerda

À esquerda anticapitalista depara-se uma situação com novos contornos que ainda há dois-três anos não se colocava. 

Neste momento, na Europa, a oposição às forças no poder é encabeçada pela direita e pela extrema-direita. O nacionalismo que arvoram, no entanto, mostra a estreiteza dos seus propósitos políticos, uma vez que os problemas que se colocam – resultantes das transformações que se dão na própria orgânica do imperialismo, no crescente papel dos países dependentes e na divisão do mundo em dois – não têm solução no âmbito nacional de cada país. 

O êxito da extrema-direita decorre, portanto, de encontrar campo aberto para a sua demagogia nacionalista. Para isto contribui o facto de a esquerda institucional ter desertado da luta anti-imperialista, e de a esquerda anticapitalista não ter nem programa coerente nem presença política para assumir a liderança de um movimento popular, necessariamente inter-nacional, que tome a tarefa em mãos.

A nova realidade aponta para a necessidade de identificar sem reticências o imperialismo norte-americano como o inimigo a combater; de apoiar os povos de todo o mundo sem excepção na sua luta de rejeição do imperialismo; de encarar a UE como um serventuário sem vontade própria destinado a sucumbir sob o mando dos EUA; de combater a ilusão estúpida de querer “reformar”, “renovar” ou “democratizar” uma UE que o próprio interessado, o grande capital monopolista, já não mostra ter meios ou vontade para defender. 

Reerguer a luta popular anticapitalista e anti-imperialista é condição para não dar livre trânsito às forças fascistas, de direita ou burguesas nacionalistas na resistência contra os desmandos de um imperialismo em fim de vida.

 


segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

CRÓNICA (Nº23) DA III GUERRA MUNDIAL: Quando os Erros se Sucedem

    Localização do ataque à base americana «Tower 22» ver artigo em Zero Hedge

Em certos momentos, a classe no poder fica demasiado desorientada. É nestas ocasiões - que se podem verificar em diversas épocas históricas - que os poderes dirigentes são levados a fazer erro sobre erro. As tomadas de decisão desastrosas conduzem a um agravamento da situação, o que leva a que tomem medidas mais e mais brutais, mais e mais desesperadas, para assegurar o domínio sobre os adversários.
Nós estamos a verificar agora, no caso das guerras declaradas e não declaradas dos EUA e seus aliados,  uma sucessão catastrófica de erros, que apenas resultam no enfraquecimento da posição global destes, em relação às nações que ainda ontem eram aliadas do Império, ou que não o sendo, tentavam evitar o confronto direto, para não sofrer o peso esmagador das sanções, da subversão e da guerra, pela potência hegemónica.
Uma característica sobressai dos fracassos, quer de israelitas (nomeadamente, no 7 de Outubro passado), quer dos EUA e vassalos da OTAN: A excessiva confiança nos sistemas automatizados de controlo, deteção e riposta, quer no cenário de Gaza, quer no cenário da base americana (ilegal) «Tower 22» na fronteira jordano-síria. O ataque com drones a esta última base, por milícias xiitas baseadas no Iraque, foi bem sucedido porque as defesas aéreas automáticas que defendiam a base não funcionaram. Já em Outubro os militantes palestinianos conseguiram inativar os sistemas de monitorização e desencadear um ataque para fora do perímetro de Gaza, fortemente vigiado. Neste caso, também os sistemas automáticos de resposta não funcionaram. Nos subsequentes ataques com mísseis, quer no lado do Sul (HAMAS), quer do Norte (HEZBOLLAH), a chamada «Cúpula de Ferro» (iron dome), o sistema israelita de deteção e contra-ataque com misseis teleguiados que - supostamente - iria neutralizar os mísseis e drones que se aproximassem, também não funcionou com a eficácia que lhe era creditada. Os americanos decidiram punir o Iémen, em retaliação dos ataques dos Houthis contra navios da frota de guerra dos EUA, estacionados na entrada do Mar Vermelho. Este ataque não causou danos significativos ao dispositivo de mísseis dos Houthis: Menos de 24 h depois do ataque americano, eram disparados pelos Huthis salvas de mísseis em direção a navios de carga e de guerra americanos e aliados.
No Tribunal Internacional de Justiça (um órgão da ONU) Israel foi condenado em termos nada ambíguos como autor de massivas e flagrantes violações dos direitos humanos e das convenções internacionais de proteção dos civis, em tempo de guerra (convenções de Genebra). Mas, não só Israel, também o governo americano, desprezaram esta sentença, mostrando - mais uma vez - o que os imperialistas entendem por «respeito pela ordem internacional baseada em regras»: Não se trata da obediência ao direito internacional, mas sim da submissão aos interesses dos EUA.  A organização de apoio aos refugiados UNRWA, um organismo da ONU, foi-lhe seguidamente interrompido o financiamento, sob pretexto de que alguns (poucos) trabalhadores* deste organismo, em Gaza teriam alegadamente (sob tortura) confessado terem laços com o Hamas. Que este gesto dos poderes ocidentais apareça como vingança torna-se patente, pelo «timing» em que se ocorreu essa interrupção do financiamento: dias após a sentença do TIJ, mas semanas após terem sido conhecidas as alegadas ligações.
Veja-se, desde 2001, o percurso catastrófico das guerras no Médio-Oriente (Afeganistão, Iraque, Líbano, Síria Israel/Palestina), da guerra na Ucrânia, das provocações ao largo de Taiwan (legalmente e internacionalmente reconhecido como território chinês, não esqueçamos) e a intensificação da agressividade da potência que pretende ser hegemónica. Apesar deste crescendo, a sua posição estratégica global só diminuiu. 

