Mostrar mensagens com a etiqueta judeus. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta judeus. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Chris Hedges: «DOMÍNIO COLONIAL NA PALESTINA»


 Um documento importante, esta entrevista a Noura Erakat, jurista e professora na Univ. Rutgers (EUA), feita por Chris Hedges. Documenta mais de um século de colonização da Palestina. Indispensável para se compreender o presente.

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

PROPAGANDA 21 (nº20) «A BANALIDADE DA PROPAGANDA*»

 Patrick Lawrence, no seu recente artigo «A Banalidade da Propaganda» analisa os mecanismos pelos quais os poderosos transformam as palavras e as usam como instrumentos de ataque contra a inteligência dos seus súbditos, sem qualquer preocupação pela verdade, pela coerência, pela justiça. Os exageros e as inversões lógicas abundam nos discursos propagandísticos do poder. 

O exemplo mais recente, é o do poder de Estado de Israel, que nos quer fazer crer que as vítimas (os pobres civis esmagados e desfeitos pelas bombas israelitas) seriam, afinal, os «maus». O Chefe de Estado de Israel, Isaac Herzog, vai ao ponto de fabricar uma história envolvendo uma tradução árabe de «Mein Kampf» de Hitler** como tendo sido encontrada em Gaza, num esconderijo do Hamas! 

https://caitlinjohnstone.com.au/2023/11/15/theyre-just-insulting-our-intelligence-at-this-point/

Mas é preferível ler a história no artigo original, com o talento de Patrick Lawrence e os detalhes!

Pessoalmente, o que mais me impressionou, foi a justeza absoluta da reflexão de Hannah Arendt, judia e grande filósofa política, feita numa conversa em 1975, pouco tempo antes de morrer, com Roger Errera, um ativista da liberdade de expressão. As palavras deste diálogo são aplicáveis às situações que  enfrentamos hoje, cinquenta anos depois:

 “If everybody always lies to you,” she said to Roger Errera, “the consequence is not that you believe the lies, but rather that nobody believe anything any longer.” ***

As circunstâncias e acontecimentos presentes não podiam ser mais ilustrativos do que disse Hannah Arendt, há cinquenta anos!  

-----------------------

*Nota 1: O título do artigo de Lawrence, na revista Consortium News, evoca o célebre livro de Hannah Arendt sobre o processo do nazi Eichmann, «A Banalidade do Mal».

**Nota 2: Livro escrito por Hitler na prisão «Mein Kampf» (A Minha Luta), tornou-se o principal instrumento de propaganda do nazismo.

***Nota 3: " Se toda a gente te mentir, a consequência não é que acredites nas mentiras, mas antes que ninguém acredite jamais em seja o que for."

sábado, 4 de novembro de 2023

MANIPULAÇÃO DO HOLOCAUSTO

Tive, há cerca de 20 anos, o privilégio de ler «A Indústria do Holocausto*», por Norman Finkelstein, professor universitário americano, de origem judaica. Ele descreve a utilização das vítimas falecidas ou sobreviventes do Holocausto, por advogados sem escrúpulos, que obtinham somas astronómicas, enquanto as vítimas e os seus descendentes ficavam com pouco ou nada. Por ter escrito este livro e nunca ter renegado suas convicções de esquerda, foi considerado «traidor» à causa judaica e banido dos meios pró  sionistas para todo o sempre. Fizeram-lhe uma suja campanha de difamação e perseguição, que lhe custou muito (perdeu o seu posto universitário, entre outras coisas), mas não o desanimou de alertar os seus concidadãos para a opressão do Estado de Israel sobre a população da Palestina.

Quanto ao lóbi judeu dos EUA, é dos mais poderosos, juntamente com o do armamento: As associações AIPAC e ADL são as principais organizações que supostamente representam os judeus americanos mas, realmente, são sobretudo meios de pressão direta do Estado de Israel sobre a política interna dos EUA. 

Os sionistas no poder em Israel são pessoas extremistas, que se guiam por passagens da Bíblia, interpretadas como lhes convém. Eles julgam que aí encontram justificação para seus crimes contra o povo da Palestina. 

