From Comment section in https://www.moonofalabama.org/2024/03/deterrence-by-savagery.html#more

The savagery is a losing card. By playing it the US and the West are undercutting every ideological, normative and institutional modality of legitimacy and influence. It is a sign that they couldn't even win militarily, as Hamas, Ansarallah and Hezbollah have won by surviving and waging strategies of denial and guerilla warfare. Israeli objectives have not been realized, and the US looks more isolated and extreme than ever. It won't be forgotten and there are now alternatives.
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domingo, 7 de maio de 2023

MAIS UM ATENTADO TERRORISTA CONTRA CIVIS RUSSOS, POR AGENTES DOS SERVIÇOS UCRANIANOS

Um atentado à bomba matou o motorista e feriu gravemente o romancista russo Prilepin, quando estes se deslocavam de automóvel, a cerca de 80 km da cidade russa de Bor.


 https://www.zerohedge.com/geopolitical/prominent-russian-novelist-wounded-car-bomb-assassination-attempt

O grupo «Atesh», composto de originários da Ucrânia e de tártaros da Crimeia, reivindicou o ataque. Este atentado terrorista a civis em solo russo é o terceiro, com certeza efetuado graças e com o apoio de elementos dos serviços secretos ucranianos.

Em Abril de 2022, o blogger Vladlen Tatarsky foi assassinado num evento em S. Petersburgo, onde era orador principal. Daria Dugina, filha do filósofo Alexandre Dugin, foi assassinada em Agosto de 2022, num atentado bombista ao seu carro. Não há dúvida que a bomba se destinava a matar o seu pai. O Pai e a filha trocaram - no último momento - de carros, quando regressavam dum festival literário próximo de Moscovo.

Todos estes atentados terroristas têm a marca dos serviços secretos de Kiev. Ora, estes não executarão operações sem o aval dos seus «donos» da OTAN e do Pentágono. 
Responsáveis militares ocidentais estão embebidos permanentemente na estrutura do comando militar e de espionagem do regime ucraniano. 
Recentemente, o comando operacional da OTAN na Ucrânia terá sido atingido por um míssil russo muito potente, que deve ter perfurado o solo até às salas subterrâneas do estado-maior, perto de Lviv. Vários militares estrangeiros de alta patente foram atingidos (não sabemos quantos feridos e mortos). Porém, este acontecimento não foi noticiado, houve um verdadeiro blackout informativo, porque isso implicava subir a parada e retaliar. Talvez queiram manter «oculta» a participação de militares da OTAN e dos EUA, em altos postos de comando das forças armadas ucranianas. 
Dado o estado de grande perigosidade de um confronto aberto entre a OTAN e a Rússia, parece-me que a forma de retaliação escolhida, tem sido de ativar células terroristas ucranianas presentes no solo russo, para levar a cabo atentados à bomba ou com «drones». Embora aceite que os objetivos militares e civis numa guerra são, às vezes, difíceis de separar, podendo discutir-se da legitimidade (política e ética) do recente ataque com dois drones ao edifício do Senado russo no Kremlin, onde supostamente Putin pernoitava (mas enganaram-se), já os atentados contra civis, intelectuais famosos (e defensores declarados da posição russa, nesta guerra), parecem-me totalmente inaceitáveis; são crimes de guerra passíveis de serem julgados quando os executores e responsáveis forem capturados. Os poderes ocidentais coniventes, ficam silenciosos perante estes atentados terroristas: Para eles, só são «terroristas» as ações empreendidas pelos seus inimigos. 

sábado, 11 de março de 2023

NÃO É AQUILO QUE SE DIZ, QUE CONTA

... É aquilo que as palavras ocultam, ou seja , a verdadeira lógica da discursividade reside no que não é aparente. É o que se faz, no mundo REAL e que é recoberto por discursos. A utilização das palavras para induzir os ouvintes na ilusão do que eles mais desejam está a ser-lhes proporcionado, deve ser tão antiga como a mais antiga civilização. O engano deste tipo é deveras «humano», não é possível, nem concebível, ser efetuado por outras espécies animais. É realmente curioso que se  atribua tanta importância à palavras, no nosso século. É curioso que se tenha desenvolvido uma «polícia» das palavras (e das ideias) que supostamente teria como função «proteger-nos» de agressões verbais. Mas em nome de quê ou de quem? É verdade que podemos ficar ofendidos com determinadas palavras ou expressões. E daí? Costumo dizer que aquele que insulta é como o que atira um escarro para o ar: pode cair-lhe em cima da cara! A ofensa só é ofensa porque o ofendido se deixou afetar pelo insulto. Mas, a real razão de ser de todos esses batalhões de virtude verbal (e virtual), será a preocupação de que os nossos olhos ou ouvidos não sejam «ofendidos» !?

- Não, é antes o pretexto idiota para a instalação de uma censura que vai castigar os dissidentes... sob pretexto de discurso racista, ou indecente, ou homófobo, ou sei lá o quê! 

Há um certo tempo atrás, um indivíduo que se sentisse ofendido, insultado, recorreria a um tribunal e, se a queixa fosse considerada procedente, o ofendido podia reclamar uma indemnização pelos «danos morais e materiais» sofridos.  O autor do crime não só tinha de pagar ao ofendido, como também tinha de pagar as custas do processo. Mas este método de dissuadir o insulto, não servia os fins dos detentores dos poderes. Tiveram então a «genial» ideia de instaurar a censura na Internet, agora com extensão a toda a média e aos próprios livros, sob pretexto de ofensas às criancinhas inocentes, ou de fazer propaganda dos malvados terroristas, etc. 

