https://www.youtube.com/watch?v=IwwZyUxb_c
segunda-feira, 11 de setembro de 2023
AS COISAS SÃO BEM PIORES DO QUE IMAGINAM (Edward Snowden)
https://www.youtube.com/watch?v=IwwZyUxb_c
sexta-feira, 6 de janeiro de 2023
MOEDAS DIGITAIS DE BANCOS CENTRAIS - ROUBAR AS PESSOAS INDEFESAS
Henry Ford terá dito uma vez: «Ainda bem que o povo da nação não percebe o nosso sistema bancário e monetário, porque se percebesse, creio que haveria uma revolução amanhã de manhã»
Por muito complicada que pareça a cena económica e monetária, ela torna-se clara e transparente, se nós nos ativermos aos factos, tendo em conta, também, o vetor principal de qualquer política: o controlo conferido e exercido pelo poder. Isto é tão válido na análise do que se passa na China, como nos EUA, ou em qualquer país, desde uma grande potência, até um pequeno país. No momento atual, aquilo que é o grande cavalo de batalha dos globalistas é a questão das «moedas digitais emitidas por bancos centrais», que eu irei, no seguimento do texto, descrever pela sigla inglesa «CBDC».
A introdução das CBDC tem sido várias vezes anunciada, pelo FMI, pelo BIS, pela FED (EUA) etc., mas de facto, ainda não entrou em vigor em nenhuma das grandes potências ocidentais, nem nos países que estão sob hegemonia americana. De facto, sabemos que a China está muito mais adiantada, neste processo, pois já ensaiou o modelo em algumas províncias, onde milhões de pessoas usaram, durante algum tempo, em exclusivo a moeda digital, ou seja, conectada a contas individuais, sediadas no banco central, que forneciam o «dinheiro/crédito», necessário para todo o tipo de transações.
A não utilização do mesmo processo pelos poderes ocidentais, tem a ver mais com uma razão de ordem tática, do que devido a qualquer dificuldade técnica. Afinal de contas, os CBDC funcionam de modo muito semelhante aos cartões de crédito, os quais estão autorizados a debitar o montante duma despesa à conta bancária do detentor do cartão, para transmitirem essa soma à conta da entidade que forneceu a mercadoria ou serviço. Os CBDC não utilizam (necessariamente) o elemento fundamental das «verdadeiras» cripto-moedas, ou seja, o processo conhecido como «blockchain» [Para melhor esclarecimento sobre o que é a blockchain, ver AQUI].
No desenho das diversas cripto-moedas, a possibilidade de rastrear os movimentos duma soma, fica sob controlo de múltiplas instâncias. Isto torna impossível fazer uma fraude que não seja facilmente detetável, pois a origem e itinerário do dinheiro transacionado, estão - desde logo - completamente esclarecidos. Isto é um fator que aumenta muito a segurança das cripto-moedas, pois torna a fraude quase impossível.
Esta transparência desaparece num processo centralizado. Se bem entendi o desenho dos CBDC dos vários bancos centrais, haverá possibilidade de controlo e de rastrear os movimentos de dada quantia, mas somente pela entidade reguladora. Será impossível o comprador e o vendedor terem acesso a dados que permitem rastrear o itinerário da quantia de dinheiro envolvida, ao passar de uma conta para outra.
Isto não é muito diferente, em termos qualitativos, do «dinheiro eletrónico», que é já usado na grande maioria das transações correntes nos países do Ocidente, desde a compra dum café, à duma casa; hoje em dia, o dinheiro circula sobretudo sob forma eletrónica ou digital. Mas, se um dos intervenientes numa transação pretender verificar o que se passa no trajeto duma dada soma, só o poderá fazer indiretamente, através do banco comercial onde possui a conta ou, em caso de suspeita de ação criminosa, através de ordem judicial, que irá obter a abertura da/s conta/s, para escrutinar os movimentos nelas registadas.
A centralização do CBDC significa, no concreto, que cada conta associada está a ser monitorizada em permanência, para qualquer usuário. Um poderoso dispositivo de vigilância permanente fica assim instalado. Aquilo que os bancos centrais e os governos prometem e dizem é sempre tranquilizador, pois envolve a utilidade destes mecanismos, como potenciar o combate à criminalidade financeira, aos tráficos (de droga, de armas, etc.) e à evasão fiscal. Mas, aquilo que bem poucos sabem e que os poderes não querem que tu saibas, é que cada cidadão, em qualquer situação, tem sua vida devassada, bastando para isso retraçar suas despesas - pequenas ou grandes - que, afinal, traçam um melhor «retrato- robot» e mais completo, sobre quem é: O que faz, como emprega o seu dinheiro, com que frequência faz certas despesas, quais os locais que frequenta, quais as suas deslocações (internas ou ao estrangeiro).
