O prof. Hans-Georg Moeller é professor na universidade de Macau.
quarta-feira, 30 de outubro de 2024
COMPLEXO DE CULPA ALEMÃO E WOKISMO
O prof. Hans-Georg Moeller é professor na universidade de Macau.
sábado, 7 de setembro de 2024
A REALIDADE DA CRISE GLOBAL CAPITALISTA
As distorções mais graves constatam-se em determinadas narrativas favoráveis aos defensores do capitalismo e dos impérios coloniais, relativamente ao ascenso dos fascismos e como uma crise económica e financeira mundial, se foi transformar na IIª Guerra Mundial.
De facto, o que acontece hoje em dia, possui muitos paralelos com as relações conflituosas entre potências importantes à saída da 1ª Guerra Mundial (1918) e até ao desencadear da 2ª Guerra Mundial (1939). A existência de graves tensões resultantes das exigências, na negociação de paz de Versalhes, pelos aliados vencedores da 1ª Guerra Mundial, em relação à Alemanha vencida, foi originar uma grave crise de hiperinflação neste último país (de 1922-23), que deu alento a grupos de extrema-direita. Estes coalesceram no partido Nazi. As mudanças de políticas em relação à Alemanha, ao seu rearmamento, a tolerância em relação à Itália fascista de Mussolini, nomeadamente, à guerra na Abissínia e à guerra civil de Espanha (que logo se transformou em guerra internacional), foram fatores importantes na subida e consolidação de fascismos em vários países europeus, quer já tivessem alcançado o poder, quer fossem forças organizadas e prontas para levar a cabo golpes de Estado.
O que todos podemos constatar - para lá das divergências relativas à História - é que as crises económicas e financeiras, desencadeadas pelas políticas dos bancos centrais, dos governos, ou de ambos, levam de imediato a crises sociais, as quais vão gerar movimentos revolucionários, tanto de esquerda como de direita.
As instabilidades no tecido económico e social, não podem ser remediadas pelo tipo de medidas usadas pelos governos, sejam elas fiscais ou económico-financeiras. Os poderes - então - recorrem à repressão. Mas, a deriva autoritária dos governos não tem qualquer efeito benéfico na economia. O que é simples de perceber: Numa sociedade industrial, o escoamento e consumo das mercadorias é fundamental para o funcionamento de todo o sistema. Porém, a capacidade aquisitiva da classe trabalhadora e da classe média diminui acentuadamente, num contexto destes. O fracasso das políticas internas tem levado os governos a procurar «unir a nação» contra um inimigo externo. Leva, também, a que a casta militar e por trás dela, a indústria bélica, seja ouvida e que suas «soluções» seduzam a casta dirigente.
Se virmos o período entre o fim da 2ª Guerra Mundial e hoje, constatamos que nunca houve paz, propriamente dita. Houve sempre conflitos armados, quer causados pelo choque entre nações independentes, ou por nações que lutavam pela emancipação do jugo colonial de uma potência europeia, ou contra o neocolonialismo, principalmente dos EUA. Outra constatação, é de que a capacidade instalada e a produção de armas e material de guerra esteve sempre em crescendo. Os fundos atribuídos ao complexo militar nos orçamentos de Estado das grandes potências foram sempre aumentando.
Tudo o que sabem fazer os Estados, os seus governos e corpos legislativos, sob influência dos lobbies das grandes empresas e grupos económicos, é criar ou aumentar as despesas, aumentando o défice das contas públicas, criando problemas de insolvabilidade, que tentam remediar, criando mais dinheiro. É como se tentassem tapar um buraco no solo, cavando outro ainda maior.
Chega um ponto em que, ou forçam o «apertar do cinto» na população (as políticas de austeridade) e arriscam-se a desencadear uma revolta; ou continuam a gastar o que não têm, através da «impressão» de dinheiro eletrónico, fazendo disparar a hiperinflação. Teoricamente, existe outra solução: A de transformar a estrutura produtiva e de propriedade, o que se poderá designar como uma transformação socialista. Mas, os partidos de governo nos países europeus excluem esta hipótese, mesmo quando têm «socialista» no seu nome!
As crises no capitalismo estão inscritas no seu próprio «ADN». São motivadas pela impossibilidade do capital auto-moderar o seu apetite pelo lucro.