Mas à indústria da pornografia usando as crianças, quase toda veiculada pela Internet, a esta não lhe acontece nada. Neste mundo falsamente virtuoso, as leis e regulamentos aplicam-se ou não, segundo a conveniência dos poderosos. É fatal que, com o poder de que disfrutam governos e seus agentes judiciais, eles pudessem (se quisessem) perseguir a indústria de pornografia que usa as crianças ou menores. Mas, isso seria atentar contra uma rentável indústria, na qual não poucos manda-chuva dos negócios e da política, têm interesse material. Para além do interesse material, que possam ter, também lhes convém como instrumento suplementar de desviar a atenção do público das obscenas e pornográficas traficâncias em que consiste a parte menos «oficial» do seu desempenho.

Quanto aos «malvados terroristas» é quase o mesmo: Quando as pessoas começaram a ficar fartas da propaganda «antiterrorista», sobretudo quando começaram a ver por detrás da cortina, que os tais grupos terroristas eram uma construção e um instrumento de política dos poderes, desapareceram os tais «terroristas». Muito depressa, passou a haver a tal epidemia terrível, sendo então instaurada uma censura férrea, que não acabou, sobre tudo o que cheirasse a abordagem não totalmente ortodoxa, sobre a origem, a propagação, o tratamento e a «vacina», do tal vírus. 

Depois disso, como sabemos, o vírus deixou de fazer as primeiras páginas dos jornais e telejornais, porque entretanto conseguiram fazer uma «guerra a sério» lá para as fronteiras da Rússia, envolvendo todos os membros da OTAN no esforço de guerra, em defesa dum regime considerado somente o mais corrupto de toda a Europa e talvez do Mundo. 

Isso envolveu centenas de milhares de mortes, tanto ucranianos, como russos, mas os poderes  não estão preocupados com isso. O que os preocupa é que, apesar de todo o controlo que exercem sobre este país dilacerado, haja capacidade de um certo número de entidades civis e militares começarem a negociar a paz com os russos. Isto é uma obscenidade sem nome; um país ser obrigado a sofrer uma derrota (que à partida estava garantida, pela desproporção das forças em presença) e de, ainda por cima, lutar sem proveito próprio para abrir caminho para os negócios com a terra (agronegócio) e com todo o remanescente industrial, após a destruição da guerra. 

Quando acabar a guerra e a Ucrânia for mais um Estado falido, como a Líbia e outros, vão fingir que a reconstroem, exatamente como fizeram durante 20 anos no Afeganistão, sem dúvida com a mesma eficácia!

Mas isso é «propaganda a favor de Putin», logo não pode ser dito e comentado nos grandes media, que mais parecem os jornais de propaganda nos regimes totalitários que conhecemos no século XX.

Agora o novo totalitarismo é mais «subtil», embora não menos eficaz, no sentido de calar a oposição e criminalizá-la, mas sempre invocando virtudes que o público ingénuo toma « como palavra de Evangelho». Assim, às pessoas vão lhes sendo retiradas, de forma «deslizante», todas as liberdades e garantias, sob os mais diversos pretextos, sempre a bem da sua segurança e  da «democracia»!

terça-feira, 23 de agosto de 2022

HOMENAGEM A DARIA DOUGUINA, VÍTIMA DO TERRORISMO



Daria Douguine, assassinada há dias em Moscovo, deu uma entrevista (em 2019), em francês:



 O atentado terrorista que a vitimou estava, com toda a probabilidade, destinado ao seu pai, Alexander Douguine, um célebre filósofo russo.

PS1: Leia o artigo de Pepe Escobar sobre o assassinato de Daria e o contexto geral em que ele se desenrola.

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O MEDO, INSTRUMENTO DOS PODEROSOS

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Medo de perder o emprego
Medo de ser assaltado(a) na rua
Medo de apanhar doença contagiosa
Medo do futuro
Medo de se enganar
Medo do ridículo
Medo de falhar
etc,etc.

                                             

Todos estes medos são usados como ingredientes, num ou noutro cocktail de notícias, que nos é servido, num fluxo ininterrupto, pelos media. Aquilo que «vende», em termos noticiosos, é o que causa mais medo, mais espanto, mais receio... 
A psicose colectiva do «aquecimento global», psicose induzida em larga escala pelos próprios poderes globalistas, é o exemplo máximo dessa infusão de medo nas pessoas. 
Também para uma esquerda completamente destituída do sentido de emancipação da classe trabalhadora, das suas próprias raízes, a luta contra o aquecimento global surgiu como uma (mais uma) bóia de salvação. Sabemos como ela se tornou órfã do socialismo estatal, após implosão da URSS, da conversão da China popular, sob a batuta do Partido Comunista  da China, no maior explorador de mão-de-obra barata e apologista do capitalismo mais desenfreado, ou quando os movimentos de libertação, desde Angola até ao Vietname, passaram - num espaço de tempo muito curto -  de celebrados, a celerados
Repare-se que a histeria com a «guerra global contra o terrorismo» abrandou temporariamente, ou ficou em segundo plano, embora se continue a registar atentados terroristas quotidianamente no Médio Oriente, ou noutras zonas, mas que não são notícia de primeira página, pois não pertencem ao «mundo desenvolvido». 
A casta política sabe, perfeitamente, que precisa que o medo nas pessoas atinja um paroxismo, de tal maneira que estas se conformem e aceitem o irracional, não porque se tornou de repente racional, mas porque «todos» têm o mesmo discurso.
E assim, mesmo antes duma sociedade totalitária se instalar, criam-se as bases do Estado totalitário, o totalitarismo «soft». Repare-se na generalização, sob pretexto da segurança e combate ao crime, da vigilância contínua, da digitalização em massa dos rostos e outras características, graças a algoritmos de reconhecimento automatizado, a impossibilidade de se estar num espaço público de uma grande cidade sem se ser filmado por câmaras de vigilância, de tal modo que ficam captadas imagens que poderão ser repescadas em qualquer momento... As recolhas maciças de dados de conversações telefónicas ou e-mails, no mundo inteiro (pela NSA e por outras agências), armazenadas em super computadores, que servem para moldar as estratégias dos poderes globais.
Alguns «Robin Hood», lançadores de alerta, como Julian Assange ou Edward Snowden, são apresentados com as cores mais carregadas possíveis pelos media, como se a missão destes fosse o apoio à propaganda do poder (na realidade, eles transformaram-se nisso mesmo). Nunca se coloca a questão do conteúdo daquilo que os lançadores de alerta revelaram, esta parece ser a regra da «informação» ao público.

