Porque razão os bancos centrais asiáticos estão a comprar toneladas de ouro? - Não é ouro em si mesmo que lhes importa neste momento, mas é a forma mais expedita de se livrarem de US dollars!!
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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

STOLTENBERG REVELA PLANO PARA DERROTAR A RÚSSIA


 É preciso compreender como pensam estes militaristas e qual o perigo em que se encontram as nações e povos da Europa ao submeterem-se à liderança dos falcões americanos. 



Confirma-se no vídeo acima que a IIIª Guerra Mundial já começou!

PS2: Zelensky finalmente revelou o seu «plano para a vitória»:

quarta-feira, 19 de junho de 2024

CRÓNICA (Nº28) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: UM ANIMAL É MAIS PERIGOSO SE ESTÁ FERIDO DE MORTE

Os imperialistas estão furiosos; a «ordem emergindo do caos», saiu-lhes furada. Estão como animais feridos de morte, que sabem que vão morrer; batem-se com o desespero de quem já não tem hipóteses de ganhar. 

Mas, repetem a ficção de que Ucrânia pode ganhar aos russos: A OTAN, recentemente, pela voz de Stoltenberg (seu Secretário-geral), reafirmou o compromisso em admitir a Ucrânia como membro da OTAN. 

Só que este país precisava de satisfazer um requisito imprescindível: tinha de vencer a guerra contra os russos. Ora, aqui está um exemplo de hipocrisia e maldade, eternizando o que os dois povos (Ucraniano e Russo) já sofreram. Os próprios estatutos da OTAN proíbem a adesão de um candidato, se este estiver em guerra. Portanto, a OTAN aposta na guerra «eterna» com a Rússia, usando a Ucrânia.

Entretanto, o petrodólar já recebeu a sua sentença de morte. E foi MBS que veio dar a estocada final. Lembrem-se do caquético e servil Biden vir, há um ano atrás, pedinchar ao príncipe herdeiro Mohamed Bin Salman, que este se juntasse ao embargo do petróleo russo e - ainda por cima - fizesse baixar substancialmente os preços, inundando de petróleo saudita o mercado mundial. 

 https://www.youtube.com/watch?v=IVijYJlMf_8      LENA PETROVA

A «cimeira» da Suíça foi um enorme fiasco e a prova provada da incapacidade dos súbditos do Império em fazerem a política da paz (verdadeira) . Para eles, a paz significa a capitulação da Rússia. Isto não está sequer remotamente dentro dos possíveis. 

Como alguém que «busca encarecidamente a paz», apressaram-se a fazer afronta atrás de afronta, roubando as reservas russas em divisas à guarda dos bancos ocidentais e entregando esses ativos, pertencentes ao povo russo, ao regime criminoso e mafioso de Kiev. 

Não satisfeitos com isso, assumem armar a junta resultante do golpe fascista de 2014, com mísseis de cruzeiro, capazes de alcançar qualquer ponto dentro da Rússia. Para quem quer fazer figura de «pacificador», não está mal, não senhor!  

https://www.youtube.com/watch?v=hJGsRBdFMpA   NEUTRALITY STUDIES

O pânico dos poderes dominando o Ocidente, ou seja, as chefias dos países vassalos do imperialismo e que já foram - no seu tempo - potências de primeira-grandeza, possuidoras de vastos domínios coloniais, mostra como são totalmente desapiedados, em relação à população civil palestiniana, que eles olham como se «não fosse em seu poder parar esses massacres imediatamente». 

Como estão, aliás, muito preocupados com os ucranianos; Têm-se esmerado em prolongar a guerra, uma guerra com zero hipótese do regime de Kiev vencer, com ou sem armas estrangeiras, com ou sem tropas «mercenárias» (militares que despiram a farda, mas que continuam a ser pagos pela OTAN). 

Dizem fontes insuspeitas que, pelo menos, morreram 500 mil soldados ucranianos nesta guerra de atrição («meat grinder» = moedor de carne). 

Muitos mais irão morrer inutilmente, para satisfazer a gula insaciável do complexo militar-industrial (principalmente dos EUA) e não menos insaciável gula de Blackrock, Vanguard, Monsanto e congéneres. Desde o princípio desta guerra, têm sido aqueles, os grandes compradores de terras ucranianas de primeira qualidade, para somar aos seus avultados investimentos em muitas áreas, desde os fundos financeiros aos terrenos agrícolas, nos EUA e um pouco por todo o lado. 



