sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
O QUE ESTÁ A CHINA A FAZER PARA «DOMESTICAR» O DÓLAR ?
quarta-feira, 6 de março de 2024
O YUAN ULTRAPASSA O EURO, NA SUA UTILIZAÇÃO INTERNACIONAL
domingo, 16 de julho de 2023
CRÓNICA ( Nº15) DA IIIª GUERRA MUNDIAL - FIM DE REINO DO DÓLAR
Temos de aceitar uma vez por todas que, apesar da guerra na Ucrânia ser uma carnificina como não houve muitas, o cenário principal desta Terceira Guerra Mundial joga-se em planos muito diferentes do mero confronto militar. É um confronto total: Nada mais óbvio, a meu ver, que a luta de uns (BRICS e associados) para arrancarem a hegemonia do dólar, por um lado. Por outro, os EUA e seus aliados, a fazerem tudo para guardar essa hegemonia, incluindo - mas não exclusivamente - através da guerra «cinética» ou dita convencional, fazendo pairar a ameaça de guerra nuclear.
(Ver minhas crónicas anteriores: Crónica Nº13 da IIIª GUERRA MUNDIAL)
Li alguns artigos (ver links em baixo) e tentei resumir, neste escrito, o que aprendi com eles.
Alasdair Macleod chama-nos a atenção para o anúncio - feito pela Rússia - de que estaria para breve uma nova divisa, da responsabilidade dos BRICS, que seria apoiada no ouro. Os media ocidentais, tentaram - como de costume - ignorar ou minimizar a importância deste passo, anunciado para ser oficializado dentro de tempo muito breve, na cimeira dos BRICS de Johannesburg. Os BRICS, entretanto, vão-se alargando, a sua estrutura está a fazer a junção com outras instituições da globalização «alternativa», a Organização de Cooperação de Xangai e a União Económica Euroasiática. Trata-se - nada menos - da maioria da Ásia (incluindo países do Médio-Oriente), além de países de África e América Latina. Ao todo, serão uns 61 países (se a minha contagem está certa), a formarem este novo bloco, em torno do núcleo inicial dos BRICS.
A segunda peça, é de autoria de Marcel Salikhov, o diretor do Centro de Peritagem Económica da Escola Superior de Economia de Moscovo, inicialmente publicada no Valdai Discussion Club: Este documento lê-se como sendo uma planificação estratégica para acabar com a hegemonia do dólar. O autor di-lo, sem esconder os objetivos, com a segurança de alguém que sabe ter apoio e colaboração dum conjunto de especialistas monetários de vários países. Estes países constituíram a «Grande Aliança Informal» que se alargou e consolidou, perante a constatação de que os EUA e seus vassalos não hesitavam em deitar pela borda fora as «regras internacionais», como as do FMI e do Sistema Monetário Mundial (Por ex.: O estatuto especial dos bancos centrais e dos seus ativos), ou a utilização de sanções unilaterais como meio de chantagem política sobre regimes não afetos aos senhores hegemónicos (Aliás, indo contra o espírito e a letra dos tratados da ONU e da OMC).
Quem quiser, pode compreender -pela leitura do artigo - quais os passos propostos para a derrota do dólar enquanto instrumento bélico, usado para subjugar os Estados, exercendo sobre eles uma chantagem permanente, com o abuso do seu estatuto de «moeda de reserva».
Finalmente, o artigo do jornal on-line britânico Off-Guardian, por Riley Waggaman, correspondente em Moscovo. O rublo digital nasceu oficialmente, tendo a Duma (o parlamento russo) votado a lei na Terça-feira passada (a 11 de Julho de 2023). Note-se - de passagem - o silêncio, a falsa indiferença da media corporativa.
O que me parece importante fazer sobressair é que este lançamento do rublo digital não é desgarrado, mas coordenado com o lançamento sob forma digital duma divisa própria dos BRICS. A China, por sua vez, já possui instrumentos técnicos para lançar o Yuan digital em grande escala. Já o fez, a nível experimental, em várias províncias.
