Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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sábado, 16 de dezembro de 2023

NÃO À OTAN, NÃO À GUERRA

 Este programa de No2NATO-No2WAR, com George Galloway, Piers Robinson e Richard Medhurst, é intitulado «War in two fronts».


Na realidade, a guerra não se limita às duas frentes onde há maior densidade de ações militares, neste momento (Ucrânia e Palestina). É o meu modo de ver a situação, como parte da IIIª Guerra Mundial. 
Mas, tudo o que dizem os participantes neste programa é rigoroso e esclarecedor.

terça-feira, 24 de outubro de 2023

[CRÓNICA(Nº19) DA IIIª GUERRA MUNDIAL] A GUERRA VISTA POR OUTRO ÂNGULO

                    Foto: Intenso bombardeamento de Gaza City pela aviação israelita

CONTRASTE ENTRE DINÂMICAS DE DESENVOLVIMENTO E DE GUERRA 

 Na semana passada, o  Fórum das Novas Rotas da Seda em Pequim incluiu - para a integração Euroasiática - investimentos totalizando cerca de 100 biliões de dólares em projetos para novas infraestruturas e para desenvolvimento.

Há dois dias, o presidente Biden apresentou ao Congresso um projeto, votado por unanimidade, consistindo em ajuda militar totalizando mais de cem biliões de dólares, cerca de 60 biliões para  Ucrânia (para comprar mais armas), e para Israel uns 40 biliões (sobretudo para compra de força aérea e mísseis ).

As motivações das águias e falcões imperiais são transparentes, como aponta Pepe Escobar, no seu mais recente artigo.


PARECE-ME FATAL QUE ESTA GUERRA SE GENERALIZE A VÁRIOS VIZINHOS DE ISRAEL. 

Pois a questão central que se coloca é que nenhum muçulmano, seja qual for a sua tendência política, religiosa ou sua nação pode ver tranquilamente a aniquilação de um povo irmão (muçulmano) indefeso em Gaza, sem ficar tremendamente indignado e desejoso de vingança. Os que governam os países árabes da região podem não ser muito ardentes defensores da causa palestiniana, mas se não se mostrarem em sintonia com as massas, podem ter, internamente, que enfrentar uma rebelião. O presidente Erdogan da Turquia está ciente disso, ele sabe que o povo não esqueceu a afronta feita em 2008, com o assassinato de civis turcos, num barco destinado a entregar ajuda humanitária  a Gaza, brutalmente atacado pela marinha guarda-costeira israelita. A marinha de guerra turca está posicionada perto de Israel, ao largo de Chipre.

Seja qual for o desenrolar desta guerra assimétrica Israel-Palestina, o certo é que o campo pró-palestiniano está reforçado como nunca,  inclusive, as simpatias pelo Hamas cresceram muito. Este movimento está a conseguir efetuar  a reunificação de toda a resistência palestiniana.


PROPAGANDA DE GUERRA DO OCIDENTE 

A propaganda do Ocidente, tanto as narrativas do governo dos EUA e de governos seus vassalos, como as duma media prostituída aos poderosos, não deixa que a real complexidade da situação político-militar seja perceptível pelo público, em geral. É preciso ir á procura ativa de fontes não alinhadas com o «globalistão», para se perceber quais as cartas possuídas pelos diversos intervenientes. As mentiras repetidas das autoridades de Israel deveriam fazer com que os jornalistas ocidentais olhassem com sentido crítico as suas histórias. Mas, pelo contrário, transcrevem acriticamente essas mentiras, nunca as confrontando com factos do terreno. Esta atitude da media é semelhante às sucessivas «notícias», segundo as quais as forças ucranianas estavam prestes a causar tremenda derrota no exército russo. Isto foi dito e redito, tantas vezes e de forma obviamente enganosa. O resultado, quando a realidade veio deitar por terra tais narrativas, foi que muitas pessoas acordaram para a natureza da media de massas.


JOGO PERIGOSO DO OCIDENTE

O jogo do «Ocidente coletivo» além de nojento - porque não se importa que as forças armadas de Israel anunciem e cometam um genocídio perante o olhar do Mundo inteiro - tem uma vertente de irresponsabilidade inquietante, pois assopra nas brasas quentes da destruição de Gaza, parecendo que o seu objetivo é o de causar uma guerra regional, com possibilidade de evoluir rapidamente para uma guerra generalizada. Pensam que assim, poderão obter a dominância total e definitiva do Ocidente sobre o resto do Mundo!  

Se os políticos no poder, nos países ocidentais, fossem sujeitos à crítica livre e esclarecida, não poderiam manter-se no poder. Por isso, a matança dum povo tem de ser recoberta de um manto de mentiras!


PS1: Mecanismo de propaganda de guerra e de lavagem ao cérebro:

A media corporativa, unanimemente, toma posição a favor de Israel. Basta ler os títulos, em que sistematicamente classifica o conflito como «Guerra Israel -Hamas». Este é seu modo hipócrita de colocar a situação, escondendo a vontade (e os atos) de genocídio anti- árabe, por parte dos sionistas, desde antes de 1948. 