                               Bases americanas na Ásia Ocidental

A guerra económica, com sanções, embargos, boicotes, tarifas punitivas, arresto de ativos financeiros e - mesmo - o confisco puro e simples destes, foi brutal, deitou abaixo muitas relações construtivas que se tinham tecido no pós-Guerra Fria. Isto conduziu à derrota do Ocidente, em termos da economia produtiva e  - claramente - a favor dos «inimigos», a Rússia, a China e outros. Ou seja, os EUA e restantes membros da OTAN, essencialmente, perderam em termos económicos, com as sanções e outras formas de guerra económica, que tomaram a iniciativa de desencadear. 
Há quem diga que os BRICS não precisam de tomar uma iniciativa agressiva contra a OTAN, basta se auto-desenvolverem, estreitarem laços de cooperação com projetos comuns entre eles e com outros, que queiram participar. Os tresloucados dirigentes ocidentais vão continuar a dar tiros nos pés, a se autopunirem, num jogo macabro e inútil, pois eles não podem já ditar as leis na arena internacional. Já estão completamente desmascarados; ninguém os vê como defensores da legalidade internacional. Agora, a verdade sobressai em todos os planos e ao nível global: São os EUA e os seus aliados (OTAN, Israel e alguns outros países aliados), quem estão - em permanência - fora da legalidade internacional; que não acatam resoluções da ONU, nem os veredictos de tribunais internacionais, quando lhes são desfavoráveis; são eles que multiplicam as ações de provocação, com o perigo destas induzirem o alargamento dos conflitos até ao nível global.
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NB:
* «That a dozen or less of the 30,000 UNRWA worker were probably involved in the October 7 events was known for weeks» Citado em MoA



                             DESENHO HUMORÍSTICO DE JOHN HELMER


Dois excelentes e detalhados artigos relativos às situações que enunciei acima, por John Helmer, e «Moon of Alabama»:


Este meu artigo acima, vem atualizar o ensaio em duas partes «As Quatro Fragilidades do Império»:
 



quarta-feira, 1 de março de 2023

CRÓNICA* (Nº11) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: «STOP THE KILLING !! PAZ AGORA!!»



https://libertarianinstitute.org/news/stop-the-killing-major-antiwar-protests-held-in-germany-france-and-italy/

Apesar do black-out mediático e do comportamento ameaçador dos governos europeus face a toda a dissidência, múltiplas manifestações pela paz ocorreram no fim de semana passado na Europa. Veja a notícia acima.

Entretanto, no cenário da guerra na Ucrânia, Bahkmut está de facto cercada. Esta cidade é o ponto chave das ligações no Donetsk e tem sido defendida pelo exército ucraniano, à custa de muitas centenas de mortes (diárias!) e de feridos. Muitos analistas militares, incluindo dos EUA, pensam que é um desperdício de homens, de material e de energia sem qualquer razão lógica. A guerra tem sido conduzida, do lado ucraniano, por políticos desde Kiev, onde Zelensky pousa como uma espécie de «herói de opereta». O chefe do estado-maior, o general Zelusny, tem tentado levar Zelensky e seu governo a tomarem medidas que protejam as suas tropas, encolhendo de dia para dia, dizimadas pela guerra de atrição, levada a cabo pelas forças russas. Mas, suspeita-se que o intuito dos conselheiros americanos, ingleses e de outros países da OTAN, que «aconselham» Zelensky seja, em primeiro lugar, o de obter o máximo desgaste político e militar no lado russo; não estão interessados na paz, que pouparia milhares de vidas de militares e civis ucranianos. 

Se pensarmos bem, de facto a guerra no terreno será a verdadeira guerra e a guerra dos media, por mais influentes que estes sejam sobre as populações ocidentais, não têm nenhum efeito prático. Mesmo as ajudas muito concretas de todo o tipo da OTAN, financeiras, em peritos militares, em armas e em equipamento, têm muito pouco efeito. Os envios de material miliar, desde mísseis, a tanques, canhões, veículos de transporte, não têm muito efeito pois eles são destruídos com frequência, antes mesmo de serem utilizados em combate (detetados e destruídos nos locais de armazenamento, pelos russos) 

Veja-se a crueldade dos dirigentes políticos da OTAN. Eles sabem a verdade, tão bem ou melhor que nós, só que inundam o espaço mediático de falsas informações que nunca são desmentidas nos media ocidentais, para convencer as pessoas comuns que a Rússia está a perder a guerra. Eles sabem que isso é falso, mas precisam de fabricar um falso consenso (e que não resulta de conhecimento esclarecido) sobre esta guerra, nos países ocidentais. 

