RETIRADO DE: https://thinkbrics.substack.com/
domingo, 12 de janeiro de 2025
domingo, 25 de setembro de 2022
SE A CHINA IMPLODIR...
15 Set. - Protesto em Shenzen, de investidores em Evergrande
Tenho acompanhado atentamente nestes últimos anos a situação económica interna da China, embora eu esteja longe deste imenso país, o mais populoso e a segunda maior economia, ao nível mundial. Este país realizou muitos «milagres» passando de país pobre, para um dos mais desenvolvidos e onde muitos milhões foram arrancados à pobreza. Porém, este desenvolvimento também exacerbou desequilíbrios, como o fosso entre ricos e pobres, que não cessa de se alargar (é um dos maiores a nível mundial), o enorme volume de construção para alojar milhões, vindos das zonas rurais do interior para as grandes cidades costeiras e muitas outras questões, que fragilizam a economia do gigante da Ásia.
Talvez o maior problema económico atual da China seja a existência de um setor imobiliário que durante anos cresceu à custa da psicologia dos chineses: Com efeito, os chineses são dos povos mais poupadores do mundo. As famílias têm esse comportamento, interiorizado por séculos de cultura. Ora, perante a ausência de segurança nos produtos financeiros, visto que na China ainda são mais voláteis e perigosos que nos países ocidentais, os chineses viram no imobiliário um investimento seguro e «sólido» e usaram-no como meio de guardar as suas poupanças, mas também de crescer, nomeadamente pedindo emprestado a bancos locais.
Por sua vez, estes bancos locais são propriedade ou estão associados aos governos regionais e estes têm interesse em que o imobiliário continue a desenvolver-se: Vai trazer muitos outros negócios, vai implantar novas indústrias, vai fixar as pessoas a essas províncias, etc.
Mas, os negócios das grandes imobiliárias consistem em «esquemas de Ponzi» (ver o vídeo abaixo) e muitas pessoas ficaram com apartamentos inacabados nas mãos (invendáveis, portanto). Como elas tinham pedido empréstimos a essa banca local, é evidente que estes empréstimos ficarão por pagar.
Não sei até que ponto e durante quanto tempo, o Banco central da China (por ordem do Partido Comunista) poderá continuar a colmatar as enormes perdas dos referidos bancos. Se eles não fossem recapitalizados, mais de metade já estaria em falência total.
Os blocos de apartamentos inacabados, ou sem condições de habitabilidade, nas chamadas cidades-fantasma, são um monumental desperdício de matéria, energia, de trabalho e capital. Estes grandes blocos de apartamentos têm sido implodidos.
O ruir destas aventuras especulativas das grandes imobiliárias, de que «Evergrande» é somente o exemplo mais conhecido no Ocidente, tem muitas implicações, quer ao nível da banca local, quer da confiança dos cidadãos chineses nas instituições e vai fazer com que os grandes investidores dos países ocidentais saiam da China, onde estavam investidos em setores de ponta, de alta tecnologia.
Não será exagero pensar que a economia capitalista dinâmica da China, nestes últimos decénios, em que tudo era facilitado para que houvesse um máximo de investimento (sobretudo estrangeiro) na economia, arrisca transformar-se numa economia em marasmo, onde a confiança de investidores chineses e estrangeiros desapareceu e onde o Estado central acaba por sabotar - ele próprio - o Yuan, multiplicando a impressão (eletrónica) monetária, no afã de «resolver» os problemas graves e estruturais da economia, inundando-a com dinheiro frescamente impresso. Estratégia aliás adotada pelos países ocidentais, com os resultados desastrosos que já são visíveis, mesmo pelas pessoas mais míopes!
Neste vídeo, a apresentadora explica em resumo toda a amplitude da bolha imobiliária chinesa e por que razão se trata realmente dum Esquema de Ponzi.
A conexão com as economias dos países ocidentais continua a ser muito forte, facto que é obscurecido pelas tensões aos níveis político e de geoestratégia.
sexta-feira, 3 de junho de 2022
O PIOR SINAL: «FOGOS-DE-ARTIFÍCIO» DAS AÇÕES NAS BOLSAS
quinta-feira, 19 de maio de 2022
PERDIDO POR CEM, PERDIDO POR MIL...
Sobretudo quando se trata de dinheiros públicos, ou seja, aquele dinheiro que - cedo ou tarde - todos nós teremos de pagar, porque somos nós a fonte donde o Estado vai buscar o dinheiro.
Isto vem a propósito dos biliões que se vão enterrar (ou melhor, vão entrar... e sair) nesse poço sem fundo:
- Quando a guerra está perdida, quando os próprios ministros do governo Zelensky declaram que só com muitos biliões a podem aguentar porque o Estado ucraniano está falido. Vem, depressa, Úrsula ajudar!
