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domingo, 1 de setembro de 2024

NUNCA ESTIVEMOS TÃO PRÓXIMOS DUMA GUERRA NUCLEAR (Entrevista com Ray McGovern)

 Ray Mc Govern, ex-analista da CIA, explica o que está em jogo entre as grandes potências. Ele consegue estar «dentro das cabeças», não só de Putin e de Xi Jin Pin, como também de vários presidentes dos EUA. 

O testemunho dele é fantástico, na medida em que nos fornece explicações plausíveis de como funciona a tomada de decisão dos decisores máximos e dos seus conselheiros. 

Sem dúvida, esta entrevista é a mais densa de informação com que me deparei nestes últimos meses.


Texto de apresentação da entrevista:

The real meaning of Jake Sullivan's China trip has nothing to do with US-China relations and everything with the war in Ukraine, says Ray McGovern, a renowned US intelligence analyst. Sullivan went to China to sound out the possible Chinese reactions to a US escalation of the Ukraine proxy-war with the use of the last weapons that the American's have not yet shipped to its Kiev war-implementation partner, namely tactical nukes. However, it is also clear that the Chinese would react to such an escalation in their very own ways. 

Ray's Twitter/X profile:

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Relacionado:

Artigo de Lucas Leiroz de Almeida

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

PORQUE A OTAN SE TORNOU INIMIGA DA PAZ E SEGURANÇA MUNDIAIS? [David Stockman]

 [Reflexão de Manuel Banet: Todas as guerras têm um ou vários motivos económicos por detrás. A atual guerra da OTAN contra a Rússia, em solo ucraniano e utilizando soldados ucranianos (assim como polacos e doutros países da OTAN, não oficialmente) não escapa à regra. O complexo militar industrial estadunidense, desde há dois anos, tem beneficiado imenso com o esvaziamento dos stocks de armamentos, que vão para o exército ucraniano. Estes stocks têm de ser repostos, além das novas encomendas feitas pelo Pentágono. O mesmo se passa noutros países da OTAN. Para o lóbi poderoso do armamento, quanto mais esta guerra durar, mais terão em vendas de armas e lucros. A Ucrânia é um país exausto, destruído por uma guerra sem hipóteses de vencer e um número aterrador de mortes e feridos. Este país tem sido proibido por Washington de entrar em negociações com a Rússia. Quanto mais a guerra durar, mais a Ucrânia ficará enfraquecida. Isto, sem os chorudos lucros do complexo militar industrial e influência no poder político dos EUA, não teria qualquer lógica. Infelizmente, a lógica é a dos maiores lucros, à custa da destruição em massa de vidas.]

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O orçamento astronómico de segurança dos EUA, de 1,3 triliões de dólares floresce sobre as ameaças e os falsos inimigos demonizados.  Nada poderia ser mais demonstrativo desta afirmação do que a total velhacaria que saiu da cimeira da OTAN em Vilnius.

Explicitando: Desde a Conferência de Segurança de Münich de 2007, Putin tem dito e repetido vezes sem conta,  que a entrada da Ucrânia para a OTAN é uma linha vermelha absoluta. E, ninguém no seu juízo teria qualquer dificuldade em aceitar essa declaração, bastando responder à seguinte pergunta:

- Como pensa que Washington iria reagir se a Rússia pusesse mísseis e armamento nuclear no México, ou em Cuba, ou na Venezuela, ou mesmo na Tierra Del Fuego?

[Continue a ler o artigo no link seguinte: David Stockman on Why NATO Has Become an Enemy of Peace and Security Around the World ]

sexta-feira, 14 de julho de 2023

EIS PORQUE A REBELIÃO NA RÚSSIA FOI UM NÃO-EVENTO ... E O QUE ISSO SIGNIFICA [Chris MacIntosch]


«Here's Why the Sudden "Rebellion" in Russia was a NothingBurger... And What it Really Means» 

por Chris MacIntosh

[Copiado de Doug Casey's International Man <service@internationalman.com> ]

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Ok, vamos lá à grande notícia das últimas semanas.

O colapso iminente da Rússia. A rebelião pelas tropas do Grupo Wagner, seguida pela igualmente súbita não-rebelião que pôs a media de massas a rodar em parafuso. O mais interessante e hilariante era observar essa media de massas passar de "Os mercenários Wagner estão assassinando ucranianos", a "Os mercenários Wagner vão libertar-nos da tirania de Putin". E depois, claro, o silêncio. Em boa verdade, o melhor que eles têm a fazer é ficarem calados. Fico simplesmente estarrecido, que alguém continue a ouvir estes palhaços que, ou vomitam propaganda, ou simplesmente não têm a mínima ideia do que se está a passar mas sentem necessidade de dizer... bem, qualquer coisa. Com certeza, devem sentir humilhação, nesta altura?