Se eu fosse profeta, diria que a era da Paz mundial virá quando houver justiça para o povo da Palestina, quando houver pleno reconhecimento do Holocausto (Nakba) Palestiniano e quando existir um Estado da Palestina ao lado do de Israel, com seguras fronteiras para ambos e garantia internacional sólida de segurança de um e outro povo. Entretanto, só haverá guerra, destruição: A própria ideia de direitos humanos está a ser «assassinada», juntamente com a de direito humanitário internacional.

Eu não sou judeu; porém, tenho amigos judeus e sempre tive muito respeito pelo povo judeu. Parece-me uma traição ao povo judeu e à memória do Holocausto, a utilização política absurda que a delegação de Israel na ONU fez, ao apresentar-se com a «estrela de David». Era um dístico que os judeus eram obrigados a usar, na Alemanha hitleriana e nos países ocupados pelas hostes nazis. Realmente, eles estão a mostrar que não aprenderam nada com a História dolorosa do seu povo. Nomeadamente, estão a querer ocultar, com propaganda, crimes de guerra e contra a humanidade que o seu governo e o exército israelita estão a perpetrar. Querem ser vistos como «vítimas», quando o Mundo inteiro vê que eles são os verdugos!


Os (talvez?) descendentes de vítimas do Holocausto judaico às mãos dos nazis, estão agora a causar - eles próprios - um Holocausto aos seus vizinhos, ao povo palestiniano, que merece igual dignidade que os judeus, enquanto seres humanos e enquanto povo. 

A raiz do mal, está no conceito supremacista de nação judaica e de «raça» judaica, que foi adotado pelos políticos sionistas. Na origem, o sionismo era um movimento claramente profano, antirreligioso mesmo. Muitos judeus religiosos têm inúmeras vezes denunciado o genocídio dos Palestinianos desde há 75 anos. São contrários à própria ideia dum Estado de Israel, baseando-se na sua interpretação da Bíblia judaica. 

Também no cristianismo, a «Jerusalém Celeste» foi sempre considerada simbólica. Designa a capital do Reino de Deus, depois da vinda de Jesus Cristo. É um conceito teológico, mais do que um lugar geográfico. Por mais sagrado que seja Jerusalém para as três religiões monoteístas (o Judaísmo, o Cristianismo e o Islão), esta cidade não pode ser a «posse» de nenhuma delas.

 Na fúria dos fanáticos sionistas, uma das obsessões na sua guerra contra os árabes, é a destruição da mesquita de Al-Aqsa, um dos locais mais importantes do Islão. A invasão e dessecração da referida mesquita por um bando de fanáticos sionistas, foi um fator para o desencadear da presente guerra. Havia, no entorno da mesquita, forças militares israelitas que não fizeram nada para contrariar os invasores sionistas e defenderem os fiéis muçulmanos agredidos. Esta invasão foi claramente planeada. Eles queriam desencadear uma resposta irada das forças da resistência palestiniana. Isso seria o pretexto para a  limpeza étnica definitiva, a Naqba 2.0.

   

                         

Os sionistas fanáticos e violentos, são objectivamente os piores inimigos de Israel. Ninguém, no Médio-Oriente, ou no vasto mundo muçulmano, está disposto a desculpar, ou atenuar a culpa do Estado de Israel, nem dos governos ocidentais coniventes. 

Os fanáticos pensam que tudo lhes é permitido ... incluindo, aniquilar um povo inteiro

---------------------

*A Indústria do Holocausto, por Norman Finkelstein

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

COLABORAÇÃO DE NACIONALISTAS UCRANIANOS COM NAZIS


 Um importante documento sem concessões, sem qualquer demagogia. Quem tiver conhecimento desta triste história, não pode senão ficar escandalizado pela omissão (intencional) destes factos históricos, pela media mainstream ocidental e pelos políticos alinhados com a OTAN. 
Hoje em dia, os partidos no poder na Ucrânia consideram-se continuadores destes «nacionalistas»; fazem marchas e erguem estátuas a Stepan Bandera. Estes factos desmascaram os «nacionalistas» ucranianos no poder, apresentados como se estivessem no campo democrático. 
Veja também outro documentário da série, mostrando a colaboração de ucranianos da Galícia com as famosas e criminosas SS alemães. Afinal, os que estão no poder em Kiev, são herdeiros e em continuidade com o pior que existiu durante a II Guerra Mundial.