Manipula-se o medo nas pessoas mas, igualmente, induz-se ao indiferentismo, submergindo-as numa catadupa de notícias, apresentadas com idêntico destaque, como se fossem equivalentes em importância. O objectivo é exactamente esse mesmo; as pessoas darão mais importância a um caso pontual, um fait-divers, muitas vezes envolvendo uma «celebridade» qualquer, sobretudo se tiver conotações de sórdido, de sexual, de imoral, etc... Assim, não irão captar a importância doutras notícias, que poderão ter muito mais a ver com elas próprias, com o seu futuro, ou que poderão ser exemplos de acções contra os poderosos... 

A máquina repressiva, por um lado, e a constante monitorização das mentes, por outro, já estarão montadas, quando houver a «descida aos infernos» da próxima crise económica e financeira global do capitalismo, o que vai brevemente acontecer (ou está já acontecendo). Os defensores do status quo, a minoria de 1% da população, detentora do monopólio dos meios de comunicação de massas e de coerção, vão tudo fazer para que a transição seja em seu benefício, para maior controlo sobre os mais pobres, para um reforço da riqueza e poderes da classe oligárquica, dentro de cada país e internacionalmente. 

No entanto, existem sempre variáveis que eles - os globalistas - não controlam, existe sempre uma parte da realidade que é aleatória, ou não determinista... Tenho alguma esperança, que as suas utopias regressivas (distopias), sejam desfeitas, no médio-prazo e que apenas tenham lugar nos livros de História, sobre as primeiras décadas do século XXI.  

sexta-feira, 17 de maio de 2019

QUAL É A VERDADEIRA GUERRA?

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O título do presente artigo levanta a questão seguinte: qual o sentido do actual posicionamento dos actores globais, nomeadamente dos EUA, China e Rússia, qual a sua lógica intrínseca.
Muitos crêem, sinceramente, que existe um antagonismo inultrapassável entre os EUA e a China, entre os EUA e a Rússia. 
Com efeito, as declarações e atitudes hostis multiplicam-se, nos últimos tempos. Assiste-se a uma «orgia» de sanções de Washington contra a Rússia e a China, enquanto estes replicam com medidas concretas, destinadas a acabar com o papel do dólar como moeda de reserva mundial.
Porém, o confronto entre super-grandes é desejado pela elite globalista como forma de fazer «passar» a globalização total da economia mundial. Esta globalização (e ambição propriamente totalitária), implica:

- Um governo mundial, ou seja, uma instância de regulação dos interesses da elite, que se ocupe em manter o controlo da «turba», de criar portanto as condições para instalação de um neo-feudalismo planetário. 
Tal existe em embrião, no conselho de segurança da ONU, mas também nas instâncias como o G7, o G20. Também existem instâncias não oficiais, mas que possuem um papel muito importante como ponto de encontro e influência recíproca de líderes da oligarquia financeira e industrial com líderes de governos, como são as reuniões do grupo de Bilderberg ou o Fórum Económico Mundial de Davos.  

- umas forças armadas mundiais, a policiarem o planeta, como já o fazem as  múltiplas missões de «manutenção de paz»  da NATO e da ONU.

- uma moeda única mundial, a qual pode ser destinada às grandes transacções internacionais e cujo controlo seria atribuído ao FMI e/ou ao BIS. 
Os bancos centrais nacionais passariam a ter um papel mais modesto na regulação dos fluxos monetários, provavelmente apenas com mandato para gerir ao nível de cada país, que conservaria a sua moeda para as trocas «do dia-a-dia». Com o tempo, as moedas nacionais iriam desaparecer e ficaria uma única moeda, global, completamente digitalizada, com sua versão em criptomoeda. O FMI prepara-se, segundo Rickards, para lançar uma criptomoeda própria, em SDRs (special drawing rights = direitos de saque especiais), a «moeda» do FMI.

Para que este plano possa chegar a um ponto tal que a elite globalista exerça todo o controlo, tem de manufacturar uma gigantesca crise na qual as pessoas, os povos, vão sofrer imenso e irão desejar ardentemente que venha a tal «solução» do governo mundial.

