sábado, 3 de fevereiro de 2024
Perseguição de denunciador do escândalo da U.E./vacinas Pfizer
terça-feira, 28 de novembro de 2023
OS EUNUCOS UNIDOS DA EUROPA* por Laura Ruggeri
terça-feira, 27 de setembro de 2022
ITÁLIA E A ETIQUETA «FASCISTA»
ESTA ETIQUETA É DADA PELA MEDIA CORPORATIVA A TUDO O QUE VAI CONTRA A AGENDA GLOBALISTA.
Giorgia Meloni e os Fratelli di Italia podem ser conservadores e anti-imigração, mas estão longe de serem fascistas. O seu sucesso eleitoral resulta da saturação do povo italiano pela destruição do seu modo de vida, pela burocracia globalista que lhes quer impor os seus «não-valores». Este partido conseguiu 26 % dos votos. Sendo o maior partido, pode formar governo com outras duas formações de direita (Forza Italia e Liga Norte ). Conjuntamente, terão uma maioria absoluta nas duas câmaras (deputados e senado).
O principal problema que leva as pessoas a votar nestas formações tem a ver com a sua sensação de que perderam o controlo sobre o seu próprio país, com as imposições da Comissão Europeia. Com efeito há dezenas de anos que tiveram de arcar, sozinhos, com as consequências das vagas sucessivas de migrantes vindos do Norte de África. De facto, o problema não é especialmente italiano, mas sim global.
Imigrantes ao largo das costas italianas
É um problema da responsabilidade de países ditos ricos e democráticos. Deveriam trabalhar sem paternalismos, nem ambições de neocolonialismo, com as instituições dos países de origem, para que haja uma solução para os problemas terríveis que assolam esses países.
Em vez disso, como hipócritas que são, continuam com a sua ingerência permanente e com exploração das riquezas naturais desses países, mas sem os custos de países coloniais (como o foram no passado, muitos deles).
Hipocritamente, aceitam os imigrantes económicos disfarçados em refugiados políticos, porque isso lhes permite ter mão-de-obra barata e precária nos setores desertados pelos trabalhadores de origem dos seus países. Muitas vezes, leis destinadas a acolher perseguidos políticos, servem de cobertura à aceitação indiscriminada de imigrantes económicos. A constante utilização do direito de asilo, em casos que não o são, obviamente acaba por fragilizar os verdadeiros asilados políticos.
As economias de onde vêm os imigrantes, foram pilhadas e exploradas nas épocas colonial e neocolonial. Os problemas estruturais desses países são mantidos ou agravados pelas políticas das chamadas «democracias», que têm participado no processo de manutenção desses países sob tutela. Basta ver o que têm feito no Mali, no Burkina-Faso, na Líbia ou na Síria, e em muitos outros casos.
Quanto aos países que se tornaram pontos de acolhimento dessa migração do desespero, ficam com a estabilidade social, económica e política, postas em causa. A velocidade a que tudo ocorre, impede qualquer assimilação da população imigrada. Esta é mantida em guetos.
As populações de origem, que vivem na proximidade desses guetos, encontram-se confrontadas quotidianamente com pessoas de outras etnias, de outras culturas. Isto faz com que aquelas se sintam acossadas e desenvolvam complexos racistas e xenófobos.
Mas, os que, nos seus condomínios privados de luxo, nos seus bairros da classe alta, tomam as decisões - em Bruxelas, Berlim, Roma, ou Paris - não têm que partilhar o seu espaço com esses imigrantes. Não lhes custa pessoalmente nada mostrarem-se «virtuosos». Não lhes custa impor aos cidadãos do seu país, o acolhimento forçado de outras etnias e culturas.
A verdade é que os imigrantes são um «exército de reserva», ou seja, desempregados, disponíveis para as tarefas mais duras ou menos bem remuneradas, muitas vezes abaixo dos mínimos salariais e em condições de sobre-exploração. O estatuto de «clandestino» ou «ilegal», que aflige muitos, é mais um instrumento de pressão, para a classe patronal e para as autoridades do país em que trabalham.