As pessoas ingénuas dizem que não se preocupam muito com isso, «porque nada têm a esconder»: Muito bem, mas o problema surge com maior acuidade, em duas circunstâncias que, aliás, podem estar muito relacionadas: A) Tomada de poder ou deriva autoritária pelo governo: Neste caso, as pessoas adversárias do regime serão facilmente «desmonetizadas», suas contas em CBCD serão suspensas ou canceladas, como forma de punição e para os obrigar a conformarem-se com o poder instalado. Este procedimento não é inédito nas chamadas «democracias ocidentais». Veja-se o caso dos camionistas do Canadá e seus apoiantes: Tiveram as suas contas congeladas, entre outros atos de repressão coletiva e inconstitucional. B) Os governos e bancos centrais passam a ter mais uma forma de manipular o modo como o cidadão gere e gasta o seu «dinheiro digital»: Os mecanismos para desincentivar a compra de certas substâncias (por exemplo, bebidas alcoólicas) e para incentivar a compra de outras (por exemplo, produtos que os poderes desejam que as pessoas consumam em maior quantidade), serão muito simples de efetivar neste sistema digital. Também é possível incentivar a poupança, ou o contrário: se houver caducidade do dinheiro digital presente nos seus porta-moedas eletrónicos, as pessoas irão apressar-se a gastar antes que caduque. Mas, se os poderes querem que as pessoas façam poupança, basta darem um juro (mesmo que pequeno) sobre as somas que as pessoas possuem nos mesmos porta-moedas.
«De um tiro, matam dois coelhos»:
1) Assim, destroem praticamente o valor das cripto-moedas «independentes», ou seja, das não criadas por qualquer Estado. Podem fazer isto, sem necessitar de as ilegalizar. De facto, a grande maioria dos utilizadores atuais de cripto-moeda, limita-se a utilizá-la como veículo especulativo, para fazer crescer sua conta em dólares ou euros, ou em qualquer outra divisa, através dum vai-e-vem, comprando quando a cripto-moeda estiver baixa, para a revender com lucro, quando esta atingir um valor bem acima do preço de compra. Nada diferente, na essência, do que se faz com a compra/venda (trading) das ações ou doutros produtos financeiros.
2) Podem os bancos centrais e governos realizar uma monitorização detalhada, permitindo ajustar o crédito às necessidades da economia, que estará inteiramente nas suas mãos. Controlarão aquilo que os cidadãos são incentivados ou desincentivados a comprar. Isto pode ser feito, não só em relação a gastos de consumo corrente, como nos investimentos em contas-poupança, ações, obrigações, fundos, etc.
Não é necessário recorrer a obras de ficção científica para se imaginar como tencionam moldar a sociedade de amanhã, de acordo com os interesses da aristocracia do dinheiro, um grupo restrito de pessoas que está ao comando de tudo e que, portanto, terá um poder ilimitado sobre todos e cada um de nós.
Não me parece inteligente que as pessoas entreguem a sua liberdade a troco duma ilusória «segurança».
É como o "racket" instituído por um gang mafioso, sobre o comércio duma cidade ou num setor da mesma: Cada comerciante entrega determinada soma («imposto» de proteção) ao grupo mafioso, a troco de não ser inquietado. Todos os que se recusam, veem o seu negócio ir pelos ares, à bomba ou por incêndio. Neste caso, a liberdade de fazermos o que entendermos com o fruto do nosso esforço, do nosso trabalho ou do que recebemos de outrem, está severamente posto em causa: Penso que isto é um perigo muito maior, do que o eventual benefício de tornar mais difícil a fuga ao fisco.
segunda-feira, 28 de novembro de 2022
FTX: A MAIOR FALCATRUA DA ERA FINANCEIRA/CRIPTOMONETÁRIA
BLOCKCHAIN & CRIPTOMOEDAS: VÍDEO EDUCATIVO
Este vídeo é falado em espanhol.
Podes visualizar com as legendas automáticas em espanhol.
