Mostrar mensagens com a etiqueta SWIFT. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta SWIFT. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 1 de maio de 2025

NA TRANSIÇÃO PARA O NOVO SISTEMA MONETÁRIO





Enquanto muitas batalhas têm lugar nos mais diversos pontos do globo, seja no sentido físico do termo, seja no sentido figurado, com as guerras comerciais, económicas, mediáticas, tecnológicas, de propaganda e diplomáticas, a batalha discreta - mas decisiva - para moldar o futuro próximo, é aquela pela definição do novo sistema monetário internacional.

Neste contexto, a perigosa e radical separação entre a China e os EUA, do ponto de vista comercial, terá como epílogo a separação correlativa do domínio do dólar e do yuan. Com efeito, ao nível dos grandes negócios, envolvendo grandes montantes, tem sido o dólar a divisa mais utilizada. Porém, com a «guerra tarifária», desencadeada por Trump, as empresas e Estados estão cada vez mais reticentes em usar o dólar, o qual tem sido instrumentalizado, usado como arma de chantagem pelo governo dos EUA, contra quaisquer entitades (estatais ou privadas) que não se conformem com a vontade imperial.

Por exemplo, bancos franceses e suíços foram sancionados por intermediarem trocas com o Irão, algo perfeitamente legal face à legislação dos países-sede destes bancos. Porém, sofreram multas avultadas, decretadas por tribunais americanos, devido a irem contra as sanções (ilegais, aliás) que o governo dos EUA tinha lançado contra o Irão.

No campo dos BRICS, o Yuan (ou Renminbi) será cada vez mais usado, em paralelo com divisas doutros membros dos BRICS ou de membros associados. Neste campo, a utilização de bonds (obrigações) em Yuan será cada vez mais favorecida, tanto mais que estes bonds são trocáveis pelo seu equivalente em ouro na bolsa de Xangai.

Esta propriedade irá permitir que países exportadores de petróleo, como a Rússia, os Emiratos Árabes, a Arábia Saudita, etc. conservem obrigações em Yuan, pois estas são muito líquidas. Qualquer outra entidade estará interessada em receber como forma de pagamento, estes títulos remíveis em ouro.

No novo paradigma de trocas internacionais, as partes poderão efetuar pagamentos e acertos como entenderem: Seja com divisas dos respectivos países, ou com divisas de países terceiros, ou até com a troca direta (barter, em inglês) de matérias-primas ou metais preciosos.

Por exemplo, nos contratos de venda do petróleo angolano, este poderá ser pago em Dólares, em Yuan ou em troca de mercadorias que Angola importa da China. As trocas comerciais, Sul-Sul serão muito agilizadas. Já não será obrigatório usar dólares e passar por intermediário, num dos grandes bancos americanos. Isto envolvia a possibilidade de interferência, que podia ir até ao congelamento e ao confisco de avultadas quantias, pelos EUA.

O sistema de pagamentos internacional dos BRICS, o M-BRIDGE, já foi testado e funcionou perfeitamente entre países árabes e a China. Trará muito maior rapidez e segurança que o sistema SWIFT. Este último, confere o controlo dos EUA sobre as transações internacionais e implica operações entre bancos intermediários nos pagamentos, podendo durar vários dias entre o envio e o recebimento das quantias (além dos custos). Enquanto o M-BRIDGE pode efetuar - graças ao sistema «blockchain» - a mesma operação em segundos, com baixos custos e com inteira transparência. Há quem diga que o motivo próximo para Trump ter desencadeado a «guerra tarifária», terá sido o facto da China e seus parceiros comerciais terem lançado, com sucesso, o sistema M-BRIDGE, concorrente do sistema SWIFT.

A multplicação de trocas sem ter o dólar como intermediário, vai tornar as sanções americanas contra certos países que não se curvam ao seu diktat, praticamente inoperantes. Assim, a arma preferida dos EUA no domínio económico e financeiro, as sanções, perde a sua eficácia. Com efeito, até agora, muitos países e empresas neutros e que pretendiam ter relações comerciais com países aos quais os EUA decidiram impor sanções, também estavam sujeitos a sanções secundárias, caso não parassem o intercâmbio comercial com os países sancionados. Esta pressão tinha eficácia, porque o dólar era obrigatoriamente intermediário nas operações comerciais e financeiras, sobretudo nas de grande volume.

Hoje em dia, rompeu-se o tabú: Os sauditas assinaram um acordo com os chineses, segundo o qual o petróleo será transaccionável em Yuan, por acordo entre as partes (e não somente em dólares). A venda de produtos petrolíferos em dólares, exclusivamente, em troca a «proteção» dos EUA à monarquia saudita (e por extensão, a quaisquer países da OPEC), foi o pilar que manteve o «petrodólar» durante meio-século:

- Qualquer país precisava de dólares para ter acesso aos combustíveis nos mercados mundiais, ou a outras matérias-primas. Esta situação está a modificar-se muito depressa, não apenas pelo enorme volume de combusíveis comprados pela China às monarquias árabes do Golfo, como também ao Irão e à Rússia. As trocas com estes dois últimos países não envolvem o dólar e têm tendência a crescer.