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

WAGNER E O NAZISMO

Estas notas são um comentário após leitura do muito bem documentado ensaio de Brenton Sanderson: 

Evil Genius - Constructing  Wagner As Moral Pariah


Aprecia o belo, naquilo que ele tem de mais espiritual.

Despreza a pequenez, a necessidade dos medíocres em rebaixar o génio humano, de o transportar para a trivialidade de suas paixões «de cozinha». 

Como sabemos, existem inúmeras obras-primas da escultura, arquitetura, ou doutras artes, das quais não sabemos - nem teremos jamais conhecimento -  sobre quem as fez, muito menos que vida levou e quais os seus pensamentos. Mas, nós apreciámo-las sem nos preocupar com outra coisa senão com a estética. 

Por que motivo, temos de apensar o cunho, o ferrete, de uma ideologia, às obras de autores que viveram em tempos não muito recuados? 

Sabemos muitos detalhes biográficos sobre artistas que viveram há duzentos anos, ou há menos tempo. É natural que muito tenha permanecido, que os eruditos tenham conseguido desenterrar vários documentos sobre génios ou talentos celebrados. 

Temos curiosidade em conhecer as biografias dos nossos compositores preferidos. Construímos uma imagem das personalidades que estiveram na origem das obras-primas que mais apreciamos. Não são imagens reais; são apenas imagens que satisfazem os estereótipos, que permitem reforçar o mito em torno de tal ou tal artista. 

Através de tais biografias, os seus autores contemporâneos (ou não), dos artistas cuja vida eles descrevem, vão tentar moldar os acontecimentos para se coadunarem melhor com a imagem que eles próprios possuem dos tais ídolos. 

Também surgem casos de personagens biografados, quase sempre, de um modo negativo. Um caso extremo, é o de Wagner e do seu (real) antissemitismo

«Hitler foi o grande inspirador de Wagner» seria tentado a dizer ironicamente, para caracterizar as inúmeras biografias que enfatizam Wagner como um «precursor» do nazismo. 

Nada mais idiota, não mostram uma mínima compreensão da ideologia antissemita, tão disseminada e tão evidente, em grande parte dos meios intelectuais e de elite no século XIX. É um anacronismo absurdo, um erro crasso, se nós quisermos acreditar na boa-fé dos autores. 

Porém, tal não é possível, na verdade. Não podemos ingenuamente «perdoar» os tais críticos. Pois, realmente, para estes, trata-se de afirmar o «politicamente correto» de uma forma  bem pouco arriscada, indo ao encontro do preconceito, reforçando-o. 

Por exemplo, que a música de Wagner era «adorada» pelos nazis, é falso, totalmente. E depois, mesmo que tal fosse o caso, que culpa teria Wagner disso, tendo ele vivido no século XIX e morrido em 1883? 

Aquilo que me cansa é a constante etiquetagem que outros fazem e as pessoas aceitam como sendo «cultura», quando afinal não é mais do que transposição de preconceitos, ódios e amores, frustrações e desejos, pessoais do próprio crítico, para o campo da crítica de arte. 

As opiniões de certos críticos sobre tal ou tal artista do passado ou presente, são muito reveladoras, mas da personalidade de quem emite estes juízos críticos!

Eu adoro Wagner, em particular, as canções a Wesendonck , a abertura da ópera de «Die fliegende Hollaender/ The Flying Dutchman» e o prelúdio a «Tristão e Isolda»

Isso faz de mim, um nazi? Só totalitários, afinal (quaisquer que sejam as ideologias que afixem) podem pensar tal coisa!

sábado, 20 de julho de 2019

FRANÇA - O DESAPARECIMENTO

O desaparecimento da França com Barbara Lefebvre


Barbara Lefebvre é professora de História e Geografia. Com o seu último trabalho, «C'est ça la France» (É isto a França), a autora mostra-nos a deplorável constatação do estado do país, com o desprezo dos próprios e a ideologia das comunidades. Neste ensaio, ela defende a urgência de ser reactivado o conceito de pátria.




quinta-feira, 23 de maio de 2019

CRIMINOSOS DE GUERRA ISRAELITAS - SUAS PALAVRAS MESMAS OS ACUSAM



Alvejar Manifestantes Palestinianos Desarmados «Preserva os Valores de Israel»


