sábado, 18 de outubro de 2025
A CHINA TERÁ DEZ VEZES MAIS OURO DO QUE RECONHECIDO OFICIALMENTE
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
REINICIALIZAÇÃO SERÁ ORIENTADA PARA EXTRAIR RIQUEZA DAS PESSOAS!
Reinicialização (reset em inglês): o termo escolhido pelos globalistas para a tomada de controlo financeiro e monetário em todos os países. Através destas alavancas (controlo do dinheiro digitalizado e controlo dos cidadãos através da vigilância 24/24) e usando os Bancos Centrais, os bancos comerciais e os Estados, eles procuram obter um controlo a 100% da população.
https://youtu.be/pukTTXAmENA?si=zFIrZbkhHmlywvZi
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
O último a saber ...
«O último a saber» é a expressão que se aplica, proverbialmente, para se referir ao marido enganado.
Mas, neste caso, não se trata do marido enganado, trata-se antes da grande maioria do público nos países «ocidentais», que incluem os do Ocidente (Europa e América do Norte) e países que se situam na Ásia (Japão, Coreia do Sul) e na Oceânia (Austrália, Nova Zelândia).
Porque, aquilo que está em jogo é uma mudança do sistema monetário, o «Great Reset». O sistema financeiro mundial, desde há vários anos, pelo menos desde a grande crise financeira de 2008, que quase se tornou a crise definitiva do capitalismo, está em ruptura. As moedas dos vários países, foram desenhadas para se irem desvalorizando. Assim, iam possibilitando que os governos e grandes empresas entrassem em dívida, mesmo de maneira crónica, sem grandes consequências para eles, pois estariam apenas obrigados a pagar dentro de X anos, numa divisa que perdeu - em termos reais - uma parte do seu valor. Mas, um sistema que queira conservar uma certa fiabilidade, uma certa estabilidade, tem de ser adossado a algo sólido. E dizer «algo sólido», em termos monetários, traduz-se em metais preciosos como garantia e - em particular - em relação ao ouro.
Desde cedo, que eu estava numa posição de descrença em relação ao sistema no qual vivíamos. Para mim, a crise de 2008 não foi a surpresa, mas foi-o seu «epílogo». Os grandes bancos, as multinacionais, as grandes fortunas, serem refinanciados apesar do que tinham desbaratado, em particular, na financiarização e desindustrialização (auto-induzida): Por exemplo, empresas industriais «convertidas» em empresas de gestão de capitais bolsistas. As injeções de dinheiro fresco, não correspondente a maior riqueza, nem a contrapartida de qualquer espécie, foram-se sucedendo sob o nome de «Q.E.». O pretexto falacioso, totalmente contrário ao mantra do «livre mercado» capitalista, era de que os grandes bancos, as grandes empresas, eram «demasiado grandes», para se deixar ir à falência. Esta extravagância na proteção aos mais ricos, em detrimento de todos os outros, induziu o comportamento de irresponsabilidade total, tanto nas finanças públicas, com nos grandes empórios monopolistas. Acentuou-se a divisão entre aqueles que tinham acesso ilimitado ao crédito barato, virtualmente com zero de juros, e todos os outros que, para comprar casa, carro, etc, tinham de pagar empréstimos aos bancos, com juros que pesavam nos seus orçamentos.
Entretanto, a crise do COVID pôs a nu a situação que já vinha de antes e se traduziu numa crise, em Setembro de 2019, com a subida brutal dos juros nos mercados Repo ( = mercados interbancários de empréstimos a muito curto prazo).
Não sei a partir de quando as altas oligarquias deram ordens para accionar o seu «Grande Reset», mas o facto é que, logo a seguir ao «COVID», se preocuparam muito pouco com qualquer semblante de equilíbrio e preferiram gastar milhares de milhões numa guerra estúpida, cruel e destinada a ser perdida, mas que lhes permitiria travar os BRICS e as " Novas Rotas da Seda" ou «Cintura e Estrada» (Belt and Road Iniciative). Estas, correspondem à verdadeira globalização, a das mercadorias e das trocas comerciais em todo o planeta.
Agora, Honk Kong vai ter um depósito de ouro, para comerciar com o resto do mundo, sendo claro para o «Sul Global» e para os BRICS, que o ouro é o veículo de troca ideal para intercâmbios internacionais, não estando sujeito aos abusos do dólar, ou de qualquer outra moeda que viesse a suceder ao dólar, depois deste ser destronado.