Em qualquer caso, estão aqui alguns pensamentos e questões que tive, depois de ter digerido aquilo que suponho ter ocorrido.

Eu observei a media de massas vir com múltiplas (Eu contei 7 e depois deixei de contar mais) reportagens, saindo no Sábado de manhã. O facto de termos um dilúvio de reportagens num intervalo de tempo tão curto, pareceu-me estranho. Veja-se que o «motim» tinha literalmente começado umas horas antes. Horas!

Depois, soube que as agências de segurança tinham informado o Congresso dos EUA mais cedo, nessa semana, sobre a insurreição prevista. Mais cedo, nessa semana? Então os cérebros da CIA e o Congresso sabiam isto de antemão. O que significa que a media corporativa também soube isto antecipadamente. O que explica como conseguiram fazer sair literalmente dúzias de artigos em poucas horas. Eles redigiram com antecedência a narrativa da  Guerra Civil Russa!

O que levanta a questão seguinte: Como é que os serviços de segurança sabiam deste facto, em desenvolvimento, antes dele ocorrer, se não estavam envolvidos no caso? Terão tentado um "golpe de Maidan 2.0"?

Se isto é verdade, sabem o que significa? Significa que os EUA atacaram diretamente a Rússia. Trata-se dum ato de guerra.

Estas conclusões talvez levem as pessoas a pensar que «talvez», somente «talvez», a CIA tenha estado envolvida num país estrangeiro, numa tentativa de derrubar seu governo. É chocante, eu sei, pois isto teria sido um ato de guerra cometido pelos EUA contra a Rússia. Mas, estou certo que não. Eu estou certo de que o grupo Wagner ficou muito zangado com Putin e tentou retirá-lo do poder; estou igualmente seguro que - depois de avançar e de NÃO encontrar qualquer resistência, o grupo Wagner mudou de ideias e decidiu fazer um desvio até à Bielorrússia e tomar uma cerveja com Lukashenko. Isto faz todo o sentido. Sabe qual a temperatura na Rússia, durante esse fim-de-semana? 26°C. Bem, podem pensar que não é particularmente quente, mas eu desafio-vos a vestir roupa militar e carregar com todo o equipamento durante várias horas, sob este Sol; depois dir-me-ão se iriam desprezar uma cerveja gelada. Então, foi assim que aconteceu e que o golpe foi encerrado. Num fim-de-semana, apenas. Agora, se houve dinheiro que REALMENTE mudou de mãos entre a CIA e Wagner, bem, esse intervalo de tempo deve ter sido o suficiente para a transferência ser concluída. Só por dizer...

Pense numa situação hipotética, em que a CIA realmente oferece uns biliões, branqueados através da Ucrânia, com o objetivo de fomentar uma «revolução colorida» na Rússia. Agora, imagine que Você fosse um desses «moscóvios»; um tipo como, digamos, Prigozhin. Tem, a meu ver, três opções:

  1. Aceitar e arriscar o pescoço tentando derrubar Putin, arrastando consigo o Exército Russo (Wagner é cerca de 20% dos efetivos em combate)
  2. Recusar e dizer aos seus inimigos que «vão cavar batatas», o que significa que eles ficam com o dinheiro e que você continua a combater.
  3. Ou diz-lhes, "claro que sim", toma o dinheiro e representa um programa de «psyops» (= operação psicológica), durante o fim-de-semana e - no fim de contas - continua a combater do lado russo. Assim tem o melhor dos dois mundos.

Então, o que vai ser? Deixo-o decidir qual o cenário mais provável. O que penso, é que se torna evidente para todos - exceto para os mais limitados da cabeça - perceberem que aquilo que nos dizem é, com certeza, incorreto.

Há também um outro pequeno pormenor a considerar. Iria pensar que, aquando do golpe de Estado, a fuga de capitais para fora da Rússia seria extremada e que  se veria isso -imediatamente- no mercado mundial de divisas.


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Curiosamente, o rublo não deixou de fortalecer-se, quer em relação ao dólar, quer ao euro, ou à libra esterlina. Quanto a mim, isto prova que os «moscóvios» são uns estúpidos.