No ano 2000, cerca de 70% das trocas internacionais eram saldadas em dólares, enquanto hoje (25 anos depois), apenas 56% o são. Este processo de regressão do dólar foi recentemente acelerado pela desastrosa política da administração Trump, de erguer barreiras alfandegárias aos produtos dos seus parceiros comerciais. Mas Trump foi obrigado a recuar, face às reacções, que ele não esperava, tanto de amigos como de inimigos: A UE e o Japão tiveram reações muito negativas face à imposição de tarifas, além da China e do Sul Global.

Será necessário reformar os acordos internacionais, para cimentar de novo a confiança no comércio internacional. É certo que tal processo irá levar algum tempo, mas será inevitável, pois nem os mais fiéis aliados dos EUA ficam satisfeitos com um mercado mundial fraccionado. A mundialização das trocas comerciais e financeiras, a chamada «globalização», não é reverstível de uma penada. Os britânicos, por exemplo, querem manter boas relações com a China; a guerra de sanções é contrária aos interesses industriais e financeiros britânicos.

Não podemos pressupor o que trará a nova arquitetura financeira mundial, mas podemos conjecturar que não haverá obrigação de comerciar numa determinada divisa, podendo os pagamentos internacionais ser mais rápidos, através dos sistemas digitais, incluindo «blockchain». Estes, têm a vantagem da transparência, tornando a fraude impossível. Também a especulação com as divisas será, senão impossível, muito menor em volume.

-------------------------
RELACIONADO:


quarta-feira, 30 de outubro de 2024

PAÍSES OCIDENTAIS PRETENDEM CANCELAR O NOVO SISTEMA DE TRANSFERÊNCIAS DOS BRICS (MBRIDGE)



Se aquilo que Lena Petrova relata se confirma, que o BIS está na disposição de cancelar o M-BRIDGE, isto significa que o BIS está totalmente alinhado com os EUA e o «ocidente», já não é mais uma organização independente.
É um nível mais elevado na escalada da guerra económica do Império USA contra  os BRICS.
 
PS1: Esta louca corrida para a frente dos que controlam ainda parte substancial das finanças mundiais (bancos centrais ocidentais, o BIS, o FMI...) deve ser avaliada em função de dois fenómenos inquietantes (para eles):

1) A subida vertiginosa dos mercados na China (30% em dez dias), em resposta à descida das taxas pelo banco central chinês. 
2) A dificuldade em colocar obrigações do tesouro dos EUA (treasuries) a 2 e a 5 anos, levou ao aumento da taxa de juro e portanto, à diminuição do valor destas treasuries. 
Isto deve-se à expetativa dos investidores de que irá disparar a inflação nos EUA. Num primeiro momento, os EUA poderão conseguir exportar a inflação, como tem acontecido no passado. 
Mas, a partir de certo ponto, haverá uma relutância e depois recusa, nos outros países, em aceitar dólares em pagamento. Então, será o fim do domínio do dólar. 

 

segunda-feira, 31 de julho de 2023

CRÓNICA (Nº16) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: Criptodivisas, SWIFT e a guerra financeira

[A presente crónica vem na sequência da crónica anterior, a Nº14. Sua leitura ajuda a situar o contexto]

TAMBÉM NO DOMÍNIO DAS DIVISAS DIGITAIS DE BANCOS CENTRAIS SE DESENHA UM FRACASSO

 Se no plano militar a Rússia está a conseguir a total derrota do exército ucraniano e a destruição de grande parte do equipamento doado pelos países da OTAN, também no plano financeiro as sanções «devastadoras» do Ocidente em relação à economia russa, ao rublo e às reservas do banco central, têm um efeito boomerang inegável. A economia da Rússia, não só aguentou o embate, como vem melhorando em vários índices, conforme os dados publicados pelo FMI; as economias dos países Ocidentais , em especial as da UE, entraram em profunda recessão, somando crise de desemprego à crise inflacionária e sem fim à vista. 

Um outro aspeto de que se fala pouco é a forma como a expulsão da Rússia do sistema SWIFT afetou a própria credibilidade do mesmo sistema; ela propulsionou o desenvolvimento e generalização de sistemas alternativos, como o sistema chinês CIPS. Com efeito, antes da atual situação da guerra OTAN-Rússia, na Ucrânia, os que controlam o sistema SWIFT podiam ameaçar os países ditos «paraísos fiscais» de que - se estes não fornecessem as identidades dos proprietários e os dados das contas albergadas em bancos desses mesmos países - eles corriam o risco de serem desligados do SWIFT. Isso equivaleria então a uma morte financeira desses países. Porém, no presente, as plataformas alternativas ao SWIFT, permitem que esses mesmos países adiram a um sistema interbancário alternativo, limitando muito o potencial prejuízo de se verem desligados do SWIFT.