Tanto na Suécia, como na Itália, estou convencido que os fatores principais da viragem à direita, foram o problema da imigração não-controlada e da agenda globalista, que os respetivos governos anteriores perseguiam. Aliás, os mais prejudicados são os mais pobres da população autóctone, os quais têm de aguentar a concorrência da mão-de-obra do exterior, sobretudo em empregos manuais (construção civil, restauração, etc.).
A incapacidade de lidar com este problema é uma das razões porque a classe trabalhadora, seja na França, na Itália, na Suécia, etc. se tem desviado massivamente dos partidos de esquerda, os quais se reclamam de «origem operária», mas que se tornaram estranhos ao sentir dos trabalhadores. O mesmo se pode dizer dos sindicatos. O resultado, é que o voto na «extrema direita» é - cada vez mais - o voto das classes populares e o voto na «esquerda» é - cada vez mais - o voto das classes médias-superiores, com diplomas universitários e bons empregos.
Tenho visto pessoas ditas de «esquerda» negar a evidência, mostrando-se realmente incapazes de raciocinar. É tal o seu medo de serem consideradas «racistas» ou «fascistas», ou outra etiqueta do género, que são incapazes de pensar objetivamente e de encontrar caminhos para a resolução destes problemas.
De facto, a oligarquia globalista é a única a beneficiar deste estado de coisas. Tem ao seu dispor uma massa de trabalhadores dóceis, não sindicalizados, que não se misturam com os trabalhadores autóctones, fragilizados e incapazes de fazer valer os seus direitos legais.
O fenómeno também toca a Portugal: Veja-se a enorme quantidade de imigrantes vindos do Sul da Ásia, que estão a trabalhar na Costa Alentejana, em propriedades agrícolas e em estufas.
Por outro lado, os oligarcas têm garantido o controlo dos diferentes países, ao nível político, pelas divisões criadas no interior da cidadania: as cidadanias desses países de acolhimento, digladiam-se em lutas fratricidas. Não sabem mais nada, senão chamar nomes de «fascistas» ou de «comunistas»!
Por fim, a média que está sempre ao serviço do grande capital reforça - constantemente - os estereótipos. Ela é propriedade de grandes capitalistas, ou tem necessidade da publicidade, paga por esses mesmos capitalistas.
Chamar fascista a Georgia Meloni e ao seu partido é o adjetivo fácil; mas, se a media em Portugal seguisse os mesmos critérios, seriam «fascistas» dirigentes do CDS-PP e PSD, partidos portugueses onde há /houve elementos das direções que foram fascistas, incluindo ex-membros do último governo fascista, derrubado no 25 de Abril de 74. E, pela mesma lógica, seria fascista o PS, que teve como membro o Prof. Veiga Simão, ex-ministro de Marcelo Caetano*, que aderiu ao PS após o 25 de Abril de 74 e foi membro de governos pós-25 de Abril. O caso do Prof. Veiga Simão não é único - longe disso! - na «democracia portuguesa».
Esta etiquetagem traduz o incómodo dos lacaios do grande capital, face a alguém que sai fora do «consenso» (fabricado por eles). Chamar nomes, como «populista», «extrema-direita» ou «fascista», esconde o facto deste governo se apresentar contra Bruxelas, contra a Comissão Europeia, pelos interesses fundamentais dos italianos.
Resta agora ver se o novo governo italiano está disposto a fazer frente às ingerências (que começaram antes da votação, com declarações de Úrsula von der Leyen), ou se cede perante a pressão conjugada dos globalistas europeus e americanos.
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*Presidente do Conselho de Ministros, que sucedeu a Oliveira Salazar. O seu governo foi derrubado pela revolução de 25 de Abril de 1974
domingo, 1 de maio de 2022
«EUROS DE SCHRÖDINGER» e outras ideias brilhantes...
O mundo é conduzido ao desastre por loucos. Por loucos no sentido próprio. Por pessoas sem tino. Os neocons nos EUA, por exemplo. Mas, também a presidente da comissão europeia Ursula Von Der Leyen, ou não é que houve uma proposta de fabricar «Schrödinger» Euros, para pagar o gás russo? Um esquema fantasista e completamente ilegal, além de ser tão evidente a trapaça que só idiotas (ou outros loucos) podiam pensar que Putin iria morder o isco!
Ou a estupidez de sacrificar a Ucrânia, um país cuja infraestrutura industrial está a ser metodicamente destruída, que será - com certeza - reduzido, numa extensão que depende das zonas que a Rússia controle. Além disso, um exército em completa dissolução, uma população civil a emigrar em massa (aos milhões).