O mantra que ensinam nas escolas de economia do Ocidente é que a empresa que não tentasse maximizar os lucros, estaria condenada a prazo, pois as empresas concorrentes não teriam problemas em tomar posições nos mercados para obter esses mesmos lucros.
Os países são empurrados para a guerra pelos dirigentes políticos e por empresários que têm vantagens nisso (ou pensam que têm). A guerra é um meio cruel, brutal e eficaz de destruir o excesso de capital, sob forma de instalações produtivas, excesso esse associado aos excedentes de produção de mercadorias.
Por detrás de qualquer guerra perfilam-se interesses económicos: Eles são facilmente detectáveis, se descartarmos os argumentos da propaganda, de um lado ou do outro.
Os EUA empurraram a Ucrânia para a guerra, para poderem colocar em cheque a progressão dos BRICS. Esperavam quebrar a unidade dos BRICS, mas enganaram-se, pois não apenas esta se mantém, como se alargaram os membros e os candidatos. Por outro lado, o imperialismo americano estava muito preocupado com a indústria alemã, com a sua competitividade, em parte devida ao fornecimento de energia barata pela Rússia. Conseguiu o imperialismo, pelo menos no curto prazo, resolver o problema ... com a sabotagem dos gasodutos Nord Stream. Esta sabotagem precipitou a Alemanha na maior crise industrial do pós 2ª Guerra Mundial. Muitas fábricas, por causa do aumento do preço da energia, fecharam portas na Alemanha e foram instalar-se nos EUA. Gigantes como a Volkswagen estão em dificuldades ou à beira da falência, ao ponto de encararem o fecho de suas fábricas na Alemanha.
A guerra económica com a China destina-se a impedir que os aliados dos EUA estabeleçam laços com o maior produtor industrial do mundo (a China): Querem manter o mercado Ocidental cativo, para escoamento dos produtos dos EUA e dos seus comparsas. Para dominar, os EUA não hesitam em dividir o Mundo em dois nos planos político, económico, militar e civilizacional. Mas, tal ambição é desastrosa e - felizmente - já se começa a compreender, mesmo nas fileiras pró-capitalistas, que ela só pode trazer guerra e miséria.
segunda-feira, 1 de julho de 2024
ALEMANHA, O NOVO REICH
*Leia:
https://www.zerohedge.com/geopolitical/new-german-citizens-must-now-affirm-israels-right-exist
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024
Presidente Lula : Netanyahu e seu governo cometem crimes semelhantes aos dos nazis
quinta-feira, 25 de janeiro de 2024
DECLARAÇÃO DE CJ HOPKINS AO TRIBUNAL DE BERLIM (23 de Janeiro de 2023)
Esta declaração é - na verdade - um rol de acusação daquilo em que se transformou a «justiça» na Alemanha e por extensão em todos os países europeus cujos governos (e status quo) se dedicaram a perseguir, excluir, censurar e difamar as pessoas que legitimamente contestavam as medidas ditas de «contenção» do COVID. Sabemos pelos factos que estas últimas tinham plena razão; que as «medidas de contenção» tinham apenas um fim: a sujeição da cidadania. Um traço típico de poderes totalitários.
É absolutamente claro, qual foi e é a intenção do autor, nunca havendo o mínimo traço de «propaganda pró-nazi». O facto dessa acusação ter sido formulada e admitida em tribunal e do próprio julgamento ter tido lugar (mesmo que tenha havido absolvição) equivale - antes de mais - a perseguição e difamação, pelo próprio aparelho de «justiça», nesse país. É grave, na medida em que o poder do Estado (poder judicial, neste caso) usou a lei de forma totalmente distorcida e isenta de qualquer fundamento razoável, para perseguir um autor com uma visão crítica, dissidente.
Goste-se ou não, concorde-se ou não, CJ Hopkins tem direito a exprimir a sua opinião por todos os meios, sendo que todo o atentado à sua integridade e aos direitos básicos de autor são índice seguro de que novo tipo de totalitarismo se está a instalar e domina em certo número de consciências, incluindo nas de autoridades que deveriam zelar pelo cumprimento da legalidade democrática.
Um caso em que o aparelho judicial alemão é humilhado pela sua própria conduta, enquanto o réu CJ Hopkins fica claramente em posição de vencedor. Seria justo que o Estado de Berlim fosse processado e tivesse que pagar indemnização pelos danos materiais e morais causados.