Habilmente, deslocam o problema, como se fosse a questão do «Hamas, organização terrorista» que estivesse em causa, quando é o próprio Estado, Governo e Forças Armadas de Israel que (coletivamente) cometem atos terroristas, criminosos e estão a exterminar civis inocentes na Faixa de Gaza. 

PS2: Uma lição esclarecedora do Coronel US Douglas Macgregor: 

https://www.youtube.com/watch?v=00frv5blaXM


PS3: Leia como um jornal dito «de esquerda» faz censura despudorada sobre a questão Palestiniana

https://www.globalresearch.ca/surge-suppression-how-guardian-applies-censorship/5837810


sábado, 29 de julho de 2023

GOVERNO NETANAYAHU EM ISRAEL, PIOR QUE O KU-KLUX-KLAN

 

               Tamir Pardo: Dirigente do MOSSAD de 2011 a 2016

Leia notícia sobre as declarações de Tamir Pardo, ex-chefe do MOSSAD (a agência de inteligência de Israel). Ele conhece em pormenor os meandros da política israelita. Dois dos ministros do atual governo são, sob todos os critérios aceites, autênticos criminosos, visto que são racistas e que incitam os judeus a cometerem crimes contra as populações palestinianas. 

Ele afirma também que muitas leis passadas no Knesset (o Parlamento de Israel), seriam consideradas abertamente racistas e discriminatórias se fossem produzidas por parlamentos de países europeus contra cidadãos judeus. 

Mas, relativamente às leis de Israel, sobre os palestinianos, o governo e deputados «têm carta branca» para fazer tudo o que quiserem, pois os governos e parlamentos dos países ocidentais são cobardes e não se atrevem a por em causa, seja o que for, vindo do Estado de Israel.  

https://www.zerohedge.com/geopolitical/ex-mossad-chief-netanyahu-government-worse-ku-klux-klan

segunda-feira, 18 de março de 2019

ANTI-SIONISMO, ANTI-SEMITISMO E APARTHEID

 
                                          Líder trabalhista britânico Jeremy Corbyn

                                             Ilhan Omar, membro do Congresso dos EUA


Está em crescimento uma campanha contra os que defendem justiça para o povo da Palestina, exigindo que se tomem medidas para condenar e colocar um travão efectivo às actividades do Estado de Israel, que viola constantemente os direitos humanos das populações não-judaicas.

O líder dos Trabalhistas Britânicos, Jeremy Corbyn e a Congressista dos EUA, Ilhan Omar são exemplo de vozes corajosas dentro do «establishment» ocidental, em particular anglo-americano, violentamente atacadas em campanhas de difamação, com o objectivo de que sua imagem e seu exemplo moral, não sejam seguidos.

De facto, poderosos interesses coligados querem fazer passar uma falsa equivalência entre «anti-sionismo» e «anti-semitismo», o que mostra que os meios pró-sionistas e pró-Israel, continuam a desempenhar um papel importante na arquitectura globalista mundial. 

Com efeito, os EUA gastam verbas todos os anos, da ordem de muitos biliões de dólares, em ajuda incondicional a Israel, para este se dotar dos armamentos mais sofisticados. 

Os EUA utilizam Israel como peão conveniente no combate contra os inimigos que eles não querem enfrentar directamente, em guerras por procuração. 

É o caso da guerra de longa duração que Israel trava contra o Hezbollah ou contra o Irão, mas também das acções constantes contra a população civil palestiniana, que Israel tem exercido, com especial intensidade e violência na Faixa de Gaza.

O lóbi pró-israelita, em particular, nos EUA e no Reino Unido, tem estado por detrás de campanhas para destruir a imagem de personalidades que se erguem para denunciar os crimes e as violações constantes de Israel. As violentas campanhas, numa certa media, não recuam diante dos meios mais baixos, das mentiras mais nojentas. 

Mas, também tem havido falta de resposta de muitos, que se encolhem e deixam intimidar, embora saibam que estas campanhas têm como último objectivo destruir adversários incómodos, que alcançaram uma grande popularidade.

É importante realçar que existem judeus - dentro e fora de Israel - que defendem posições anti-sionistas: de condenação enérgica do Estado de Israel, da maneira como trata a população não-judaica e da política de apartheid dirigida contra os palestinianos. Destes, quase nunca se fala nos media ocidentais. Com efeito, eles são a prova de que se pode ser anti-sionista e judeu. 

Ser anti-sionista é ser contra uma tendência política, surgida na segunda metade do século XIX, que não se limita a defender um território (Israel) como pátria do povo judeu; também reivindica a anexação de muitos territórios pertencentes a Estados vizinhos, que terão pertencido ao reino de Israel no auge do seu poderio, há muitos milhares de anos. 

O anti-semitismo é uma posição totalmente diferente; é ser-se contra o povo judeu, em si mesmo, é uma forma de racismo. 
Enquanto que ser anti-sionista é uma posição política, não implica - de modo nenhum - que se seja anti-semita.