Comentário: Desde há longa data tenho acompanhado o desenvolvimento do sector das criptomoedas. Desde há longa data também, tenho avisado para o perigo de tal tecnologia, a «blockchain», nas mãos de um poder centralizador - como são todos os poderes estatais - significar a escravidão para o comum dos mortais, que serão forçados a trabalhar, receber seu salário e consumir, exclusivamente, usando criptodivisas, emitidas pelos bancos centrais.
Porém, a crise que se abate neste momento sobre as economias do Ocidente, onde o dinheiro «vulgar» - embora, em grande parte digitalizado - está a sofrer um grande abalo, não apenas pela enorme inflação, como pelas políticas absurdas e criminosas dos Estados, pode levar algumas pessoas a apostar em cripto-moedas como meio de salvação das suas parcas poupanças. Quero aqui deixar o aviso de que os poderes, assim como permitiram e até acolheram bem, estes meios especulativos (não repousam sobre nenhum valor real), vão simplesmente desinflar a bolha das cripto-divisas, logo que as moedas digitais emitidas pelos bancos centrais estiverem lançadas.
Ver este vídeo sobre FTX: https://www.youtube.com/watch?v=PaxKkflGrsc
PS1: Tal como tinha previsto, este artigo AQUI alerta para o facto dos bancos centrais se prepararem para lançar as suas divisas baseadas em blockchain, o que irá definitivamente enterrar bitcoin e as outras cripto-divisas (mesmo que elas permaneçam legais)
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
HUMOR NATALÍCIO
«O CÃO COMEU OS CRIPTOs!!»
HUMOR DE WILLIAM BANZAIquinta-feira, 17 de novembro de 2022
SOBRE O CRASH DE FTX E AS DIVISAS DIGITAIS DOS BANCOS CENTRAIS
Toda a construção parece, agora, que se sabe muito mais coisas sobre FTX e seu dono, algo muito frágil e ligado ao meio corrupto da política americana. Mas, embora as perdas para o dono e para os investidores em criptos sejam avaliadas em mais de 20 biliões de dólares, pode considerar-se que o mundo não ficou mais pobre. Porquê? Porque a imensa maioria das pessoas, AGORA, não vai colocar as suas poupanças em veículos tão especulativos, em que se arriscam a perder tudo se a plataforma onde colocaram os seus bitcoins e outras cripto, entrar em falência.
Agora, também se perfila no horizonte próximo a possibilidade de entrada em vigor de divisas cripto, emitidas pelos bancos centrais ocidentais. É verdade que o país mais avançado nesta digitalização a 100% do dinheiro é a China, que colocou experimentalmente, em várias províncias, cripto-Yuan em circulação. Porém, aquilo que transparece dos estudos dos BRICS e de uma série de países a eles associados, é que a própria ideia de nova divisa de reserva mundial, que de facto seja aceite como tal, não pode ser a divisa nacional, seja de que país for.
O reino do dólar como moeda de reserva, «obrigava» a que os EUA tivessem défices comerciais e da balança de pagamentos permanentes, em ordem a fornecerem o mercado mundial em dólares, sempre «consumidos» pelos diversos países - amigos ou inimigos dos EUA - no comércio e nas operações de financiamento internacionais. Além disso, os EUA não resistiram à tentação de se aproveitarem, de todas as maneiras, do seu monopólio de emissão da moeda de reserva mundial. Com efeito, o défice crónico da balança de pagamentos e comercial dos EUA era suportado pela emissão de dólares, os quais deixaram de estar indexados ao ouro desde 1971. Isto significa que os EUA recebiam matérias-primas e produtos manufaturados, que eles «pagavam» com pedaços de papel. Estes, apenas eram aceites porque os outros países os aceitavam também como forma de pagamento. Este sistema era gerador de inflação, visto que os EUA têm emitido muito mais dólares, do que os mercados financeiros e comerciais mundiais conseguem absorver. A crise mundial de inflação, agora em curso, não é mais do que a consequência de 8 anos de «quantitative easing» pela FED. Agora, nem a Arábia Saudita está muito interessada em que lhe paguem o petróleo em dólares. Logicamente, estando o reinado do dólar a chegar ao fim, pode-se imaginar que os que desenham a nova moeda de reserva mundial, queiram evitar para esta os defeitos de que sofria o dólar, enquanto desempenhava esta função.