A elite globalista usa a metodologia das três fases, ou seja, «problema - reacção - solução»:

- O problema pode ser a rivalidade entre potências, a guerra comercial entre a China e os EUA, por exemplo, ou a rivalidade em torno de esferas de influência, com guerras locais ditas «por procuração». Vimos exemplos recentes disso, na Síria e no Iémene, e estão em incubação outros cenários bélicos, como a Venezuela ou o Irão.

- A reacção, será algo que é suscitado por oposição à situação desencadeada: por exemplo, a invasão do Afeganistão e depois do Iraque suscitaram uma activação, uma potenciação das tendências islâmicas radicais em todo o mundo. Ou ainda, a existência de perturbações climáticas, atribuídas ao excedente de CO2 na atmosfera, causou um grande sobressalto das pessoas, na opinião pública mundial.

- A solução, consiste em apresentar algo, que era o resulto final que a elite pretendia, mas que seria completamente impossível de fazer passar «a frio», porque a opinião pública não o aceitaria. 
Por exemplo, nos Estados Unidos, o pacote de leis chamado «Patriot act», já estava redigido antes do 11 de Setembro 2001 mas, depois deste, foi passado nas duas câmaras dos EUA, sem qualquer oposição significativa, sendo ele um conjunto de leis que anulam, restringem, distorcem completamente o quadro constitucional, em particular, os direitos civis, as garantias do Direito. 
Outro exemplo: as «soluções» do capitalismo verde e das taxas carbono, para combater o aquecimento climático. Claro que isto não é sério. Se o fosse, todos os voos comerciais, militares, disparos de mísseis, actividades bélicas...todas estas actividades, que enviam imensos gases com efeito de estufa para atmosfera, teriam de ser severamente restringidas. Só assim, seria credível o compromisso dos que se querem mostrar «amigos do ambiente» nas conferências climáticas mundiais.

A verdadeira guerra, aquela que conduzem incansavelmente os Rockfellers, os Rothchilds, os Gates, os super-ricos na Rússia, na China, nos países árabes, etc., em todo o mundo, é a que tem como objectivo talhar o mundo, de forma a que esteja sob o controlo das elites
A ideologia afixada dos diversos líderes mundiais é aparentemente muito diversa, mas todos estão de acordo em repartir esferas de influência, de modo a exercerem o máximo controlo nas suas  diversas  regiões. 
Não se trata de «governança» partilhada, mas antes, do reconhecimento recíproco da esfera de influência de cada poder. 
Isto pode passar por «multilateralismo», mas - na verdade -  estamos a assistir ao advento dum neo-feudalismo à escala planetária, coordenado por instâncias como a ONU, OMC, FMI, etc, etc...

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domingo, 21 de outubro de 2018

CRISTOPHER BOLLYN: O MISTÉRIO DE «9/11» DESVENDADO

Exposição documental da maior burla e crime da história contemporânea: 
- C. Bollyn demonstra que o governo que está a mentir, a ocultar a verdade, a erradicar todas as evidências do 9/11, é exactamente o mesmo que o planeou e executou.

Não admira, portanto, que o Mundo esteja há 19 anos a sofrer com as guerras desencadeadas pelos EUA. 
O projecto do PNAC tem estado a ser cumprido. Ele foi desenhado e executado por notórios sionistas: 
- os neo-cons são simplesmente sionistas enquistados em  lugares estratégicos da administração e da política americana. 

Bollyn tem uma intenção clara e explícita: erradicando a mentira que está na base de tudo isto, espera ajudar a acabar com as guerras desencadeadas, com o pretexto duma interpretação mitificada do 9/11.  



segunda-feira, 28 de agosto de 2017

«A ROTA DA SEDA» DO FORNECIMENTO DE ARMAS AOS TERRORISTAS PELA CIA

                        
        

Foi despedida do jornal onde trabalhava uma jornalista baseada na Bulgária, por ter revelado documentos sobre o tráfego de armas para os terroristas na Síria, orquestrada pela CIA e envolvendo o Azerbaijão, a Bulgária e a Arábia Saudita. Aquilo que já era conhecido de todas as pessoas que tivessem um mínimo de informação sobre a guerra suja na Síria, tem agora uma confirmação. Vejam os documentos aqui.


                     



 Evidentemente, não era o único canal de entrega de armas aos terroristas, mas as provas materiais disso estão agora disponíveis para todos verem. 
O que mais impressiona, nisto tudo, é o descaramento dos EUA, impondo sanções a torto e a direito, sob pretextos falaciosos, quando -na verdade - fazem coisas absolutamente proibidas e condenáveis pelo direito internacional. 

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

SOBRE A UTILIZAÇÃO DO TERRORISMO PELO ESTADO

Aquilo que ireis ler talvez vos choque; isso não será surpreendente, pois as pessoas são mantidas na ignorância e nada há de mais chocante que descobrir-se que se esteve na ilusão. 

Já estou farto da atitude bem-pensante de fazer um discurso emotivo a cada ataque terrorista. Os bons sentimentos não são análise política ou social.