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                                             Mercenários do Grupo Wagner

PS1: «A Marcha sobre o Kremlin» por Israel Shamir.
Leia o excelente artigo, bem informado, sobre a longa guerra de Prigozhin com o ministro da defesa russo Shoigu, assim como com certos generais, mais preocupados com as suas prerrogativas e privilégios, do que com o eficaz apoio às suas tropas.

domingo, 7 de maio de 2023

MAIS UM ATENTADO TERRORISTA CONTRA CIVIS RUSSOS, POR AGENTES DOS SERVIÇOS UCRANIANOS

Um atentado à bomba matou o motorista e feriu gravemente o romancista russo Prilepin, quando estes se deslocavam de automóvel, a cerca de 80 km da cidade russa de Bor.


 https://www.zerohedge.com/geopolitical/prominent-russian-novelist-wounded-car-bomb-assassination-attempt

O grupo «Atesh», composto de originários da Ucrânia e de tártaros da Crimeia, reivindicou o ataque. Este atentado terrorista a civis em solo russo é o terceiro, com certeza efetuado graças e com o apoio de elementos dos serviços secretos ucranianos.

Em Abril de 2022, o blogger Vladlen Tatarsky foi assassinado num evento em S. Petersburgo, onde era orador principal. Daria Dugina, filha do filósofo Alexandre Dugin, foi assassinada em Agosto de 2022, num atentado bombista ao seu carro. Não há dúvida que a bomba se destinava a matar o seu pai. O Pai e a filha trocaram - no último momento - de carros, quando regressavam dum festival literário próximo de Moscovo.

Todos estes atentados terroristas têm a marca dos serviços secretos de Kiev. Ora, estes não executarão operações sem o aval dos seus «donos» da OTAN e do Pentágono. 
Responsáveis militares ocidentais estão embebidos permanentemente na estrutura do comando militar e de espionagem do regime ucraniano. 
Recentemente, o comando operacional da OTAN na Ucrânia terá sido atingido por um míssil russo muito potente, que deve ter perfurado o solo até às salas subterrâneas do estado-maior, perto de Lviv. Vários militares estrangeiros de alta patente foram atingidos (não sabemos quantos feridos e mortos). Porém, este acontecimento não foi noticiado, houve um verdadeiro blackout informativo, porque isso implicava subir a parada e retaliar. Talvez queiram manter «oculta» a participação de militares da OTAN e dos EUA, em altos postos de comando das forças armadas ucranianas. 
Dado o estado de grande perigosidade de um confronto aberto entre a OTAN e a Rússia, parece-me que a forma de retaliação escolhida, tem sido de ativar células terroristas ucranianas presentes no solo russo, para levar a cabo atentados à bomba ou com «drones». Embora aceite que os objetivos militares e civis numa guerra são, às vezes, difíceis de separar, podendo discutir-se da legitimidade (política e ética) do recente ataque com dois drones ao edifício do Senado russo no Kremlin, onde supostamente Putin pernoitava (mas enganaram-se), já os atentados contra civis, intelectuais famosos (e defensores declarados da posição russa, nesta guerra), parecem-me totalmente inaceitáveis; são crimes de guerra passíveis de serem julgados quando os executores e responsáveis forem capturados. Os poderes ocidentais coniventes, ficam silenciosos perante estes atentados terroristas: Para eles, só são «terroristas» as ações empreendidas pelos seus inimigos. 

quarta-feira, 1 de março de 2023

CRÓNICA* (Nº12) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: «STOP THE KILLING !! PAZ AGORA!!»



https://libertarianinstitute.org/news/stop-the-killing-major-antiwar-protests-held-in-germany-france-and-italy/

Apesar do black-out mediático e do comportamento ameaçador dos governos europeus face a toda a dissidência, múltiplas manifestações pela paz ocorreram no fim de semana passado na Europa. Veja a notícia acima.

Entretanto, no cenário da guerra na Ucrânia, Bahkmut está de facto cercada. Esta cidade é o ponto chave das ligações no Donetsk e tem sido defendida pelo exército ucraniano, à custa de muitas centenas de mortes (diárias!) e de feridos. Muitos analistas militares, incluindo dos EUA, pensam que é um desperdício de homens, de material e de energia sem qualquer razão lógica. A guerra tem sido conduzida, do lado ucraniano, por políticos desde Kiev, onde Zelensky pousa como uma espécie de «herói de opereta». O chefe do estado-maior, o general Zelusny, tem tentado levar Zelensky e seu governo a tomarem medidas que protejam as suas tropas, encolhendo de dia para dia, dizimadas pela guerra de atrição, levada a cabo pelas forças russas. Mas, suspeita-se que o intuito dos conselheiros americanos, ingleses e de outros países da OTAN, que «aconselham» Zelensky seja, em primeiro lugar, o de obter o máximo desgaste político e militar no lado russo; não estão interessados na paz, que pouparia milhares de vidas de militares e civis ucranianos. 