O público ocidental foi mantido no escuro, foi enganado vezes sem conta sobre o ouro e sobre a «subida» das moedas fiat, sobre os ativos bolsistas e doutros ativos financeiros sem substância no mundo real. Entretanto, paulatinamente, os bancos centrais iam comprando ouro às dezenas de toneladas (tanto os bancos centrais de países orientais, como ocidentais) e os muito ricos convertiam em ouro, ou em propriedades, uma grande parte dos ativos financeiros.
Agora, quem quiser comprar ouro (ou prata), terá de desembolsar uma soma bem maior do que há poucos anos atrás (ver gráfico* sobre o custo do ouro em dólares, no último decénio). Pois, o público ocidental é «o último a saber»...
* Custo do ouro em dólares, no último decénio
domingo, 21 de setembro de 2025
ALASDAIR MCLEOD: O YUAN, internacionalizado, vai ser garantido por ouro
segunda-feira, 7 de julho de 2025
AS GRANDES INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PREPARAM-SE PARA O «RESET» MONETÁRIO
segunda-feira, 9 de junho de 2025
ALASDAIR MACLEOD: O PLANO DA CHINA ENVOLVENDO OURO, PARA A ERA PÓS-DÓLAR
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quinta-feira, 1 de maio de 2025
NA TRANSIÇÃO PARA O NOVO SISTEMA MONETÁRIO
O «RESET» QUE VIRÁ PELOS BRICS: M-BRIDGE, DIVISA DIGITAL, CABAZ COM 40% DE OURO
terça-feira, 15 de abril de 2025
TODO E QUALQUER INVESTIMENTO É ESPECULATIVO
Se nós estendermos o sentido de «especulativo», para significar que estamos a prever algo que poderá ocorrer ou não no futuro, ou que poderá ocorrer de forma bastante diferente do que nós prevíamos, então todos os investimentos, financeiros ou não, terão a sua componente «especulativa», pois ao escolher aplicar o capital nisto e não naquilo, tivemos uma noção mais ou menos intuitiva, mais ou menos racional, do que seriam os desenvolvimentos previsíveis na economia em geral e no setor em que investimos, em particular. Por outras palavras, estávamos a fazer uma aposta. Ora, todas as previsões, por mais sensatas que pareçam, têm a sua margem de incerteza, os parâmetros escondidos, os cisnes negros, que poderão deitar por terra as nossas mais doutas e prudentes estimativas.
Mas, ao nível dos mercados financeiros, há um comportamento típico do especulador que o diferencia do investidor. Enquanto o investidor vai procurar recolher informação sobre a saúde de uma empresa, antes de fazer a compra de ações da mesma, por exemplo, o especulador está focalizado no curto prazo, na possibilidade de uma ação ou outro ativo terem uma descida brusca devido a fatores previsíveis ou imprevisíveis, tornando apetecível a sua compra e estando disponível para vender esse mesmo título, logo que esteja a cotar acima de dado valor, normalmente com lucro sobre o valor de compra. Este comportamento poderá reproduzir-se em compras e vendas intra-diárias, sendo a soma das pequenas mais-valias obtidas nestas operações a principal remuneração do especulador ou trader. O investidor, idealmente, espera obter - no médio/longo prazo - dividendos da compra dum ativo, e/ou a valorização do mesmo, que permita efetuar sua venda com lucro, no momento apropriado.
Quando a volatilidade dos mercados é grande, mesmo os profissionais têm dificuldade em acertar nas previsões; por outras palavras, enganam-se com maior frequência nas suas apostas. Assim, um aumento de volatilidade dos mercados - como se tem verificado nas últimas semanas - origina uma série de perdas, não devidas à «incompetência» dos intervenientes, mas devido ao comportamento caótico dos mercados. Se se diz, sobre um dado fenómeno, que é "caótico", isso significa que não se lhe pode atribuir qualquer lei, não se pode portanto prever a sua evolução, pois esta não mostra regularidade, direção ou tendência, para que a possamos reconhecer como base para previsão.