Abaixo, a declaração de CJ Hopkins ao tribunal:
Berlin District Court, January 23, 2024
My name is CJ Hopkins. I am an American playwright, author, and political satirist. My plays have been produced and received critical acclaim internationally. My political satire and commentary is read by hundreds of thousands of people all over the world. 20 years ago, I left my own country because of the fascistic atmosphere that had taken hold of the USA at that time, the time of the US invasion of Iraq, a war of aggression based on my government's lies. I emigrated to Germany and made a new life here in Berlin, because I believed that Germany, given its history, would be the last place on earth to ever have anything to do with any form of totalitarianism again.
The gods have a strange sense of humor. This past week, thousands of people have been out in the streets all over Germany protesting against fascism, chanting "never again is now." Many of these people spent the past three years, 2020 to 2023, unquestioningly obeying orders, parroting official propaganda, and demonizing anyone who dared to question the government's unconstitutional and authoritarian actions during the so-called Covid pandemic. Many of these same people, those who support Palestinian rights, are now shocked that the new form of totalitarianism they helped usher into existence is being turned against them.
And here I am, in criminal court in Berlin, accused of disseminating pro-Nazi propaganda in two Tweets about mask mandates. The German authorities have had my speech censored on the Internet, and have damaged my reputation and income as an author. One of my books has been banned by Amazon in Germany. All this because I criticized the German authorities, because I mocked one of their decrees, because I pointed out one of their lies.
This turn of events would be absurdly comical if it were not so infuriating. I cannot adequately express how insulting it is to be forced to sit here and affirm my opposition to fascism. For over thirty years, I have written and spoken out against fascism, authoritarianism, totalitarianism etc. Anyone can do an Internet search, find my books, read the reviews of my plays, read my essays, and discover who I am and what my political views are in two or three minutes. And yet I am accused by the German authorities of disseminating pro-Nazi propaganda. I am accused of doing this because I posted two Tweets challenging the official Covid narrative and comparing the new, nascent form of totalitarianism that it has brought into being -- i.e., the so-called "New Normal" -- to Nazi Germany.
Let me be very clear. In those two Tweets, and in my essays throughout 2020 to 2022, and in my current essays, I have indeed compared the rise of this new form of totalitarianism to the rise of the best-known 20th-Century form of totalitarianism, i.e., Nazi Germany. I have made this comparison, and analyzed the similarities and differences between these two forms of totalitarianism, over and over again. And I will continue to do so. I will continue to analyze and attempt to explain this new, emerging form of totalitarianism, and to oppose it, and warn my readers about it.
The two Tweets at issue here feature a swastika covered by one of the medical masks that everyone was forced to wear in public during 2020 to 2022. That is the cover art of my book. The message conveyed by this artwork is clear. In Nazi Germany, the swastika was the symbol of conformity to the official ideology. During 2020 to 2022, the masks functioned as the symbol of conformity to a new official ideology. That was their purpose. Their purpose was to enforce people's compliance with government decrees and conformity to the official Covid-pandemic narrative, most of which has now been proven to have been propaganda and lies.
Mask mandates do not work against airborne viruses. This had been understood and acknowledged by medical experts for decades prior to the Spring of 2020. It has now been proven to everyone and acknowledged by medical experts again. The science of mask mandates did not suddenly change in March of 2020. The official narrative changed. The official ideology changed. The official "reality" changed. Karl Lauterbach was absolutely correct when he said, "The masks always send out a signal." They signal they sent out from 2020 to 2022 was, "I conform. I do not ask questions. I obey orders."
That is not how democratic societies function. That is how totalitarian systems function.
Not every form of totalitarianism is the same, but they share common hallmarks. Forcing people to display symbols of conformity to official ideology is a hallmark of totalitarian systems. Declaring a "state of emergency" and revoking constitutional rights for no justifiable reason is a hallmark of totalitarian systems. Banning protests against government decrees is a hallmark of totalitarian systems. Inundating the public with lies and propaganda designed to terrify people into mindless obedience is a hallmark of totalitarian systems. Segregating societies is a hallmark of totalitarian systems. Censoring dissent is a hallmark of totalitarianism. Stripping people of their jobs because they refuse to conform to official ideology is a hallmark of totalitarian systems. Fomenting mass hatred of a "scapegoat" class of people is a hallmark of totalitarianism. Demonizing critics of the official ideology is a hallmark of totalitarian systems. Instrumentalizing the law to punish dissidents and make examples of critics of the authorities is a hallmark of totalitarianism.