Além de louco, é obsceno que a NATO e os EUA se estejam a servir da Ucrânia para «enfraquecer» o poderio russo. Absurdo como argumento, tem apenas como «vantagem», «justificar» as catadupas de material de guerra enviado para a Ucrânia, ou melhor que é enviado para a sucata, via Ucrânia. Os russos têm intercetado qualquer envio e tudo farão para destruir com os seus mísseis hipersónicos esses carregamentos de armas, uma vez que entrem na Ucrânia.
Isso é, porém, um maná para as indústrias bélicas do Ocidente, em primeiro lugar dos EUA, pois assim os arsenais dos países da NATO vão-se esvaziar rapidamente, preferencialmente dos modelos mais desatualizados, como os tanques da era soviética que os vários ex-membros do Pacto de Varsóvia possuem. As carências são colmatadas prontamente pelos modelos mais recentes, mais sofisticados.
E quem paga? Isso não é problema, pois eles vão imprimindo, imprimindo, divisas (Dólares e Euros) sem parar, até ao infinito e mais além. Estes dirigentes pensam que as pessoas são demasiado estúpidas. Julgam que elas acreditarão, se lhes disserem «que a inflação é culpa do Putin»!
Eu, às vezes, nem acredito no que vejo, oiço e leio; porque a estupidez dos dirigentes e a boçalidade de inúmeros «intelectuais» no Ocidente salta à vista; é tão óbvia, que só alguém completamente hipnotizado é que se deixa convencer.
Tomem o caso da falsa bandeira de Bucha, este caso segue um modelo de «guerra psicológica» (ou psy-op). Mas isso estava mesmo a ver-se, desde o início. As reações indignadas de «muito boa gente», dita de esquerda, mostra até que ponto estão compradas. Só respondem aos «memes» que são produzidos pela máquina de propaganda ocidental.
Esta guerra de propaganda é a única coisa que o Ocidente faz, mas não ajuda nada os pobres ucranianos. Pois o que eles fazem, na realidade, é mentir aos europeus e aos americanos. Nada do que dizem faz sentido, para alguém que esteja no terreno, no teatro da guerra, como é o caso de alguns repórteres independentes e corajosos.
A mentira serve para encobrir a total falência dos dirigentes do Ocidente. A campanha de mentiras só tem como objetivo mantê-los no poder, por algum tempo, até as pessoas descobrirem como foram ludibriadas. Foram-no duplamente, em relação ao COVID e em relação ao desencadear da guerra na Ucrânia. Está claro que foi o Ocidente que tudo fez para inviabilizar uma solução negociada com os russos.
A única «safa» da casta política que manda no Ocidente, é o facto da cidadania estar a ser hipnotizada; porque «se esqueceu» do que se passou em Novembro-Dezembro de 2021. Lembrem-se! Há menos de seis meses, Putin e seu governo fizeram todos os possíveis para abrir negociações, com vista a que todos os países tivessem garantias de segurança na Europa.
Estas aberturas negociais foram liminarmente rejeitadas pelas chancelarias ocidentais, a começar pelos EUA e a culminar com os arrufos provocatórios de Jens Stoltenberg, o Secretário-Geral da NATO.
Estamos num mundo totalmente esquizofrénico, em que pessoas, que se dizem antifascistas, apoiam os neonazis ucranianos, que infiltraram não apenas o «batalhão Azov» (que, por sinal, é um regimento), mas o conjunto das forças armadas ucranianas; que têm uma influência política muito maior do que o seu número, pois controlam (pela chantagem) os legisladores e o governo.
As pessoas querem paz na Ucrânia, dizem elas, e agitam bandeirinhas ucranianas até à exaustão, como se isso servisse a causa da paz. A causa da paz só pode ser servida por pessoas que não se colocam obviamente a favor de um dos lados, «perdoando» todos os crimes desse lado, mas sendo extremamente agressivas e «comprando» toda a propaganda destinada a denegrir o outro lado. Mas quem querem elas convencer? Nem uma criancinha acreditaria que elas desejam realmente «a paz»!
