sexta-feira, 25 de outubro de 2024
O GLOBALISMO É SEMPRE OPRESSOR.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2023
DECADÊNCIA E MORTE DA «CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL»
Inventam motivos falsos, falsidades óbvias, mentiras descaradas, para que as pessoas engulam e se auto-absolvam de sua total falta de coragem e de ética. É que, apesar de tudo, as pessoas sabem que massacrar inocentes - e na escala em que é feito - é uma perversão total. Os nazis cometeram muitas atrocidades contra populações civis. Hoje, membros do povo judaico, cujos avós e bisavós sofreram o Holocausto às mãos dos nazis, são executores do Holocausto do povo de Gaza. Os governos e aparatos políticos que apoiam isto, estão realmente a justificar a descida aos infernos, o mergulhar nas trevas!
A minha surpresa é grande, embora não tivesse ilusões sobre os sistemas políticos ditos de «democracia liberal» do Ocidente. Acho que ninguém - ou quase - previu o mergulhar de tantos países em simultâneo, no que só pode ser designado por "totalitarismo de novo tipo".
As «elites» do dinheiro que estão no poder nos países ocidentais, manipulam as consciências. Mas, certos grupos de pessoas, deveriam ser mais difíceis de manipular: professores universitários, dirigentes políticos, membros destacados de igrejas, etc. Eles não podem, pela sua própria formação, ignorar o que se passa, nem qual é o seu dever. Mas, por cobardia, porque estão bem instalados na vida, fingem que não conhecem os factos chocantes ou descartam estes, como se fossem «mentiras dos inimigos da democracia». Os piores inimigos da civilização e da democracia são eles mesmos pois falham no seu dever, são cúmplices.
Os outros povos, não envolvidos na matriz imperial e neocolonial do «Ocidente», estão atónitos perante os comportamentos dos ocidentais. É sua convicção de que não existe outra solução, senão viverem afastados dessa minoria de países do Ocidente, perversa, contrária a Deus e aos valores cívicos que dizem defender.
Os governos e os oligarcas ocidentais estão a isolar-se a si próprios do resto do Mundo. Porém, estão tão ébrios da sua «superioridade», que não se apercebem disto. Nada pior do que um sistema que proclama num dado momento, certos valores para logo os trair no momento seguinte. É que ele nunca teve realmente os valores que apregoa. Eram apenas adornos de retórica ou propaganda para melhor executar seus crimes.
Não irei chorar nem uma lágrima pela «civilização» ocidental: Ela - afinal - já estava morta. Estou só à espera que se realize o funeral e que seja enterrada numa cova bem funda.
segunda-feira, 27 de novembro de 2023
INSTINTO DE CANÍDEO [OBRAS DE MANUEL BANET]
segunda-feira, 13 de novembro de 2023
TRADIÇÃO ESPIRITUAL E CIENTÍFICA
Complicam tudo.
De facto, a Palavra de Cristo é muito clara; não tem nada de misterioso ou de «escandaloso» como alguns pretendem.
Toda a dificuldade na questão da interpretação das palavras e atos atribuídos a Jesus nos Evangelhos, tem a ver com os preconceitos da nossa época.
Uma época materialista e racionalista não pode compreender - porque não pode aceitar - um discurso que se situa num universo mental diferente: Um Mundo profundamente imbuído do Espírito, onde o Espírito é a realidade última, enquanto a matéria é uma manifestação limitada, momentânea, da energia espiritual.
Os milagres são inversão da ordem natural das coisas, por intervenção do Espírito. Sem dúvida, no tempo de Jesus, havia falsos profetas, que tentavam iludir os incautos com truques de magia. As pessoas comuns que viram e sentiram a energia que se desprendia da presença física de Jesus, sabiam da existência desses falsos profetas, algumas até os teriam visto em ação. Portanto, de certa maneira, temos aqui uma prova de que Jesus era diferente de (falsos ou verdadeiros) profetas que o antecederam.