PHILIP GIRALDI • 21 de Maio, 2019

A imagem pública de Israel, apoiada e propagada por uma rica e poderosa diáspora que tem um controlo significativo sobre a media, insiste em que o país é a única democracia no Médio Oriente, que opera em termos legais para todos os seus cidadãos e que o seu exército é «o mais moral do mundo». Todas estas afirmações são falsas. O governo de Israel favorece os cidadãos Judeus através de leis e regulamentos que são definidos pela religião. De facto, identifica-se a si próprio como o Estado dos Judeus com os cidadãos Cristãos e Muçulmanos tendo um estatuto de segunda classe. O exército de Israel, entretanto, tem cometido numerosos crimes de guerra contra populações civis largamente desarmadas, nos passados setenta anos, tanto no Líbano como contra palestinianos na Margem Ocidental e em Gaza.
Em resposta à Grande Marcha pelo Retorno do ano passado, em que civis de Gaza protestaram junto da vedação que os separa de Israel, os «snipers» do exército de Israel alvejaram mortalmente 293 palestinianos e feriram mais de sete mil. Outros vinte e dois mil foram atingidos por outras armas usadas pelos israelitas, o que inclui os recipientes de disparos de gases lacrimogéneo e balas de borracha. Os números incluem centenas de crianças e de pessoal médico de primeiro socorro, que tentavam ajudar os feridos, os quais foram - segundo os relatos – particularmente alvejados.
As Nações Unidas relataram que muitos foram alvejados nas pernas, o que o exército de Israel considera como “contenção” de sua parte. Muitos dos feridos irão ter de ser amputados  porque Gaza carece de meios médicos necessários para tratar as suas feridas de forma apropriada. Israel bombardeou hospitais e bloqueou a importação de aparelhos médicos em Gaza ao mesmo tempo que não permitia que os habitantes de Gaza saíssem do enclave para tratamento médico noutro sítio, no Médio Oriente.
Cento e vinte amputações já foram realizadas este ano. Jamie McGoldrick, o Coordenador Humanitário da ONU para os Territórios Ocupados explicou que “Existem 1700 pessoas com necessidade de cirurgias graves, complicadas, para que possam voltar a andar… [exigindo] muito séria e complexa cirurgia com reconstrução óssea durante um período de dois anos, antes de poderem começar a fase de reabilitação.”
As Nações Unidas gostaria de fornecer 20 milhões de dólares para assistência médica, em vez de amputações, mas os EUA recusaram apoiar este financiamento de emergência para os palestinianos através da agência de auxílio da ONU (UNRWA), uma posição presumivelmente tomada para favorecer Israel em punir o povo palestino.
Interessantemente, voltou à superfície um documento arrepiante descrevendo o ponto de vista do Exército de Israel em relação a alvejar manifestantes árabes. Há um ano, o ex-diplomata britânico Craig Murray publicou no seu blog, “Condemned By Their Own Words (Condenados pelas suas próprias palavras)”, que fornecia uma tradução do hebreu para inglês da transcrição de uma emissão de rádio israelita que tinha sido efectuada a 21 de Abril. Um brigadeiro-general israelita, chamado Zvika Fogel, estava a responder a notícias de ter sido morto um rapaz de catorze anos, desarmado, pelos soldados. Ele explicou em detalhe, que os soldados estão a fazer a coisa certa ao alvejarem e matarem palestinianos que se aproximam da barreira separando Gaza de Israel.
Os comentários do general Fogel são representativos do ponto de vista do governo sobre como controlar o «problema palestiniano». Apenas os direitos dos judeus, incluindo o direito à vida, são legítimos e os árabes deveria estar gratos por aquilo que o Estado dos Judeus lhes permite ter.