I have documented the emergence of all of these hallmarks of totalitarianism in societies throughout the West — including but not limited to Germany — since March of 2020. I will continue to do so. I will continue to warn readers about this new, emerging form of totalitarianism and attempt to understand it, and oppose it. I will compare this new form of totalitarianism to earlier forms of totalitarianism, and specifically to Nazi Germany, whenever it is appropriate and contributes to our understanding of current events. That is my job as a political satirist and commentator, and as an author, and my responsibility as a human being.
The German authorities can punish me for doing that. You have the power to do that. You can make an example of me. You can fine me. You can imprison me. You can ban my books. You can censor my content on the Internet, which you have done. You can defame me, and damage my income and reputation as an author, as you have done. You can demonize me as a "conspiracy theorist," as an "anti-vaxxer," a "Covid denier," an "idiot," and an "extremist," which you have done. You can haul me into criminal court and make me sit here, in Germany, in front of my wife, who is Jewish, and deny that I am an anti-Semite who wants to relativize the Holocaust. You have the power to do all these things.
However, I hope that you will at least have the integrity to call this what it is, and not hide behind false accusations that I am somehow supporting the Nazis by comparing the rise of a new form of totalitarianism to the rise of an earlier totalitarian system, one that took hold of and ultimately destroyed this country in the 20th Century, and murdered millions in the process, because too few Germans had the courage to stand up and oppose it when it first began. I hope that you will at least have the integrity to not pretend that you actually believe I am disseminating pro-Nazi propaganda, when you know very well that is not what I am doing.
No one with any integrity believes that is what I am doing. No one with any integrity believes that is what my Tweets in 2022 were doing. Every journalist that has covered my case, everyone in this courtroom, understands what this prosecution is actually about. It has nothing to do with punishing people who actually disseminate pro-Nazi propaganda. It is about punishing dissent, and making an example of dissidents in order to intimidate others into silence.
That is not how democratic nations function. That is how totalitarian systems function.
What I hope even more is that this court will put an end to this prosecution, and apply the law fairly, and not allow it to be used as a pretext to punish people like me who criticize government dictates, people who expose the lies of government officials, people who refuse to deny facts, who refuse to perform absurd rituals of obedience on command, who refuse to unquestioningly follow orders.
Because the issue here is much larger and much more important than my little "Tweet" case.
We are, once again, at a crossroads. Not just here in Germany, but throughout the West. People went a little crazy, a little fascist, during the so-called Covid pandemic. And now, here we are. There are two roads ahead. We have to choose ... you, me, all of us. One road leads back to the rule of law, to democratic principles. The other road leads to authoritarianism, to societies where authorities rule by decree, and force, and twist the law into anything they want, and dictate what is and isn't reality, and abuse their power to silence anyone who disagrees with them.
That is the road to totalitarianism. We have been down that road before. Please, let's not do it again.
N.B. A German version of the statement is available in Aya Velázquez’s article and on Bastian Barucker’s blog.
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PS (21/03/2024): O caso não foi encerrado. O procurador do tribunal de Berlim decidiu recorrer da sentença. É - simultaneamente - uma história absurda e angustiante, pelo facto dos supostos guardiães da legalidade e direitos civis, estarem a usar os tribunais para perseguição política. Mas, isto passa-se em todo o «Ocidente». Leia o artigo e entrevista a CJ Hopkins, de autoria de Matt Taibbi:
domingo, 8 de outubro de 2023
NACIONALISMO ÉTNICO = ACUMULAÇÃO DO ÓDIO
Não existe nacionalismo, senão por oposição a um outro. Pode ser a nação opressora, pode ser a nação rival, pode ser designada como a portadora de ideologia diabólica, contrária à nossa, etc.
O que é um facto, é que os nacionalistas étnicos se definem mais por quem eles designam como objeto de seu ódio, do que por suas próprias idiossincrasias, tradições e cultura.
Algumas pessoas, falsamente internacionalistas, decidiram que «o patriotismo e o nacionalismo são a mesma coisa». Porém, não se pode decretar arbitrariamente que os sentimentos patrióticos sejam apenas uma expressão de nacionalismo; são isso em certos casos, noutros não o são.