Quem está imbuído de conceitos keynesianos, ou deles derivados, tem tendência a desprezar o papel monetário do ouro. Porém, agora, o ouro surge «em todo o seu esplendor». Qualquer país que queira aderir ao «novo clube», quer use um nome novo, ou o nome tradicional da sua divisa própria, precisa de ter um certo grau* de cobertura em ouro nas suas reservas bancárias. Isto tem a sua lógica: Os países podem fazer comércio entre si usando moedas nacionais respetivas; mas, as trocas deverão ser periodicamente ajustadas pois, por coincidência somente, o valor das exportações dum país, cobriria exatamente o valor das importações do outro.
[* Não se trata de convertibilidade automática em ouro, dum padrão-ouro como existiu no séc. XIX, até à Iª Guerra Mundial (1914-1918): Nessa época, as notas de banco eram literalmente certificados de ouro. O seu possuidor tinha direito de as trocar pela quantidade correspondente em ouro ao balcão dum banco comercial.]
O resultado de os membros, e da própria organização dos BRICS alargada, terem a sua divisa comum e as divisas digitais dos vários países (rublo, yuan, ...) com o «backing» do ouro, é que esvaziam as moedas digitais que os países ocidentais pretendem lançar como versões digitais das divisas «fiat». Estas últimas, não são garantidas por nada, a não ser pela «confiança» nos bancos centrais e nos governos que as emitem!
ARTIGOS EM QUE ME BASEEI:
https://www.goldmoney.com/
https://www.informationclearinghouse.info/57678.htm
https://off-guardian.org/2023/
PS1 : Nomi Prins, em entrevista ao KWN, reforça os aspetos da mudança tectónica, referida no meu artigo acima. Veja e leia:
https://kingworldnews.com/nomi-prins-just-warned-what-is-about-to-be-announced-will-shock-the-world/
sexta-feira, 7 de abril de 2023
A DESDOLARIZAÇÃO ACELERA-SE
Desde 2016, que o ouro é cotado e transacionado em Yuan, na bolsa de Xangai
https://www.goldmoney.com/research/time-to-trash-triffin
https://goldswitzerland.com/golden-question-is-the-petrodollar-the-next-thing-to-break/
sábado, 11 de fevereiro de 2023
A DESDOLARIZAÇÃO ACELERA-SE
Segundo as últimas notícias, veiculadas por Pepe Escobar, os sistemas de pagamento bancário do Irão e da Rússia estarão em direta interação, em breve, formando uma plataforma imune às intervenções de guerra económica, que os EUA - pretensos «donos do mundo» - quiseram impor.
Outro sinal claro de desdolarização, é o acordo firmado entre o Banco central da China e o do Brasil: Estas instituições assinaram um memorando de cooperação permitindo a utilização do RMB (renminbi, o «dinheiro do povo» ou yuan). Isto vai fazer com que avancem significativamente e na prática, os acordos de investimento e cooperação. Mais um passo para a internacionalização do RMB, com a diminuição correlativa da fatia de trocas comerciais efetuadas em dólares.
Como eu tenho afirmado aqui, nestas páginas, o processo da guerra global que podemos chamar a IIIª Guerra Mundial, ocorre em vários planos, desde a parte propriamente militar, até À RÁPIDA TRANSFORMAÇÃO DA PAISAGEM MONETÁRIA, ENTRE OS PAÍSES NÃO TOTALMENTE DEPENDENTES DOS EUA. Note-se, que isto inclui países como a Arábia Saudita e as monarquias do Golfo.
Mesmo países com fortes laços com os EUA, como a Coreia do Sul, são obrigados - em função do contexto global no qual estão inseridos - a não alinharem com os EUA no que toca às sanções, pois isso iria afetar diretamente a sua indústria.
Não me surpreendem nada estes desenvolvimentos, tenho escrito sobre eles, em várias ocasiões. O que me surpreende é miopia dos poderosos, desde banqueiros até aos generais que, no centro do dispositivo imperial, dispõem de todas as informações e podem fazer uma avaliação realista da situação que eles próprios criaram. Não acredito que eles tenham uma ideia clara do que têm estado fazer.