Las Ramblas terror: Barcelona hit with two attacks

Quando ocorreu este último ataque supostamente da responsabilidade do «ISIS» nas Ramblas de Barcelona, logo identifiquei uma série de assinaturas, mas não as que se costuma apregoar nos media com mais insistência. Aquilo que eu identifiquei logo foram pequenos detalhes como o aparecimento de um passaporte marroquino, no local do atentado... o facto de a polícia ter vigiado o indivíduo causador do morticínio, sendo de repente retirada essa vigilância.  
As pistas de ataque de «falsa bandeira» abundam. 
Um dia depois do atentado vem-se a saber que o principal suspeito foi mortalmente alvejado (executado) em Cambrils. Este comportamento é recorrente em todas as intervenções da polícia no rescaldo de ataques terroristas. Isto quer dizer que eles têm ordens de não deixar ninguém com vida: 
- porque assim não serão julgados e não haverá revelações em tribunal sobre o financiamento, a vigilância através de agentes encobertos ou informadores, etc., o que poderia desmascarar os poderes!

Uma falsa bandeira é uma ação que é atribuída a um lado, sendo na realidade da autoria do lado contrário. No presente, os ataques fabricados, que depois são atribuídos a grupos ou indivíduos terroristas são cerca de 95% segundo analista reformado da CIA. 

Os meios de infiltração de agentes que transmitem informações aos respetivos responsáveis dos serviços secretos não podem ser menores do que nos princípios do século XX. Ora, há uns anos descobriu-se um diário do chefe da polícia parisiense, da época áurea do terrorismo anarquista («propaganda pelos actos») onde este inscrevia as informações dos seus agentes infiltrados. Aquilo que se discutia numa célula terrorista era logo transmitido ao chefe da polícia de Paris! Temos de partir do princípio que - com os meios poderosos das polícias e agências de «segurança» atuais - a sua capacidade de monitorizar as células terroristas existe!

Então, pergunta-se por que motivo as polícias e outros corpos do Estado não reprimem, como seria o seu dever, estes grupos para que atentados como o de Barcelona não aconteçam?

As pessoas estão habituadas à teoria do «lobo solitário» como um elemento essencialmente incontrolável. Não acredito em tais teorias de «lobos solitários». Muitos ataques atribuídos no passado a lobos solitários tinham afinal por detrás organizações, células de apoio. 
Estou convencido de que os elementos das células terroristas são monitorizados pelos serviços de segurança. No momento em que os que controlam esses serviços acharem conveniente, um plano de atentado - que é do conhecimento prévio deles - é deixado correr, até se realizar. Com isso, os que controlam as polícias secretas podem jogar com o medo das pessoas. Podem obter dividendos políticos. O medo passa a fazer parte do quotidiano das pessoas. 
Lembremos que, em França, a resposta das pessoas à vaga de atentados conduziu a uma mudança de atitude, mas não no sentido de um maior poder e controlo das pessoas, nem a uma maior transparência do aparelho de Estado. Macron e toda a sua política são os garantes de uma perpetuação do poder - verdadeiro - do grande capital, da alta administração pública, das altas hierarquias policiais e militares. 
Em Espanha, o risco de desagregação do Estado espanhol, com as tentativas de independência da Catalunha seriam um golpe demasiado grande para a oligarquia. Este atentado vem no ponto exato para suscitar nas pessoas um reflexo identitário, xenófobo, retraimento de medo, permitindo que «votem bem» ou se abstenham (o efeito mais provável) aquando do próximo referendo pela separação da Catalunha do Estado Espanhol. 

sexta-feira, 21 de julho de 2017

TERRORISMO É UM CONCEITO, NÃO É UM FACTO OBJECTIVO

                               

Neste curto vídeo, vê-se Jean-Luc Mélanchon, líder da esquerda na Assembleia Nacional francesa, está numa comissão da mesma, a defender uma proposta para adoptar um texto do Conselho da Europa (não é um órgão da UE, inclui todos os países europeus, quer façam parte ou não da UE, incluíndo a Rússia, por exemplo). 
Este texto de resolução enquadra o dever dos Estados em combater fenómenos como DAESH ou EI (Estado Islâmico), não com o argumento de que são organizações «terroristas», mas sim como grupos de criminosos de delito comum. 
Apresenta, como exemplo de utilização ideológica da etiquetagem de tal ou tal organização como sendo «terrorista», o caso do PKK, partido comunista do curdistão turco. Ele tem estado numa lista de organizações ditas «terroristas». 
Porém, seria muito estúpido continuar a classificá-lo como «terrorista», quando tem estado justamente na vanguarda da luta contra o Estado Islâmico, na Síria, sendo portanto aliado das forças que combatem este grupo de bandidos armados. 
Por outro lado chamar «combatentes» a um grupo de bandidos que não estão a defender nada, mas apenas cometer actos criminosos contra populações indefesas, é uma forma de encombrimento. 
Mélanchon argumenta que, ao conferir-se ao EI um estatuto de «combatentes», está-se a dar-lhes uma dignidade que eles não merecem. Devem ser tratados como são: bandos de criminosos e assassinos.

A linguagem encobre, muitas vezes, os verdadeiros alinhamentos de pessoas, organizações, intituições, países: é - portanto - necessário revelar o que «está por baixo» duma designação particular, do uso uma determinada expressão, como é o caso de «guerra ao terrorismo». 

O terrorismo é um conceito, não é um facto objectivo! 

As expressões «terrorismo» ou «terrorista», são de tal maneira carregadas ideologicamente, que os textos legais deviam ser livres de tal linguagem. Caso contrário, cai-se inevitavelmente numa subjectiva interpretação do que é terrorista e do que não é. 

Lembremos que os poderes de Portugal fascista consideravam os movimentos de libertação das ex-colónias como «terroristas». 
Na verdade, estavam a dizer que não reconheciam estes como dignos de um determinado tratamento, quer como opositores políticos, quer como exército insurgente. Recusavam-lhes o direito de serem considerados como guerreiros inimigos, sujeitos às convenções de Genebra sobre prisioneiros de guerra. 