A característica saliente neste fim de império e de novo milénio, é que as guerras imperiais constantes não são lançadas para serem ganhas, são guerras "eternas", ou seja duram muito para melhor encherem os bolsos dos contratadores, das empresas abutres, grandes bancos «sistémicos», fundos de investimento financeiro e, claro está, das fábricas de armamento. Eles sabem que não podem vencer, então vão provocando os seus adversários que entretanto se organizaram.

Como? Como fazem eles o «cerco a 5 dimensões» à hidra imperial?

- Monetária-financeira (divisa dos BRICS usando «blockchain»)

-Desenvolvimento em infraestruturas e tecnologias (BRICS);

-Integração dos sistemas de defesa;

-Aumento da capacidade nas tecnologias de ponta (ex.: semicondutores);

- Trocas comerciais com todo o mundo, numa base de reciprocidade e interesse mútuo.

Face a estas iniciativas estratégicas, o que tem o Ocidente para oferecer?

-Mais neocolonialismo;

-mais «revoluções coloridas»;

-mais ameaça de invasão aos recalcitrantes;

- mais sanções

-mais propaganda

https://strategic-culture.su/news/2024/06/18/hegemon-orders-europe-bet-on-war-and-steal-russia-money/      PEPE ESCOBAR



domingo, 21 de abril de 2024

UCRÂNIA ESTÁ A ATINGIR O PONTO DE COLAPSO

 SCOTT RITTER: PERDEMOS O CONTROLO DO MUNDO PORQUE NOS RECUSAMOS A COMPREENDER O QUE SE PASSA


O nível dos chefes ocidentais é tal que, na Rússia e na China, não precisam de fazer grande coisa. A estupidez dos referidos dirigentes ocidentais apenas os enterra cada vez mais: São ridículos, desprezíveis e sobretudo criminosos (pensem em Gaza!).

Scott Ritter diz muitas verdades. Oiçam o que diz a propósito de
Stoltenberg
Scholz
Yellen
...
A estupidez não tem limites!
Zone contenant les pièces jointes

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

CRÓNICA (Nº16) DA IIIª GUERRA MUNDIAL : «NORMALIZAÇÃO» DO ESTADO DE GUERRA NA EUROPA

Uma boa introdução à situação militar e geopolítica no continente europeu, pode ser a visualização da entrevista dada pelo Coronel Douglas Macgregor:

O Coronel explica de forma muito clara porque o melhor que se poderia fazer do lado ocidental era acabar com a guerra na Ucrânia. Porém, o establishment de Washington está cego e insensível à catástrofe que provocou.

Figura: tanque alemão panther destruído pelos soviéticos, na IIª Guerra Mundial. Os modernos tanques panther 
 também têm sido destruídos na guerra Russo-Ucraniana.

Devemos ver os predadores psicopatas que governam os vários países, nomeadamente os mais fortes, como aquilo que são. Os discursos e as posições «de princípio» são apenas paraventos de palavras para encobrir os seus jogos de poder sangrentos.

Os EUA, comandando os seus aliados europeus, obrigando-os a fazer uma guerra não declarada contra a Rússia, estão a ordenar-lhes o «suicídio assistido da Europa».

Com efeito, eles pretendem que o conflito na Ucrânia desemboque numa espécie de situação de instabilidade permanente, nas fronteiras russas.

Eles sabem não haver interesse, da parte dos russos, numa invasão dos territórios onde é maioritária a etnia ucraniana (falantes de ucraniano). Têm já muito que reconstruir nas 4 províncias recém unidas à Federação Russa.

Os americanos desejam que a situação evolua para um cessar-fogo, para viabilizar uma espécie de zona tampão: Uma faixa de território desmilitarizada, que separe os territórios ucranianos, dos novo-russos.

Para eles, isso é satisfatório, pois os países europeus serão obrigados a fabricar armamento em grande escala, para enviar para uma Ucrânia reduzida, mas possuidora de continuidade política. O acordo de cessar-fogo seria suscetível de ser rompido logo que a Ucrânia, «o peão da OTAN», estivesse em condições de levar a cabo uma ofensiva realmente ameaçadora contra o território russo.