De facto, têm estado a dar múltiplos tiros pela culatra (ou no pé). Penso que perceberam já a acumulação de erros estratégicos, que têm levado o Império do Dólar à situação presente. Acredito que, perante este panorama, decidiram fazer «como se», perante as massas dos países que controlam, a começar pelos próprios cidadãos americanos.
Os povos do chamado «Ocidente» têm sido sujeitos a uma dose de propaganda impressionante. Alguém que acredite integralmente na paisagem política, económica e militar que é veiculada pela media ocidental, é como se estivesse num universo paralelo. Haverá alguns ainda sob essa ilusão, mas muitos outros, embora já tenham descolado do tecido de mentiras propalado pelas fontes nas quais confiavam, estão ainda desprovidos de instrumentos conceptuais para perceberem realmente o que se está a passar.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2023
OURO REGRESSA AO CENTRO DO SISTEMA FINANCEIRO
domingo, 1 de janeiro de 2023
FUNDO SOBERANO RUSSO AUTORIZADO A SUBIR PERCENTAGEM DE YUAN ATÉ 60%
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
SOBRE O CRASH DE FTX E AS DIVISAS DIGITAIS DOS BANCOS CENTRAIS
Toda a construção parece, agora, que se sabe muito mais coisas sobre FTX e seu dono, algo muito frágil e ligado ao meio corrupto da política americana. Mas, embora as perdas para o dono e para os investidores em criptos sejam avaliadas em mais de 20 biliões de dólares, pode considerar-se que o mundo não ficou mais pobre. Porquê? Porque a imensa maioria das pessoas, AGORA, não vai colocar as suas poupanças em veículos tão especulativos, em que se arriscam a perder tudo se a plataforma onde colocaram os seus bitcoins e outras cripto, entrar em falência.
Agora, também se perfila no horizonte próximo a possibilidade de entrada em vigor de divisas cripto, emitidas pelos bancos centrais ocidentais. É verdade que o país mais avançado nesta digitalização a 100% do dinheiro é a China, que colocou experimentalmente, em várias províncias, cripto-Yuan em circulação. Porém, aquilo que transparece dos estudos dos BRICS e de uma série de países a eles associados, é que a própria ideia de nova divisa de reserva mundial, que de facto seja aceite como tal, não pode ser a divisa nacional, seja de que país for.
O reino do dólar como moeda de reserva, «obrigava» a que os EUA tivessem défices comerciais e da balança de pagamentos permanentes, em ordem a fornecerem o mercado mundial em dólares, sempre «consumidos» pelos diversos países - amigos ou inimigos dos EUA - no comércio e nas operações de financiamento internacionais. Além disso, os EUA não resistiram à tentação de se aproveitarem, de todas as maneiras, do seu monopólio de emissão da moeda de reserva mundial. Com efeito, o défice crónico da balança de pagamentos e comercial dos EUA era suportado pela emissão de dólares, os quais deixaram de estar indexados ao ouro desde 1971. Isto significa que os EUA recebiam matérias-primas e produtos manufaturados, que eles «pagavam» com pedaços de papel. Estes, apenas eram aceites porque os outros países os aceitavam também como forma de pagamento. Este sistema era gerador de inflação, visto que os EUA têm emitido muito mais dólares, do que os mercados financeiros e comerciais mundiais conseguem absorver. A crise mundial de inflação, agora em curso, não é mais do que a consequência de 8 anos de «quantitative easing» pela FED. Agora, nem a Arábia Saudita está muito interessada em que lhe paguem o petróleo em dólares. Logicamente, estando o reinado do dólar a chegar ao fim, pode-se imaginar que os que desenham a nova moeda de reserva mundial, queiram evitar para esta os defeitos de que sofria o dólar, enquanto desempenhava esta função.