Contrariamente à definição de «terrorista» ou de «terrorismo», que é afinal uma designação utilizada conforme as conveniências do poder e/ou dos que o contestam, deve-se optar por criminalizar claramente grupos que não têm respeito nenhum pelos direitos das pessoas e populações. Aliás, eles não escondem que são visceralmente contra os Direitos Humanos. 

São grupos de ideologia viciosa, não baseada em qualquer espiritualidade vinda duma religião, embora usem como pretexto uma ideologia ou uma religião (que - em si mesmas - não podem ser responsabilizadas por tais comportamentos). Fazem-no, para encobrimento de crimes, que cometem sistematicamente.

Os crimes nas áreas que controlam, são numa escala maciça. Eles defendem e vangloriam-se dos mesmos nos seus meios de propaganda. Isto mostra que não se trata de um grupo de combatentes, mas somente de um bando de criminosos.

 Não são portanto combatentes, como seria o caso dum exército insurgente. Eles não combatem, nem por um Estado, nem por uma religião, ou por uma ideologia. Só se revestem dessa aparência para cometer crimes, são criminosos. 
O termo de «combatentes», aplicado aos criminosos do DAESH, segundo Mélenchon, está a legitimá-los indevidamente

terça-feira, 13 de junho de 2017

A CIBERGUERRA E A INSTRUMENTALIZAÇÃO DO TERROR


O absurdo disto tudo é que muitas pessoas estão ainda em estado de negação psicológica (denial). Recebem estas informações, mas não conseguem descolar da narrativa governamental. Porém, tudo o que diz este notável video não apenas é real, como também está perfeitamente documentado. 


sexta-feira, 24 de março de 2017

PERCEBER O TERRORISMO, PARA O COMBATER

       

Relativamente ao atentado de dia 22 de Março em Londres, ver os videos de «We Are Change»  e de David Icke

A OPINIÃO PÚBLICA ANDA A SER ENGANADA PELOS PRÓPRIOS GOVERNOS HÁ DEMASIADO TEMPO.

O que se passa na realidade é que a opinião pública ocidental é condicionada por ataques de falsa bandeira. Os atacantes são invariavelmente classificados (a posteriori) como terroristas que estavam sob vigilância dos serviços secretos, das polícias, etc. Invariavelmente, a sua vigilância é atenuada ou eliminada nas vésperas dos atentados. O que significa isto? Significa que as polícias tinham ordem dos poderes políticos, governamentais, de o fazerem... para quê? Para que os atentados se efetuem! Para quê? para tornarem cada vez mais aceitáveis as medidas de «excepção» que já se tornaram norma. A vigilância em massa constante de todos os cidadãos. A nulidade das garantias de defesa. A aceitação de crimes de Estado, sob pretexto de «suspeita» de terrorismo. A tortura generalizada. A perseguição por «delito» de opinião. Finalmente, a histeria contra uma etnia, uma «raça», uma religião, exatamente como os nazis fizeram em relação aos judeus como forma de arregimentarem camadas populares e de aterrorizarem os «judeo-bolcheviques», etc. Acordem!


Em termos gerais, acima deixei as minhas interrogações pessoais à consideração dos leitores, esperando que se interroguem também sobre as narrativas que lhe são apresentadas pela média e as incongruências quando esta analisa os factos e os modos como são relatados. 

Isso também se aplica em relação ao terrorismo de Estado, ou seja, operações de guerra «convencionais»

domingo, 12 de março de 2017

HISTERIA, EM VEZ DE RAZÃO


Vem este título a propósito do mantra «Vêm aí os russos», dum establishment inseguro, acossado, desmascarado por sucessivas revelações de whistleblowers.


O artigo de Gregory Clark no «Japan Times» coloca as coisas no seu devido pé, relatando as suas experiências de diplomata, em ambos os lados da então «Cortina de Ferro».

Parece-me que as pessoas com inteligência e sensatez, em qualquer parte do mundo chamado «Ocidental» ou seja, sob a órbita dos USA, estão a ser submersas por uma onda de «opinadores» que apenas opinam mas não demonstram, apresentam opiniões como se fossem factos, reforçam medos e rancores ancestrais, enfim são instrumentos de propaganda. Mas como lutar contra isso? Será possível fazer programas nas escolas para que as crianças e adolescentes não se deixem seduzir pelas diversas propagandas? Será possível, mas só num tipo de ensino cooperativo, não pilotado por qualquer poder central. A mesma questão se coloca em relação a meios de comunicação de massa: será possível que as redacções tenham uma ética de responsabilidade e não amplifiquem os boatos e os desmascarem, mesmo quando são oriundos do poder?
A onda de histeria tem sido insuflada por ONGs e grupos militantes discretamente subsidiados por pessoas como George Soros,  os Rothchild, os Rockfeller, os quais tentam fazer avançar a sua agenda de uma Ordem Nova Mundial (NWO New World Order). Vendo que seus planos estão a ser postos em causa, pelo que chamam de «populismo», apressam-se a demonizá-lo por todos os meios. Porém, com isso estão tecendo a corda que os irá enforcar a todos.