A arrogância das pessoas atuais consiste em pensarem que toda a sofisticação da sua maquinaria, seus gadgets eletrónicos, seus instrumentos científicos, permitiriam descobrir os truques usados (supostamente) por Jesus, nessas intervenções. Na verdade, sendo a Energia cósmica uma realidade espiritual ou não-material, não sendo formada por partículas ou ondas no Universo, a modificação instantânea de certos parâmetros físicos é tudo o que há de mais fácil para Deus. Cristo pediu o auxílio ao Deus Cósmico, que ele chamava «Pai», e Este, repetidas vezes, satisfez o pedido.
Daqui, não decorre que a filiação de Cristo ao Pai, seja de ordem material. Obviamente, é espiritual e a intervenção do Espírito Santo na gravidez de Maria é uma imagem simples, compreendida pela humanidade da época.
O contexto era espiritualista, não materialista. A gravidez era tida como fenómeno material, sabia-se perfeitamente que havia intervenção do sémen masculino para fecundação da mulher. Porém, a vida era considerada «dom de Deus», ou seja, toda a criança nascia por vontade de Deus.
Se acreditas realmente em Deus, qualquer que seja a forma como se reveste a tua visão do Divino, aceitas que os fenómenos - além das suas causas «mecanísticas» - estão sujeitos à vontade Divina. Ou, por outras palavras: Há uma espiritualidade que emana de todo e qualquer fenómeno, que ocorra, cuja «parte material» é indissociável da correspondente «parte espiritual».
Algures nos Evangelhos, é explicado que somos todos «filhos de Deus». Então, muitos fazem o erro de atribuir a Cristo a designação exclusiva de «filho de Deus» quando, na realidade, ele refere-se a si próprio como «O Filho do Homem».
Para mim, a dualidade não existe, há simplesmente um Universo, em toda a sua maravilhosa complexidade, a sua extensão no tempo e no espaço, de que somos todos «filhos». A mensagem de que somos todos «irmãos», não tem justificação no sentido literal, obviamente. Nem teria, a partir de especiosos argumentos sobre ADN antigo e recorrendo à Paleoantropologia, a Ciência do Aparecimento e da Evolução do Humano.
Mas, tem completo sentido para mim e para todos os «espirituais», que aceitam a comunhão fundamental dos seres vivos com o Universo. Não compreendo que pessoas que se consideram científicas, digam que somos feitos a partir da matéria formada nas estrelas (o que é verdadeiro, aliás) e não se considerem em comunhão com os outros seres vivos, nomeadamente com os outros humanos (de quaisquer «raças», nações, credos, etc.).
Para mim, as coisas são simples, no seu âmago, mas hoje, demasiado difíceis ou laboriosas de explicar. Porque, qualquer civilização humana, até bem perto dos nossos dias, dava a presença do Espírito sob suas várias formas, como uma evidência, como dado adquirido.
Porém, um nefasto extremismo materialista veio acentuar, a partir do século XVII, o «exclusivismo » da matéria, desenvolvendo um paradigma mecânico na física, que depois se estendeu a outras ciências, incluindo a fisiologia e a psicologia.
Triunfou a falácia de que «tudo é matéria»: Isto implicava que só seriam validadas explicações que recorressem exclusivamente aos aspetos materiais. Vê-se claramente que se trata dum raciocínio circular: Dá como provado aquilo que pretende provar. Pior, tudo o que seja espiritual é decretado como uma «emanação», como um «fenómeno secundário» do cérebro humano, de relações eletroquímicas e moleculares neste.
As consequências éticas desta postura são evidentes. Embora existam pessoas materialistas com elevada ética individual, uma civilização baseada nos princípios acima, é suscetível de cometer os piores crimes contra a Humanidade ou a Natureza. Claro que não será por isso que uma posição filosófica será mais ou menos verdadeira. Mas, a sacralidade da Vida, a religião verdadeira do Respeito pelo Cosmos, está a ser arredada, de várias maneiras, da esfera pública pelo «transumanismo», pelo «materialismo consumista», pelo «egoísmo hedónico», que tão obviamente penetram na psicologia das massas, quer através de «intelectuais», quer da media corporativa, quer da publicidade destinada a criar a dependência pelo novo e pela acumulação de objetos.
sexta-feira, 5 de agosto de 2022
UM SONHO
Sonhei que falava com uma águia.