- É verdade que os cidadãos de um determinado Estado, se lhes impuserem que a sua moeda seja digital, não terão muitas hipóteses de evitar usá-la no quotidiano. Por isso, as moedas digitais emitidas por bancos centrais, têm garantidos os mercados internos dos respectivos países. Mas, para terem aceitação inequívoca, ao nível internacional, têm de ser mais do que «digitais», têm de estar indexadas a algo de tangível, como matérias-primas estratégicas e/ou metais preciosos. É nesse sentido que caminham os que estão a construir uma nova moeda de reserva mundial. Provavelmente existirá um cabaz de moedas nacionais e que inclua também certas matérias-primas e metais preciosos. Isto significa que será uma moeda digital mundial muito estável, com um câmbio estável, não só para as divisas presentes no cabaz, como para as outras. Outra vantagem para os países detentores da nova unidade de valor monetário será terem acesso às matérias primas e ao ouro.
- O corte entre os blocos «euro asiático» e o «ocidental/anglo-americano» vai dar-se não somente em termos de alianças militares, mas também de blocos comerciais e espaços de circulação de divisas internacionais: Se as hostilidades se agudizarem e prolongarem, pode mesmo acontecer que não haja convertibilidade direta entre as moedas de reserva que vierem a ser adotadas num e noutro campo.
PS1: Parece que o dono de FTX, « Sam Bankman-Fried-on-Amphetamines » era, não só um drogado, mas também tinha o cérebro bastante afetado. Então, o autor do artigo seguinte coloca a questão de Sam ser apenas um simples joguete ("patsy"), tendo por detrás a manipulá-lo alguém poderoso:
https://www.unz.com/kbarrett/sam-bankman-fried-on-amphetamines/
terça-feira, 17 de maio de 2022
DINHEIRO DIGITAL, INFLAÇÃO E OS MITOS ECONÓMICOS DO PRESENTE
quinta-feira, 30 de setembro de 2021
A ÚNICA RESERVA GLOBAL DE VALOR QUE REALMENTE CONTA
“Doing so would likely precipitate a historic financial crisis,” Yellen wrote. “Default could trigger a spike in interest rates, a steep drop in stock prices and other financial turmoil.”
(**) O ouro foi sempre o melhor meio de conservar valor ao longo do tempo. Isto tem sido verdade ao longo de 5000 anos. Por isso, devíamos todos avaliar o preço das coisas em peso de ouro, e não em euros, dólares, ou outra divisa «fiat». Por exemplo, um «Big Mac» em dólares, custava cerca de 60 cêntimos, quando Nixon despegou o dólar do ouro, em 1971. Agora, o mesmo «Big Mac» custa 4 $: Isto corresponde à perda de 85% do valor do dólar. Faz ainda mais sentido avaliar bens tais como propriedade imobiliária, carros, etc. em onças ou gramas de ouro, comparando o preço atual, com o preço ao longo dos anos. Assim, podemos ver qual a evolução real dos preços, porque eliminamos a contínua desvalorização das divisas «fiat». A inflação, maior ou menor, das divisas «fiat» ao longo do tempo, não nos permite usá-las para uma avaliação acertada, porque um dado valor em «dólares constantes» ou noutra divisa, pressupõe que a inflação cumulada foi rigorosamente medida. Sabemos que isso não é assim. Sem dúvida, que os índices de inflação têm sido estimados (muito) abaixo da realidade.
terça-feira, 7 de setembro de 2021
DESTRUIÇÃO SISTEMÁTICA DAS POUPANÇAS, SALÁRIOS E PENSÕES
terça-feira, 24 de agosto de 2021
[skwealthacademy] O OURO DO AFEGANISTÃO, UMA HISTÓRIA MUITO MAL CONTADA (PELOS OCIDENTAIS)
NOTA AOS LEITORES: Este artigo pode ser encontrado na íntegra no site correspondente assinalado, que é sob subscrição. A tradução e adaptação feitas aqui, não são do texto na íntegra, mas permitem dar uma ideia rigorosa do conteúdo.
Original em artigo de skwealthacademy # 184
Não mais do que algumas semanas depois de escrever, aqui mesmo, neste boletim informativo, "a grande média financeira (GMF) sempre divulgou a narrativa de que o ouro está morto, de que o ouro é uma relíquia bárbara e o ouro NÃO é uma proteção contra a inflação", os maximalistas do Bitcoin vêm a público para proclamar essa mesma narrativa cansada, errada como sempre, de que estará "morto".