No contexto atual, os mercados de ações são atraentes para pessoas que se deixam seduzir pelas narrativas dos grandes investidores, dos multimilionários (por exemplo, Warren Buffett) que conseguiram - numa dada fase da sua vida - erigir uma fortuna devido a uma série de apostas acertadas, devido a investimentos bem calibrados, etc. No entanto, estas narrativas são sempre míticas, não revelam os casos que resultaram em perdas monumentais, inclusive em falências, omitem também as vantagens que estes «grandes» da finança tiveram graças ao «insider trading» (= estarem informados sobre decisões tomadas, ao nível de empresa ou de governo, antes de serem tornadas públicas).
Não é preciso ser-se empregado ou sócio de uma empresa, para obter informação privilegiada; os multimilionários banham num universo à parte, convivem com outros, seus sócios ou competidores, com quem trocam as informações mais diversas que poderão estar na origem duma jogada.
Os famosos analistas de mercados que previram o colapso de 2008, não precisaram de canais de informação previlegiada; fizeram - com aplicação e algum talento - o seu «trabalho de casa»: Analisaram o estado dos mercados e concluíram, corretamente, que em pouco tempo o castelo de cartas dos empréstimos hipotecários iria desmoronar. Eles jogaram tendo apostado nisso, enquanto os outros continuavam a jogar com euforia otimista.
Com tais profissionais dos mercados, estamos perante indivíduos possuidores dum saber de muita experiência acumulada, dando-lhes sensibilidade a fenómenos dificilmente quantificáveis, etc. Isto é o desempenho que se pode esperar dos melhores profissionais. É como os médicos experientes que conseguem efetuar um diagnóstico difícil, ou como os músicos que atingem um cume de perfeição artística inultrapassável. Não há dúvida que tais profissionais existem, mas são raros.
Os tempos são de enorme incerteza e vai haver fatalmente quem vá perder a camisa, porque joga nos casinos das bolsas, convencido que é como um Warren Buffett, ou outro «investidor lendário». Normalmente, pessoas que não têm tanta autoconfiança, jogam em «índices»; porém, no atual contexto, os índices são a maneira infalível de perder dinheiro: Quando os mercados estão em alta, mais ou menos continuada, jogar em índices significa renunciar a ter retornos «espetaculares», para apenas ter «bons» retornos, porém isentos de riscos significativos. Num ambiente turbulento e de quebra dos mercados, como agora, os índices vão espelhar as descidas; elas podem não ser tão acentuadas como as dalgumas ações, mas haverá necessariamente perdas.
De qualquer maneira, eu desaconselho sempre que se joge no casino das bolsas: Quer a título individual, quer através dum fundo, estamos sempre muito sujeitos a fatores que não controlamos, que muitas vezes desconhecemos, ou que avaliamos erroneamente, etc.
Existem mercados não financeiros, como o imobiliário (este também sujeito a especulação), os metais preciosos (ouro e prata em barra, ou em moeda), os objetos de coleção, as obras de arte... A vantagem destas áreas de investimento, nestes tempos difíceis, é que o seu valor nunca irá descer até zero. O mais provável, é que conservem o mesmo valor relativo e até que se valorizem mais, pois eles se tornam mais raros e o dinheiro vai-se desvalorizando.
É conhecida de muitos, a história verdadeira dum apartamento de luxo, numa artéria central de Berlim, em 1922/23, que foi transacionado por 3 onças de ouro (1 onça= 31,1 gr.). Nessa altura, o Marco alemão estava a sofrer uma destruição completa por híperinflação. Quem tiver trocado -antes duma crise hiperinflácionária - o seu dinheiro fiducitário por barras de ouro, conserva o seu valor, no mínimo. Mas, muito provavelmente, como se verifica agora, o ouro subirá muito, muito mais rápido que a inflação, pelo efeito da procura muito acrescida e da raridade da oferta. Quem tem ouro, só irá vendê-lo por um preço muito elevado, superior à cotação oficial, nestas circunstâncias.
Os trabalhadores e pensionistas dos EUA e doutros países que fizeram reformas destruindo o Welfare State, para se conformarem com as doutrinas neoliberais (nos anos 1980), estão forçadamente metidos nos mercados financeiros, até sem terem a mínima ideia dos investimentos onde estão investidas as suas pensões. Isto porque são fundos de pensões (muitos são privados, alguns são estatais), que gerem estes capitais. Estes, teoricamente, são propriedade dos trabalhadores. Os descontos feitos ao longo da vida ativa, para as pensões são considerados salário diferido, não são um imposto.