Essa águia tinha vindo para estas terras, não se sabe muito bem como. O facto é que se libertou dentro do instituto de zoologia, onde um técnico resignado me explicou que ela não queria, de modo nenhum, regressar ao poiso, esvoaçando rente ao teto, nos corredores do instituto. De repente, vi a sua cauda e uma parte do seu corpo, por cima da porta do gabinete onde nos encontrávamos. Não sei o que se passou exatamente, nem por quê, mas o facto é que a águia, decidiu entrar no gabinete e pousar calmamente no rebordo da mesa de observação, ao meu lado.
Encetou-se então um diálogo entre ela e eu próprio, do qual não me recordo das palavras exatas, supondo que estas fossem pronunciadas. Tenho porém uma ideia clara sobre o que me explicou.
Ela era proveniente do Sul do Chile, da região Mapuche. Mas, ela não foi capturada; transportou-se por vários meios, creio que numa dimensão de universos paralelos, para o local presente.
Disse-me, em tom muito simples, que era uma mulher-xamã. Para ela, as propriedades de transformação em águia, o animal totémico, eram muito naturais, não precisava de ingerir nenhuma substância, apenas bastava invocar a Divindade Universal num ritual secreto, invisível, que a propagava a velocidade maior que a luz para qualquer ponto e na forma em que o Espírito Cósmico decidisse.
Fora Ele que a transportou para junto de mim. Claramente, Ele desejava que eu tomasse conhecimento de algo. Ela, então, transformou-se instantaneamente em mulher indígena, aparentando cinquenta anos, vestida com roupa muito simples, tez de bronze e olho de azeviche, brilhando de simpatia e inteligência.
Não recordo muito bem as palavras exatas do nosso diálogo. Mas posso garantir que foi de grande ternura e compreensão recíproca, como entre irmão e irmã.
Ela explicou-me que todo o povo Mapuche estava em risco de extinção, mas que não atribuía especial papel à sobrevivência da sua etnia e cultura ancestrais, senão na medida em que nós todos, povos ancestrais, das tribos e religiões do Mundo, estávamos a sofrer o mesmo perigo: O perigo de sermos escravizados e destruídos por entidades diabólicas, que tinham concentrado enorme poder tecnológico, financeiro, político e militar.
Este grupo de oligarcas concentrava mais poder, do que os Estados mais poderosos do planeta. Presidentes e chefes de governo vinham prestar vassalagem e receber instruções dos emissários destes oligarcas.
Para eles, a Terra e todos os seres nela vivendo, tinham de ser submetidos ao seu poder. Estavam cientes de que podiam decidir sobre todos os assuntos relevantes, usando uma coorte de submissos cientistas, de ambiciosos economistas e de políticos, que se dedicavam a transformar o Mundo em território onde a «elite» conservasse o poder para sempre, onde não houvesse sequer uma hipótese de rebelião, tendo os povos sido disciplinados e homogeneizados, para desempenhar as tarefas que lhes eram atribuídas por eles.
Tinham esse projeto e assumiam-no, tão confiantes estavam nele, que o enunciavam de modo muito claro em documentos e pela lógica dos seus atos. Graças a psicólogos e sociólogos seus lacaios e utilizando o seu controlo dos meios de comunicação de massa, tinham convencido vários povos a lutarem, não pelos seus reais interesses, pela melhoria das suas condições, pelo seu bem-estar e da sua descendência, mas pelos objetivos de destruição, conquista e domínio sobre todos os que estivessem em contradição com os projetos megalomaníacos dos senhores do mundo.