As pessoas estão a receber catadupas de informações falsas, distorcidas, fabricadas, mas continuam a «comê-las», como se fossem «chocolates». Estamos numa negação completa do senso crítico e da inteligência, vive-se num histerismo coletivo e continuado.
A media mainstream faz o frete enorme ao poder, dando a ilusão de unanimismo, como se o Mundo inteiro estivesse contra a Rússia. Mas de facto, não é assim: Em termos populacionais, as nações que, na Assembleia da ONU, votaram a favor da Rússia, ou se abstiveram, equivalem a cerca de metade da população mundial. Muitos países não condenaram a invasão russa, na referida assembleia da ONU e preferiram abster-se. Isto significa que têm receio de entrar em choque frontal com os imperialistas do Ocidente embora as suas opiniões públicas sejam favoráveis aos russos.
Porque razão digo isto ? Porque a media e os governos andam constantemente a repetir a mentira de que a Rússia está «isolada» diplomaticamente. Esta mentira é fácil de desmascarar. Mas, todo o conjunto de «notícias» tem sido - apenas - rios de propaganda.
Lembrem-se que, há algumas semanas, a invasão russa «estaria a sofrer enormes revezes, que não tardava nada a contraofensiva ucraniana iria derrotar os invasores, etc.» Tudo falsidades, que agora têm dificuldade em justificar, pois - no mundo real - a situação está próxima de uma total derrota militar ucraniana. Mas, os «oficiais da NATO» e os propagandistas disfarçados de jornalistas, não estão embaraçados; não precisam de explicar como é que a tal «derrota» russa, se transforma em vitória.
É confrangedor ver como os povos estão a ser alimentados de ilusões e não sabem. Não sabem que são eles que irão pagar os muitos biliões de divisas que são impressas «non stop», dum lado e doutro do Atlântico. Vão pagar e estão já a pagar; com uma inflação de dois dígitos (também cuidadosamente ocultada). Os seus salários, suas pensões, as poupanças e os ativos financeiros que possuam, vão fundir como neve ao sol. Em três tempos, não valerão quase nada. Sempre quero ver que «justificação» irão dar os dirigentes perante o descalabro. Note-se, a frase-estribilho «é da culpa do Putin», é uma simples variação de «é da culpa do COVID», que funcionou tão bem!
Eu sou otimista. Apesar de vivermos estas situações, acredito que ainda há humanidade e que ela é capaz de despertar, no Ocidente. Que é capaz de perceber como tem sido ludibriada por gangsters sem escrúpulos, que usam os truques todos da guerra psicológica, contra as próprias populações.
Deixá-los falar, aos psicopatas e sociopatas. Eles são mentirosos compulsivos, estão sempre a contradizer-se. Ficam (auto)desmascarados pelas suas contradições constantes. Nós, só precisamos de um pouco de juízo crítico; não sejamos ingénuos!
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
UMA ECONOMIA EUROPEIA ZOMBIFICADA...
As pessoas em geral, mesmo as que se informam sobre o que se passa na economia europeia, não fazem ideia disto: cerca de 550,000 firmas alemãs, numa economia que se portou razoavelmente em relação à crise do coronavírus, estão na categoria «firmas zombies» segundo estudo da agência de crédito Creditreform. O fenómeno é similar na Suíça.
Uma empresa é considerada zombie quando a sua sustentação - durante largo período de tempo - depende de conseguir crédito no mercado para cobrir os juros de outros empréstimos que já contraíra, ou seja, em que os rendimentos líquidos de sua actividade são insuficientes para pagar os juros de empréstimos. Para fazerem face às obrigações, em termos de crédito, continuam a ir obtendo - junto da banca ou junto do Estado - «dinheiro fresco», que vão gastando, sem que a situação se modifique para melhor.
A política do BCE (Banco Central Europeu) de fornecer crédito a juro praticamente zero, à banca comercial, durante todo o tempo desde a Grande Recessão de 2008-2009, teve como consequência que a banca comercial aceitava emprestar a firmas que não preenchiam as condições para obter um empréstimo, em situação normal dos mercados. Isto é, a banca comercial sabia que muitos empréstimos às empresas acabariam em crédito mal-parado, mas contava com o amparo do BCE e dos Estados, que não deixariam, que fariam tudo para impedir, que estas instituições de crédito, sobretudo os grandes bancos ditos «sistémicos», declarassem falência.