A apropriação destes fundos de pensões, públicos e privados, fez com que eles servissem, durante estes 40 anos, para alimentar os mercados especulativos. Mas, até agora, ainda havia algumas limitações áquilo que podiam fazer os gestores; por exemplo, tinham de ter uma fração dos fundos em obrigações do tesouro, como «garantia» de pagamento das pensões, no caso de perdas severas nos segmentos imobiliário e bolsista, nos quais estavam investidos.
Hoje em dia, a ganância dos poderosos e a sua falta de escrúpulos revela-se ao «sugerirem» que estes fundos poderiam ser «mobilizados» para investir em indústrias de armamento. Ninguém os autorizou a deitar mão a estes capitais. Eles são dos cidadãos, não pertencem ao Estado, mesmo nos casos em que é o Estado que está encarregue de os gerir.
A crise/colapso que agora está diante de nós apresenta-se muito pior que a crise de 2008. Neste ano e subsequentes, o que aconteceu foi a recapitalização de fundos especulativos e da banca de negócios, utilizando dinheiro «impresso» digital, não correspondente a nenhum aumento de valor nos bens reais. Foi a operação dita de Quantitive Easing e suas reiterações.
Sem dúvida, todos nós (não creio que banqueiros e grandes capitalistas leiam isto!) sofremos com isso. A inflação resulta sempre do excesso da massa monetária em circulação, em relação à massa de bens e serviços produzidos: Se o excesso é grande, isso repercute-se na economia do dia-a-dia: uma unidade de qualquer mercadoria irá custar mais caro. Isto significa que será transacionada com mais unidades de dinheiro, pois cada uma delas vale menos.
Não será somente o mecanismo acima citado, que vão acionar, agora: Estão anunciados «bail-outs» e «bail-ins», ou seja, recapitalização dos bancos pelo Estado (bail-out), à custa dos contribuintes, ou à custa dos depósitos dos clientes desses bancos (bail-in). Esta última modalidade foi a solução da UE para a crise cipriota, em que depositantes com contas acima de determinado montante tinham «um corte de cabelo», de 23%. Tudo isto se fará sem a mínima concordância dos afetados, evidentemente. Como sempre, os responsáveis pelos sucessivos descalabros financeiros são intocáveis. Melhor ainda: São «heróis» que merecem ser salvos a todo o custo.
A única maneira do cidadão comum se precaver é não acreditar no que dizem uns e outros. Teremos de ver por nós próprios, quais os factos, qual a realidade. Isto não é fácil, mas se nós confiamos noutros, das duas uma: ou estamos nas mãos de um aldrabão, ou será alguém de boa fé: Ele acredita que está a dizer a «verdade» e julga que sabe mais do que o comum dos mortais. Ora, como tenho repetidas vezes mostrado neste blog, as coisas não são assim; muitas pessoas podem ser honestas, porém a sua visão é enviezada, pelo hábito, pela ideologia, pela avaliação incorreta da realidade, etc. Não é preciso presumir qualquer intenção malévola. A complexidade da economia e da sociedade, são tais que é impossível prever em pormenor o futuro. No melhor dos casos, conseguem-se prever as tendências principais.
Quanto a previsões obtidas utilizando «IA», lembrem-se que aquilo que se fornece à máquina, os dados e os algoritmos com os quais trabalha, são determinantes. Ninguém pode dizer honestamente que os dados fornecidos são 100% corretos, que todos eles têm a maior relevância, que não deixaram nada de fora, nem que os algortímos são os mais apropriados para a questão.
A economia é assunto de psicologia, também. Não é apenas assunto «de capital, trabalho e máquinas». Temos de apurar a nossa inteligência social, a nossa compreensão sobre como as coisas funcionam. É um facto que isso não nos dará garantia de sobrevivência... Mas aumenta significativamente a sua probabilidade.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Algumas coisas SOBRE OS BRICS E O OURO
sexta-feira, 6 de dezembro de 2024
O LANÇAMENTO DA DIVISA DOS BRICS PODE ESTAR PERTO
O BIS cancelou a sua participação na construção de m-BRIDGE após 4 anos a participar na construção desta plataforma, com parceiros dos BRICS e candidatos a membros dos BRICS.
Por outro lado, a França já avançou uma proposta de integração nos BRICS. Quanto à Itália e Alemanha, querem manter boas relações comerciais com a China e tudo farão para isso!