- É verdade que os cidadãos de um determinado Estado, se lhes impuserem que a sua moeda seja digital, não terão muitas hipóteses de evitar usá-la no quotidiano. Por isso, as moedas digitais emitidas por bancos centrais, têm garantidos os mercados internos dos respectivos países. Mas, para terem aceitação inequívoca, ao nível internacional, têm de ser mais do que «digitais», têm de estar indexadas a algo de tangível, como matérias-primas estratégicas e/ou metais preciosos. É nesse sentido que caminham os que estão a construir uma nova moeda de reserva mundial. Provavelmente existirá um cabaz de moedas nacionais e que inclua também certas matérias-primas e metais preciosos. Isto significa que será uma moeda digital mundial muito estável, com um câmbio estável, não só para as divisas presentes no cabaz, como para as outras. Outra vantagem para os países detentores da nova unidade de valor monetário será terem acesso às matérias primas e ao ouro.
- O corte entre os blocos «euro asiático» e o «ocidental/anglo-americano» vai dar-se não somente em termos de alianças militares, mas também de blocos comerciais e espaços de circulação de divisas internacionais: Se as hostilidades se agudizarem e prolongarem, pode mesmo acontecer que não haja convertibilidade direta entre as moedas de reserva que vierem a ser adotadas num e noutro campo.
PS1: Parece que o dono de FTX, « Sam Bankman-Fried-on-Amphetamines » era, não só um drogado, mas também tinha o cérebro bastante afetado. Então, o autor do artigo seguinte coloca a questão de Sam ser apenas um simples joguete ("patsy"), tendo por detrás a manipulá-lo alguém poderoso:
https://www.unz.com/kbarrett/sam-bankman-fried-on-amphetamines/
quarta-feira, 6 de maio de 2020
CHINA ENSAIA YUAN DIGITAL, CONVERTÍVEL EM OURO
foto: Xangai, local da «Shangai Gold Exchange» (SGE)
Embora o assunto não seja novo, o facto de haver uma atitude experimental do banco central chinês (PBOC), diz-nos que o lançamento do «cripto-Yuan» com garantia-ouro está para breve.
Não é provável que seja directamente convertível em ouro, mas acredito possa ser usado o «cripto-Yuan» na compra de ouro físico, no mercado de Xangai (SGE).
Note-se que os mercados de «commodities», em Nova Iorque e Londres, têm servido, há longos anos, aos grandes bancos ocidentais (e Estados que se escondem por trás deles), para manipularem as cotações do ouro e doutros metais preciosos, através da emissão de contratos de futuros vazios (o «ouro-papel»). Portanto, o volume de compras e vendas de contratos de ouro e prata destas plataformas (o COMEX e LBMA) não tem relação com o volume de transacções de metais físicos que aí ocorrem. Tenho dedicado muitos artigos a este assunto desde há longo tempo.
(*pode ver uma entrevista-vídeo recente aqui)
PS1: artigo do SCMP mostra o que é realmente a criptomoeda do People's Bank of China, o cripto-Yuan. Os maiores receios quanto à sociedade de controlo são justificados: https://www.scmp.com/economy/china-economy/article/3083952/what-chinas-cryptocurrency-sovereign-digital-currency-and-why?utm_medium=email&utm_source=mailchimp&utm_campaign=enlz-gme_scmp_focus_hk&utm_content=20200515&MCUID=a41d4f7ba2&MCCampaignID=06b83b1130&MCAccountID=7b1e9e7f8075914aba9cff17f&tc=13
segunda-feira, 6 de janeiro de 2020
«CRIPTO-YUAN» SERÁ A PRÓXIMA CRIPTO-MOEDA?
A previsão nº10 do Saxo Bank para 2020, está prestes a realizar-se, tal como eu vaticinara.
Ver também artigo do SCMP, de Hong Kong.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
PREVISÕES DE SAXO BANK PARA 2020
Serão análogos, só com uma pequena diferença: são remíveis em ouro físico, na bolsa de Xangai.
quinta-feira, 17 de outubro de 2019
ESTÃO EM CRISE DUAS MOEDAS COM PARIDADE CAMBIAL COM O DÓLAR
Para atrair os investimentos via Hong Kong, a paridade do dólar de Hong Kong (HKD) com o dólar US, é estratégica. Com efeito, o governo da China tem vindo a desvalorizar sua moeda nacional, o Yuan, como forma de manter a competitividade dos produtos «made in China». Ultimamente, ainda se fala mais da desvalorização da divisa chinesa, uma guerra cambial no seguimento da guerra comercial, inaugurada por Trump.