O ouro está morto... Quantas vezes já ouvimos essa narrativa ser difundida por bilionários proeminentes em dívida para com o sistema de moeda fiduciária que os ajudou a enriquecer e, nos últimos anos, por maximalistas bitcoin? O último a se juntar a essa narrativa anti-ouro é o maximalista bitcoin Scott Melker, mas ele será exposto como estando totalmente errado sobre tal narrativa em somente um ano ou alguns anos, a partir de agora. Todos nós sabemos que sempre houve um grupo constante de pessoas que jogou na descida do ouro, em todas as oportunidades que tiveram, incluindo os bilionários Warren Buffet, Charlie Munger, Michael Saylor e Mark Cuban, o visionário que se descreve como Harry Dent e os maximalistas do bitcoin. Aqui neste link, você encontrará a entrevista de um maximalista do bitcoin, proclamando "o ouro está morto". Aposto que daqui a mais uns anos, ou possivelmente até antes disso, essa proclamação parecerá tão tola quanto a fútil corrida de cinco anos de Harry Dent em tentar prever uma queda do preço do ouro para US $ 700 a onça troy. Apesar de errar a marca por mais de 75% em vários anos sucessivos, com sua queda no preço do ouro para US $ 700, Harry Dent continuou a fazer a mesma previsão anual, o que o fazia parecer completamente tolo, ano após ano, após ano após ... bem, acho que, recentemente, ele acabou por desistir de sua previsão de preço de $ 700.
Em qualquer caso, apesar da preocupação da média corporativa pela China ter o objetivo de desenvolver os ricos tesouros minerais do Afeganistão de cerca de US $ 3 triliões de minerais de terras raras, o que, a propósito, não recebeu qualquer crítica de exploração pela média de massa quando eram a França, a Alemanha e os Estados Unidos que tentaram, mas não conseguiram, desenvolver esses recursos minerais para os extrair, sem nenhum benefício para o povo afegão, vamos nos concentrar na história do ouro do Afeganistão, que foi muito mais esquecida do que a história dos minerais de terras raras. Se o fizermos, a narrativa de que o ouro está morto, preocupante para os investidores em ouro, será legitimamente exposta como destinada a encobrir o roubo do ouro de uma nação para evitar que caia “nas mãos erradas”.
Isso aconteceu no Iraque, com os militares dos EUA saqueando e apreendendo o ouro de Saddam, na Líbia com as enormes 143 toneladas de ouro da Líbia roubadas pelas forças da OTAN, na Ucrânia com os EUA enviando aviões de carga militares para transportar 33 toneladas de ouro ucraniano para cofres dos EUA, e com as mesmas operações realizadas em algumas outras nações também. O Afeganistão é a última nação a sofrer as mesmas consequências do saque de ouro pelo Ocidente, com os banqueiros centrais dos EUA afirmando que "congelaram" quase 22 toneladas de ouro do Afeganistão armazenadas nos cofres do Federal Reserve de NY, presumivelmente o subterrâneo na 33 Liberty Street e 580 5th Avenue em NYC, entre outras localidades.
No entanto, a questão mais curiosa é por que razão o cartel bancário ocidental esteve tão interessado em apreender o máximo possível de um “ativo morto” nos últimos anos? Afinal, estamos a ser «informados» que as cripto-moedas são o futuro e que o ouro está morto. Além disso, por que motivo JP Morgan estava tão interessado em tentar extrair (e possivelmente roubar) o ouro do Afeganistão e correr riscos, numa aventura extremamente perigosa no desenvolvimento de operações de mineração de ouro em Qara Zhagan na província de Baghlan durante a ocupação militar dos EUA de 2001, até ao presente ano? Se o ouro é tão inútil, por que razão os banqueiros do JP Morgan arriscariam vidas humanas ao tentar minerar ouro no Afeganistão e a nomear um ex-militar do SpecOps, Ian Hannam, para liderar o caminho? E apesar do fato de que, às vezes, durante a ocupação, as tropas dos EUA e da OTAN podem ter sido capazes de forçar os Talibã, Ísis e Al Queda para fora de Baghlan, o risco de ataques terroristas era sempre latente, durante qualquer operação de mineração realizada dentro do Afeganistão. Nunca ouviu falar dessa história?