As ameaças de Trump somente aceleram o processo da desdolarização. A política de sanções e tarifas alfandegárias para punir os países que não se submetam vai sair-lhe pela culatra: Vai apenas confirmar que os EUA já não são parceiros comerciais estáveis e credíveis.
RELACIONADO:
FIM DA HEGEMONIA DO DÓLAR: CONSEQUÊNCIAS PARA A ECONOMIA GLOBAL (com o Dr W. Powell )
CIMEIRA DE KAZAN: MUDANÇA DE MARÉ NAS DIVISAS FIAT (Alasdair Mcleod)
terça-feira, 5 de novembro de 2024
ESTAMOS NUMA SITUAÇÃO MUNDIAL INÉDITA; O QUE DEVEMOS SABER.
A hipótese do ouro, junto com outros metais e matérias primas associados, participar numa divisa sintética, destinada ao comércio entre os BRICS foi excluída, por enquanto.
Porém, a visão de que o ouro é realmente dinheiro, pois conserva o seu valor, mantém-se e reforça-se. A capacidade duma certa quantidade de ouro ser trocada por mercadorias, sejam alqueires de trigo ou barris de petróleo, etc. mantém-se e reforça-se.
SIGNIFICADO DA ACUMULAÇÃO DE OURO EM BANCOS CENTRAIS
Portanto, indiretamente, os países que possuírem muito ouro nos seus bancos centrais estão mais precavidos aquando de crises financeiras, que os que têm exclusivamente ou sobretudo, uma ou várias divisas de reserva (o dólar, o yen, a libra, o euro, o yuan...).
Entretanto, grandes quantidades de ouro vão sendo compradas pelos bancos centrais no mundo inteiro. Este movimento não é exclusivo de países dos BRICS, que olham com desconfiança o dólar, visto que este tem servido para fazer chantagem, permitindo que as sanções (ilegais, todas elas, face à lei internacional) decretadas pelos EUA acabam por ser adotadas por países terceiros, sob pena de retaliações e multas. Muitos bancos centrais de países do Ocidente, ou de aliados do Ocidente, têm comprado muito ouro, ultimamente.
Evidentemente, o reino do dólar está a chegar ao fim. A sua ascensão a moeda de reserva mundial deu-se no rescaldo da IIª Guerra Mundial, em que os EUA eram a única potência que tinha ficado intacta, na sua estrutura e na sua capacidade industrial. Todas as potências europeias beligerantes estavam de rastos, quer fossem do campo dos vencedores, quer fossem dos vencidos.
HAVERÁ NECESSIDADE DE DIVISA MUNDIAL DE RESERVA?
Na realidade, com o desenvolvimento da digitalização do dinheiro, as trocas entre países podem muito facilmente ser feitas usando as respetivas divisas nacionais. Isto não coloca problema a nível de trocas comerciais ou financeiras de grande volume. Também a nível de retalho, ou para viajantes ou turistas, não deveria ser problema trocar em divisas do país visitado, as divisas que transportasse o visitante.
A necessidade de «inventar» um «repositório de valor», universalmente reconhecido (é este o papel de uma divisa de reserva mundial - o dólar), não existe na verdade. Aliás, o ouro preenche muito bem essa função, caso se considere que tem de haver algo que funcione como uma reserva de valor no mundo financeiro e que seja um ativo tangível, com valor reconhecido em todos os cantos do Globo. O desenvolvimento das tecnologias informáticas e de telecomunicações veio tornar supérflua a existência de uma moeda de reserva mundial. Aliás, está claro para todos que as divisas que usamos no dia-a-dia já estão largamente digitalizadas. O papel moeda é ainda usado, mesmo nas economias mais desenvolvidas, mas em percentagem cada vez mais modesta nas atividades comerciais. Não há razão prática nenhuma para forçar a digitalização a 100% das nossas economias. Esta tentativa mascara o desejo do controlo totalitário sobre os cidadãos: Uma divisa assim, torna toda a troca envolvendo esta divisa digital completamente transparente para o banco central respetivo. Este poderá monitorizar as transações, manipular as pessoas a consumirem mais disto e menos daquilo ou mesmo, interditar certas pessoas de usarem a divisa digital.
O RESULTADO DA CRISE SERÁ IMPREVISÍVEL & IRREVERSÍVEL
Nesta época de transição para um mundo muito mais incerto, com guerras acesas que poderão alastrar, com crises económicas e financeiras que atingem o coração do sistema capitalista internacional, temos de saber como nos comportar, em relação às poupanças e aos investimentos.