Assim, a suposta eficácia das moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDC) para o combate da criminalidade económica vai por água abaixo.  O bitcoin e outras moedas digitais não estatais, não centralizadas têm ganho com a  situação, visto que os seus possuidores percebem que se lhes abre nova oportunidade, em face de tentativas autoritárias e globalistas dos governos e bancos centrais ocidentais. As contas desses paraísos fiscais poderão calmamente ser os locais de transações envolvendo cripto-divisas não-estatais, pois aqueles governos e bancos centrais decididos a vigiar e reprimir as trocas que escapem ao sistema SWIFT, ficarão com a sua eficácia estritamente limitada à «zona SWIFT», enquanto no vasto mundo, outros sistemas monetários, como o dos BRICS+ e o desenvolvimento dos pagamentos usando cripto-divisas não estatais, irão expandir-se. 

Será o Ocidente orgulhoso a ficar encurralado no seu sistema monetário e financeiro, enquanto os que ele pretende combater se desenvolverão, livres das coações e sanções económicas devastadoras.


sexta-feira, 9 de setembro de 2022

CRÓNICA (nº7) DA III GUERRA MUNDIAL - A EMERGÊNCIA DE UM NOVO PADRÃO MONETÁRIO

                                                              
                                                       Bolsa do Ouro em Xangai


Antes de mais nada, devo especificar que o meu papel, a minha função, é sobretudo de refletir sobre o que se passa à minha volta e no mundo. Não é de fazer propaganda ou de «fazer claque» por um dos lados, enaltecendo as virtudes de uns e denunciando os podres de outros.
Como testemunho interessado (pois vivo neste mundo, não num mundo imaginário) verifico que realmente estamos numa confrontação global de longa duração.
Sendo que este confronto é por razões bastante fundas, não se resolve portanto, senão por uma nova arquitetura global. Ou seja, que «Novo Mundo», que nova «Ordem Mundial» está aí às portas do futuro?
Este novo mundo não nos cai dos céus, resulta da ação dos homens, não apenas de chefes de estado e governo, como também dos povos e de uma multiplicidade de fatores imponderáveis, que estão sempre a brotar no quotidiano. Temos prova disso quando «grandes cataclismos» anunciados, afinal, são «nothing-burgers» e o reverso, coisas triviais que se avolumam, fazem bola de neve e transformam completamente o cenário.
Hoje, irei falar da guerra mais difícil de perceber para o comum dos mortais, a que tem a ver com a ordem financeira e monetária global. O assunto não será esotérico, em si mesmo. Não, antes é simples de se compreender, na essência.
Mas, somos impedidos de prestar atenção pela nossa mente dominada pelas notícias a cada instante, pela media que satura todos os nossos canais com lixo informativo e nos impede de tomar recuo e pensar por um lado, por outro, a des-educação em que se transformou o ensino, a todos os níveis, causando a cada vez mais visível catástrofe dos «analfabetos funcionais»: Refiro pessoas que sabem ler e escrever, que podem manipular com à-vontade o computador ou smartphone e são, no entanto, profundamente ignorantes do mundo em que vivem. A nível universitário, esta nova patologia é ainda mais conspícua, em combinação com uma autossuficiência, uma afirmação enfática de banalidades ou slogans, apresentados como «verdades eternas».
Na ordem mundial saída da II Guerra Mundial - o acordo de Bretton Woods, que reuniu as nações vencedoras (incluindo a URSS) para arquitetar uma nova ordem financeira mundial - foi muito evidente o peso e influência dos EUA. Não apenas na criação do FMI e Banco Mundial, com regras que colocam (ainda hoje) estas instituições como instrumentos dóceis do imperialismo americano, como na própria existência de uma moeda especial, o dólar dos EUA, entronizado no papel de reserva mundial, ou seja, daquela que os bancos centrais de todos os países teriam de possuir e, portanto, que teria o papel de intermediário nas transações financeiras e comerciais internacionais, não apenas de Estado para Estado, mas em transações entre bancos, para pagamentos de bens industriais, agrícolas, etc.
Esta arquitetura foi possível porque Keynes, representante do Reino Unido à conferência, não teve apoio suficiente em torno do seu projeto de «bancor», divisa que não pertenceria a um banco central nacional, pois seria um cabaz de algumas das moedas mais representativas.
Este bancor, se tivesse sido adotado, poderia desempenhar um papel estabilizador das relações monetárias internacionais, visto que a oscilação duma moeda fazendo parte do bancor, não seria suficiente para desequilibrar o conjunto, sendo certo que, quando uma divisa diminui, é sempre em relação a outra(s), que aumenta(m) (veja-se o que está a acontecer à relação dólar-euro neste momento).
No concreto, Bretton Woods assumiu que a divisa dólar (a moeda de reserva mundial) era remível por ouro a 35 dólares a onça, sendo que este valor vigorava somente nas trocas entre bancos centrais, não era um valor correlacionado diretamente com o comércio de ouro.
Assim, os países tinham a possibilidade de trocar (ao nível dos bancos centrais) seu excedente de dólares, em ouro. Mas, quando houve a guerra do Vietname, os EUA começaram ter grandes aumentos de despesas, aumentos dos défices orçamentais e muitos (entre eles, os britânicos e os franceses) decidiram começar a trocar as notas de dólar por onças de ouro, fazendo descer significativamente as reservas de ouro em Fort Knox.
Nixon, em 1971 decidiu «provisoriamente» desindexar o dólar do ouro, tendo - a partir daí - a cotação do ouro subido de 35 dólares /onça, para mais de 800 dólares / onça. Hoje (09/09/2022), situa-se em 1720 dólares /onça. Para os EUA, era vital conseguirem manter o dólar como a divisa de reserva mundial, o que lhes conferia o «exorbitante privilégio» (Giscard d'Estaing) de ter défices crónicos, no orçamento e na balança de pagamentos, sem ter severas consequências com isso, enquanto quaisquer outros países mergulhariam em crise grave.