Recordemos que Kissinger conseguiu obter que os barris de petróleo só pudessem ser cotados e vendidos em dólares US, em troca de uma protecção total do Reino, então o maior produtor de petróleo da OPEP.
Toda a política dos EUA no Médio Oriente tem estado orientada para manter esta exclusividade da venda do petróleo em dólares, mais importante ainda do que o acesso directo dos EUA ao crude.
Embora a Arábia Saudita tenha sido compradora de muito armamento sofisticado aos EUA, Reino Unido, França... observa-se, recentemente, uma mudança «deslizante» de suas alianças, com a China a substituir-se paulatinamente aos EUA, propondo a compra de petróleo saudita utilizando o yuan (em troca da entrada de capitais chineses na Aramco) e a Rússia a oferecer-se como garante da defesa e fornecedora de armamentos de ponta à monarquia saudita.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
A DESDOLARIZAÇÃO JÁ TEM EFEITOS TANGÍVEIS
O sistema do petro-dólar tem funcionado, visto que há uma demanda constante no comércio internacional, nomeadamente por causa da exclusividade de cotação em dólares do petróleo (acordo de 1973 entre Nixon/Kissinger e Arábia Saudita, depois alargado a toda a OPEP).
Entre estes, encontra-se a indústria do «fracking». Desde o primeiro dia desta indústria, o seu funcionamento e viabilidade dependia, não tanto da cotação do barril de petróleo ao nível internacional, como da capacidade dos bancos e entidades financeiras, atraírem dinheiro para a financiar.
Assim, os pequenos investidores e os investidores institucionais (como seguradoras, fundos de pensões, etc...) foram atraídos a investirem numa indústria que nunca foi rentável, que acumulou sempre perdas. No final, os pequenos vão ficar «depenados», salvando-se os grandes magnates...
A subida dos juros do «overnight» (nalguns casos, atingiu os 10%, quando o valor «normal» era em torno dos 2%) assinala ao mundo que é difícil obter financiamento, que há falta de liquidez (como aconteceu no desencadear da crise de 2007/2008).
Daí a injecção de centenas de biliões nesse mercado, por parte da FED. Agora, a FED quer servir-se do pretexto de assegurar a liquidez no mercado REPO, para fazer novo QE (Quantative easing) envergonhado.
Assim que existam alternativas viáveis ao dólar, tais como as notas de crédito para pagamento de combustíveis em Yuan, é só uma questão de tempo até o mundo reconhecer que o sistema do dólar já não oferece nenhuma garantia, porque seu valor é mantido artificialmente.
Não pode o Império do Dólar coagir tudo e todos a usarem a sua moeda, quase em exclusivo, nas relações comerciais e financeiras internacionais, como aconteceu no passado, durante largas décadas, nem manter uma hiper-valorização artificial dos «bonds» americanos, com rentabilidade bem acima das dos bonds de muitos países, cujas obrigações soberanas oferecem um juro menor e, portanto, são menos atraentes para os investidores.
Pode ser uma experiência muito dolorosa para o mundo, pois os EUA têm tido a habilidade de «exportar» a sua crise para outros parceiros, nomeadamente, o Japão e a UE.
Outros países, ditos em desenvolvimento, poderão ficar com as suas economias seriamente afectadas. Por exemplo, muitos países endividaram-se em dólares quando o juro dessa dívida era mais atraente e sobretudo quando o dólar estava «barato» em relação a outras divisas. Depois, o dólar subiu e manteve-se alto, o que obrigou esses países a fazer um esforço maior no pagamento dos juros e do capital em dívida.
Não é por acaso que os bancos centrais de vários países alinhados com os EUA e membros da NATO, como a Turquia ou a Polónia, estão a comprar grandes quantidades de ouro; é porque vêem «o que está escrito na parede»...
https://www.youtube.com/watch?v=xAF6_9_WS8g&t=1227s