O mundo capitalista está na véspera de um colapso muito maior do que o de 2008, pois desta vez, nem os governos, nem os bancos centrais, poderão salvar da bancarrota inúmeras empresas. Os próprios Estados estão sobre endividados num ponto jamais visto no passado. A guerras híbridas multiplicam-se, sendo as armas económicas e financeiras parte importante da panóplia: sanções económicas, bloqueios, tarifas alfandegárias, embargos, exclusões. Nisto, os cidadãos dos países são envolvidos contra a sua vontade: somos os danos colaterais das guerras económicas, assim como os mortos e feridos civis, o são de conflitos bélicos com mísseis e canhões.
Não dou conselhos de investimento ou outros, mas penso que há duas coisas que temos de saber:
- Triar a informação, separando-a da propaganda. Saber analisar os factos, tentando ver como se movem os grandes atores; não como eles falam, mas como agem.
- Garantir a satisfação das necessidades imediatas, mas tendo em conta a possibilidade de cenários catastróficos. Portanto, dar preferência à resiliência sobre os ganhos, por mais apetecíveis que pareçam.
O futuro coletivo depende de haver suficientes indivíduos que consigam superar a grande crise e reconstruir aquilo que foi destruído.
Por isso, estou interessado em salvaguardar a minha família e eu próprio, mas também, que o mesmo aconteça a muitas pessoas da classe trabalhadora e da classe média.
terça-feira, 22 de outubro de 2024
PRIMEIRO DIA DA CIMEIRA DOS BRICS EM KAZAN (RÚSSIA)
Tal como temos vindo a relatar, os BRICS foram fortalecendo as suas trocas comerciais recíprocas, evitando o dólar como intermediário, fazendo o ajuste final com ouro (visto que os câmbios entre duas divisas podem oscilar durante a negociação). Este processo é bastante simples e não implica uma entidade centralizada (a instauração do «BRICS Pay» irá potenciar as trocas país a país).
Esta entrevista acima, em espanhol (pode ativar as legendas na mesma língua), pode exemplificar o ponto de vista, não apenas do entrevistado (De Castro), como de muitos empresários, espanhóis e europeus.
Há que ver as coisas num modo não ideológico, não preconceituoso. E tem razão o entrevistado, pois o pragmatismo permitiria aumentar os intercâmbios comerciais entre a Europa e o resto do Mundo, aliviando assim a crise de recessão/depressão que a Europa tem estado a sofrer, desde há dois anos, por mais que politicamente tentem ocultar a gravidade da sua situação. A existência desta oportunidade, da Europa se unir ao Sul Global, é posta em relevo pelo entrevistado.
sábado, 19 de outubro de 2024
O «RESET» QUE VIRÁ PELOS BRICS: M-BRIDGE, DIVISA DIGITAL, CABAZ COM 40% DE OURO
A 4 dias da cimeira de Kazan dos BRICS, as diversas fontes alternativas de notícias esmeram-se em trazer especialistas (reais) nos domínios financeiros, monetários, geoestratégicos e de matérias-primas, para darem um panorama sobre as decisões prováveis e aquilo que isso influi na balança de poder internacional, nas relações económicas entre países, etc.
Andrew Schectman é um experiente negociante em metais preciosos, dos EUA, que tem uma visão de largo alcance sobre muitos assuntos, pelo que esta entrevista com Michele Makori de KITKO news deverá dar-nos pistas válidas sobre o próximo futuro. Andy tem previsto com notável precisão as mudanças que correspondem às diversas etapas para um «reset» monetário mundial, não exatamente o que os globalistas queriam, mas no qual eles tentam influir para não ficarem completamente fora da partida.
sexta-feira, 11 de outubro de 2024
CIMEIRA DE KAZAN: MUDANÇA DE MARÉ NAS DIVISAS FIAT (Alasdair Mcload)
Nesta entrevista Alasdair Mcleod esclarece a fundo o que está em jogo, no contexto atual, geopolítico e financeiro.
Não perca! Ele coloca as questões que ninguém se atreve a colocar!
domingo, 6 de outubro de 2024
De 26 de Setembro a 6 de Outubro, tanta coisa mudou!
Talvez, os "DEZ DIAS QUE ABALARAM O MUNDO"* das nossas vidas.