Creio que os militares mais realistas dentro dos países da OTAN começam a ficar nervosos. Pois, a guerra não é assunto para ser conduzido ao sabor dos caprichos políticos, por mais que seja um facto eminentemente político. Citando Von Clauzevitz, um dos estrategas militares que derrotou Napoleão: «A guerra é a continuação da política por outros meios». Porém, nenhuma guerra contemporânea pode (deve) ser chefiada por políticos. 

Para além de todo o aspeto subjetivo, das simpatias ou antipatias (altamente subjetivas) que se possa ter, uma coisa é certa, nesta guerra: Putin abstém-se de interferir diretamente na condução das operações militares; o seu general em chefe, Gerasimov tem a sua confiança política, para  levar a cabo as operações com vista ao objetivo político-militar de derrotar as forças armadas da Ucrânia e as da OTAN. 

Os do lado oposto, da OTAN, estão a conduzir este infeliz país para um estado muito pior do que ele teria, se tivesse havido acordos em Março do ano passado em Istambul, entre as delegações russa e ucraniana. Mas este acordo foi interrompido, por um volte-face súbito de Zelensky, que se terá dobrado às pressões fortes de Boris Johnson, que visitou Kiev por essa altura. 

No contexto militar geral atual, os verdadeiros amigos da Ucrânia (diferente de «amigos do regime ucraniano») são aqueles que lutam para que haja negociação efetiva de um cessar-fogo. É fundamental que os verdadeiros pacifistas pressionem os governos ocidentais para ajudar a criar as condições para uma paz, pois estes governos são os que insistem para a continuação da situação de guerra. O povo da Ucrânia não deve ser bode expiatório do imperialismo dos EUA e da OTAN.

 O povo ucraniano e o povo russo, é que são importantes (nisto incluo os soldados, pois são o povo em armas). As considerações geoestratégicas de um e do outro lado, podem ser racionalizáveis, podem ter a sua lógica própria, mas elas não são - de modo algum - racionais. Porque o racional seria iniciar conversações de paz.

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(*) Consulte os mais recentes artigos desta série:


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/11/cronica-da-iii-guerra-mundial-um.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/10/cronica-da-iii-guerra-mundial.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/10/terceira-guerra-mundial-economia.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/09/cronica-da-iii-guerra-mundial.html

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

GUERRA NUCLEAR, COLAPSO DA DÍVIDA & ESGOTAMENTO DA ENERGIA

QUAL DOS TRÊS IRÁ ACABAR COM O MUNDO, TAL COMO O CONHECEMOS?

 https://goldswitzerland.com/will-nuclear-war-debt-collapse-or-energy-depletion-finish-the-world/

Veja o artigo abaixo, escrito por Egon von Greyerz, alguém com um profundo conhecimento dos mercados e que tem um grande realismo. Ele não esconde o seu pessimismo, pois, de facto, a paisagem político-económica global é muito escura!

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WILL NUCLEAR WAR, DEBT COLLAPSE OR ENERGY DEPLETION FINISH THE WORLD?

Fragility has probably never been greater in history. Just three words encapsulate the destiny of the world.

The THREE words are: WAR, DEBT, ENERGY

A FOURTH word will financially save the ones who understand its significance. It will also play a major role in the world’s future monetary system. The word is obviously GOLD. As the world moves from a fragile debt based Western system to a commodity and energy based system in the East and South, gold will assume a strategic role in the monetary system.

WAR – WWIII

War is obviously a potentially catastrophic threat since the sheer existence of the world and mankind is now at maximum risk. Wars are horrible whoever starts them. Since the beginning of mankind there have probably been over 100,000 important wars and conflicts.

Wars are horrible whoever starts them. Most wars end in major fatalities and injuries and a massive human and financial cost. And at the end of the war, the situation is often worse than when it started, like in for example Afghanistan, Vietnam, Iraq and Libya which countries the US invaded unprovoked. The same will most probably be the case in Ukraine.

There are always two sides to a war. I learnt many years ago that before we judge someone, we must walk three moon laps in his moccasins.

So let us first walk in Putin’s moccasins.

The whole West hates Russia and have personalised it to Putin. Few realise that many of the people behind Putin are extreme hardliners and much more dangerous. Historically, Ukraine (like many European countries) has had a motley existence. Since the late 1700s to 1991 Ukraine was part of Russia / Soviet Union with a brief interruption after the Bolshevik revolution in 1917.