Foi Kissinger que negociou com o então rei Saud da Arábia Saudita, o chamado acordo dos petrodólares, em 1973, pelo qual os EUA dariam proteção militar sem limites e apoio ao Reino saudita, em troca deste apenas aceitar dólares como pagamento do seu petróleo.
Como a Arábia saudita era o maior produtor de petróleo nessa altura e como tinha o controlo da OPEP, não foi difícil a norma de pagamento do petróleo só em dólares, se estender a todos os outros exportadores, incluindo países que não faziam parte da OPEP (como a URSS, por exemplo). Começou assim o reinado do petrodólar, que está agora no seu fim.
Com efeito, a Rússia e a China primeiro, mas depois também a Índia, o Irão e outros países estão de acordo e já começaram a fazer troca direta, o diferencial do comércio bilateral sendo saldado com ouro, evitando assim envolver dólares nas trocas comerciais, ou então usando as divisas nacionais respetivas nas trocas bilaterais (rublos/yuan; rupias/rublos; etc...) com o mesmo fim.
Os países da Ásia supracitados sempre consideraram que o ouro era dinheiro. Foram sobretudo os bancos centrais asiáticos que adquiriram imenso ouro, mormente quando vendido a preço de saldo (por ordem do PM britânico Gordon Brown, mas também outros países ocidentais) nas primeiras duas décadas do século XXI. Igualmente, o ouro é considerado como reserva de valor, desde tempos imemoriais, pelas pessoas em toda a Ásia, incluindo as mais modestas.
Não admira portanto que a Rússia, em pagamento dos seus combustíveis, comprados por países «não-amigos», institua a regra de que serão pagos em rublos ou em ouro. Está perfeitamente em linha com a situação de rutura final com um Ocidente cheio de arrogância e agressividade, que provocou a Rússia ao ponto desta ser obrigada desencadear uma guerra preventiva.
O aspeto caricato disto, é que os sauditas têm comprado petróleo russo (com desconto), que depois revendem ao preço de mercado aos ocidentais. O acordo dos petrodólares foi completamente virado de «cabeça para baixo»: Pois, agora, não se trata de quem venda o petróleo, ter de aceitar dólares. Agora, quem quiser petróleo, terá de se contentar com o que lhe é oferecido a um certo preço, determinado pelo vendedor!
É inevitável, com ou sem guerra da Ucrânia, que os países produtores de bens e matérias primas, que  têm produzido para os ocidentais tudo ou quase tudo o que faz o conforto das suas vidas, queiram ver-se livres da ditadura do dólar.
O SWIFT e o dólar foram transformados em arma de guerra económica, contra o Irão e uma série de outros regimes (Venezuela, Coreia do Norte, etc.). Não apenas estas sanções são ilegais, como os americanos rasgaram o princípio da territorialidade das leis, com as sanções e ameaças de sanções contra bancos ocidentais (suíços, franceses) que infringissem os embargos decretados por Washington, não por quaisquer decisões das Nações Unidas. Estes bancos tiveram de pagar pesadas multas, sob ameaça de serem impedidos de ter sucursais e de fazer negócio, de qualquer espécie, nos EUA.
O pretexto das sanções contra o Irão, foi também o que «justificou» a prisão arbitrária da vice-presidente da Huawei no Canadá, quando esta regressava duma conferência internacional na América Latina. Isto foi considerado uma afronta nacional na China.
O comportamento dos EUA em relação a todos os que não estejam completamente submissos é duma brutalidade incrível. O que fizeram ao Iraque e à Líbia, permite-nos dizer que eles são os «bullies», que usam a força bruta para intimidar e fazer valer as «leis» que eles próprios decretam, mas que não possuem validade nenhuma nos outros países, face à lei internacional.
As construções de plataformas de negociação, de trocas comerciais, de defesa e de assistência mútua têm-se multiplicado, do Mar Báltico, ao Mar da China. Os países asiáticos têm estabelecido acordos de cooperação, que incluem as Novas Rotas da Seda, uma rede de transportes fluviais, ferroviários, rodoviários, assim como portos e aeroportos. Criaram e desenvolvem bancos, destinados a financiar os grandes projetos nos seus países e nos países do Terceiro Mundo. Têm a Organização de Cooperação de Xangai, para combater o terrorismo e para encontrar soluções negociadas em diferendos. Os BRICS são uma alternativa com voz própria, ao G7 e aos atlantistas que costumavam falar em nome «da comunidade internacional», que eram eles somente, afinal de contas.
Chegou agora o momento, face ao extremismo das sanções da parte dos países da NATO, da Rússia fazer aquilo que tinha - com certeza - planeado há muito. Estou a falar da criação de uma plataforma para negociar o ouro, em Moscovo, com os seus padrões e fazendo concorrência à londrina LBMA.
O objetivo será, com certeza, fazer o que é necessário, para sanear o referido mercado. Vai impossibilitar a especulação com contratos de futuros, responsável pela manutenção da cotação do ouro, muito abaixo do que seria normal, face à queda dos ativos financeiros, a cada crise do capitalismo. Com efeito, se o público começasse a ver que o ouro é realmente um refúgio eficaz em termos de conservação de valor, ao contrário do dólar e de quaisquer outras «divisas fiat», então haveria uma corrida para adquirir ouro e a confiança no dólar-rei desfazia-se por completo. O mesmo, em relação aos ativos financeiros denominados em dólares.
Uma moeda de reserva internacional com a sustentação do ouro e de matérias primas, como metais estratégicos, petróleo e gás, é o que os parceiros Euro-asiáticos estão AGORA a negociar.
Não se enganem; se isto não é reportado no Ocidente, isto significa que É IMPORTANTE. O que é importante tem sido ocultado do público, na esperança - absurda e fútil - de que seus efeitos sejam menos severos, do que efetivamente são. É «tapar o sol com uma peneira»!