Há que ir além das catalogações, sobretudo quando simplistas. Como já detalhei noutro sítio, o nacionalismo político pode ser motivado por um projeto; foi o caso da República francesa nascente. Também alguns movimentos de libertação, influenciados pelo marxismo, pelo menos ao nível das suas direções, não confundiam o opressor colonial ou imperialista com o povo propriamente dito. Algumas pessoas dos países colonizadores não participavam na mentalidade colonial, algumas opunham-se às aventuras coloniais e belicistas.
Certa política identitária faz com que as pessoas se separem, a si próprias e aos outros, em categorias de «raça», «nacionalidade», «género», etc. Esta forma de pensar, qualquer que seja o subjetivismo de quem a adota, acaba por propagar o nacionalismo mais tacanho, baseado em características «raciais» ou étnicas. É por isso, que é tão frequente o fanatismo, nesta forma de nacionalismo.
Inicialmente, podemos ficar surpreendidos com o renascimento do nacionalismo, em especial do nacionalismo agressivo, expansionista. Mas, se pensarmos melhor, por um lado, ele nunca se apagou por completo; por outro, os poderes globalistas têm sido os principais financiadores e promotores deste nacionalismo. Tacanho, violentamente racista, assim é o banderismo na Ucrânia, um fascismo que se confunde, por seus conceitos racistas, com o nazismo.
Abaixo, um vídeo da conferência, de Lucien Cerise, um investigador que tem aprofundado os fatores em jogo no conflito da Ucrânia. Ele tem acompanhado de perto a situação, desde o «golpe de Maidan» de 2014. Ele fornece provas da conivência e hipocrisia dos governos da OTAN, apoiantes de criminosos de guerra, de racistas confessos, de fanáticos que odeiam tudo o que seja russo.
A conferência mostra que -por debaixo da capa de «boa consciência» fabricada - dirigentes políticos, jornalistas da media mainstream e ditos revolucionários, não ignoram a ideologia e história da facção que estão a apoiar. Porém, tal como os «banderistas» ucranianos, o que os move é a hostilidade patológica para com a Rússia, seja qual for o seu sistema político. Eles querem ver a Rússia desmantelada. Só assim, dizem, a Europa poderia ficar tranquila: Mas eles, afinal, são «cães que obedecem ao seu dono», o imperialismo USA!
Lucien Cerise: ''L'Occident collectif rêve de l'éclatement territorial de la Russie''.
https://youtu.be/sNpEdG8xH-8?
terça-feira, 23 de maio de 2023
Professor alemão (Sucharit BHAKDI ) processado por «crime» de pensamento
Ironicamente, o sistema judicial alemão está a fazer o mesmo que a Inquisição fez durante séculos, especialmente em Portugal, na Península Ibérica e noutros países, quer contra judeus, quer contra livres-pensadores.
Hoje em dia, as «autoridades», para sacudir o complexo de culpa coletiva (entranhada no coração de muitos alemães) pelo genocídio dos judeus sob Hitler, mas - sobretudo - para impedirem a livre discussão que permitiria designar publicamente os responsáveis pelo crime em massa que foi o licenciamento e depois a (forçada) vacinação da população, com uma vacina cujos resultados já ultrapassam - em termos de efeitos secundários - TODOS OS EFEITOS SECUNDÁRIOS CUMULADOS DE ANTERIORES VACINAS!
O nazismo está-lhes entranhado no cérebro, qualquer que seja a ideologia que proclamem, social-democrata, ecologista, liberal, etc. É uma doença mental; são pessoas que não têm consciência do que estão a fazer ou, alternativamente, se a tiverem serão pessoas com traços psicóticos perversos, sociopatas totalmente amorais.
Se as pessoas ficarem quietas, não tomarem a defesa ativa da liberdade de pensamento, vão fazer algum dia o mesmo com elas: serão encarceradas e «julgadas» por terem tido conversas (chats) no Twitter, Youtube, Facebook ou noutra plataforma, que irão incriminá-las, porque tiveram «pensamentos proibidos» mesmo quando somente numa conversa privada.
Daqui até aos campos de concentração ou aos gulags, é um pequeno passo.
https://off-guardian.org/2023/05/22/sucharit-bhakdi-the-prosecution-of-thought-crime/
Atualização (24/05/2023) : O tribunal que julgou o caso das acusações contra o professor Bhakdi, considerou que estas eram todas improcedentes. O prof. Sucharit Bhakdi não poderá ser preso pelos motivos invocados.