After the Maidan Revolution in Ukraine in 2014, the Minsk agreement brokered by Germany and France stipulated that parts of the Donbas region should be granted self-government. There should also be a ceasefire and withdrawal of heavy weapons by the Ukrainians. The Minsk agreement was never honoured and Ukraine continued to kill over 20,000 Russians in the region and to bomb the Donbas. As the bombing intensified in early February 2022, (allegedly at the insistence of the US), Russia invaded Ukraine on February 24, 2022.

So the above is how Russia and Putin sees the Ukrainian situation.

Wearing America’s moccasins, the US Neocons are extremely worried about losing the US hegemony. Since WWII, the US has basically failed with every war they have been involved in. But in their view, if they fail in the present conflict, that will be the end of US  dominance both politically and financially.

Ukraine is clearly just a pawn in a much bigger game between the two titans – USA and Russia. 

I watched Zelensky’s latest speech live to UK parliamentarians where he was begging for planes, weapons and money. This is obviously the role of a defending leader although he is clearly sacrificing hi people.

But wars are really really bizarre. Clapping every sentence that Zelensky uttered about the evil Russian invaders were around 1,000 politicians whose British ancestors, over a 400 year period, had invaded, conquered and ruled over 400 million people and 25% of the world’s landmass including major parts of Asia, Australia, Africa, Middle East and America. But today the shoe is on the other foot.

Politicians are masters at throwing stones whilst sitting in glass houses.

But wars are always about CONSEQUENCES. It is clearat this pointthat the West is sadly ignoring the potential consequences of this war as they keep sending money and weapons but no peace makers. The US has no desire for peace at this stage and Europe just follows blindly whatever the US initiates without thinking of the consequences which both economically and militarily are much graver for Europe.

Zelensky has asked for tanks and is getting them. He is now asking for planes which the NATO countries are also considering. There are not yet any NATO troops in Ukraine officially but it is clear that there are many NATO soldiers there without the official uniforms. An Austrian colonel confirms that if a NATO solider takes off his uniform, he is a mercenary and this seems how NATO sends troops to Ukraine unofficially. Also the Mozart group led by a retired US Marine Corps Colonel  acts in Ukraine as mercenaries.

So what is clear that there are not only NATO weapons in Ukraine but also soldiers. This by definition is as close to WWIII as the world can get.

It seems very unlikely that Russia will lose this war with their military superiority. Even with major additional help from NATO, Ukraine is unlikely to stand a chance.

If NATO decides to escalate the war with major troops and equipment, not only Russia will respond strongly but possibly also China and maybe India and Korea.

But there are clearly only losers in a nuclear war.

If that happens, major parts of the world and population will be gone and we won’t have to worry about deficits and debts or stocks and gold.

Let’s hope that world leaders and the ones pulling their strings come to their senses.

DEBT BUBBLE

According to Genesis in the Bible, Nimrod (grandson of Noah) built the Tower of Babel. The Babylonians desire was to make it “with its top in the heavens”. But god punished them for this deed, stopped the construction and scattered the people all around the world. Before that point spoke the same language but thereafter they all spoke different languages so they couldn’t understand each other.

Since then Central Bankers have built themselves towers or structures which haven’t quite reached heaven but both their aspirations and the money they have printed probably have.

What will pull these buildings down will probably not be the wrath of god but the wrath of the people as they realise that these monuments are a sign of bankers’ hubris based on fake money. And this fake money has not just built grandiose buildings like the Bank of International Settlement – BIS – tower in Babel Basel or the Eccles building that houses the FED in Washington.

No, fake money has also built astounding wealth for the top few percent of wealthy people and impoverished the rest.

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The French Revolution in the late 18th century or the Russian Revolution in 1917 were caused by significantly smaller differences between the rich and the poor than today.

The poverty & famine which many people in the world are already experiencing will in coming years/decades likely cause social unrest and revolutions on a major scale. In the last quarter, civil unrest rose in over 100 countries and more than 30 countries are currently at war. A collapse of the financial system which is less stable than a House of Cards will obviously exacerbate the situation and could easily cause major upheaval in many parts of the world.

GLOBAL DEBT BUBBLE OF $2.3 QUADRILLION

As I have outlined in many articles, these towers mentioned above have been instrumental in creating a global debt bubble of $300 trillion plus derivatives and unfunded liabilities of around $2 quadrillion, most of which will turn into debt in the next decade or less.

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So even if the world can avoid a major nuclear war,  it is likely to suffer massive repercussions from the financial calamity coming next.

As Gandhi said:

“THERE IS SUFFICIENCY IN THE WORLD FOR

MAN’S NEED BUT NOT FOR HIS GREED.”

To create $2.3 quadrillion of global liabilities has nothing to do with man’s need but only with the greed of a few at the expense of mankind.