Sabemos, no entanto, que os interesses ocidentais sabiam desse ouro décadas antes da ocupação dos Estados Unidos em 2001, uma vez que os afegãos locais se envolveram na mineração artesanal de ouro em muitas regiões do Afeganistão, numa escala muito pequena e sabiam - há séculos - da existência de ouro em suas montanhas. Dusko Ljubojevic, um geólogo sul-africano que trabalha para a AGM, até admitiu isso: "Sabemos, pelos habitantes locais, que existe ouro e nossos próprios estudos mostram um bom potencial - agora precisamos explorar mais." A AGM foi apresentada como detida maioritariamente por Sadat Nadari, um magnata dos negócios afegão de 36 anos que possuía uma rede de supermercados e uma seguradora em Cabul, bem como vários interesses nos sectores da construção, de telecomunicações e distribuição de combustível.
Sadat também foi o ex-ministro do governo afegão para Assuntos da Paz e ex-Ministro do Desenvolvimento Urbano e Habitação, mas parece ter sido erroneamente nomeado, já que suas façanhas o teriam tornado mais apropriado para «Ministro da Exploração Financeira». Apesar da lei afegã proibir a qualquer alto funcionário do governo de licitar contratos de mineração, Sadat fez isso mesmo, de qualquer maneira em clara violação da lei, e mais tarde renunciou a seus cargos no governo para manter seus contratos de mineração, após protestos públicos de corrupção. Com grande ironia, a Wikipedia descreve Sadat como vindo duma família "espiritual", mais uma vez mostrando como a Wikipedia é inútil enquanto fonte de informações factuais, já que encobre as façanhas de negócios de Sadat, que o expuseram como explorador de capital humano e recursos minerais de sua própria nação, não como um grande líder “espiritual”.
No que diz respeito a quanto ouro foi roubado no Afeganistão por interesses bancários ocidentais, minerando sob a cobertura de ativos militares dos EUA, tais como os vigilantes helicópteros Black Hawk, isso é desconhecido. O máximo que pude encontrar em minha pesquisa foi que, sobre as quantidades desconhecidas de ouro extraído, o governo afegão recebeu “pouco ou nada”. No entanto, a credibilidade dessa afirmação está em questão, simplesmente devido ao fato de que todas as informações sobre se essa mina de ouro foi desenvolvida e se houve, ou quanto ouro foi extraído, parecem ser informações confidenciais. Outro artigo que descobri em minha pesquisa afirmava que o governo do Afeganistão anulou os contratos de mineração antes do desenvolvimento da mina de ouro, devido ao não-cumprimento de obrigações contratuais ocorridas. No entanto, devido à corrupção do governo fantoche instalado pelo Ocidente no Afeganistão, a dissolução dos contratos, um evento que aconteceu no final de 2019, não significa que a operação de mineração realmente não tivesse continuado e que nenhum ouro fosse extraído do solo do Afeganistão e secretamente transportado de avião para fora do país, com pagamentos ao governo fantoche para garantir o silêncio sobre estas questões.
Pude descobrir histórias sobre dois incidentes envolvendo operações ilegais de mineração de ouro na província de Badakhshan, no Afeganistão, que relataram a morte de quatro pessoas num incidente e a morte de trinta, com mais quinze feridos, num segundo incidente, no início deste ano. No entanto, dado que uma empresa britânica liderada por Ian Hannam recebeu os direitos de minerar esse ouro pelo governo corrupto do Afeganistão, só Deus sabe se os empreiteiros britânicos estavam supervisionando essa operação ilegal de ouro ou não. Mais uma vez, para provar que toda a narrativa sobre a China cobiçando os US $ 3 triliões de minerais de terras raras do Afeganistão é uma narrativa totalmente política e tendenciosa, a existência desses minerais é conhecida há séculos, e não apenas descoberta durante a ocupação dos Estados Unidos, como os órgãos da media ocidentais mentiram e relatam falsamente. Com base em pesquisas geológicas realizadas por geólogos britânicos em 1890 e posteriormente por russos, americanos, alemães e franceses, o conhecimento de reservas significativas de petróleo, gás, carvão, prata, cobre, lápis-lazúli, ouro e minerais de terras raras é conhecido há décadas, ou mesmo há séculos, muito antes do início da ocupação dos Estados Unidos em 2001.