Temos assim exemplos de empresas que acabam por ser resgatadas da falência várias vezes, pelo respectivo Estado, como a espanhola Abengoa, resgatada 3 vezes em 5 anos.
O mesmo se passa em Portugal, em Itália, na Grécia e também noutros países da União Europeia, de economia mais «forte». Nestes últimos, pelos vistos, a situação tem tendência a regredir ao nível dos chamados «PIGS».
A crise iniciada com o «lockdown», que destruiu irreversivelmente um grande número de pequenas empresas, também levou os Estados a encontrar «habilidades» para manter toda a espécie de empresas em funcionamento e evitar/adiar despedimentos em massa dos trabalhadores.
Não se pense que o Reino Unido, recém saído da UE, esteja melhor. As companhias «zombie» britânicas representam um terço do total europeu. São 20% em relação à totalidade de companhias do Reino Unido, tendo esta percentagem crescido de 4%, desde Março. Nos sectores mais atingidos, na Grã-Bretanha, a percentagem de zombies atinge os 26%.
A emissão de dívida ao nível mundial, por companhias que estão abaixo do nível de investimento, aumentou imenso, tendo atingido, nos 8 primeiros meses deste ano, o equivalente a todo o ano de 2019.
Isto significa que se vai para uma economia europeia e mundial zombificada, ou seja, em que as empresas não são capazes de gerar rendimento líquido suficiente para cobrir os juros das dívidas, mas são mantidas «a flutuar», graças à política coordenada dos bancos centrais e dos governos, forçando a descida dos juros para valores próximos de zero.
Neste contexto, a contracção da economia é inevitável pois, segundo investigadores do Banco BIS de Basileia, para cada aumento de uma unidade percentual do número de firmas zombie, vai haver um decréscimo de 0.25% na taxa de emprego e uma diminuição de 17% na taxa de investimento de capital. Estes valores são compreensíveis, dado que a maioria das empresas zombies têm uma produtividade reduzida e que os capitais investidos nelas não serão aplicados noutras empresas e sectores, que poderiam gerar retornos positivos.
A multiplicação desta situação dos Estados - directa ou indirectamente - sustentarem empresas zombies, tem tendência a acentuar-se, no curto prazo. Tal não deixará de ser factor preponderante na criação dum clima de marasmo, de deflação.
Por outro lado, os governos - a braços com uma crise de desemprego monumental - vão pôr em marcha um «salário mínimo para todos» como foi anunciado hoje por Ursula von der Leyen, que preside à Comissão Europeia. Isto significa que os valores do trabalho e das pensões serão completamente submersos pelo dinheiro «grátis» desse salário mínimo para todos. Isto vai significar uma entrada da Europa numa espiral de hiperinflação, ainda mais cedo do que eu previa. Com efeito, as necessidades do comum dos mortais serão satisfeitas com dinheiro «fresco», saído dos «fornos da BCE», mas o resultado é que - perante a mesma quantidade, ou uma diminuição dos bens disponíveis no mercado - os preços vão aumentar. Quanto ao dinheiro capturado pelos investimentos especulativos, desde as acções e outros produtos financeiros, até a certos sectores do imobiliário, servirá para uma hipertrofia das bolhas, uma «histerese». Aliás, isso verificou-se com as hiperinflações no Zimbabue e na Venezuela; em ambos os casos, os valores bolsistas subiram a alturas nunca antes vistas.
Talvez a Comissão Europeia e os Governos pensem que assim irão mitigar a crise (que eles próprios provocaram com o lockdown). Mas, eu não vejo uma saída, que não passe pela destruição daquilo que pesa, para que se dê um renovo económico e social, com aquilo que tem futuro.
A minha previsão é que esta política irá conduzir à ruína completa das pequenas empresas, ao quase desaparecimento da «classe média» e à acumulação de capital nas mãos de uma oligarquia ainda mais reduzida (neo-feudalismo).
O «grande renovo» (great reset) que os poderes que controlam a UE desejam será financeiro, monetário, feito por e destinado a beneficiar os 1%. Mas, não será solução para os problemas estruturais; estes, apenas se resolvem com uma nova base para a economia, centrada nos valores da equidade, liberdade e iniciativa.