When the nuclear financial bubble bursts in the next few years, we will see an implosion of asset prices in real terms by 75-90% as I have outlined in many articles like here. LINK

In my article “IN THE END THE $ GOES TO ZERO AND THE US DEFAULTS” , LINK, I also explain that “there is no means of avoiding the final collapse of a boom brought about by credit expansion” as von Mises stated.

So even if the world survives the threat of a nuclear war, a collapse of the financial system is absolutely inevitable. The greed and the adoration of the golden calf that some parts of the world have practised in the last 50 years, will not go unpunished.

This major transformation coming will be like a financial nuclear event. After a difficult transition, the world will not only come out of it with a much sounder foundation but also based on much better human values than currently.

OIL – ENERGY

As the world moves from a debt based and fake money system to a much sounder one, resting on real values, especially energy and other commodities, the balance of power will continuously shift from West to East and South.

I outlined in this article, the decline of the West and the rise of the BRICS (Brazil, Russia, India, China and South Africa),  the Shanghai Cooperation Organisation and the Eurasia Economic Union.

The final move down of the dollar is likely to involve a US default even though the US hubris will prevent them from using that word. It will instead be called a reset but the whole world will know that this disorderly reset will involve the US currency having lost all of its value.

The Fed will obviously invent a new digital currency that the rest of the world should not touch with a barge pole. Remember that the dollar, like most currencies, has already lost 98% since 1971. But the final 2% fall represents a 100% fall from today.

Throughout history the same total destruction has happened to every currency. Hubristic governments and central bankers clearly deserve this punishment. But sadly it is always the undeserved people who will suffer the most.

ENERGY

Another major economic crisis for the world is the contracting energy system.

The world economy is driven by energy. Without sufficient energy the living standards would decline dramatically. Currently fossil fuels account for 83% of the world’s energy. The heavy dependence on fossil fuels is unlikely to change in the next few decades.

The scale shows billion tonnes of oil equivalent energy.

As the graph shows, the energy derived from fossil fuels has declined for the last few years. This trend will accelerate over the next 20+ years as the availability of fossil fuels decline and the cost increases. The economic cost of producing energy has gone up 5X since 1980.

What very few people realise is that the world’s prosperity does not improve with more debt but with more and cheaper energy.

But sadly as the graph above shows, energy production is going to decline for at least 20 years.

Less energy means lower prosperity for the world. And remember that this is in addition to a major decline in prosperity due to the implosion of the financial system and asset values.

The graph above shows that energy from fossil fuels will decline by 18% between 2021 and 2040. But although Wind & Solar will proportionally increase, it will in no way compensate for the fall in fossil fuels. For renewable energy to make up the difference, it would need to increase by 900% with an investment exceeding $100 trillion.  This is highly unlikely since the production of Wind & Solar are heavily dependent on fossil fuels.

Another major problem is that there is no efficient method for storing Renewable energy.

Let’s just take the example of getting enough energy from batteries. The world’s largest battery factory is the Tesla Giga factory. The annual total output from this factory would produce 3 minutes of the annual US electricity demand. Even with 1,000 years of battery production, the batteries from this factory would produce only 2 days of US electricity demand.

So batteries will most probably not be a viable source of energy for decades especially since they need fossil fuels to be produced and charged.

Nuclear energy is the best available option today. But the time and cost of producing nuclear means that it will not be a viable alternative for decades. Also, many countries have stopped nuclear energy for political reasons. The graph above shows that nuclear and hydro will only increase very marginally in the next 20 years.

Of course the world wants to achieve cleaner and more efficient energy. But today we don’t have the means to produce this energy in quantity from anything but fossil fuels.

So stopping or reducing the production of fossil fuels, which is the desire of many politicians and climate activists, is guaranteed to substantially exacerbate the decline of the world economy.

We might get cleaner air but many would have to enjoy it in caves with little food or other  necessities and conveniences that we have today.

So what is clear is that the world is not prepared for even the best scenario energy case which entails a major decline in the standard to living in the next 20-30 years at least.

GOLD

Digital currencies are the perfect means for controlling the people in a totalitarian world. It gives Big Brother total power in relation to the people’s money. They can be taxed, fined or directed by any whim of the government. This would include arbitrary taxation or confiscation.

Thus CBDCs (Central Bank Digital Currencies) are a total disaster in relation to personal freedom. But in many countries the serfs have already been trained for this. Take Sweden where cash hardly exists and credit cards are used for all spending, even buying a newspaper or a loaf of bread. Most shops don’t even accept cash.

Thus the placid Swedes would happily hand over control over their money to the government, totally oblivious of the consequences.

As a lover of freedom, I would hate to live under such circumstances even though I was born in Sweden and really like many aspects of this country.

The people will not have a vote on digital money in any country just like they have no say when their leaders start a war. Personally I would do everything to avoid such oppressive circumstances but I do realise that it would be difficult for most people. 

With the coming fall of the dollar and many other currencies, as well as the end of the petrodollar, gold is likely to play a major role in the monetary system dominated by the East and South.