Eu estive doente e tive de assistir a minha esposa, também ela doente. Por isso, não escrevi, nesta semana, novos artigos para meus leitores do blog. Mas, agora que estou melhor, consegui apenas publicar dois vídeos esclarecedores:
O 1º, é uma entrevista de Glen Greenwald ao Prof. Jeffrey Sachs.
Para se perceber como chegámos a este ponto, é preciso ter uma noção de todo o desenvolvimento que conduziu ao estado presente. A entrevista é intitulada «A Guerra Ucraniana Foi uma Jogada Estouvada» e faz todo o sentido, porque, como o Prof. Sachs recorda, os EUA e a OTAN, durante anos, tudo fizeram para que se chegasse a este estado. Mas, não só a provocação à guerra foi estouvada, como foi de incrível irresponsabilidade, a sucessão de recusas, a cada vez que a Rússia vinha propor conversações para novo acordo de paz e segurança no continente Europeu.
o 2º, é Andy Schectman, um comerciante e especialista de mercados de metais preciosos, que não tem dúvidas sobre a leviandade dos dirigentes políticos, banqueiros centrais e da classe dos oligarcas ocidentais.
Todos eles estavam absolutamente seguros, até há bem pouco tempo, que o dólar era inexpugnável como moeda de reserva e como moeda de intercâmbio comercial em todo o mundo. As forças que se opunham ao dólar tinham, no entanto, excelentes economistas e estrategas, não deixando passar as oportunidades de fortalecer a construção dos BRICS e das trocas entre eles, prescindindo do dólar, assim como do desenhar de uma moeda não vinculada a um país, mas a um pacote de matérias primas, onde o ouro entrava com uma cota de 40%.
Esta moeda internacional que, estou quase certo, vai ser proclamada na próxima Cimeira dos BRICS de Kazan, terá um respaldo muito maior do que o dólar (moeda dita «fiat»), que apenas tem como respaldo a «palavra» , as «promessas» do governo dos EUA.
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*O título do livro de John Reed, de reportagem sobre os dez dias de 1917, que antecederam e imediatamente sucederam à tomada do Palácio de Inverno pelos bolcheviques em 25 de Outubro (do calendário ortodoxo). John Reed, o jornalista e revolucionário, cidadão dos EUA, a quem foi concedida a honra de ser enterrado na Praça Vermelha.
quinta-feira, 5 de setembro de 2024
SISTEMA ENERGÉTICO E SISTEMA MONETÁRIO
quinta-feira, 8 de agosto de 2024
O BITCOIN NÃO É SUBSTITUTO PARA O OURO
E quanto ao ouro? na figura nº2, abaixo, verifica-se que o ouro (preço expresso em euros) sobe no mesmo período de forma mais regular que o NASDAQ. Os recentes movimentos foram de descida, porém muito mais suaves que do NASDAQ e do BITCOIN.
É evidente que perante um crash tão grande, como o que ocorreu a partir do início de Agosto deste ano, o ouro teria de baixar um pouco, pois também terá servido para cobrir perdas nos mercados bolsistas. Porém, perdeu numa proporção muito modesta.
Na tabela seguinte, verifica-se que houve uma pequena descida, correspondente ao crash da semana passada, mas seguiu-se uma rápida recuperação, nesta semana (dados colhidos a 08/08/2024):
De novo, pela enésima vez, o ouro consegue conservar o seu valor perante as mais diversas divisas, apesar das bolsas mundiais terem sofrido um recuo acentuado no valor de muitas ações, perdendo algumas delas todos os ganhos obtidos desde o início do ano de 2024.
Eis porque o bitcoin nunca poderá ser equiparado ao ouro (dizem que é «como ouro», que é «o ouro do século XXI», etc):
O bitcoin comporta-se como uma ação tecnológica cotada no NASDAQ. O bitcoin ACOMPANHA as descidas das bolsas. O ouro, por contraste, não está correlacionado com ações (a não ser com ações de minas de ouro, claro!); tem muita estabilidade; tem procura em todo o Mundo; no médio e longo prazo é o ativo monetário mais estável, batendo divisas, obrigações, índices bolsistas e outras aplicações financeiras. Alguém que conheça um pouco do mercado do ouro, sabe que ele constitui o melhor refúgio, permitindo a conservação do valor, especialmente em tempos tão conturbados como os de hoje.




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