Se pensarmos bem, de facto a guerra no terreno será a verdadeira guerra e a guerra dos media, por mais influentes que estes sejam sobre as populações ocidentais, não têm nenhum efeito prático. Mesmo as ajudas muito concretas de todo o tipo da OTAN, financeiras, em peritos militares, em armas e em equipamento, têm muito pouco efeito. Os envios de material miliar, desde mísseis, a tanques, canhões, veículos de transporte, não têm muito efeito pois eles são destruídos com frequência, antes mesmo de serem utilizados em combate (detetados e destruídos nos locais de armazenamento, pelos russos) 

Veja-se a crueldade dos dirigentes políticos da OTAN. Eles sabem a verdade, tão bem ou melhor que nós, só que inundam o espaço mediático de falsas informações que nunca são desmentidas nos media ocidentais, para convencer as pessoas comuns que a Rússia está a perder a guerra. Eles sabem que isso é falso, mas precisam de fabricar um falso consenso (e que não resulta de conhecimento esclarecido) sobre esta guerra, nos países ocidentais. 

Creio que os militares mais realistas dentro dos países da OTAN começam a ficar nervosos. Pois, a guerra não é assunto para ser conduzido ao sabor dos caprichos políticos, por mais que seja um facto eminentemente político. Citando Von Clauzevitz, um dos estrategas militares que derrotou Napoleão: «A guerra é a continuação da política por outros meios». Porém, nenhuma guerra contemporânea pode (deve) ser chefiada por políticos. 

Para além de todo o aspeto subjetivo, das simpatias ou antipatias (altamente subjetivas) que se possa ter, uma coisa é certa, nesta guerra: Putin abstém-se de interferir diretamente na condução das operações militares; o seu general em chefe, Gerasimov tem a sua confiança política, para  levar a cabo as operações com vista ao objetivo político-militar de derrotar as forças armadas da Ucrânia e as da OTAN. 

Os do lado oposto, da OTAN, estão a conduzir este infeliz país para um estado muito pior do que ele teria, se tivesse havido acordos em Março do ano passado em Istambul, entre as delegações russa e ucraniana. Mas este acordo foi interrompido, por um volte-face súbito de Zelensky, que se terá dobrado às pressões fortes de Boris Johnson, que visitou Kiev por essa altura. 

No contexto militar geral atual, os verdadeiros amigos da Ucrânia (diferente de «amigos do regime ucraniano») são aqueles que lutam para que haja negociação efetiva de um cessar-fogo. É fundamental que os verdadeiros pacifistas pressionem os governos ocidentais para ajudar a criar as condições para uma paz, pois estes governos são os que insistem para a continuação da situação de guerra. O povo da Ucrânia não deve ser bode expiatório do imperialismo dos EUA e da OTAN.

 O povo ucraniano e o povo russo, é que são importantes (nisto incluo os soldados, pois são o povo em armas). As considerações geoestratégicas de um e do outro lado, podem ser racionalizáveis, podem ter a sua lógica própria, mas elas não são - de modo algum - racionais. Porque o racional seria iniciar conversações de paz.

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(*) Consulte os mais recentes artigos desta série:


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/11/cronica-da-iii-guerra-mundial-um.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/10/cronica-da-iii-guerra-mundial.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/10/terceira-guerra-mundial-economia.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/09/cronica-da-iii-guerra-mundial.html

terça-feira, 23 de agosto de 2022

HOMENAGEM A DARIA DOUGUINA, VÍTIMA DO TERRORISMO



Daria Douguine, assassinada há dias em Moscovo, deu uma entrevista (em 2019), em francês:



 O atentado terrorista que a vitimou estava, com toda a probabilidade, destinado ao seu pai, Alexander Douguine, um célebre filósofo russo.

PS1: Leia o artigo de Pepe Escobar sobre o assassinato de Daria e o contexto geral em que ele se desenrola.

quinta-feira, 30 de junho de 2022

Fórum Económico de São Petersburgo: discurso histórico do presidente Putin


                                                             Tradução simultânea em francês

Nota: O discurso de Putin no Fórum Económico de São Petersburgo é uma peça de oratória muito cuidadosa, que vale a pena ver e ouvir. Não apenas para aprovar ou desaprovar, para aplaudir ou vilipendiar. É de facto importante não obstante haver nela (inevitavelmente) uma argumentação a favor das medidas de «operação especial na Ucrânia» pela Rússia, como de contraposição em relação à barreira de propaganda dos países do bloco NATO. A audição atenta deste discurso  demonstra que é impossível não ter em conta vários ângulos e dados concretos, para equacionar as questões. Como todos os discursos dum Chefe de Estado, este tem de ser analisado em termos críticos e considerando o contexto. 