With government spending out of control in most countries, gold is the only currency you can trust just as it has been for 1,000s of years.

The BRICS, with China, Russia and India as major gold countries, are likely to make gold an important part of the future monetary system.

Gold is not for investment or speculation.

Gold is insurance and wealth preservation.

Gold is saving and financial survival.

2023 is likely to be the year of gold. Both fundamentally and technically gold looks like it will make major up moves this year. Any correction must be used to accumulate. Much better to buy low than on breakouts.

But please buy only physical gold and store it in a safe jurisdiction away from kleptocratic governments.

quinta-feira, 24 de março de 2022

CRÓNICA (nº4) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - ECONOMIA, O NERVO DA GUERRA






 É atribuída a Napoleão a expressão de que «o dinheiro é o nervo da guerra». Ou, por outras palavras, é o fator que mais importa, numa guerra. O facto continua a ser verdadeiro, hoje. Embora as guerras do século XIX sejam tão diferentes, em muitos outros aspetos, das guerras atuais. Para não irmos demasiado longe, as guerras levadas a cabo pelo império Yankee, apenas no século XXI, tiveram todas elas uma forte componente económica por detrás:

- Antes de mais, a necessidade de vender equipamento militar, incluindo novos armamentos, que a indústria de guerra americana constantemente produz. O lobby da indústria dos armamentos é um dos mais poderosos com influência muito vasta em Washington; 

- O acesso às matérias-primas e fontes de energia: O Afeganistão possui recursos minerais cobiçados por multinacionais, o Iraque, a Líbia, a Síria e o Iémen têm petróleo. O controlo das matérias-primas estratégicas, assim como dos combustíveis fósseis, é considerado um argumento válido para se fazer a guerra, para os falcões que enxameiam os estados -maiores e «think-tanks» da NATO. Lembro-me que, do lado americano, por alturas da invasão do Iraque, argumentavam que a  «guerra se pagaria a si própria» com as «royalties» do petróleo. Estas, seriam vertidas nas contas dos EUA, como «indemnizações de guerra». 

Note-se que os americanos não tardam em tomar de assalto o banco central nos países invadidos e a roubarem o ouro. Na sequência do golpe da Maidan, ficaram com as toneladas de ouro do banco central da Ucrânia, à sua «guarda» e não o devolveram, nem nunca o farão. O mesmo com o Iraque, a Líbia e o Afeganistão

As motivações, na presente guerra Russo/Ucraniana, são mais complexas. Penso que o aspeto estratégico, na perspetiva russa, ultrapassa o aspeto económico, apesar deste estar presente, ao nível das sanções e contrassanções. Parece-me que estará fora das intenções dos russos anexarem a Ucrânia. Porque haveria, em tal hipótese, somente custos, sem quaisquer benefícios: Se ocupassem permanentemente a Ucrânia, teriam de reconstruir a sua economia, teriam de a sanear, visto ela ter sido profundamente depauperada em todos estes anos de corrupção. Eles querem apenas que a Ucrânia seja um Estado neutro, com um relacionamento normal e não hostil, com a vizinha Rússia. 

Aqui, jogam considerações geoestratégicas, joga também uma visão integrada do que se passa na esfera económica. Em vez de uma guerra para tomada de matérias-primas, ou outros recursos*, trata-se de uma guerra imposta pela pressão constante dos EUA/NATO, sobre as fronteiras da Rússia. Esta, não podia continuar a fazer de conta que não era grave para a sua existência, enquanto nação independente. A história da guerra atual deverá recuar, pelo menos, a 1991. Deverá registar e analisar as muitas peripécias dramáticas e trágicas, incluindo o golpe de Maidan.  Além disso, em todos os anos do Século XXI, os EUA e seus aliados estiveram envolvidos diretamente, ou através de forças por eles apoiadas, em guerras regionais. 

Na perspetiva russa, a possibilidade da NATO incluir oficialmente a Ucrânia - já com extensa colaboração com a NATO - implicava o risco de que os russófobos mais extremos tivessem acesso a sofisticados mísseis e armamento nuclear. Com efeito, Zelensky na Conferência de Segurança de Munique de 2022, sugeriu que a Ucrânia deixaria de subscrever o acordo de Budapeste, segundo o qual a Ucrânia renunciava a possuir ou estacionar armamento nuclear. Por outro lado, a tresloucada declaração de Stoltenberg da NATO, com certeza incitada pelos americanos, de que a cada queixa russa, iram redobrar as forças e dispositivos da NATO, às fronteiras da Rússia, soou-me como uma declaração de guerra da NATO, como um momento funesto de húbris, de rejeição de qualquer abertura negocial e de provocação para o desencadear a guerra.  

A invasão da Ucrânia, pode-se pensar que foi uma má jogada de Putin. Porém, ela foi explicada ao povo russo e este - na sua imensa maioria - aceitou a explicação. Segundo Putin, não podia ser de outro modo, pois os americanos e a NATO estavam a tentar realmente «apontar uma arma à cabeça da Rússia». 