Porém, os poderosos deste mundo, não tinham o Espírito Universal do seu lado. Este, estava nos corações de membros de cada nação, de cada etnia. A semente de divindade estendia-se também a todo o mundo natural: Animais, Plantas, Elementos minerais.
Pois o Universo estava bem acima da vaidade e desejo de domínio de alguns homens, por muito ricos e poderosos que fossem. Era o Universo, através dos seus filhos e filhas, em cada povo e cada tribo, que estava a atuar. Por isso mesmo, os planos da elite, com seu culto satânico, acabavam sempre por ser desfeitos, por mais recursos, dinheiro, homens, meios técnicos que investissem para os realizar.
Era então nosso dever, de mulheres e homens que conservavam a verdadeira Religião Universal, fosse qual fosse sua manifestação concreta, a se juntarem, difundindo a verdade aos que estavam confusos, enganados.
Mesmo que esta tarefa parecesse sobre-humana, o facto de que mais e mais pessoas saíam do estado de hipnose e congelamento da inteligência e sensibilidade, devia-se afinal, à constante difusão da força espiritual, que não se manifesta com canhões, mísseis ou contas bancárias, mas com Energia Divina, banhando os corações humanos.
Não havia nenhuma fatalidade da Terra e seus povos caírem na escravidão, derrotados por este grupo reduzido de poderosos oligarcas. Mas, a lição do passado histórico ensinava-nos que, embora de maneira transitória, grande violência e opressão podiam abater-se sobre a humanidade, se esta transigisse consigo própria e não cumprisse o seu papel.
Foi esta a essência do que contou a águia mapuche ao velho professor que escreve estas crónicas. Ele apenas tentou descrever, com seus meios limitados, o colóquio impressionante e os ensinamentos que recebeu durante o sonho.
Oxalá que todos os leitores recebam esta mensagem e pensem como se devem comportar para contribuir para a libertação do género humano.
quarta-feira, 9 de março de 2022
O SER HUMANO? UMA ABERRAÇÃO DA NATUREZA
Qual a diferença entre os humanos e os animais?
Os animais jamais permitiriam que os mais estúpidos liderassem a alcateia.
sexta-feira, 4 de março de 2022
REFLEXÃO - «O HUMANO MORREU»
O globalismo é a ideologia do triunfo do capitalismo sem freio, do capitalismo mundializado, explorando à vontade os povos do Terceiro Mundo, os quais ficam felizes por terem trabalho, mesmo pago a um décimo do trabalho equivalente dos ocidentais. Estes, como novo-ricos, têm sonhos e fantasias, adições e ilusões, exatamente como crianças mimadas que são. Os dirigentes esmeram-se em manter os seus súbditos (vulgo cidadãs/ãos) num estado de torpor «feliz», de embriagês consumista, de «aventuras» turísticas de pacotilha. Assim, deixam os grandes capitalistas e seus «gestores» (quer na empresa, quer no aparelho de Estado), fazer o que muito bem entenderem.
A crise dita do COVID, entusiasmou e tornou ainda mais atrevida a classe dirigente globalizada, aquela que se revê no WEF de Davos. «Davos» é o leadership ideológico do globalismo, enquanto o seu núcleo duro são o capital financeiro, os grandes bancos sistémicos, mais Blackrock, Vanguard e outros «hedge-funds», com muito peso nas principais bolsas. Nesta economia totalmente financeirizada, a persistência da ilusão de riqueza é mantida pela pirâmide de Ponzi dos ativos financeiros, que parecem subir até ao céu, mas essa valorização é contabilizada em divisas que perdem cada vez mais o seu valor real, isto é, seu poder aquisitivo em mercadorias e serviços. Chega um momento, porém, em que é preciso, à oligarquia, fazer ruir o castelo de cartas: É o «Great Reset». A «pandemia de COVID» foi apenas o aperitivo.