A ajuda da União Europeia consistirá (para já) em 9 biliões frescos. Eles serão devorados até ao último cêntimo, num Estado falido. Estado esse que é o mais corrupto do mundo. O mais certo, é o dinheiro ir parar às contas do Kolomoisky e outros oligarcas e apoiantes do regime, além das contas off-shore do comediante Zelensky, feito presidente.
Porém, a palhaçada não acaba aqui, pois o congresso dos EUA já decidiu enviar 40 biliões, para «ajuda». Isto é o negócio do século, para muitos cleptocratas, e não apenas da Ucrânia, também dos próprios países «doadores». (Eu coloco «doadores» entre aspas, pois nós não fomos ouvidos nem chamados. )
Nós, «os servos», dum lado e doutro do Atlântico, apenas servimos para fornecer os tais biliões, com mais impostos, medidas de austeridade, etc. Não há distinções. Os chefes dizem que é preciso enviar tantos biliões para a Ucrânia; e que os súbditos não se atrevam a levantar a voz!
Isto faz-me lembrar um pouco de história recente de Portugal:
- Em tempos de crise profunda, Portugal tinha uma espécie de gestores, que se poderia caracterizar como «abutre dos negócios». Estes gestores, bem vestidos e engravatados, tomavam conta de empresas em falência. Mediante falsas garantias e esquemas de corrupção, conseguiam obter, junto de bancos, empréstimos para «salvar as empresas».
Estas, já estavam falidas, na prática, mas não tinha sido ainda decretada a sua falência. Porém, os trabalhadores não recebiam salário há meses e as mobílias, as matérias-primas, os equipamentos, eram secretamente vendidos ao desbarato.
Nem a empresa «a salvar», nem os trabalhadores, viam a cor do dinheiro de tais empréstimos. Os «gestores» tinham a arte de fazer desaparecer o dinheiro sem que se pudesse apontar o dedo, pois «eles tinham feito o seu melhor», para salvar a empresa.
Agora, a comédia macabra tem como cenário a Ucrânia. A sua população não terá outra escolha senão emigrar para terras dos seus «benfeitores», ou então, viver no «Zimbabwe europeu».
Não o merecem; são - para todos os efeitos - irmãos e irmãs de infortúnio. Nós devemos acolhê-los, mas - em simultâneo - devemos denunciar os abutres que se acoitam, a todos os níveis do poder e da casta política, nos países da NATO. Povoam ministérios, ONGs, administrações de empresas de toda a espécie, mas, em especial, as de «segurança» e de armamento. Para eles, isto é «uma party»!
O dinheiro vai desaparecer e ninguém se espantará que assim seja. O Estado, afinal, é como uma monstruosa empresa. E sabemos bem que o dinheiro despejado em empresas falidas, é dinheiro perdido. Isto aplica-se aos Estados, também! Embora, no caso dos Estados, esse dinheiro não esteja perdido para todos: Há sempre uns mais iguais que os outros. Há os que enchem os bolsos com uns milhões e vão gozá-los em estâncias de férias bem agradáveis. Quanto aos outros, que fossem espertos e aprendessem com os oligarcas.
Mas, o processo de entrada em falência do sistema Euro, já está bastante avançado; ultimamente sofreu uma aceleração. Vejam como o dólar está «forte» e o euro, como está «fraco». Pois, a divisa europeia vai estar ainda mais fraca. Vai ser um sorvedoiro, até ao rebentamento final do sistema monetário europeu. O sorvedoiro de dinheiro da guerra ucraniana, vai acabar por levar à falência total e irrecuperável e ao rebentamento - de um modo ou doutro - do sistema da União Europeia.
Os magnates dos EUA ficam a olhar todos contentes, pois a economia americana, por mais disfuncional que seja, vai aparecer aos olhos dos capitalistas, como o «último porto de abrigo» («safe haven») e os capitais do mundo vão afluir de novo aos USA ... Penso que este é o cálculo do lado do Tio Sam. Posso estar completamente enganado; até gostava de estar completamente enganado, mas o cenário para os povos da UE é realmente negro. Os dirigentes ocidentais traíram os seus eleitores, só que estes ainda não o sabem e quando o souberem, já será tarde demais.
Só desejo que os povos da Europa aprendam, duma vez por todas, com a dura lição que está a desabar em cima de suas cabeças.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
NÃO CULPEM O CORONAVÍRUS PELA CRISE GLOBAL!
PS: vejam o artigo de 01 de Abril 2020; corrobora a minha análise de 25 de Fevereiro aqui acima exposta.
https://www.zerohedge.com/markets/covid-19-tripwire