A guerra que se está a desenvolver tem muitos aspetos militares complexos. Um dos mais notórios, é as forças russas terem começado por neutralizar toda a força aérea, todas as defesas antiaéreas e toda a frota dos ucranianos. Depois, graças a uma penetração muito rápida no Leste, para bloquear qualquer tentativa de invasão dos territórios separatistas do Don, o exército russo cercou, em grandes áreas, o que eles chamam «caldeirões», as forças ucranianas. Estas, estavam concentradas no Leste (cerca de 75 a 60 mil homens), prontas a atacar as repúblicas autónomas de Donetsk e de Lugansk. Progressivamente, as forças russas fecharam o cerco e agora estão a encerrar o remanescente das brigadas ucranianas em «caldeirões» mais pequenos. Esta é a ação militar mais relevante, no terreno, pois estas forças ucranianas são a melhor parte do seu exército. 

A cidade de Mariupol, na costa do Mar de Azov, foi  cercada e, perante a resistência das tropas sitiadas, tem vindo a ser conquistada em lutas urbanas. Não há utilização maciça da força aérea, pois os russos não pretendem arrasar a infraestrutura. É isso que leva alguns agitados ocidentais a gritar que as forças russas estão a encontrar dificuldades. Querem alimentar a falsa esperança, de que as forças ucranianas conseguem contra-atacar. Mas, isto é completamente ilusório.

No caso de Kiev, é particularmente notório que a estratégia russa tem sido de poupar a capital, de poupar o próprio governo, pois precisam de ter interlocutores com quem negociar um cessar-fogo e uma paz. Se eles quisessem arrasar as urbes, não teriam qualquer dificuldade em fazê-lo. Como prova disso, basta notar como os mísseis certeiros, disparados de enormes distâncias, liquidaram centenas de mercenários em dois acampamentos, que se situavam perto da fonteira com a Polónia. 

O chinfrim sobre a «zona de exclusão aérea», era apenas propaganda dos mais extremistas da NATO, ou pró-NATO, sem substância alguma. Aliás, a impossibilidade de tal coisa, foi reconhecida pelo presidente Joe Biden. Se existe uma exclusão aérea, é aquela que os russos impuseram. Não há aeronave que possa cruzar o espaço aéreo ucraniano, sem ter autorização deles. 

O número de falsidades propaladas pela media ocidental sobre o desenrolar da guerra, é também aumentado pelas mais incríveis histórias que são reproduzidas, sem «fact-checking»: São meras peças de ficção, oriundas do governo ucraniano, ou dos seus partidários. Acossado em Kiev, o governo Zelensky não é autorizado, pelos americanosa negociar um cessar-fogo, só a arrastar as negociações. Os partidários do governo de Kiev fazem a «guerra informativa», já que perderam a guerra no terreno. É por demais evidente que os EUA e a NATO estão a assoprar os ventos da guerra, incitando à formação de legiões de mercenários e despejando armas de todo o tipo**. A esperança (vã) dos dirigentes dos EUA/NATO,  é que a guerra se prolongue, o mais tempo possível. Isto implicaria mais mortes (inúteis) e destruições avultadas. Eles esperam que haja uma espécie de guerrilha mas, de facto, estão completamente enganados. 

Não se trata do Afeganistão. Os russos conhecem muito bem o território e as gentes. Além disso, devem ter planeado a invasão com muita antecedência. Têm mostrado grande precisão no que toca à «inteligência militar»: Inúmeros depósitos de combustível, de munições, de partes suplentes para veículos do exército ucraniano, foram destruídos. O modo como as forças russas têm atuado, indica que querem sobretudo quebrar a resistência do exército. Para tal, manobram para cercar as forças militares ucranianas e depois bombardeiam até estas se renderem, ou ficarem fora de combate. Eles estão a evitar a tomada de cidades, com exceção de Mariupol e de mais duas ou três, de pequeno tamanho. Os russos querem evitar muitas baixas civis e grandes destruições. Tanto Kiev, como Kharkov, estão isoladas. Mas, não é um cerco total, há saídas possíveis, porque querem que o máximo de gente fuja destas cidades.  

Do ponto de vista técnico-militar, vários especialistas militares americanos têm dito que a guerra - para as forças ucranianas - está perdida. Isto, porque não existe a possibilidade duma unidade (uma divisão, ou brigada) se coordenar com outra. Só assim poderiam travar a ofensiva russa e desencadear uma contraofensiva. Os que agitam histórias fantasiosas «a favor» da Ucrânia, não estão a fazer favor nenhum à Ucrânia e às suas forças armadas. Quanto pior for o estado das forças armadas sobreviventes, no fim da guerra e quanto mais durar a sua resistência, sem benefício tático nenhum, pior serão as situações, militar e política,  futuras. Uma Ucrânia, como Estado independente, precisa de um cessar-fogo, de negociações e duma situação de paz. É isso que os imperialistas americanos mais temem: a paz. Pois, eles têm realmente uma visão imperial dos povos. O povo ucraniano só lhes serviu para desestabilizar a Rússia, esta é a sua obsessão. 