Em complemento: Leia o artigo, muito bem escrito e cheio de dados factuais, de Mcleod:

 https://www.goldmoney.com/research/an-asian-bretton-woods


---------------------

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_13.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_0396436697.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_24.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/04/cronica-da-terceira-guerra-mundial-um.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/04/cronica-da-iiimundial-guerra-biologica.html


domingo, 13 de março de 2022

CRÓNICA (nº2) DA TERCEIRA GUERRA MUNDIAL - Hipocrisias... que nos podem matar



                                               
ÓDIO CONTRA A RÚSSIA NOS EUA

Hipocrisia 1
Direitos humanos, só para alguns. Aliás, os russos não são humanos...

- Valery Gergiev, é vítima de xenofobia e perseguição por não estar conforme com a narrativa dominante, mas há muitas outras personalidades do desporto, das artes e da cultura, ameaçadas, coagidas a fazer declarações públicas (com as quais podem, ou não, estar de acordo) sob ameaça de perda do emprego: 

- Acumulam-se incidentes, relatos e imagens de ódio contra os russos, contra o povo, contra as pessoas de cidadania russa. São campanhas orquestradas; fazem com que as pessoas extravasem sua frustração e ódio, despejando no objecto [chamado o "bode expitório"] que lhes é designado. Segundo Andrei, do Blog «The Saker», «... Todo esse ódio é lançado não tanto pelos políticos, embora haja muito disso também, mas por corporações (de media)...»
O mesmo se passou com os judeus, na Alemanha de Hitler, com os imigrantes do médio-oriente, em vários países europeus ocidentais e contra outras comunidades, também. A auto-imagem europeia de tolerância, civilidade, respeito pelos direitos humanos, é um mito. 

Análise aprofundada do Arcebispo Católico Msgr. Carlo Maria Viganò sobre a crise Rússia-Ucrânia: "Pluralism and Freedom of Speech Disavowed by Censorship and Intolerance". 

O humanismo deixou de ser considerado o substrato do pensamento político. Klaus Schwab e Davos, são apenas a cabeça emersa da «hidra globalista» que expele a ideologia «transumanista», na realidade, anti-humanista.

- A média ao serviço dos governos ocidentais tem tido um pesado papel na propaganda de guerra. Como diz o entrevistado, Vlad Orlov, 90% das notícias da comunicação social nos países da NATO sobre a guerra na Ucrânia, são falsas. O jogador profissional de basquetebol em Espanha, de origem ucraniana, diz o que tem sido escondido no Ocidente, durante oito anos. 


Mapa-mundi com dados do DoD (ministério da Defesa), com os laboratórios americanos secretos, de investigação em bioarmas.

                                                                  Hipocrisia 2
Violação continuada da Convenção sobre Bioarmas. Laboratórios secretos fabricando patogénicos, em laboratórios da Ucrânia e Geórgia.
 
- Veja a entrevista com a jornalista búlgara independente, Dilyana Gaytandzhieva
- Leia um artigo de Abril de 2018, da mesma autora, Dilyana Gaytandzhieva, sobre as bioarmas americanas:
- Uma análise crítica por  Keith Hartzler sobre as evidências apresentadas pela jornalista búlgara:

- A notícia abaixo, de 9 de Março, deu apenas um apanhado do que se podia saber, nesse momento. Muito mais será revelado, estou certo, mas é um processo moroso, o decifrar informações que estão nos laboratórios ou que ex-trabalhadores dos mesmos fornecem. Estamos a falar da rede internacional, controlada pelos EUA, fazendo pesquisa e desenvolvimento sobre estirpes patogénicas, atividades proíbidas pela Convenção sobre bioarmas.

[15/03/2022] https://www.zerohedge.com/political/tulsi-gabbard-smeared-treasonous-liar-sen-romney-over-ukraine-biolab-concerns A ex-membro da Câmara dos Representantes dos EUA, Tulsi Gabbard (democrata), foi insultada e difamada por Romney (republicano), por ela ter produzido um vídeo apelando para a administração Biden trabalhar com os russos e com outras partes para um cessar-fogo, em ordem a serem destruídos os agentes patogénicos encontrados em laboratórios ucranianos, financiados pelos EUA.

