*O Irão agiu com medida e prudência para não desencadear o alastramento da guerra no Médio-Oriente, na sua retaliação, face ao crime de guerra israelita de bombardear instalações consulares iranianas em Damasco. Mas, ao mesmo tempo, deixou uma mensagem muito clara aos sionistas e a todos os inimigos que se atrevam a agredi-lo: - O Irão tem meios para causar muito mais danos do que causou agora. Somente danificou pistas de duas bases militares aéreas israelitas, mas tem capacidade técnica para atingir outros alvos, muito mais importantes, em Israel. Não foi uma vingança, efetuarem este ataque de aviso; os iranianos colocam-se num plano de superioridade militar e moral, face aos israelitas. https://www.moonofalabama.org/2024/04/iranian-missiles-hit-israel.html#more
Porque razão os bancos centrais asiáticos estão a comprar toneladas de ouro? - Não é ouro em si mesmo que lhes importa neste momento, mas é a forma mais expedita de se livrarem de US dollars!!
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terça-feira, 16 de abril de 2024
CRÓNICA (Nº26) DA IIIª GUERRA MUNDIAL... Desejada pelos neocons, entrou num novo patamar
Num certo sentido, a guerra mundial continua o seu curso. Ela não cessou desde que a URSS implodiu. Manifestou-se de forma ostensiva com o ataque - não motivado - das forças da OTAN, para esmagarem a ex-Jugoslávia, o país que não se conformava ao «diktat» neoliberal. A falsa bandeira - o tal 2º «Pearl Harbour», desejado pelos neocons no poder - do 11 de Setembro, foi pretexto para uma série de guerras de agressão, nas quais os EUA arrastaram os seus Estados-vassalos. Mas, apesar da força avassaladora e da (dita) «superioridade moral» ocidental («With God on our side»), foram escorraçados do Afeganistão e do Iraque; e falharam o derrube, através de proxies (Alquaida, Al Nousra e ISIS, criações do tipo «Frankenstein», do Império), do regime sírio.
Na faixa de Gaza falharam o objetivo declarado pelo estado sionista de Israel, seu governo e sua chefia militar: destruir por completo o Hamas. Não só não o conseguiram, como ficaram muito mais isolados na cena internacional, para não falar da eliminação do sonho, iniciado no consulado de Trump, dos «acordos de paz de Abraão» (com participação da Arábia Saudita e de outros atores vassalos dos EUA). Perante o falhanço, entraram em guerra direta com o Irão, com o objetivo de forçar a intervenção dos EUA, ao lado de Israel, para esmagar definitivamente o Irão. Também neste caso, falharam. O ataque criminoso ao consulado iraniano de Damasco será devidamente vingado pelo Irão, mas não o foi, por enquanto: O que o Irão fez, em vez de cair na ratoeira armada pelos sionistas, foi «mostrar os dentes»*. Fizeram a demonstração de que um futuro ataque maciço com drones e mísseis cruzeiro, não poderia ser eficazmente travado pelas defesas antiaéreas sionistas, nem mesmo com ajuda dos seus aliados.
Se a mensagem não foi claramente compreendida, se se efetivar uma «retaliação» israelita ao ataque do Irão, desta vez haverá nova onda de mísseis, mas já não previamente avisada e com alvos muito mais estratégicos incluindo, por exemplo, centrais elétricas e redes de distribuição de energia elétrica. Sem um fornecimento regular de eletricidade, a sociedade de Israel, sofisticada e demasiado segura de si própria, será confrontada com a realidade; será o desmoronamento dos mitos em que tem sido mantida pela extrema-direita no poder.
Creio que as grandes potências tutelando um e outro lado (China e Rússia, por um lado e EUA por outro), não deixarão que as hostilidades possam escalar até ao ponto em que o governo sionista seja tentado a pôr em prática o seu «plano Sansão»: A destruição completa de Israel, conjuntamente com seus inimigos, através da explosão de bombas nucleares (são mais de uma centena, guardadas na base de Dimona).
A atitude dos EUA tem sido muito ambígua; tem fingido que desaprova (fez isso em relação ao genocídio em Gaza, repetiu com o ataque ao consulado iraniano em Damasco), mas não faz rigorosamente nada para impedir que o governo de Israel continue na mesma senda. Porém, seria muito fácil; bastaria ameaçar com o corte do fornecimento de armas e munições ao seu aliado enlouquecido.