Assim, as manchetes estridentes que correram há mais de uma década atrás, de uma nova "descoberta" gigante de lítio, cobre, ouro e outros metais de terras raras, eram uma mentira completa da média corporativa, já que as pesquisas haviam exposto a existência dessa vasta riqueza de reservas décadas antes e como afirmado acima, os russos, americanos, alemães e franceses tentaram extraí-los, e banqueiros como JP Morgan meteram suas mãos sujas no jogo, tentando abocanhar um pedaço do enorme bolo. Os arquivos históricos da época de Alexandre, o Grande, com mais de 2.000 anos, documentam a existência de mineração de ouro, prata e pedras preciosas na região do Afeganistão, pelo que relatar, como a média de massas fez, que essas descobertas e esse conhecimento são relativamente novos, é uma falsidade completa.
Além disso, sabe-se há centenas ou milhares de anos que, pelo menos, seis das 34 províncias do Afeganistão são ricas em ouro e acredita-se que também exista mais ouro noutras partes do país. O maior depósito de cobre do mundo também pertence ao Afeganistão, na província de Sar-e-Pol. Portanto, embora eu concorde que a China deva ser condenada por se aproximar duma organização terrorista como os Talibã, para poder extrair esses minerais, se essas histórias forem verdadeiras, é hipocrisia da mais alta qualidade que os meios de comunicação de massas calaram a boca quando uma série de interesses ocidentais se aventuraram por conta própria neste tesouro de minerais. Ninguém, são de espírito, realmente acreditava que qualquer nação ocidental, que durante décadas tenha extraído esses minerais do Afeganistão, tivesse dado a maior parte das riquezas ao povo afegão, convertendo o Afeganistão em Mónaco, St. Tropez ou Martha’s Vineyard.
Observe como a narrativa falsa que relatava, mais de uma década atrás, que uma “pesquisa do Serviço Geológico dos Estados Unidos de 2007 parece ter descoberto quase US $ 1 trilião em depósitos minerais no Afeganistão, muito além de quaisquer reservas anteriormente conhecidas e o suficiente para alterar fundamentalmente a economia afegã ”. Agora, transformou-se de “ descoberta ”de $ 1 trilião, erroneamente classificada em “ descoberta ” dum tesouro de $ 3 triliões, depois de ter ficado claro que os chineses iriam tentar sua extração, após o fracasso dos EUA. Esta quantidade de recursos foi magicamente reclassificada de US $ 1 trilião, para US $ 3 triliões recentemente, a fim de demonizar a ganância da China, embora o governo do Afeganistão tivesse estimado o valor dos minerais em mais de US $ 3 triliões, há mais de uma década. Quando os interesses ocidentais ainda buscavam explorar os minerais, a média ocidental rebaixou amplamente a quantia para apenas US $ 1 trilião, para minimizar a ganância dos interesses ocidentais em explorar exatamente os mesmos vastos recursos minerais afegãos, pelos quais a China está a ser demonizada, agora.
Não se trata de tomar o partido de qualquer nação, em detrimento de outra, para quem tenha princípios intelectuais e morais. Todas as nações estão erradas ao tentar extrair recursos minerais doutra nação, sem que a extrema riqueza desses recursos vá beneficiar o povo da nação da qual os minerais estão sendo extraídos. Não importa se a nação é China, Canadá, França, Austrália, Alemanha, França, Rússia, Estados Unidos, Turquia ou qualquer outra nação. Errado é errado, mas a média hipócrita nunca apresenta as informações desta maneira.
A média de massas sempre demonizará outras nações por exatamente os mesmos comportamentos criminosos que as suas próprias cometem, e sempre desculpará estas, por idêntico comportamento repulsivo. Esta é uma questão a respeito da qual tenho um problema, porque enquadrar tais questões desta maneira não é apenas hipócrita, mas moralmente repreensível. Não há dúvida de que essas reservas eram conhecidas há décadas, antes das pesquisas feitas pelos Estados Unidos durante a ocupação e que todos os relatos de uma nova “descoberta” eram totalmente falsos. Talvez o único componente factual das histórias que correram naquela época, tenha sido que pesquisas mais avançadas foram capazes de colocar uma estimativa financeira mais precisa quanto ao valor dos vastos recursos minerais do Afeganistão.
[...]
J. Kim
skwealthacademy CEO
____________________
PS1: Inicia-se nova era pós- invasão americana do Afeganistão. O estado de espírito dos imperialistas parece ser o que vingança, de querer castigar o povo afegão por ter feito sofrer a humilhante derrota ao poderoso exército e ao complexo militar industrial: https://www.moonofalabama.org/2021/09/why-us-plans-for-revenge-in-afghanistan-may-not-succeed.html#more