[16-03-2022] Artigo muito bem documentado de Urbano de Campos, sobre os laboratórios sob controlo dos EUA, na Ucrânia. Ele sublinha, com razão, que o problema não se limita à Ucrânia, visto saber-se doutras instalações deste tipo, financiadas e controladas pelos EUA, em especial nos Estados da ex-URSS que fazem fronteira com a Rússia.



Zelensky, na Conferência de Segurança de Munique, obteve aprovação dos presentes (sobretudo de países da NATO) para re-armar a Ucrânia com armas nucleares

                                                    Hipocrisa 3
Aceitação, pelos governos da NATO, que a Ucrânia volte ao «clube nuclear», rompendo com o Memorando de Budapeste.

- O tratado banindo os armamentos nucleares foi assinado e ratificado em Janeiro de 2021, por um número suficiente de países para constituir «Lei internacional», dentro do dispositivo legal da ONU: 
- Porém, em Fev. de 2022, não só não houve objeções, como houve aceitação generalizada pelos participantes da Conferência de Segurança de Munique, quase todos dos países membros da NATO, à proposta do presidente Zelensky, da Ucrânia se munir de armamento nuclear, que poderia imediatamente por em risco a Rússia, visto que seria apoiado pelo Ocidente. Zelensky ameaçou que o memorando de Budapeste fosse unilateralmente denunciado pela Ucrânia; é o mesmo que dizer que, daqui por diante, a Ucrânia vai estacionar, produzir e armazenar armas nucleares. Leia:  
O facto é que, até 1991, a Ucrânia possuiu armamento nuclear. Guarda capacidade logística e peritagem técnica largamente capaz de accionar, hoje uma reativação do programa de armamento nuclear. Recordemos, também, que a Ucrânia mantém várias centrais nucleares em funcionamento o que lhe permite obter plutónio para bombas atómicas. Quanto ao apoio material, não haverá hesitação dos EUA/NATO: 


O embargo dos combustíveis russos implicaria uma espiral dos preços da energia, causando hiperinflação em todo o mundo

                                                       Hipocrisia 4
Sanções para tudo o que seja russo, menos para aquilo que o Ocidente não possa substituir.

Apesar das sanções e do tom muito duro de condenação dos governos da U.E., estes não vão sancionar o petróleo e o gás russo. Assim, só os EUA o fazem. É verdade que não será muito difícil aguentar, na América, sem os 7% de petróleo russo , no conjunto das importações de petróleo americanas. Lembre-se que a América é quase auto-suficiente, devido ao petróleo de xisto. Porém, precisa de comprar ao estrangeiro petróleos de qualidade diferente para as combinações de combustíveis destinados a vários fins. O oleoduto Keystone (que poderia encaminhar petróleo bruto com as característicass desejadas) está bloqueado pela luta dos Primeiros Povos (indígenas), aliados aos ecologistas. Mas, apesar da impopularidade de tal medida, o governo Biden está a equacionar a sua reabertura. Porém, os europeus têm uma dependência conjunta de 40% em média em relação aos combustíveis fósseis (petróleo e gás natural) importados da Rússia. Eles fizeram pressão para que o SWIFT não fosse cancelado para os bancos russos que normalmente têm recebido os pagamentos pelos combustíveis russos:
Mesmo que a Europa começasse a sancionar agora o petróleo e o gás russos, não haveria problema de maior para estes em reorientar as exportações para a China e outros países asiáticos, sempre carenciados em combustíveis.

- As sanções unilaterais do «Ocidente» contra a Rússia são causadoras de graves efeitos colaterais.  Zoltan Pozsar é um ex-membro da FED de Nova Iorque. Num recente artigo de investigação, ele sugere, não apenas o aparecimento da crise colateral de matérias-primas e mercadorias que se está a transformar rapidamente em crise de liquidez. Também, diz ele, esta crise será uma oportunidade para fortalecimento do Banco Central da China (PBOC) emergir, em breve, como o banco central dominante, quando o Yuan, tendo  matérias-primas e mercadorias como garantia, alcançar uma posição de poder indiscutível. Como resultado desta guerra, o Yuan sairá reforçado e o Dólar enfraquecido.

Na guerra económica, as sanções e contra-sanções multiplicam-se. O infográfico seguinte mostra quais as sanções que recaem sobre a Rússia e os EUA, por operações militares no estrangeiro: 

Nesta guerra global, as contradições entre psicopatas podem conduzir a resultados inesperados.

Estão furiosos os oligarcas americanos, como Hillary Clinton, por terem sido sancionados pelo governo russo: 

Os governos dos EUA, o britânico e outros, roubam como vulgares ladrões o ouro dos paises «inimigos». Deste modo, eles estão a queimar a réstea de confiança nas instituições supostamente neutrais, como bancos centrais, o Banco Mundial, o FMI, a OMC, etc. Estão a viabilizar o aparecimento de um sistema distinto, liderado pela China, baseado no petroyuan:  https://www.strategic-culture.org/news/2022/03/17/all-that-glitters-is-not-necessarily-russian-gold/


                                     Manifestação dos nazis em Kiev

                                                    Hipocrisia 5
Ocidente utilizou nazis ucranianos para o golpe de Maidan. Armou e treinou milícias Azov, depois integradas no exército da Ucrânia, na Guarda Nacional. 