Mas este esquema é, para os europeus, o equivalente a terem guerra permanente em casa (no caso das zonas diretamente em conflito), ou muito próximo de casa.

Trata-se da eternização da Europa, enquanto zona de conflito. Os governos americanos adoram a situação, porque continuarão a ser suseranos dos países europeus enfraquecidos e submissos dentro da OTAN.

Por outro lado, a União Europeia, com potencial industrial e a possibilidade de se erguer como bloco autónomo, desaparece. Os EUA vão apoiar os países anglófonos e (re)constituir o seu império com o Reino Unido, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e países do «Commonwealth», que mantêm as suas distâncias com os BRICS, ou seja, países que se conservam na órbita de influência anglo-americana. Quanto à Europa da União Europeia, esta vai ser apenas uma «zona tampão».

O sonho utópico dos europeístas está definitivamente acabado. Só há autonomia política, se houver autonomia militar e diplomática: Mas, estas significam -afinal- que têm a sustentação duma economia largamente independente, embora mantendo elevado nível de cooperação com outras zonas.

Este foi o sonho que os sociais-democratas alemães tentaram realizar, mas tiveram que se submeter ao jogo do Tio Sam. Para tornar as coisas bem claras, o Tio Sam rebentou os gasodutos que forneciam energia barata e viabilizavam uma indústria alemã competitiva .

Não esqueçamos que tanto os americanos, como os dirigentes da OTAN (fantoches dos americanos) recusaram - no Outono/Inverno de 2021 - todas as propostas russas para abertura de negociações com vista a obtenção de garantias mútuas de segurança em todo o espaço Europeu.

Os países europeus mostraram o seu estatuto de vassalos, ao não abrirem conversações diretas com os russos, apesar de serem os mais interessados nas soluções diplomáticas e pacíficas para o continente europeu. O fantoche Jens Stoltenberg fazia, por essa altura (meses antes da invasão russa, em 2021), declarações incendiárias, dizendo, em substância: «de cada vez que eles (russos) vierem propor negociações, nós devemos responder com mais armamento, mais sistemas de mísseis, mais tropas da OTAN, nos Estados que fazem fronteira com a Rússia».



O que eu temo é a indiferença, a sujeição da cidadania. Esta, nunca foi tão intensamente condicionada. Depois do primeiro «ensaio» do COVID, fomos transformados em «ratos de laboratório humanos», para ensaios de condicionamento. Há que escrever uma obra - cientificamente consistente - sobre isto. Até agora, tenho podido ler artigos inteligentes sobre o assunto. Porém, os poderes e seus estados-maiores, possuem departamentos de «contra-informação», que se dedicam à guerra psicológica, à propaganda de guerra. Esta, é dirigida às populações dos países que estão «do nosso lado», mais do que às populações «inimigas».

Note-se que este estado de guerra permanente em solo europeu convém a muitos políticos, que assim podem jogar com o medo para se fazerem eleger (ou reeleger). Também serve os grandes patrões, que podem fazer reinar o terror nas suas empresas, despedindo e discriminando quem lhes apetecer, sob pretexto «de se livrarem de elementos subversivos, a soldo de Moscovo, etc.» Se isto vos soa a Guerra Fria, é porque o é efetivamente. Agora, já não dirigida contra a União Soviética e o «socialismo/comunismo», o grande papão. Agora o papão é a Rússia e «o novo Hitler» Putin, etc...

Realmente, tenho pouca esperança no imediato, pois a classe trabalhadora europeia está de rastos, alienada e sem uma perspetiva independente.

A hipótese de criação duma instância partidária ou duma frente, remotamente semelhante às frentes de classe dos anos 1930, é apenas um devaneio, infelizmente.

Como não vai haver uma resposta capaz de enfrentar o perigo, as populações europeias vão pagar. Elas já estão pagando, pois são europeias as populações da Ucrânia, da Rússia e dos países limítrofes que sofrem diretamente o impacto desta guerra cruenta.

Prevejo a continuação do cenário acima traçado, no curto prazo; mas, também, pode estar para durar por tempo indefinido.