Mas não, a chefia dos EUA é do mesmo quilate que a de Israel. O governo dos EUA está dominado pelos neocons, ou seja, os que defendem a hegemonia («full spectrum dominance») dos EUA, a manutenção do seu poderio, das suas bases e das forças aliadas, o que inclui Israel, façam estes o que fizerem.
Espero que a realidade obrigue o bando de criminosos no poder em Washington, a manter-se sóbrio e perceber que não pode vencer esta partida pela força das armas: O melhor dos casos (para ele), seria conseguir o prolongamento do status quo mundial, utilizando diplomacia, não a força bruta.
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segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
CRÓNICA (Nº23) DA III GUERRA MUNDIAL: Quando os Erros se Sucedem
Em certos momentos, a classe no poder fica demasiado desorientada. É nestas ocasiões - que se podem verificar em diversas épocas históricas - que os poderes dirigentes são levados a fazer erro sobre erro. As tomadas de decisão desastrosas conduzem a um agravamento da situação, o que leva a que tomem medidas mais e mais brutais, mais e mais desesperadas, para assegurar o domínio sobre os adversários.
Nós estamos a verificar agora, no caso das guerras declaradas e não declaradas dos EUA e seus aliados, uma sucessão catastrófica de erros, que apenas resultam no enfraquecimento da posição global destes, em relação às nações que ainda ontem eram aliadas do Império, ou que não o sendo, tentavam evitar o confronto direto, para não sofrer o peso esmagador das sanções, da subversão e da guerra, pela potência hegemónica.
Uma característica sobressai dos fracassos, quer de israelitas (nomeadamente, no 7 de Outubro passado), quer dos EUA e vassalos da OTAN: A excessiva confiança nos sistemas automatizados de controlo, deteção e riposta, quer no cenário de Gaza, quer no cenário da base americana (ilegal) «Tower 22» na fronteira jordano-síria. O ataque com drones a esta última base, por milícias xiitas baseadas no Iraque, foi bem sucedido porque as defesas aéreas automáticas que defendiam a base não funcionaram. Já em Outubro os militantes palestinianos conseguiram inativar os sistemas de monitorização e desencadear um ataque para fora do perímetro de Gaza, fortemente vigiado. Neste caso, também os sistemas automáticos de resposta não funcionaram. Nos subsequentes ataques com mísseis, quer no lado do Sul (HAMAS), quer do Norte (HEZBOLLAH), a chamada «Cúpula de Ferro» (iron dome), o sistema israelita de deteção e contra-ataque com misseis teleguiados que - supostamente - iria neutralizar os mísseis e drones que se aproximassem, também não funcionou com a eficácia que lhe era creditada. Os americanos decidiram punir o Iémen, em retaliação dos ataques dos Houthis contra navios da frota de guerra dos EUA, estacionados na entrada do Mar Vermelho. Este ataque não causou danos significativos ao dispositivo de mísseis dos Houthis: Menos de 24 h depois do ataque americano, eram disparados pelos Huthis salvas de mísseis em direção a navios de carga e de guerra americanos e aliados.
No Tribunal Internacional de Justiça (um órgão da ONU) Israel foi condenado em termos nada ambíguos como autor de massivas e flagrantes violações dos direitos humanos e das convenções internacionais de proteção dos civis, em tempo de guerra (convenções de Genebra). Mas, não só Israel, também o governo americano, desprezaram esta sentença, mostrando - mais uma vez - o que os imperialistas entendem por «respeito pela ordem internacional baseada em regras»: Não se trata da obediência ao direito internacional, mas sim da submissão aos interesses dos EUA. A organização de apoio aos refugiados UNRWA, um organismo da ONU, foi-lhe seguidamente interrompido o financiamento, sob pretexto de que alguns (poucos) trabalhadores* deste organismo, em Gaza teriam alegadamente (sob tortura) confessado terem laços com o Hamas. Que este gesto dos poderes ocidentais apareça como vingança torna-se patente, pelo «timing» em que se ocorreu essa interrupção do financiamento: dias após a sentença do TIJ, mas semanas após terem sido conhecidas as alegadas ligações.