Veja o que escrevi sobre o assunto:
Continuando a usar mercenários para fazer a guerra do Império, agora transferem centenas de Jihadistas (Al-quaida, sob vários nomes) estacionados em Idlib, Síria, através da fronteira com a Turquia, para combater os «infiéis»:  

Scott Ritter lembra como foi que os EUA e NATO estiveram desde o príncípio a enquadrar, treinar e equipar o Batalhão Azov, recheado de neo-nazis (não só ucraninanos, de várias nacionalidades): 

Thierry Meyssan aponta as ramificações dos neo-nazis, em todo o exército e aparelho burocrático do Estado ucraniano. Ao nível político, exercem chantagem sobre outros partidos e deputados. Os partidos neo-nazis não conseguem ter mais que cerca de 8-9 % do voto popular, pelo que usam a velha tática de infiltrar e controlar as instituições que mais lhes servem para consolidar o seu poder.

Facebook e Twitter são agentes do imperialismo, o que explica que tenham levantado todas as restrições para a propaganda veículada por grupos de extrema-direita/neonazis, que têm estado a operar na Ucrânia. Utilizam métodos terroristas, desde a extorsão, à tortura, execução sumária, e bombardeamento de zonas civis. Além disso, é agora autorizado fazer ameaças de morte aos russos, através do twitter ou do facebook, sem problemas:



Na imagem acima: Biden filho, viciado em crack e em porno. Membro da administração da Burisma, companhia do sector de energia da Ucrânia. Os oligarcas obtiveram, através dele, acesso a seu pai Joe Biden

                                                          Hipocrisia 6
Utilização da Ucrânia para fazer lucros fabulosos e criminosos por oligarcas, nacionais ou estrangeiros, incluindo Hunter Biden. Aceitação da corrupção e roubo pelos protegidos dos americanos.

Leia, sobre as motivações económicas dos globalistas, aqui: 
Pode-se considerar que a Ucrânia, desde o golpe de 2014, se tornou o «quintal de Kolomoiski»: Este bilionário que vive na Suíça, tem na mão os cordelinhos da política que se faz na Ucrânia. Inclusive, ele não apenas financiou, como transformou o ator Zelensky em Presidente Zelensky. Kolomoiski é um homem que tem uma raiva doentia aos russos, a tudo o que cheira a Rússia. Além de muito rico, usa de todos os instrumentos (legais ou ilegais, inclusive de máfias ao seu serviço) para chegar aos seus fins. Grande parte da «ajuda» ocidental destinada à Ucrânia acabou por ir parar às contas de Kolomoiski.  
O escândalo do filho do Presidente Joe Biden, Hunter Biden - abafado, graças ao pai e ao aparelho do Partido Democrático - com as suas ramificações, constitui um capítulo inteiro da história da Ucrânia pós-Maidan.  

Para mais factos sobre a Ucrânia, veja o documentário Ukraine: The Everlasting Present https://vimeo.com/622363034 (Simona Mangiante Papadopoulos. Attorney and former EU legal advisor.)
-----------------------------------
Cada um destes tópicos irá sendo coberto, ao longo do tempo, com factos e ligações, por mim conferidas. 

Pedido: Espero que me ajudem, assinalando erros, omissões e quaisquer dados desconhecidos, com utilidade para o assunto. 

Obrigado!
MB



domingo, 26 de dezembro de 2021

OS TAMBORES DA GUERRA SOAM MAIS ALTO...

... MAS CONTINUAIS DISTRAÍDOS!

                    
                     
Forças russas num treino militar

O risco de um confronto generalizado não é discutido.
As sanções contra a Rússia e contra a China, são formas de separação radical do mundo em várias partes. Como visão «geoestratégica», é a mais absurda e primitiva que se pode imaginar nesta era.
As ameaças de cortar a Rússia do sistema SWIFT, que têm sido agitadas periodicamente, são apenas uma ocasião para esta desenvolver (ainda melhor) um sistema alternativo, que já existe e que está em funcionamento. Possivelmente, vai expandir-se com outros parceiros, com a China e outros, não sujeitos do Império USA.
A Rússia e a China são grandes países, com poderosos meios e cujos governos estão bem cientes das ameaças de Washington e dos seus lacaios da NATO.
Há alguns anos, a Rússia eliminou praticamente da sua dívida externa os ativos dependentes do dólar (obrigações do Tesouro US, etc.) e também se tornou largamente autossuficiente - e mesmo exportadora - nos alimentos, respondendo assim às sanções dos europeus, submissos aos americanos.
Vejam no gráfico abaixo. A partir do final de 2019, a dívida externa da Rússia é muito baixa. Se ela precisasse de saldar agora as suas dívidas externas, as reservas de divisas do banco central e dos seus bancos estatais chegariam.