Veja reportagem de «Children's Health Defense TV» abaixo:
https://twitter.com/
sexta-feira, 21 de outubro de 2022
É tempo de perderem os preconceitos e observarem a realidade
Há quem martele constantemente que o regime em vigor na Ucrânia, saído do golpe de Maidan de 2014, não pode ser nazi ou simpatizante do nazismo: Para «prova», apresentam o facto de Zelensky e Koloimoyski (seu multimilionário mentor) serem judeus.
Segundo estes defensores do regime ucraniano, Judeus nunca poderiam ter sido levados ao poder pelos herdeiros das divisões SS (ver artigo de onde foi retirada a foto acima) que, na Ucrânia soviética durante a II Guerra Mundial, cometeram genocídio de judeus, de polacos e de comunistas, no seguimento da invasão alemã.
quarta-feira, 25 de maio de 2022
TRANSIÇÃO TOTALITÁRIA E JOGO DOS PODEROSOS
quinta-feira, 7 de abril de 2022
A VERDADE SOBRE O NAZISMO PÓS-II GUERRA MUNDIAL E A UCRÂNIA
Entrevista com Gabriel Rockhill
segunda-feira, 14 de março de 2022
PSICOPATOLOGIA DO PODER - [ARIANE BILHERAN]
[Em francês, para melhor compreensão, pode ser útil accionar as legendas automáticas em francês.]
sexta-feira, 14 de janeiro de 2022
A DERROTA DO NAZISMO, NA IIª GUERRA MUNDIAL, NÃO FOI TOTAL
Explicando:
As potências ocidentais tinham como objetivo derrotar Hitler, mas uma vez esse objetivo alcançado continuaram a sua cruzada contra a União Soviética. Isso significou que pós-II Guerra mundial, criminosos de guerra nazis puderam escapar à captura e aos tribunais, quer se fazendo passar por cidadãos inocentes, sem qualquer colaboração com o nazismo, quer - com falsos passaportes e falsas identidades - emigrando para a América do Sul (principalmente Argentina e Brasil), também para Espanha e Portugal.
Quanto aos criminosos de guerra ucranianos, muitos deles foram membros das legiões sob as ordens das SS, estes fugiram -sobretudo- para os EUA e o Canadá, onde encontraram bom acolhimento das autoridades destes países, que os recrutavam como peritos em língua russa, dedicados à propaganda antissoviética.
Foram erigidos em «heróis» da luta anticomunista, alguns sendo utilizados como espiões e como peritos tradutores pela CIA: Foram instrumentalizados de todas as maneiras possíveis.
Noutros países da NATO existe uma grande cobardia, uma aceitação da liderança anglo-americana, como se isto fosse algo «natural». As altas esferas militares não estão ao serviço das suas pátrias e povos. Estão ao serviço dos lóbis do armamento, tal como ambiciosos políticos que fazem carreira mostrando-se «duros», dando aos eleitores desinformados a ilusão de «serem homens e mulheres de carácter».
A desnazificação completa teria que ser obra dos povos dos países da NATO: Era necessário que vissem a realidade por detrás da propaganda, o risco imenso a que estão a ser expostos, pelos traidores ao mais alto nível. Era preciso que os isolassem, os prendessem e os julgassem. Isto é improvável, hoje em dia, pois só uma verdadeira revolução poderia criar condições para tal acontecer. Não estamos numa situação revolucionária. Estamos numa era de profunda regressão.
Os nazis encapotados, os militaristas vão perder. Pois são levados pela sua «húbris» a hostilizar até os amigos e aliados. A sua loucura faz com que subestimem o adversário. Portanto, é fatal que vão falhar. Mas, a questão é que eles podem - apesar disso - causar imenso sofrimento, um conflito em grande escala.
Tenho a convicção de que, quanto mais cedo os expusermos como cobardes que fazem o mal, mas não sofrem as suas consequências, melhor. Eles falham, mas - entretanto - deixam um rasto de sangue, de destruição e as sementes de novos conflitos.
Falharam miseravelmente seus golpes recentes, tanto no Cazaquistão, como na Bielorrússia. Mesmo na Ucrânia, eles não conseguiram aquilo que prometiam. Pois um «Estado falido», completamente arruinado, embora antes tivesse um nível de vida médio pelos padrões europeus, não se pode considerar um sucesso. Mas, talvez quisessem isso mesmo: uma fonte de desestabilização permanente às fronteiras da Rússia, com prolongamentos para o seu interior, visto que existem tantas ligações pessoais, familiares e culturais entre russos e ucranianos.