Fogel respondeu ao entrevistador Ron Nesiel à primeira pergunta “Deveria o IDF [exército de Israel] repensar o uso de snipers?” dizendo que “Qualquer pessoa que se aproxima da vedação, qualquer pessoa que pudesse ser uma ameaça futura à fronteira do Estado de Israel e seus residentes, deveria pagar o preço dessa violação. Se aquela criança ou qualquer outra pessoa se aproxima para esconder aí um engenho explosivo ou ver se existe alguma zona não segura ou para cortar a vedação, de forma que alguém pudesse infiltrar-se no território do Estado de Israel e matar-nos…”
Nesiel: “Então, o seu castigo é a morte?”
Fogel: “O seu castigo é a morte. No que me diz respeito então sim, se for possível atirar às pernas para pará-lo – óptimo. Mas se isso não é possível, então quer-se ver qual dos dois sangues é mais espesso, se o deles se o nosso. É claro para nós que, se alguém assim consegue ultrapassar a vedação, ou esconder um engenho explosivo …”
Nesiel: “Mas ensinaram-nos que fogo real é apenas usado quando os soldados enfrentam perigo imediato … Não nos faz bem a nós, todas essas imagens que são distribuídas pelo mundo fora.”
Fogel: “Eu sei como essas ordens são dadas. Eu sei como é que um sniper faz os disparos. Eu sei quantas autorizações ele precisa antes de receber uma autorização de abrir fogo. Não é a fantasia de um sniper ou outro que identifica o frágil corpo de um rapaz num dado momento e decide disparar. Alguém marca o alvo muito claramente para ele e diz-lhe exactamente por que razão tem que disparar e qual a ameaça vinda desse indivíduo. E com muita pena minha, às vezes mata-se um pequeno corpo, quando se pretendia alvejar um braço ou ombro e o tiro vai acima. A imagem não é bonita. Mas, se é o preço que temos de pagar para preservar a segurança e qualidade de vida dos residentes do Estado de Israel, então seja esse o preço.
“Olha, Ron, até somos muito bons nisso [em suprimir essas imagens] Não há nada a fazer, David tem sempre melhor figura que Golias. E, neste caso, somos Golias, não somos David. Isso é perfeitamente claro para mim… Isto vai arrastar-nos para uma guerra. Eu não quero estar no lado dos que são arrastados, quero estar do lado dos que iniciam as coisas. Eu não quero esperar pelo momento em que o inimigo encontra um ponto fraco e me ataca aí. Se amanhã vem a uma base militar ou kibutz e mata pessoas e toma reféns, chame-se o que se quiser, estamos num novo cenário. Eu quero que os líderes do Hamas acordem amanhã de manhã e pela última vez na sua vida vejam as faces sorridentes do IDF. É isso que eu quero que ocorra. Mas nós somos arrastados. Por isso estamos a colocar snipers, porque queremos preservar os valores nos quais fomos educados. Não podemos sempre tomar uma única foto e colocá-la em frente do mundo inteiro. Temos soldados aí, nossos filhos, que foram enviados lá e recebem instruções muito precisas sobre quem alvejar para nos protegermos. Vamos dar-lhes apoio.”
Pode-se razoavelmente sugerir que os comentários de Fogel reflectem o consenso entre israelitas sobre como lidar com os árabes. E os Estados Unidos são plenamente cúmplices com a matança. O embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, tem repetidas vezes elogiado o comedimento das forças armadas de Israel e censurou os habitantes de Gaza pelo seu comportamento. Os Estados Unidos continuam a subsidiar colonatos israelitas ilegais que incendeiam o conflito e estão acabando de colocar os últimos retoques no plano de paz aprovado pelos israelitas, que fará agora e para sempre dos palestinianos um não-povo, sem nação própria e sem quaisquer esperanças para o futuro. Entretanto, continuam a ser alvos dos snipers israelitas. O mundo deveria estar horrorizado pela arrogância de Israel e os EUA deveriam encolher a cabeça de vergonha, de cada vez que um político americano conivente viesse com o estribilho “Israel tem o direito de se defender.”

Philip M. Giraldi, Ph.D., é director executivo do «Council for the National Interest», councilforthenationalinterest.org, sua morada é: P.O. Box 2157, Purcellville VA 20134 e seu email: inform@cnionline.org.

Traduzido por Manuel Banet Baptista para o Observatório da Guerra e Militarismo


sexta-feira, 22 de junho de 2018

ILAN PAPPE: O SIONISMO E A LIMPEZA ÉTNICA DOS PALESTINIANOS


Ilan Pappe é um respeitado professor universitário judeu e de nacionalidade israelita.
Foi obrigado a refugiar-se na Grã-Bretanha em consequência de ameaças dirigidas à sua pessoa e à sua família. 

Parte I do programa «the Hart of the matter»: https://vimeo.com/5975423

Parte II do programa «the Hart of the matter»: https://vimeo.com/5976685