Veja-se, desde 2001, o percurso catastrófico das guerras no Médio-Oriente (Afeganistão, Iraque, Líbano, Síria Israel/Palestina), da guerra na Ucrânia, das provocações ao largo de Taiwan (legalmente e internacionalmente reconhecido como território chinês, não esqueçamos) e a intensificação da agressividade da potência que pretende ser hegemónica. Apesar deste crescendo, a sua posição estratégica global só diminuiu.
A guerra económica, com sanções, embargos, boicotes, tarifas punitivas, arresto de ativos financeiros e - mesmo - o confisco puro e simples destes, foi brutal, deitou abaixo muitas relações construtivas que se tinham tecido no pós-Guerra Fria. Isto conduziu à derrota do Ocidente, em termos da economia produtiva e - claramente - a favor dos «inimigos», a Rússia, a China e outros. Ou seja, os EUA e restantes membros da OTAN, essencialmente, perderam em termos económicos, com as sanções e outras formas de guerra económica, que tomaram a iniciativa de desencadear.
Há quem diga que os BRICS não precisam de tomar uma iniciativa agressiva contra a OTAN, basta se auto-desenvolverem, estreitarem laços de cooperação com projetos comuns entre eles e com outros, que queiram participar. Os tresloucados dirigentes ocidentais vão continuar a dar tiros nos pés, a se autopunirem, num jogo macabro e inútil, pois eles não podem já ditar as leis na arena internacional. Já estão completamente desmascarados; ninguém os vê como defensores da legalidade internacional. Agora, a verdade sobressai em todos os planos e ao nível global: São os EUA e os seus aliados (OTAN, Israel e alguns outros países aliados), quem estão - em permanência - fora da legalidade internacional; que não acatam resoluções da ONU, nem os veredictos de tribunais internacionais, quando lhes são desfavoráveis; são eles que multiplicam as ações de provocação, com o perigo destas induzirem o alargamento dos conflitos até ao nível global.
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NB:
* «That a dozen or less of the 30,000 UNRWA worker were probably involved in the October 7 events was known for weeks» Citado em MoA
DESENHO HUMORÍSTICO DE JOHN HELMER
Dois excelentes e detalhados artigos relativos às situações que enunciei acima, por John Helmer, e «Moon of Alabama»:
Este meu artigo acima, vem atualizar o ensaio em duas partes «As Quatro Fragilidades do Império»:
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quarta-feira, 16 de novembro de 2022
CRÓNICA (nº10) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: UM ASSUNTO MUITO SÉRIO
Mísseis S300 ucranianos, cedidos por ex-membros do Pacto de Varsóvia. Os sistemas antimísseis ucranianos são da era soviética; só podem operar com estes mísseis S300.
Ontem, dois mísseis disparados a partir das defesas antiaéreas ucranianas durante um ataque de mísseis russos, contra as infraestruturas elétricas da Ucrânia, numa zona próxima da fronteira Ucrânia/Polónia, aterraram em território polaco e causaram dois mortos*. Este caso foi logo tornado - pela comunicação social de massas do ocidente - num «ataque Russo contra a Polónia», o que potencialmente poderia desencadear O ALARGAMENTO/ GENERALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DA GUERRA, visto que a Polónia é membro da OTAN.
As pessoas que não querem ver, não veem. Este é o resultado, ou da sua cobardia, ou por estarem nas mãos de agentes poderosos e que lhes mandam fazer e dizer certas coisas, ou por autointoxicação ideológica. De qualquer maneira, este incidente e sua falsa atribuição, poderiam significar o despoletar de um conflito direto da NATO, com a Rússia.
Ele foi rapidamente reduzido à sua dimensão verdadeira pela declaração de Joe Biden de que «tudo indica que estes mísseis tinham sido disparados partir da Ucrânia, para intercetarem mísseis russos lançados contra as instalações elétricas ucranianas».
Os que sopram os ventos da guerra, não deveriam gozar de impunidade prática, sob pretexto de serem membros de órgãos de comunicação social. Os poderes servem-se, frequentes vezes, destes indivíduos sem escrúpulos, que por venalidade ou ideologia, se prestam a difundir «notícias» extremamente perigosas (propaganda), que podem desencadear reflexos de pânico ou de raiva, numa parte dos leitores. Podem também ser aproveitados por forças sombrias do «Estado profundo» (não apenas dos EUA, como de outros países da Aliança Atlântica), para forçarem o alargamento da guerra.