Os analistas e jornalistas com um mínimo de sensatez e bom senso, nos mais diversos pontos do globo são menos do que os que se entusiasmam e pretendem entusiasmar o público com a hipérbole, o catastrofismo, a retórica oca. No universo das «notícias», a maior parte das mesmas é apenas lixo informativo, servido para saciar o público sempre ávido de «uma olhadela através do buraco da fechadura». É assim que vejo a imprensa de escândalos, de boatos envolvendo celebridades… 
Este lixo informativo é eficaz, como mostra a indiferença com que foram recebidas as revelações de Wikileaks, sobre as actividades ilegais da CIA («Vault 7»): não têm um efeito imediato de indignação e repúdio, junto da opinião pública.  

Estas revelações mostram até que ponto todas as pessoas, em todo o mundo, incluindo dentro dos EUA, estão a ser alvo de espionagem permanente e têm fragilidades embutidas no seu hardware e software que tornam os seus computadores, iphones, televisores,  em instrumentos de vigilância contra eles próprios. 
Igualmente, demonstra a enorme manipulação da informação por uma parte do «Estado Profundo». Agora, fica claro que foi a partir de dentro do próprio aparelho de segurança dos EUA que foi fabricada a suposta piratagem das eleições americanas «pelos russos». 
Ninguém conhecedor das informações tornadas públicas pode ter dúvidas quanto à enorme ampliação do «Estado de vigilância global» que atingiu o seu paroxismo durante a presidência Obama.

Mas a ignorância, o preconceito, o enviesamento são persistentes; tanto mais persistentes quanto as pessoas são «levadas ao curral» pelo medo. 
Este medo é constantemente insuflado e mantido, sempre que necessário, com ataques de falsa bandeira, montando operações supostamente atribuídas a «terroristas», mas - na realidade- originadas e insufladas por serviços secretos, por polícias, por instrumentos ao serviço do poder.




domingo, 26 de fevereiro de 2017

SOBRE O NIILISMO, O FUNDAMENTALISMO E A NECESSIDADE DE ACREDITAR

 Nas minhas andanças e experiências, tive oportunidade de conviver com algumas pessoas, ateias ou crentes, que tinham uma grande segurança e firmeza. Porém, nuns e noutros casos, pareceu-me que essas pessoas se fechavam dentro dum sistema, de uma visão global, de uma ideologia.
Uso a palavra «ideologia» no sentido mais lato, não no de «ideário político», mas mais no sentido filosófico de uma narrativa construída, destinada a explicar tudo, a vida, o universo, a natureza.
Assim, mesmo em pessoas que se designam de ateias, vejo que se sobrepõe à racionalidade pura, uma necessidade ou desejo de crer, de acreditar. Eu chamaria estas pessoas de «crentes», sem qualquer desprezo ou menosprezo pelos seus pensamentos ou sentimentos.
Contrariamente, as pessoas que se deixam enrodilhar nas vaidades das modas, incluindo obviamente, as modas intelectuais, são as que têm diminuta firmeza nas suas crenças. Em geral, não as confrontaram com outras narrativas, ou porque não tiveram essa oportunidade, ou porque preferiram evitar esse confronto.
Na realidade, se algo caracteriza o grupo dos «crentes», e nos permite distingui-lo do segundo, os «seguidores das modas», é o grau de profundidade da consciência.
As pessoas mais sujeitas a modas, a seguirem a corrente, facilmente ficam decepcionadas com alguma ideologia, religiosa ou não, porque estavam falsamente convencidas de que podiam «comprar», a felicidade, a iluminação, a beatitude, etc. com a sua «adesão» exterior.
Face às realidades da vida, cedo vêem que as coisas não se apresentam como imaginavam. O resultado é caírem numa passividade em relação ao domínio social, refugiando-se no egoísmo, no hedonismo, no consumismo, posturas encorajadas pela própria sociedade.
Quanto às pessoas «crentes», estas podem também ser confrontadas com decepções nas suas respectivas convicções, religiosas ou não. As pessoas com maior pendor crítico tenderão a reformular, a requintar as suas convicções.
Mas muitas pessoas caem num «extremismo» conceptual, traduzindo-se quer em niilismo, quer em fundamentalismo. Por outras palavras, ou repudiam todo e qualquer sistema teórico, ideologia, convicção (niilismo) ou, pelo contrário, atribuem à sociedade - ao «mundo» - os males todos, vendo nela o «pecado» da não-aceitação plena da sua verdade (fundamentalismo).
Sem tentar absolutizar, creio que isto é uma chave importante para se compreender porque razão os adolescentes de hoje, como outros de outras épocas históricas, têm - com frequência - uma grande apetência pelas versões ideológicas ou religiosas ditas «mais radicais», mais «fundamentalistas», ou que se traduzem em práticas violentas e totalitárias.  
Na adolescência e juventude, muitas pessoas mostram uma grande necessidade de acreditar: por isso, as suas posições são absolutas ou, pelo menos, manifestam-se deste modo.  
Na plenitude da idade adulta, o confronto com as realidades da vida transforma as pessoas que não desistiram de se interrogar – as pessoas dotadas de consciência- o que se traduz pela evolução dos seus pensamentos e crenças, que ganham em subtileza, em consistência, por comparação com as posições adoptadas na adolescência.
Porém, a adolescência é uma época de grande insegurança do «eu», em que este já não se sente essencialmente protegido pelo aconchego familiar, maternal, mas ainda não sabe agir e posicionar-se no mundo dos adultos. 
A sociedade mercantilizada tem como alvo principal os jovens. A indústria do entretenimento explora as necessidades de afirmação, de oposição em relação aos parentes, por vezes confundida com rebeldia. Jogando com a psicologia dos jovens, a publicidade acentua os sentimentos de frustração, para lhes apresentar o consumo como panaceia: consumir música, roupas, bebidas alcoólicas, drogas, motos, etc…Consumir é «viver»! O vazio deste consumismo não deixa de se tornar patente, mais cedo ou mais tarde. É aí que muitos optam pela tal viragem «radical», pela sua entrega a uma causa, seja ela de âmbito secular ou religioso.
Neste caso, o que predomina é a enorme necessidade de acreditar, de ter fé em algo, de fugir ao vazio de uma sociedade que apresenta como único modelo o consumismo. As versões mais totalitárias das religiões, ou das ideologias políticas, têm aí a sua base de recrutamento.
Julgo que as condições para o crescimento do niilismo e do fundamentalismo residem mais na sociedade do que nos indivíduos. Verifica-se que os jovens que aderem a organizações terroristas são pessoas idealistas, transviadas e manipuladas. Pois a procura de ideal, a entrega a uma causa elevada, deveria ser factor para elevação desses jovens e não de serem utilizados como «peões», em violências terroristas.
O factor primário reside na ausência de referências, de valores, que se notam nos seus microambientes de estrutura familiar, comunitária, de trabalho; na malha social, em geral.
A sociedade atomizada, onde a norma é essencialmente hedónica e egoísta, onde predomina o darwinismo social mais primário como ideologia, não pode esperar ter outros «filhos e filhas».

