Sobretudo quando se trata de dinheiros públicos, ou seja, aquele dinheiro que - cedo ou tarde - todos nós teremos de pagar, porque somos nós a fonte donde o Estado vai buscar o dinheiro.
Isto vem a propósito dos biliões que se vão enterrar (ou melhor, vão entrar... e sair) nesse poço sem fundo:
- Quando a guerra está perdida, quando os próprios ministros do governo Zelensky declaram que só com muitos biliões a podem aguentar porque o Estado ucraniano está falido. Vem, depressa, Úrsula ajudar!
A ajuda da União Europeia consistirá (para já) em 9 biliões frescos. Eles serão devorados até ao último cêntimo, num Estado falido. Estado esse que é o mais corrupto do mundo. O mais certo, é o dinheiro ir parar às contas do Kolomoisky e outros oligarcas e apoiantes do regime, além das contas off-shore do comediante Zelensky, feito presidente.
Porém, a palhaçada não acaba aqui, pois o congresso dos EUA já decidiu enviar 40 biliões, para «ajuda». Isto é o negócio do século, para muitos cleptocratas, e não apenas da Ucrânia, também dos próprios países «doadores». (Eu coloco «doadores» entre aspas, pois nós não fomos ouvidos nem chamados. )
Nós, «os servos», dum lado e doutro do Atlântico, apenas servimos para fornecer os tais biliões, com mais impostos, medidas de austeridade, etc. Não há distinções. Os chefes dizem que é preciso enviar tantos biliões para a Ucrânia; e que os súbditos não se atrevam a levantar a voz!
Isto faz-me lembrar um pouco de história recente de Portugal:
- Em tempos de crise profunda, Portugal tinha uma espécie de gestores, que se poderia caracterizar como «abutre dos negócios». Estes gestores, bem vestidos e engravatados, tomavam conta de empresas em falência. Mediante falsas garantias e esquemas de corrupção, conseguiam obter, junto de bancos, empréstimos para «salvar as empresas».
Estas, já estavam falidas, na prática, mas não tinha sido ainda decretada a sua falência. Porém, os trabalhadores não recebiam salário há meses e as mobílias, as matérias-primas, os equipamentos, eram secretamente vendidos ao desbarato.
Nem a empresa «a salvar», nem os trabalhadores, viam a cor do dinheiro de tais empréstimos. Os «gestores» tinham a arte de fazer desaparecer o dinheiro sem que se pudesse apontar o dedo, pois «eles tinham feito o seu melhor», para salvar a empresa.
Agora, a comédia macabra tem como cenário a Ucrânia. A sua população não terá outra escolha senão emigrar para terras dos seus «benfeitores», ou então, viver no «Zimbabwe europeu».
Não o merecem; são - para todos os efeitos - irmãos e irmãs de infortúnio. Nós devemos acolhê-los, mas - em simultâneo - devemos denunciar os abutres que se acoitam, a todos os níveis do poder e da casta política, nos países da NATO. Povoam ministérios, ONGs, administrações de empresas de toda a espécie, mas, em especial, as de «segurança» e de armamento. Para eles, isto é «uma party»!
O dinheiro vai desaparecer e ninguém se espantará que assim seja. O Estado, afinal, é como uma monstruosa empresa. E sabemos bem que o dinheiro despejado em empresas falidas, é dinheiro perdido. Isto aplica-se aos Estados, também! Embora, no caso dos Estados, esse dinheiro não esteja perdido para todos: Há sempre uns mais iguais que os outros. Há os que enchem os bolsos com uns milhões e vão gozá-los em estâncias de férias bem agradáveis. Quanto aos outros, que fossem espertos e aprendessem com os oligarcas.
Mas, o processo de entrada em falência do sistema Euro, já está bastante avançado; ultimamente sofreu uma aceleração. Vejam como o dólar está «forte» e o euro, como está «fraco». Pois, a divisa europeia vai estar ainda mais fraca. Vai ser um sorvedoiro, até ao rebentamento final do sistema monetário europeu. O sorvedoiro de dinheiro da guerra ucraniana, vai acabar por levar à falência total e irrecuperável e ao rebentamento - de um modo ou doutro - do sistema da União Europeia.
Os magnates dos EUA ficam a olhar todos contentes, pois a economia americana, por mais disfuncional que seja, vai aparecer aos olhos dos capitalistas, como o «último porto de abrigo» («safe haven») e os capitais do mundo vão afluir de novo aos USA ... Penso que este é o cálculo do lado do Tio Sam. Posso estar completamente enganado; até gostava de estar completamente enganado, mas o cenário para os povos da UE é realmente negro. Os dirigentes ocidentais traíram os seus eleitores, só que estes ainda não o sabem e quando o souberem, já será tarde demais.
Só desejo que os povos da Europa aprendam, duma vez por todas, com a dura lição que está a desabar em cima de suas cabeças.