Com efeito, alguns criminosos, em posições estratégicas do aparelho administrativo, de espionagem ou militar das potências mais fortes, têm uma convicção da «inevitabilidade» de uma guerra GENERALIZADA entre a Rússia a NATO. Isso está por detrás da «lógica» deles, para incitarem posturas agressivas das potências ocidentais, para estas terem a iniciativa de um ataque nuclear. Eles contam com o «efeito surpresa». Note-se, que este incidente vem após a recente modificação da doutrina de guerra nuclear pelos EUA em que já admite, como fatores desencadeantes de resposta com mísseis nucleares, situações que NÃO envolvem ataque ou ameaça de ataque nuclear por uma potência inimiga.
Por isso, os neocons estão sempre a tentar provocar uma escalada, seja com falsas-bandeiras, seja com declarações incendiárias, para arrastar os governos a fazerem uma política de provocações e de confronto.
Como tenho dito, a 3ª Guerra Mundial começou há bastante tempo, só que as pessoas não se aperceberam (foi-lhes ocultado isso) que era esse o estado do Mundo.
A IIIª Guerra Mundial, no mínimo, começou OITO ANOS ANTES da invasão russa da Ucrânia, com o golpe de 2014 de Maidan, teleguiado pelos Americanos. Em resposta, as populações ucranianas de origem russa (cerca de 40% da população) defenderam-se. Não queriam ficar submetidas ao regime nacionalista russófobo e de extrema-direita de Kiev. A encenação criminosa do abate do avião das linhas aéreas malaias MH17, destinava-se a desencadear uma resposta emocional anti- russa em todo o Mundo. Os acordos de Minsk, para solucionar a guerra civil entre o governo de Kiev e as duas repúblicas separatistas do Don, foram enterrados pouco depois de assinados, pelo próprio governo de Kiev que os assinou. Seguiu-se uma longa guerra de atrição em que as forças de Kiev causaram mais de 14 mil mortes, em grande maioria civis das repúblicas separatistas.
Sem a conivência dos EUA e doutros países da NATO, tal comportamento do governo ucraniano da altura, não poderia ter existido.
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(*)Tweet:
Jackson Hinkle
@jacksonhinklle
Ukrainian military telegram admits that the deadly explosion in Poland was caused by a Ukrainian anti-missile defense S-300P to protect their country against Russian missile barrages.
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PS1: Em baixo, artigos da série «CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL»:
CRÓNICA (nº10) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: UM ASSUNTO MUITO SÉRIO
CRÓNICA (nº9) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: POLÍTICAS NEOLIBERAIS E GUERRA
CRÓNICA(nº8) DA IIIª GUERRA MUNDIAL - ECONOMIA EUROPEIA CAI NO ABISMO
CRÓNICA (nº7) DA III GUERRA MUNDIAL - A EMERGÊNCIA DE UM NOVO PADRÃO MONETÁRIO
CRÓNICA (nº6) DA IIIª GUERRA MUNDIAL - Os laboratorios de bioarmas dos EUA
CRÓNICA (nº5) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: UM RESET PODE ESCONDER UM OUTRO.
CRÓNICA (nº4) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - ECONOMIA, O NERVO DA GUERRA
CRÓNICA (nº3) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - FACTOS E VISÕES QUE A MEDIA MAINSTREAM ESCONDE
CRÓNICA (nº2) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - Hipocrisias... que nos podem matar
CRÓNICA (nº1) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - MÚLTIPLOS TIROS NO PÉ
PS2: Veja como «Moon of Alabama» regista a extensão da fraude premeditada dos media ocidentais e em especial, britânicos. Acho que estão em linha com as instruções dos seus donos!
PS3: John Helmer publica no seu blog uma extensa análise do efeito que teve na sociedade e forças políticas polacas não só o trágico incidente em si, da explosão do míssil ucraniano causando a morte de dois cidadãos polacos, como - sobretudo - a atitude de Zelensky, enquanto presidente da Ucrânia, insistindo que o míssil era russo, não pedindo desculpa pelo ocorrido e ainda por cima, querendo que os polacos lhe deem acesso ao inquérito sobre o ocorrido.
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