Pareceu-me valer a pena transcrevê-lo dada a barragem de propaganda anti-russa e anti-Putin que tem atingido o universo mediático ocidental, ocultando o acesso à visão, ao ponto de vista do outro lado: Que sejam argumentos válidos ou não, o que é importante é que cabe ao leitor-auditor decidir. Do meu ponto de vista, a censura e distorção propagandística das posições russas não proporciona o acesso à realidade, portanto à verdade. São parte duma intolerável censura de alguns poderosos, que se atribuem o direito de ditar a todos os outros cidadãos o estes que têm direito, ou não, de ajuizar!








domingo, 1 de maio de 2022

«EUROS DE SCHRÖDINGER» e outras ideias brilhantes...







 O mundo é conduzido ao desastre por loucos. Por loucos no sentido próprio. Por pessoas sem tino. Os neocons nos EUA, por exemplo. Mas, também a presidente da comissão europeia Ursula Von Der Leyen, ou não é que houve uma proposta de fabricar «Schrödinger» Euros, para pagar o gás russo? Um esquema fantasista e completamente ilegal, além de ser tão evidente a trapaça que só idiotas (ou outros loucos) podiam pensar que Putin iria morder o isco! 

Ou a estupidez de sacrificar a Ucrânia, um país  cuja infraestrutura industrial está a ser metodicamente destruída, que será - com certeza - reduzido, numa extensão que depende das zonas que a Rússia controle. Além disso, um exército em completa dissolução, uma população civil a emigrar em massa (aos milhões). 

Além de louco, é obsceno que a NATO e os EUA se estejam a servir da Ucrânia para «enfraquecer» o poderio russo. Absurdo como argumento, tem apenas como «vantagem», «justificar» as catadupas de material de guerra enviado para a Ucrânia, ou melhor que é enviado para a sucata, via Ucrânia. Os russos têm intercetado qualquer envio e tudo farão para destruir com os seus mísseis hipersónicos esses carregamentos de armas, uma vez que entrem na Ucrânia. 

Isso é, porém, um maná para as indústrias bélicas do Ocidente, em primeiro lugar dos EUA, pois assim os arsenais dos países da NATO vão-se esvaziar rapidamente, preferencialmente  dos modelos mais desatualizados, como os tanques da era soviética que os vários ex-membros do Pacto de Varsóvia possuem. As carências são colmatadas prontamente pelos modelos mais recentes, mais sofisticados. 

E quem paga? Isso não é problema, pois eles vão imprimindo, imprimindo, divisas (Dólares e Euros) sem parar, até ao infinito e mais além. Estes dirigentes pensam que as pessoas são demasiado estúpidas. Julgam que elas acreditarão, se lhes disserem «que a inflação é culpa do Putin»! 

Eu, às vezes, nem acredito no que vejo, oiço e leio; porque a estupidez dos dirigentes e a boçalidade de inúmeros «intelectuais» no Ocidente salta à vista; é tão óbvia, que só alguém completamente hipnotizado é que se deixa convencer. 

Tomem o caso da falsa bandeira de Bucha, este caso segue um modelo de «guerra psicológica» (ou psy-op). Mas isso estava mesmo a ver-se, desde o início. As reações indignadas de «muito boa gente», dita de esquerda, mostra até que ponto estão compradas. Só respondem aos «memes» que são produzidos pela máquina de propaganda ocidental. 

Esta guerra de propaganda é a única coisa que o Ocidente faz, mas não ajuda nada os pobres ucranianos. Pois o que eles fazem, na realidade, é mentir aos europeus e aos americanos. Nada do que dizem faz sentido, para alguém que esteja no terreno, no teatro da guerra, como é o caso de alguns repórteres independentes e corajosos. 

A mentira serve para encobrir a total falência dos dirigentes do Ocidente. A campanha de mentiras só tem como objetivo mantê-los no poder, por algum tempo, até as pessoas descobrirem como foram ludibriadas. Foram-no duplamente, em relação ao COVID e em relação ao desencadear da guerra na Ucrânia. Está claro que foi o Ocidente que tudo fez para inviabilizar uma solução negociada com os russos. 