O «nazismo dos livros de História», não existe no presente, nem poderia existir. Porém, pessoas imbuídas de mentalidade nazi (ou fascista) existem muitas. São assustadores os indícios de que as pessoas comuns (e mesmo académicos, cientistas e intelectuais) não perceberam absolutamente nada do que foi/é o nazismo/fascismo. Por isso, não reconhecem o perigo. Existem - porém - numerosos estudos e livros, que demonstram o que eu apresento acima, de forma muito abreviada.
Podem começar vossas pesquisas usando certas palavras: «Operação Gládio», «Stepan Bandera», «Operação Paper Clip», «Vaticano e Criminosos de Guerra», «Rede Simon Wiesenthal» e muitos outras...
quarta-feira, 10 de novembro de 2021
WAGNER E O NAZISMO
Estas notas são um comentário após leitura do muito bem documentado ensaio de Brenton Sanderson:
Evil Genius - Constructing Wagner As Moral Pariah
Aprecia o belo, naquilo que ele tem de mais espiritual.
Despreza a pequenez, a necessidade dos medíocres em rebaixar o génio humano, de o transportar para a trivialidade de suas paixões «de cozinha».
Como sabemos, existem inúmeras obras-primas da escultura, arquitetura, ou doutras artes, das quais não sabemos - nem teremos jamais conhecimento - sobre quem as fez, muito menos que vida levou e quais os seus pensamentos. Mas, nós apreciámo-las sem nos preocupar com outra coisa senão com a estética.
Por que motivo, temos de apensar o cunho, o ferrete, de uma ideologia, às obras de autores que viveram em tempos não muito recuados?
Sabemos muitos detalhes biográficos sobre artistas que viveram há duzentos anos, ou há menos tempo. É natural que muito tenha permanecido, que os eruditos tenham conseguido desenterrar vários documentos sobre génios ou talentos celebrados.
Temos curiosidade em conhecer as biografias dos nossos compositores preferidos. Construímos uma imagem das personalidades que estiveram na origem das obras-primas que mais apreciamos. Não são imagens reais; são apenas imagens que satisfazem os estereótipos, que permitem reforçar o mito em torno de tal ou tal artista.
Através de tais biografias, os seus autores contemporâneos (ou não), dos artistas cuja vida eles descrevem, vão tentar moldar os acontecimentos para se coadunarem melhor com a imagem que eles próprios possuem dos tais ídolos.
Também surgem casos de personagens biografados, quase sempre, de um modo negativo. Um caso extremo, é o de Wagner e do seu (real) antissemitismo.
«Hitler foi o grande inspirador de Wagner» seria tentado a dizer ironicamente, para caracterizar as inúmeras biografias que enfatizam Wagner como um «precursor» do nazismo.
Nada mais idiota, não mostram uma mínima compreensão da ideologia antissemita, tão disseminada e tão evidente, em grande parte dos meios intelectuais e de elite no século XIX. É um anacronismo absurdo, um erro crasso, se nós quisermos acreditar na boa-fé dos autores.
Porém, tal não é possível, na verdade. Não podemos ingenuamente «perdoar» os tais críticos. Pois, realmente, para estes, trata-se de afirmar o «politicamente correto» de uma forma bem pouco arriscada, indo ao encontro do preconceito, reforçando-o.
Por exemplo, que a música de Wagner era «adorada» pelos nazis, é falso, totalmente. E depois, mesmo que tal fosse o caso, que culpa teria Wagner disso, tendo ele vivido no século XIX e morrido em 1883?
Aquilo que me cansa é a constante etiquetagem que outros fazem e as pessoas aceitam como sendo «cultura», quando afinal não é mais do que transposição de preconceitos, ódios e amores, frustrações e desejos, pessoais do próprio crítico, para o campo da crítica de arte.
As opiniões de certos críticos sobre tal ou tal artista do passado ou presente, são muito reveladoras, mas da personalidade de quem emite estes juízos críticos!
Eu adoro Wagner, em particular, as canções a Wesendonck , a abertura da ópera de «Die fliegende Hollaender/ The Flying Dutchman» e o prelúdio a «Tristão e Isolda».
Isso faz de mim, um nazi? Só totalitários, afinal (quaisquer que sejam as ideologias que afixem) podem pensar tal coisa!