Creio que a Rússia está muito bem preparada para enfrentar o boicote, o embargo total pela Europa e pelos EUA; muito melhor do que estes jamais pensaram. A arrogância dos que se julgam (ainda!) donos do mundo, está levá-los a descolar completamente da realidade. As sanções contra a Rússia só têm fortalecido a aliança Sino-Russa. Contrariamente à mentira propalada no Ocidente, muitos países continuam a ter relações diplomáticas, comerciais e outras, com a Rússia. Pelo contrário, devido à vaga de sanções anti Rússia, o Ocidente já «garantiu» para si próprio, uma recessão severa que se irá abater, sobretudo, na Europa ocidental. 

Do ponto de vista global, tanto no plano económico, como das alianças políticas e militares, o bloco ocidental fica cortado de toda a espécie de trocas com mais de metade da população mundial e de boa parte das matérias-primas estratégicas. Perde também mercados importantes para seus produtos. Mas, o pior seria o seguinte: Se houver uma escalada de sanções contra a China e, em retaliação (muito provável),  cessarem as exportações chinesas para os EUA e Ocidente, será o golpe mais devastador para as nossas economias. 

A loucura dos dirigentes ocidentais deve-se ao seu sentimento de superioridade, a um racismo muito profundamente entrincheirado no seu subconsciente, que transmitem aos seus povos respetivos. Daí, a onda de histeria, que se observa agora nas populações ocidentais. Os que glorificam os dirigentes imperialistas ocidentais e demonizam Putin e o povo russo, os que mentem, não somente impedem que o público tenha uma imagem objetiva do que se está a passar; estão a ser coniventes de crimes. 

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(*)Embora, caso os russos capitulassem, os imperialistas iriam explorar os recursos riquíssimos da Rússia, tal como fizeram na era de Yeltsin e como têm feito no Terceiro Mundo.

(**) o perigo destas operações é que as armas vão parar ao mercado negro, as que não são destruídas pelos russos, assim que passam a fronteira. 

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PS1: Faço notar que o Mundo já estava a braços com uma crise profunda, a qual não foi causada pela guerra na Ucrânia, nem pela pandemia covidiana. Os media irão martelar que as subidas de preços, a escassez de bens essenciais, o desemprego e todo os males do mundo se devem exclusivamente à situação de guerra. Porém, a realidade dos mercados mundiais mostra-nos que o mesmo se passaria, quer houvesse, ou não, crise ucraniana, pois as raízes do mal são profundas e têm a ver com o sistema financeiro mundial. Leia o esclarecedor artigo de Egon von Greyerz sobre esta questão: 

https://goldswitzerland.com/all-hell-will-break-loose/

PS2: Publiquei sob o mesmo título genérico, «CRÓNICA DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL», os seguintes artigos neste blog: 

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_0396436697.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_13.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial.html 

PS3: Em resposta à exigência russa de pagamento em rublos para as suas exportações de combustíveis, sobretudo gás, a UE estabeleceu contrato com os EUA para entrega de gás liquefeito LNG, em navios-cisternas. 

PS4: O vídeo AQUI coloca a questão da divisa de reserva (o dólar, até agora) e a sua relação com os sistemas de pagamento SWFT, o sistema CIPS, chinês e o significado das mudanças em curso.

PS5: Fala-se de «nova Guerra Fria» e do consequente aumento das despesas militares. Porém, nos piores momentos da Guerra Fria Nº1 (guerras da Coreia e Vietname), a despesa militar dos EUA foi menor do que AGORA !

https://consortiumnews.com/2022/03/25/warnings-for-washington-about-cold-war-2-0/

PS6:  Ontem o jornal britânico de grande tiragem Daily Mail confirmou a informação oficial russa, de que encontraram provas de que Hunter Biden estava envolvido no financiamento dos laboratórios secretos na Ucrânia, que efetuavam pesquisa aplicada de bio armas por conta dos EUA 

PS7: Falham-me as palavras, tal é o meu espanto! E o espanto é que a verdade vem pela boca de um tonto. Veja:

PS8: Uma exposição clara, em artigo de Joe Lauria, de Consortium news sobre os esforços de vários presidentes americanos para desestabilizarem a Rússia. As afirmações recentes de Biden, na Polónia e Bruxelas, são suficientemente transparentes. Se postas em contexto, não deixam dúvidas sobre qual a estratégia dos imperialistas de USA/NATO, para chegarem aos seus fins: Sanções, prolongamento da guerra na Ucrânia, desestabilização do regime russo, derrube de Putin, colocação de governo dócil e subjugação completa da Rússia, incluindo seu desmembramento.