A única «safa» da casta política que manda no Ocidente, é o facto da cidadania estar a ser hipnotizada; porque «se esqueceu» do que se passou em Novembro-Dezembro de 2021. Lembrem-se! Há menos de seis meses, Putin e seu governo fizeram todos os possíveis para abrir negociações, com vista a que todos os países tivessem garantias de segurança na Europa. 

Estas aberturas negociais foram liminarmente rejeitadas pelas chancelarias ocidentais, a começar pelos EUA e a culminar com os arrufos provocatórios de Jens Stoltenberg,  o Secretário-Geral da NATO. 

Estamos num mundo totalmente esquizofrénico, em que pessoas, que se dizem antifascistas, apoiam os neonazis ucranianos, que infiltraram não apenas o «batalhão Azov» (que, por sinal, é um regimento), mas o conjunto das forças armadas ucranianas; que têm uma influência política muito maior do que o seu número, pois controlam (pela chantagem) os legisladores e o governo.  

As pessoas querem paz na Ucrânia, dizem elas, e agitam bandeirinhas ucranianas até à exaustão, como se isso servisse a causa da paz. A causa da paz só pode ser servida por pessoas que não se colocam obviamente a favor de um dos lados, «perdoando» todos os crimes desse lado, mas sendo extremamente agressivas e «comprando» toda a propaganda destinada a denegrir o outro lado. Mas quem querem elas convencer? Nem uma criancinha acreditaria que elas desejam realmente «a paz»!   

As pessoas estão a receber catadupas de informações falsas, distorcidas, fabricadas, mas continuam a «comê-las», como se fossem «chocolates». Estamos numa negação completa do senso crítico e da inteligência, vive-se num histerismo coletivo e continuado. 

A media mainstream faz o frete enorme ao poder, dando a ilusão de unanimismo, como se o Mundo inteiro estivesse contra a Rússia. Mas de facto, não é assim: Em termos populacionais, as nações que, na Assembleia da ONU, votaram a favor da Rússia, ou se abstiveram, equivalem a cerca de metade da população mundial. Muitos países não condenaram a invasão russa, na referida assembleia da ONU e preferiram abster-se. Isto significa que têm receio de entrar em choque frontal com os imperialistas do Ocidente embora as suas opiniões públicas sejam favoráveis aos russos. 

Porque razão digo isto ? Porque a media e os governos andam constantemente a repetir a mentira de que a Rússia está «isolada» diplomaticamente. Esta mentira é fácil de desmascarar. Mas, todo o conjunto de «notícias» tem sido - apenas - rios de propaganda. 

Lembrem-se que, há algumas semanas, a invasão russa «estaria a sofrer enormes revezes, que não tardava nada a contraofensiva ucraniana iria derrotar os invasores, etc.» Tudo falsidades, que agora têm dificuldade em justificar, pois - no mundo real -  a situação está próxima de uma total derrota militar ucraniana. Mas, os «oficiais da NATO» e os propagandistas disfarçados de jornalistas, não estão embaraçados; não precisam de explicar como é que a tal «derrota» russa, se transforma em vitória. 

É confrangedor ver como os povos estão a ser alimentados de ilusões e não sabem. Não sabem que são eles que irão pagar os muitos biliões de divisas que são impressas «non stop», dum lado e doutro do Atlântico. Vão pagar e estão já a pagar; com uma inflação de dois dígitos (também cuidadosamente ocultada). Os seus salários, suas pensões, as poupanças e os ativos financeiros que possuam, vão fundir como neve ao sol. Em três tempos, não valerão quase nada. Sempre quero ver que «justificação» irão dar os dirigentes perante o descalabro. Note-se, a frase-estribilho «é da culpa do Putin», é uma simples variação de «é da culpa do COVID», que funcionou tão bem! 

Eu sou otimista. Apesar de vivermos estas situações, acredito que ainda há humanidade e que ela é capaz de despertar, no Ocidente. Que é capaz de perceber como tem sido ludibriada por gangsters sem escrúpulos, que usam os truques todos da guerra psicológica, contra as próprias populações.

Deixá-los falar, aos psicopatas e sociopatas. Eles são mentirosos compulsivos, estão sempre a contradizer-se. Ficam (auto)desmascarados pelas suas contradições constantes. Nós, só precisamos de um pouco de juízo crítico; não sejamos ingénuos! 

terça-feira, 19 de abril de 2022

Jacques Baud DESMASCARA A NARRATIVA OCIDENTAL SOBRE CONFLITO NA UCRÂNIA





 Jacques Baud é um ex-membro dos serviços de inteligência da Suíça, tendo conhecimento direto e pessoal de muitos acontecimentos, que relata no seu livro «Poutine, maître du jeu?». 