A lei do lucro e do poder é uma lei de morte, que se opõe à lei do amor e da vida. Esta ideologia difusa, que dita os comportamentos de uns e de outros, é a produtora do terrorismo; precisa do terrorismo como pseudo-justificação das suas derivas autoritárias, securitárias. 
Desmascarar a origem do terrorismo como instrumento de todas as derivas autoritárias, quer sejam oriundas dos Estados ou de grupos autoritários que disputam a hegemonia aos Estados, parece-me ser o principal e fundamental ponto de partida da luta pacifista, não-autoritária.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

NATO EM ÁFRICA: A MENTIRA DO «TERRORISMO»

ANTÓNIO COSTA PRETENDE QUE AS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS ESTÃO NA REP. CENTRO AFRICANA NUMA MISSÃO DE COMBATE AO TERRORISMO. MAS SERÁ ISSO VERDADE?

O que é evidente é o alargamento da NATO para teatros que não têm que ver com o seu próprio estatuto de «aliança defensiva» euro-atlântica e norte-americana... Pois ela está empenhada numa aventura de consolidação do poder neo-colonial, em países estratégicos de África.

Em África, os Chineses têm investido muito, através de construção de infraestruturas, de apoio efetivo ao desenvolvimento desses países, sobretudo obtendo contratos de fornecimento de matérias-primas. O desenvolvimento vigoroso da Rep. Pop. da China necessita disso. Contra tal penetração pacífica, os poderes do «ocidente» (os EUA e seus vassalos), têm feito ofensivas militares desde o Mali, o Sudão, a Rep. Centro Africana, etc. sob pretexto de combater o terrorismo.

Ora, este argumento do «terrorismo» não é credível, pois o real papel das forças da NATO e outras, tem sido o de manter e consolidar o poder de ditadores que lhes estão próximos.
Sabe o leitor que o Mali é o terceiro produtor de ouro do continente africano e que a sua produção vem subindo de ano para ano?
A Rep. da África do Sul, membro dos BRICS, tem sido até agora o primeiro produtor, mas com uma produção decrescente.

Não apenas no Mali, também no Sudão (rico em petróleo) e em muitos outros países africanos que possuem interesse geo-estratégico nota-se hoje a presença de tropas da NATO. Se tais países estão envolvidos em sangrentas guerras civis, o facto é que elas só podem subsistir pelo tráfico permanente de armas e munições, com origem nas tais potências «protectoras».

A verdade é que tais guerras são instigadas, alimentadas e ampliadas pelos poderes ex-coloniais ou outros. A recolonização de África tem vindo a observar-se desde que a NATO se projectou como «protetora» do contrinente Africano, na sequência da conferência de Washington em que se auto-atribuiu o papel de «polícia mundial».

Todas as pseudo-justificações de «combate ao terrorismo» caem por terra, quando nós perguntamos as questões óbvias:
- quem arma e equipa os terroristas?
- quem os financia?
- que interesses esconde essa defesa de regimes ditatoriais?
- que proveito tem a NATO em manter bases nesses países?

Ninguém, com espírito independente, pode acreditar na sinceridade destes políticos, que apenas pretendem a continuidade da exploração de África, como uma espécie de reserva de matérias-primas do «Ocidente».

Eles vêem a sua hegemonia ameaçada, porque os países africanos têm - desde há alguns anos - feito acordos mutuamente vantajosos com a China, que lhes permitem emanciparem-se da tutela neo-colonial e arrancar para o desenvolvimento. Ora é isso, justamente, que os imperialistas não podem tolerar. Têm de inventar motivos «legítimos» para reocupar estes países ricos em ouro, petróleo, metais industriais, solos férteis e mares ricos em peixe.

O cidadão europeu, além de estar a ser enganado, está a ser espoliado: é obrigado a pagar pelas guerras do império, para satisfazer a gula insaciável de imperialistas e de suas clientelas da indústria bélica, das empresas mineiras, do agronegócio, etc.