Não faço conjeturas sobre a duração desta nova Guerra-Fria, nem sobre os meios pelos quais os povos se livrarão dela. Pelo menos, tentarei alertar as poucas pessoas, ainda capazes de raciocinar de forma livre e independente, de que o que se prepara é talvez pior e certamente diferente dos totalitarismos que estudámos nos livros de História do Século XX.

sábado, 14 de maio de 2022

Guerra Rússia-Ucrânia: uma guerra por procuração dos EUA contra a Rússia



 Guerra Rússia-Ucrânia: uma guerra por procuração dos EUA contra a Rússia. Conselho de Segurança da ONU pediu negociações de paz

O seguinte é uma entrevista de Peter Koenig com GEOFOR, Centro de Prognóstico Geopolítico (Rússia)

 

GEOFOR:  Saudações! Desde nossa última conversa, mudanças verdadeiramente históricas e marcantes ocorreram no mundo. A luta entre a Rússia e o Ocidente está apenas ganhando força. Como você vê as perspectivas para esse processo? Até onde esse confronto pode ir?

Peter Koenig:  Prever um resultado neste momento é quase impossível. Estamos falando de uma guerra por procuração, o Ocidente/OTAN contra a Rússia, jogada na Ucrânia e potencialmente – espero que não  – no teatro europeu.

Esta seria a terceira guerra mundial em território europeu em pouco mais de um século.

Pelo menos hoje, 6 de maio, o Conselho de Segurança da ONU pela primeira vez encorajou ambas as partes a buscar negociações para a paz, ou pelo menos um cessar-fogo. Claro, isso não significa muito, já que o presidente Zelensky é totalmente controlado pelo Ocidente, predominantemente Washington e Bruxelas, ou seja, a OTAN.

Se este apelo às negociações não resultar em nada tangível, em termos de, pelo menos, um acordo de armistício, com fortes expectativas de que possa eventualmente conduzir à paz, o conflito poderá prolongar-se por muito tempo – e agravar-se ainda mais, arriscando-se mesmo um cenário da Terceira Guerra Mundial; emergindo, Deus me livre, em uma guerra nuclear. Não vamos nem pensar nisso.

Por outro lado, não esqueçamos que, em todos os seus 246 anos de história, os EUA conheceram apenas 15 anos sem conflito. A economia dos EUA é quase 60% baseada na guerra, na indústria da guerra direta e nos serviços e indústrias relacionadas à guerra. Portanto, uma nova guerra para os EUA é necessária, agora, com o hegemon EUA vacilando, mais do que nunca.

Como disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov , em entrevista à Al Arabiya , o presidente Zelenskyy está totalmente nas mãos e sob controle do Ocidente.

Embora Zelenskyy tenha aceitado várias condições da Rússia, ele desistiu de seu compromisso depois de receber instruções dos EUA/OTAN em contrário. Veja este 59-min. entrevista em vídeo .

GEOFOR:  Hoje, vários estados estão aumentando o fornecimento de armas para Kiev. Quantas armas mais os países ocidentais podem fornecer à Ucrânia, já que seus estoques não são ilimitados?

PK:  Fornecer armas a Kiev é uma bonança da indústria de guerra ocidental. Como mencionado anteriormente, os EUA, por exemplo, dependem com sua economia em mais de 50% de guerras e conflitos armados, realizados diretamente ou por procuração. A guerra Ucrânia-Rússia é uma guerra por procuração para os EUA / OTAN e pela associação OTAN também para a Europa. Portanto, em vez de esgotar os estoques de armas ocidentais, sua indústria de guerra está funcionando em excesso. “A guerra é boa para os negócios”  tornou-se uma frase comum, quase “doméstica”; indica o tipo de mundo distópico em que estamos vivendo.

GEOFOR:  Voltando à pergunta anterior: você não acha que a Rússia deveria ter bloqueado as fronteiras ocidentais da Ucrânia em resposta? E, ao mesmo tempo, talvez seja hora de o Kremlin parar de fornecer petróleo, gás natural e outros recursos e mercadorias para a Europa e os Estados Unidos?

PK:  É difícil bloquear fronteiras.

A Rússia nunca teve a intenção e ainda não tem a intenção de “tomar o controle”, como na absorção da Ucrânia. A Rússia tinha e ainda tem quatro objetivos: nenhuma OTAN jamais na Ucrânia; tornar a Ucrânia um país independente e neutro; desnazificando a Ucrânia; e, por último, mas não menos importante, protegendo as duas províncias de Donbass, com esmagadoras maiorias de língua russa, Donetsk e Luhansk . A área de Donbas, você deve se lembrar, está constantemente sendo atacada pelo batalhão nazista-Azov, tendo causado cerca de 14.000 mortes de civis desde o golpe de Maidan, em fevereiro de 2014, em Kiev.