Nesta conversa interessante, Baud considera que os ocidentais sacrificaram intencionalmente a população ucraniana para atingir os seus objetivos geoestratégicos.

PS: Veja AQUI a transcrição de uma entrevista ao jornal on-line «Gray zone»

sábado, 2 de abril de 2022

CRÓNICA (nº5) DA IIIª GUERRA MUNDIAL: UM RESET PODE ESCONDER UM OUTRO.



China, maior produtor de bens industriais; Rússia, maior exportador de matérias-primas

A exigência russa de pagamento em rublos, das exportações de combustíveis (gás e petróleo) para países «não-amigos», anunciada esta semana pelo Presidente Putin, tem de ser equacionada em relação com a tomada dos ativos do Banco Central da Rússia. Lembro que esta medida dos EUA/NATO, no início de Março deste ano, foi talvez a mais extrema das sanções dos ocidentais, visto que o banco central detém reservas, que são parte integrante do património da nação russa. Acresce que, no caso vertente, os países que decretaram a operação de «congelamento» (na prática, é roubo), nem sequer estavam em guerra formalmente com a Rússia.
De qualquer maneira, a continuação das exportações de energia russa para países claramente hostis, capazes dum ato que se pode classificar de pirataria financeira, é surpreendente. Estavam reunidas as condições de «Force Majeure»: Por ter deixado de haver a mínima garantia de pagamento dos compradores, a parte vendedora tem legitimidade para interromper ou cancelar o contrato. Com efeito, a Rússia pode legitimamente recear, a partir deste momento, que os pagamentos efetuados em euros ou dólares, sejam bloqueados em contas bancárias russas nos países ocidentais, ficando sujeitos a confisco. Lembremos como os EUA arbitrariamente, há bem pouco tempo, em relação aos ativos do Banco Central do Afeganistão à guarda de bancos nova iorquinos, confiscaram metade destes, enquanto a outra metade foi destinada a «assistência humanitária» (mas não administrada pelo estado afegão).
O facto da Rússia continuar as entregas de gás à Europa, nestas circunstâncias, apenas com a condição de serem pagas em rublos, poderá ser vista como uma medida para que, no futuro, os europeus da NATO e a Rússia, possam reatar um relacionamento normal.
Quanto ao facto dos europeus serem confrontados com a obrigação de comprar rublos para adquirir o gás russo, não deveria ser visto como mais escandaloso que a obrigação (desde há meio-século!) de comprarem dólares para adquirir petróleo, vendido exclusivamente em dólares pelos sauditas e por outros no Médio-Oriente.
Note-se que esta medida - pagamentos em rublos - não foi tomada de maneira irrefletida. Aliás, ela tem consequências de longo prazo. Os dirigentes da Rússia inspiraram-se, com certeza, no acordo celebrado em 1973, entre Kissinger e o rei da Arábia Saudita, pelo qual o pagamento do petróleo saudita seria em dólares US, exclusivamente. Em compensação, era dada total proteção militar pelos americanos aos sauditas. O resultado prático nessa altura, foi a consolidação do papel internacional do dólar e o nascimento do petrodólar.
Agora a Rússia é o principal exportador de combustíveis fósseis no Mundo. A Rússia tem condições para exigir que eles sejam pagos na sua divisa, em rublos. Os russos têm apenas o controlo sobre sua moeda nacional, não podem ter a garantia de que os dólares, euros, yens, etc., depositados nas suas contas em bancos estrangeiros, não sejam confiscados. Os europeus e os americanos, mostraram-se muito pouco respeitosos da soberania doutros Estados e das normas internacionais por que se devem reger, incluindo a intangibilidade das reservas de países terceiros colocadas à sua guarda. Lembro os casos da Venezuela, Líbia, Iraque, Irão, Afeganistão: Tratou-se de confisco de bens financeiros e de ouro; medidas unilaterais e, portanto, assimiláveis a pirataria financeira.
No futuro, teremos um conjunto de trocas comerciais em divisas dos respetivos países. Já estão em vigor acordos entre a Índia e a Rússia, usando rupias e rublos, ou entre a China e a Rússia, usando yuan e rublos. Muitos outros países serão favorecidos e protegidos da ingerência dos ocidentais, se fizerem suas trocas comerciais nas respetivas divisas. A diferença de saldos nas exportações de dois países, caso exista, pode ser resolvida de várias maneiras. Uma delas, que não implica divisas de terceiros, é proceder ao ajuste com correspondentes quantias em ouro.
Se este sistema vier a consolidar-se, mais de metade da humanidade não ficará sujeita à ditadura do dólar. Este vai ficar cada vez mais confinado a circular dentro dos EUA. A sua circulação, ao nível internacional, será sobretudo com países mais próximos - politicamente - dos EUA.
O facto do rublo ser emitido por um país tão rico em matérias primas, exportador de combustíveis, de metais e de cereais, é um facto insofismável. Goste-se, ou não dos russos e do seu governo, o facto é que este país tem imensas riquezas que tem exportado para todo o Mundo.
Se uma parte do Mundo, a Europa ocidental, se nega a comprar aos russos o gás natural, será esta a sofrer. Será uma espécie de autopunição. A parceria total entre a Rússia e China faz com que aquela tenha garantido o mercado chinês de combustíveis, que, aliás, tem estado em plena expansão. Não será difícil para a Rússia, reorientar para a China as exportações de gás destinadas à Europa ocidental.
As sanções unilaterais, com o pretexto da invasão da Ucrânia, são uma grande hipocrisia e um tiro que saiu pela culatra aos EUA/NATO. Vários têm dito que a Ucrânia foi empurrada a fazer graves provocações à Rússia, sendo falsamente apoiada por «garantias» ocidentais. A invasão do Leste e Sul da Ucrânia pela Rússia, foi uma operação limitada, por decisão prévia de Putin e do governo russo. Os comentadores que não querem ver isso, que estão sempre a clamar que a Rússia falhou militarmente, estão somente a fazer propaganda, não dizem a verdade.
Esta situação vai-se desenvolver em sentido contrário ao que desejavam os EUA. Estes, desejavam criar uma armadilha, como um novo «Afeganistão», desta vez na fronteira europeia da Rússia. Mas o palco deste confronto, não está sequer limitado à Ucrânia. O palco, é o Globo inteiro.
Estão envolvidos todos os países, porque se está a dar uma mudança tectónica geoestratégica, desde as economias nacionais e regionais, às rotas comerciais, e aos abastecimentos em energia e matérias-primas. Em suma, o que está em causa é o redesenhar da configuração do Mundo.

