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quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

UE CONFISCA ATIVOS RUSSOS PARA COBRIR AVULTADOS EMPRÉSTIMOS

ATUALIZAÇÃO. 
PARA QUE SERVEM E COMO VÃO SER OBTIDOS OS 90 000 000 €
UM ARTIGO de ANA VRACAR




Os líderes das nações da UE, que já gastaram mais de 100 mil milhões de € com a Ucrânia, esperam agora poder confiscar os ativos russos presentes na Bélgica, no Euroclear, assim como nas contas do Estado russo em vários bancos da U.E.
Num primeiro movimento em direção a tal confisco, foram congelados ativos do Banco Central da Rússia, no valor de cerca de 230 000 0000 $. Eles invocam o Artigo 122 e procedem à modificação da própria legalidade da UE, alegando emergência, para autorizar a realização de tal ato por uma maioria qualificada, em vez de unanimidade. 
Este congelamento é considerado ilegal e qualquer uso destes fundos é simplesmente visto como roubo, pelas autoridades russas. Esta posição de Moscovo surge em resposta às afirmações da Presidente da Comissão Europeia, Ursula Van der Leyen, propondo que este dinheiro fosse usado como garantia de um empréstimo à Ucrânia.



Num evento on-line, o Primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban afirmou que eles «estão a querer captar este dinheiro depois de terem gasto pesadamente no conflito Russo-Ucraniano e depois de terem garantido aos votantes de isso não lhes custaria sequer um cêntimo, porque o apoio para a Ucrânia iria ser financiado com os ativos russos, e não com o dinheiro dos impostos.»
Se os contribuíntes acabarem por pagar o custo desta ajuda à Ucrânia, isso pode desencadear «uma tomada de consciência explosiva na U.E», seguida de «queda imediata de muitos dos governos». Por isso, eles estão tentando financiar o apoio a Kiev com os ativos russos congelados, sabendo de antemão que terão grande agitação política, no caso de não conseguirem isso.
O dirigente húngaro acusou os responsáveis da UE de «violarem a Lei Europeia em plena luz do dia», ao servirem-se do Artigo 122 para escaparem ao veto potencial da Hungria, sendo que Budapest iria submeter uma queixa ao Supremo Tribunal da União. Quanto a Washington, opõe-se ao confisco e considera que o problema deve ser resolvido como parte dum acordo mais vasto com Moscovo.
O Banco Central da Rússia já iniciou um processo contra Euroclear, que detém a maioria dos ativos. A UE insiste em que o congelamento dos fundos está de acordo com a Lei Internacional, mas o primeiro-ministro belga Bart De Wever avisou que usar esse dinheiro para garantir empréstimo a Kiev, levanta riscos legais para o seu país.
Instituições financeiras internacionais como o Banco Central Europeu e o FMI, também chamaram a atenção de que, usar os ativos soberanos imobilizados, poderia destruir a confiança no Euro.


Relacionado: 

Rússia congelados 




A presidente da comissão europeia foi acusada de ter desviado 420 000 000 €, por Victor Orban na Assembleia Parlamentar de Bruxelas.  


quarta-feira, 10 de julho de 2024

Príncipe saudita impediu confisco de 300 mil milhões de dólares russos cativos em bancos ocidentais

Parecia haver, a certa altura, total sintonia entre os dirigentes do G7, da UE  e Zelensky, no sentido da confiscação total dos 300 mil milhões de dólares em ativos da Federação Russa, em bancos europeus (sobretudo Franceses, Alemães e Belgas ).

De repente, o discurso mudou, com explicações bastante duvidosas, do ponto de vista jurídico, da parte dos governos da UE. Agora, só iriam ser confiscados os juros resultantes desses ativos e não o capital próprio. Para o mundo capitalista, a expropriação dos juros não tem qualquer lógica, na medida em que estes foram obtidos como resultado legítimo do investimento desses ativos. Continuava a ser uma monstruosidade jurídica do ponto de vista do sistema vigente.   

Agora, a Bloomberg vem nos dar a chave do problema. A Arábia Saudita ameaçou despejar no mercado as obrigações do tesouro desses países ocidentais, se eles expropriassem a Rússia dos seus ativos, para dá-los ao regime de Kiev e seus psicopáticos dirigentes. 

Foi afinal isso que mudou o discursos dos ocidentais, fazendo com que - agora - já não seriam «expropriáveis» os 300 mil milhões de ativos russos, mas «apenas» os juros que estes tinham rendido. Embora a lógica seja tão absurda como quando anunciavam que iriam «confiscar» os bens da Federação Russa e até de oligarcas (portanto, privados), que estavam em bancos de vários países da UE.

A monstruosidade deste confisco só tem paralelo com a operação falhada de promover um fantoche a «presidente» da Venezuela, entregando-lhe e ao seu «governo no exílio», o ouro venezuelano à guarda do Banco Central britânico (Bank of England).

A Venezuela não recuperou o ouro. Porém, todas as instâncias internacionais competentes na matéria, consideram que se tratou de pirataria financeira dos britânicos . 

ttps://morningstaronline.co.uk/article/f/give-venezuela-back-its-gold-2023

Agora, com a guerra na Ucrânia, os piratas que governam a UE decidiram fazer substancialmente o mesmo  com os ativos russos: Eles queriam pagar-se dos fornecimentos de armas e munições à Ucrânia, que têm sido fornecidas desde muito antes de Fevereiro de 2022 e, sobretudo desde então, despejadas em enormes quantidades e destruídas sistematicamente pelas forças armadas russas. Na realidade, nem um cêntimo do dinheiro russo confiscado irá para os cofres estatais da Ucrânia. Uma parte será para pagar as toneladas de material de guerra despejadas quotidianamente na guerra assoprada e fomentada pelos ocidentais, outra parte, irá para os bolsos de políticos corruptos, de Zelensky e da camarilha que gravita em torno dele, ou ainda, dos bilionários ao estilo de Kolomoisky (que financiava o «Batalhão Azov» e partidos ditos nacionalistas, na verdade, neonazis). 

Para mais pormenores, leia o artigo de Zero Hedge: Diz muito sobre o fim do petrodólar e perda da hegemonia financeira do Ocidente sobre o Mundo: Os detentores de dívida dos países ricos têm, agora, mais meios de pressão sobre estes, do que antes. Antes, os emissores de dívida (como os EUA), faziam voz grossa e ameaçavam invadir quem se atrevesse a vender as «treasuries» guardadas em reserva.