Neste mundo, cujos valores estão completamente invertidos, «um mundo ao contrário», o trabalho tornou-se «dispensável», numa larga medida: Pensam assim os muito ricos e agem em consequência. A partir do neolítico, houve guerra frequente nas sociedades; temos abundante prova e descrição disso, desde os reinos e impérios da antiguidade (Suméria, Babilónia, Egito, Hititas, Fenícios, Gregos, Romanos...). Mas, o «capital humano» não era completamente desprezado pelos reis, pois os escravos, as presas da conquista do outro povo, iriam enriquecê-los e à corte palaciana. Hoje, os escravos já não são precisos: Os Senhores do Mundo estão apostados em reduzir estas «bocas a mais».
Hoje em dia, não consigo abrir uma página de um qualquer órgão de comunicação social «mainstream» ou de «rede social corporativa», sem sentir vómitos. Se os leio, faço-o com esforço, pois tornaram-se, não apenas manipuladores - sempre o foram - mas abjetos, arrogantes. Em resumo, penso que as pessoas que engolem essa "m... " desinformativa, sem pestanejar e até com imenso gosto, transformaram-se em «zombies». Como zombies que são, julgam-se normais. São normais, estatisticamente falando. E esta, é a verdadeira tragédia.
Podia Nietzsche , no século XIX clamar: «Deus morreu»! Mas, eu diria que «afinal, foi o humano que morreu!». Vejo isso escrito, em enormes letras, numa parede... Dizia-me, há muitos anos, um falecido amigo, que «o inferno é nesta Terra». Estava cheio de razão.
Este Mundo, não me custa nada dizer-lhe adeus.
sexta-feira, 6 de agosto de 2021
[Aldous Huxley, 1962] «A DERRADEIRA REVOLUÇÃO» DA TRANSFORMAÇÃO DA NATUREZA HUMANA
Embora Aldous Huxley tenha escrito o seu romance «Admirável Mundo Novo» em 1932, o mesmo foi aclamado como algo mais do que um livro de «science-fiction». Tem sido um livro com surpreendente atualidade: parece «profético»... na verdade, ele faz uma amplificação de traços do comportamento humano, enquanto indivíduos (psicologia, biologia), e enquanto sociedade (sociologia, saber sobre ideologias, história...). Assim, o livro é publicado, muito a propósito, um ano antes da tomada de poder de Hitler e na altura em que Estaline toma controlo total da burocracia soviética e liquida os últimos «românticos» do bolchevismo. Porém, 30 anos depois, aquando da conferência dada em Santa Barbara, Califórnia este livro, perfeitamente atual, ajudava a iluminar novas derivas autoritárias: não apenas nas ditaduras «comunistas», nas ditaduras fascistas, da Península Ibérica, ou da América do Sul e Central; mesmo nas chamadas «democracias liberais».
Hoje, o fenómeno repete-se. A classe oligárquica, para o «nosso bem», está a destruir os vestígios de liberdade, de direitos individuais, de prevalência da lei e do direito, supostamente, para nos manter seguros contra um «terrível» vírus...
Tirai a circunstância, tirai o pequeno pormenor, a mesmíssima atitude prevalece: Trata-se de não confiar no indivíduo, trata-se de estabelecer um complexo de medo, de angústia que «justifique» as medidas mais severas, trata-se de diabolizar, de anular toda a dissidência, impedindo primeiro a expressão de qualquer narrativa que contrarie a ortodoxia, depois o simples direito à subsistência, a possibilidade de uma vida social normal, a pessoas coerentes, que não desejem ser vacinadas, e isto por razões, porém, inteiramente legítimas.