Estes são objetivos simples, oferecidos pela Rússia. Zelenskyy originalmente os aceitou contra garantias de segurança russas, mas depois voltou atrás, quando Washington/OTAN disse nyet . Veja acima a entrevista de Lavrov.

GEOFOR:  Quanto tempo pode durar a unidade do Ocidente na questão das sanções contra a Rússia tendo como pano de fundo seus próprios problemas internos, aumento de preços, protestos, etc.?

PK:  Esta é outra boa pergunta. Na verdade, já agora, e desde o início deste insano “jogo de sanções”, o ocidente é o principal perdedor. Não a Rússia, mas o Ocidente, predominantemente a Europa, está sofrendo com suas próprias sanções. São sanções impostas pelos EUA e pela Europa, a covarde União Europeia deixou-se coagir a repeti-las.

É claro que a Europa depende muito mais das linhas de abastecimento vitais da Rússia, como energia, especialmente gás, do que vice-versa. A Alemanha, por exemplo, depende em pelo menos 50% do gás russo; e esta é uma estimativa conservadora. O resto da Europa também precisa de gás russo como fonte vital de fornecimento de energia.

A razão para a Europa concordar com as “sanções” pode ser um pouco mais complexa do que aparenta. Há um fato pouco conhecido, ou apenas por poucas pessoas: a Alemanha, o principal país da UE, não é de forma alguma livre e independente. A Alemanha ainda vive sob um acordo de armistício desde a Segunda Guerra Mundial, nenhum Acordo de Paz jamais foi concedido pelos vencedores da guerra, especialmente os Estados Unidos. Várias tentativas de chanceleres alemães de se libertar disso – poderíamos chamar de escravidão – falharam. Washington reagiu com um “de jeito nenhum”, ou então…..

Um caso em questão é o Nord Stream 2. Ele foi morto não pela Alemanha, mas por Washington. Em detrimento de toda a Europa.

Até agora, a UE seguiu os ditames de seu principal parceiro económico e de defesa (OTAN). Quanto tempo eles vão aderir a essa regra tácita é uma incógnita. Do meu ponto de vista, o ponto de ruptura está próximo. O momento em que a Europa tem que tomar suas próprias decisões, independente da coerção sob a qual a Alemanha está.

Enquanto isso, o presidente Putin e seu brilhante conselheiro económico, Sergey Glazyev , chegaram a uma solução engenhosa. A Rússia honrará suas obrigações contratuais de fornecer gás e outros hidrocarbonetos ao ocidente, desde que a energia russa seja paga em rublos. Não em dólares americanos, não em euros, mas em rublos russos. Esta regra se aplica a todos os países que aceitaram o pedido de Washington de aplicar sanções à Rússia, em relação a mais de 40 países. Veja isso .

A regra do rublo originalmente criou alguns protestos e revoltas na Europa, a ponto de Mme. Ursula van der Leyen , Presidente da Comissão Europeia (CE), ingenuamente chamou, isso é inaceitável …. Bem, é simples. Ou são rublos ou não há gás. Eventualmente, a maioria dos países aceitou as condições russas, silenciosamente, sem barulho e, especialmente, sem cobertura da média ocidental.

Isso pode se tornar uma bonança para a Rússia: o Petro-Rublo substituindo o vacilante Petro-Dólar. É muito adequado para o ocidente e para o sistema monetário ocidental “propenso a sanções”. Mais e mais países se atrevem a desertar do sistema de moeda fiduciária, para moedas mais estáveis, como o ouro e o rublo apoiado pela economia nacional e o yuan chinês.

A maioria das fraudes acaba ter um fim. O golpe fiduciário do dólar americano durou o suficiente – mais de um século, desde que o Federal Reserve Act de 1913 foi aprovado de forma fraudulenta. É hora de o dólar ser substituído – levando o mundo a um sistema socioeconômico mais honesto e mais justo.

GEOFOR:  Os Estados Unidos estão aumentando sua atividade na região do Pacífico: o bloco AUKUS, submarinos nucleares para a Austrália, cooperação em armas hipersónicas com os australianos e os britânicos etc. Isso significa que, por um lado, Washington está trabalhando para enfraquecer a Europa e a OTAN e, por outro lado, está preparando um novo projeto estratégico dirigido contra a China e a Rússia?