             
Na guerra híbrida que estão a levar a cabo contra a Rússia, desde 2014 e contra a China, desde 2017, muitas das sanções (Nota: são atos de guerra económica) têm um efeito boomerang: São mais prejudiciais para os países que as fazem , do que para os visados.
Nota-se um aumento da estabilidade do sistema financeiro dos países da Organização de Cooperação de Xangai, onde China e Rússia são os principais, o que permite que a crise económica seja muito mais suave nestes.
As dificuldades da China, decorrentes duma economia fortemente exportadora, estão a ser enfrentadas: Há uma viragem para um maior consumo interno, para a diversificação dos mercados e para a complementaridade das economias. A China tem os problemas de abastecimento de energia largamente resolvidos, graças à cooperação com o Irão e com a Rússia.
Os russos não precisam de vender o seu gás à Europa Ocidental pelo Nordstream II. Têm compradores na China e noutros países. Mas os europeus têm que arcar com as consequências da não entrada em funcionamento de Nordstream II: Uma limitação energética, apenas aliviada com gás liquefeito vindo dos EUA, transportado por navios, evidentemente muito mais caro. Se isto não é exatamente a definição de «tiro no pé», então o que será?
A agressividade dos centros de poder atlantistas e globalistas não abranda, no entanto: Eles estão congeminando a próxima «pandemia». Desta vez será uma «pandemia cibernética», uma série de ataques de falsa bandeira, para dar pretexto a que imponham um regime ainda mais severo de sanções contra a Rússia e a China.
Veja como Klaus Schwab nos ameaça a todos:

               

Para eles, globalistas, o tempo de concluir o «Great Reset» chegou. Eles vão servir-se de toda a panóplia para conseguir neutralizar a resistência dos povos.
Claro que, por ora, sabem que não podem escravizar seus adversários mais poderosos. Sabem que somente poderão fazer «contenção» e «guerra híbrida». Isto também serve como forma de manter aterrorizados e dominados os governos do Ocidente, desejosos de se mostrarem «leais» à Grande Cabala.
Porém, no seio das sociedades que eles dominam, que ironicamente auto- designam por «democracias», estão a implementar um regime totalitário, com sistemas de vigilância («tracking»), com campos de internamento para dissidentes «covidianos». Criam uma dependência completa de muitas pessoas em relação ao governo, com o Rendimento Básico Universal. Devido aos «lockdown» e às várias restrições de atividades, milhares de pequenas e médias empresas ficam na falência: Isso não os aflige, ajuda-os a submeter ainda mais a população. Através da imposição da obrigatoriedade vacinal, montam um sistema de vigilância generalizado, que será aplicado noutras circunstâncias, com ou sem pretexto sanitário.
Estas manobras implicam um planeamento complexo, num número restrito de centros de poder. A ofensiva contra as liberdades civis está muito bem coordenada.
A «Cimeira para a Democracia», destinada a construir conivências entre governos ocidentais CONTRA os «arqui-inimigos» China e Rússia, não deveria merecer senão o desprezo e denúncia, por parte das esquerdas. Mas, infelizmente, elas foram cooptadas ou emudecidas e isso não é de agora. Com efeito, a sua resposta à tomada de poder globalista sob pretexto da crise do COVID, foi nula ou, até mesmo, foi de aprovação.
Andam também os governos da Europa sob direção americana, a fazer tudo em relação à Ucrânia, para reacender o conflito com as repúblicas separatistas do Don. Esta manobra suja e criminosa serviria para atrair a Rússia, para ela se imiscuir no vespeiro ucraniano, com o objetivo de aumentar o nível das sanções e, eventualmente, criar uma situação análoga à do Afeganistão nos anos 80, nas fronteiras europeias da Rússia.
A estratégia globalista para completar o «Great Reset» está patente, numa simulação lançada pelo WEF chamada “cyber polygoon. Em resumo:
- Os bancos irão fechar durante vários dias e a atividade bancária «on-line» não estará disponível. Não teremos acesso nem poderemos ver as nossas contas.
- A «suspensão de dívidas» será implementada, incluindo o cancelamento de dívidas. Note-se que a dívida de um é o ativo (as poupanças) de outro. Esta será a «solução» que nos será vendida para resolver a tal «ciber-pandemia». Eles dirão que isto TEM de ser feito para salvar-nos a todos.
- A relação de câmbio recíproco entre as divisas principais vai ser descontinuada. Deste modo, deixará de haver pagamentos em dólares USA, Euros, Libras, etc. As divisas serão de novo ativadas, mas com um severo corte, quando se transformarem em divisas digitais dos bancos centrais.
Parece que estas medidas são loucas, mas veja-se o que se passou com as divisas mais fracas (caso de Portugal) aquando da passagem ao Euro. Tiveram o seu câmbio inteiramente ditado pelos países mais fortes. O mesmo se irá passar, mas numa escala enorme e com mudanças de câmbios abismais.
A media vai mascarar estas manobras, que afinal se traduzem pelo empobrecimento massivo de uns e pelo enriquecimento de outros. Vão acusar, como de costume, os russos e os chineses, de estarem por detrás dos hackers. 
O ciberataque de falsa-bandeira é que irá supostamente tornar indispensáveis todas estas medidas .
Será uma espécie de arma de destruição massiva, que irá anular a autonomia das classes médias, nesses países.