Oiçamos pois Aldous Huxley, em 1962.
quinta-feira, 24 de junho de 2021
EVOLUÇÃO HUMANA ARBORESCENTE
Nos anos 70, em que estudei biologia na faculdade, a visão clássica da evolução humana era de um percurso linear, com a linhagem evolutiva que iria dar origem à nossa espécie, emergindo de um tronco comum ancestral.
https://observador.pt/2015/09/10/descoberto-primo-misterioso-da-raca-humana-na-africa-do-sul/
Ao longo desse percurso evolutivo linear, as fronteiras entre as diferentes espécies do género Homo eram pouco nítidas, mas a possibilidade de ter havido uma sobreposição era descartada, como sendo resultante do muito pouco que sabíamos na altura. Este estado de coisas, podemos agora dizê-lo, era devido a uma influência ideológica na Ciência da Evolução. A linearidade mais era uma construção académica, do que um facto de observação. Mas, isso satisfazia a mente humana. Pelo menos da maioria, que gosta de imaginar processos lineares, gosta de fronteiras bem delineadas e de mecanismos que se coadunem com categorias estanques. Esta maneira de ver o humano, o seu evoluir, o ser biológico, foi completamente subvertida em menos de meio-século.
Não apenas as espécies de homininos não se revelaram conjuntos genéticos fechados, estanques, como sua progressão também não obedeceu a um modelo linear, mas arborescente.
O nosso conhecimento sobre as espécies antepassadas de Homo sapiens e sobre os Homo sapiens mais antigos sofreu uma aceleração e uma transformação radical com a técnica de isolamento, purificação e sequenciação de genomas em ossadas quase completamente fossilizadas.
Mas, estas espécies humanas - Homo neanderthalensis e Homo denisovans - coexistiram, no tempo e no espaço com a nossa espécie (Homo sapiens). Houve fluxo de genes entre elas e temos a prova disso nos genomas atuais da humanidade contemporânea.
Entretanto, ainda há muito por descobrir: «Sequências mistério» estão presentes em vastas populações africanas subsaarianas. Espera-se, um dia, obter ADN de um fóssil que corresponda às referidas «sequências mistério».
Outra impressionante e recente descoberta foi a de Homo naledi, um hominino que viveu até há cerca de 300 mil anos, ou seja, contemporaneamente aos Homo sapiens mais antigos, que têm essa mesma idade. H. naledi contradiz muitas ideias-feitas: se não tivesse havido, no local da sua descoberta, um manancial de ossos fossilizados juntos e que permitem uma reconstituição particularmente precisa, teria sido possível imaginar que os ossos cranianos fossem atribuídos ao género Homo, enquanto os ossos não-cranianos seriam compatíveis com o género Australopithecus.
Temos de reconhecer que as novas evidências mostram uma evolução radiante (ou seja, arbustiva e não linear) com períodos de intensa produção de novidades, seguidos de períodos em que espécies do mesmo género vão evoluindo em paralelo, porém, com esporádico entrecruzamento (introgressão) entre espécies próximas parentes. Com efeito, são conhecidos híbridos de Homo sapiens e H. neanderthalensis; de H. sapiens e H. denisovans; e de H. denisovans e H. neanderthalensis.
A evolução humana, afinal, tal como noutros grupos de espécies animais, parece enquadrar-se melhor no modelo de «equilíbrios pontuados» de Niles Eldredge e Stephen Jay Gould, ou seja, de longos períodos estacionários, pontuados por períodos de mudança acelerada, com a formação rápida de novas espécies.
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PS1: Já depois de ter publicado este artigo, li a notícia da descoberta em Israel de uma nova espécie humana, anterior e contemporânea de neandertais. Esta notícia vai ser tema de um artigo neste blog, proximamente.
PS2: Um crânio em ótimo estado de conservação proveniente do norte da China foi revelado recentemente. Especula-se que poderá ser uma nova espécie do género Homo ou pertencer à espécie H. denisovans.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2021
Alan Watts O HOMEM E A NATUREZA
As teorias da Natureza
http://alanwattspodcast.com/media/119-ManandNature2.mp3
Uma lição clara de como nós, ocidentais, consideramos a Natureza, assim como os Hindus e os Chineses taoístas.
Sempre muito actual.
quinta-feira, 13 de junho de 2019
AURORA DA HUMANIDADE
As próprias descobertas de Homo naledi ou de Australopithecus sediba também foram aventuras. No filme, as narrativas fascinantes do trabalho de cientistas e exploradores, são contadas na primeira pessoa.