PK:  O bloco AUKUS é uma expansão da OTAN no Pacífico. Não é um enfraquecimento da OTAN em si , muito pelo contrário. Destina-se a cercar ainda mais a China, através do Mar do Sul da China e indiretamente a Rússia.

Sob este acordo, a Austrália receberia submarinos nucleares da indústria de guerra britânica, substituindo e cancelando um contrato de 2016 para submarinos franceses.

Como assinatura, de acordo com a ABC Australia new (veja isto ), o contrato submarino quebrado com a França poderia custar aos contribuintes australianos até 5 bilhões de dólares.

O AUKUS  é um pacto de segurança trilateral entre a Austrália, o Reino Unido e os Estados Unidos, anunciado em 15 de setembro de 2021 para a região do Indo-Pacífico. Sob o pacto, os EUA e o Reino Unido ajudarão a Austrália a adquirir submarinos movidos a energia nuclear. O pacto expandiria essencialmente a OTAN para a região do Pacífico.

Por outro lado, a OTAN não pretende ser enfraquecida na Europa. Muito pelo contrário. Enquanto vários membros da OTAN da UE começaram discretamente a expressar dúvidas sobre a utilidade da OTAN em tempos de paz, a guerra por procuração Ucrânia-Rússia veio mudar-lhes o tom.

A propaganda mundial altamente financiada da agressão russa faz com que “todos” lutem por mais segurança. Os “líderes” europeus (sic) – a maioria deles académicos da Academia para Jovens Líderes Globais de Klaus Schwab são implantados pelo Fórum Económico Mundial (WEF) e seus manipuladores invisíveis. Eles seguirão seu roteiro aprendido de trabalhar em direção à Grande Reinicialização, uma tirania global, eventualmente levando ao sonho dos Globalistas ocidentais de uma Ordem Mundial Única (OWO), ou uma Governança Global, liderada por Washington. Esse é o sonho deles.

Entretanto, a OTAN na Europa poderá em breve ter dois novos membros, se o seu sonho se concretizar, Suécia e Finlândia. Estão a ponderar candidatar-se à adesão à OTAN. O Sr. Stoltenberg, secretário-geral da OTAN, já disse que seria a favor de uma adesão acelerada, se de fato os dois países se candidatassem. De acordo com Stoltenberg, a adesão plena pode ser possível até junho de 2022.

Imagine, a Finlândia que compartilha uma fronteira de 1.340 quilômetros  com a Rússia. A Suécia, no entanto, não faz fronteira com a Rússia, e a Suécia e a Rússia não estão em guerra entre si pelo menos nos últimos dois séculos. A adesão da Suécia à OTAN pode, portanto, ser considerada um ato especialmente severo de agressão da Rússia.

No caso da Finlândia, se a Ucrânia é uma indicação, a Rússia certamente não toleraria outro país da OTAN – a Finlândia – à sua porta. Isso pode se tornar outro ponto de discórdia, aumentando o cenário de guerra – e novamente, Deus me livre, em direção a um cenário quente (nuclear?) da Terceira Guerra Mundial.

A esmagadora maioria das pessoas na Finlândia e na Suécia é contra a adesão de seus países à OTAN. Por uma questão de defesa da paz mundial, podemos apenas esperar que a liderança dos dois países ouça seu povo.

* Em inglês no site do CRG: https://www.globalresearch.ca/russia-ukraine-war-western-proxy-war-against-russia/5780040

Isso foi publicado pela primeira vez no GEOFOR.

Peter Koenig  é analista geopolítico e ex-economista sénior do Banco Mundial e da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde trabalhou por mais de 30 anos em água e meio ambiente em todo o mundo. Ele leciona em universidades nos EUA, Europa e América do Sul. Ele escreve regularmente para jornais online e é autor de  Implosion – An Economic Thriller about War, Environmental Destruction and Corporate Greed; e   coautora do livro de Cynthia McKinney “When China Sneezes:  From the Coronavirus Lockdown to the Global Politico-Economic Crisis” ( Clarity Press – 1 de novembro de 2020).

Peter é pesquisador associado do Center for Research on Globalization (CRG). Ele também é membro sênior não residente do Instituto Chongyang da Universidade Renmin, em Pequim.