Um comboio (de Reset) pode esconder um outro!


Estamos a assistir a um "Great Reset" e ao instalar duma "Nova Ordem Mundial". Simplesmente, este não é o Great Reset para o qual as elites de Davos trabalhavam, mas um outro Reset, que tem como protagonistas o Eixo Euro-Asiático e muitos outros países, mais virados para a cooperação com eles, do que com as potências «Ocidentais», associadas a um passado colonial e neocolonial.

PS1: Importantes decisões do Kremlin foram tomadas, em relação à conversão das divisas estrangeiras, possuídas pelos cidadãos russos. Estabeleceu o governo russo, que estas podiam ser convertidas em ouro ou outros metais preciosos ao preço corrente dos mercados. Agora estabeleceu um preço fixo de ouro a 5000 rublos por grama de ouro, valor um pouco abaixo do mercado internacional. Isto significa que um banco russo pode vender o ouro ao banco central por esse preço, é um preço de garantia. Porém, o significado disto é muito mais importante, pois está a dar uma garantia, em ouro, ao valor do rublo. O rublo poderá agora ser equivalente ao ouro, dentro da Rússia. A internacionalização virá numa fase posterior. Uma divisa garantida pelas abundantes matérias-primas e que pode ser trocada por ouro a um câmbio fixo, eis a definição da nova moeda de reserva mundial.

                                                 Putin visita depósito de ouro


PS2 : Vale a pena ler na íntegra o artigo muito rigoroso e lúcido de Ellen Brown, autora célebre nos EUA. Ir para: The Coming Global Financial Revolution

PS3: Mais que um «Bretton Woods III» estamos a assistir a um total renovo das bases sobre as quais se vão processar, daqui por diante, as trocas comerciais e fluxos de capitais entre países: 
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 VER:

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_13.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_0396436697.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/03/cronica-da-terceira-guerra-mundial_24.html

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

KLAUS SCHWAB E GLOBALISTAS ASSOCIADOS



                      
Não se enganem. Hoje em dia, está-se perante uma épica luta com dois protagonistas fundamentais:

- A elite globalista, da ordem dos poucos milhares, tendo como seu Führer, Klaus Schwab. É preciso denunciar os que estão por detrás (1) de todas as medidas repressivas. Por exemplo, a manutenção dos passes vacinais durante mais um ano (pelo menos ...), apesar de ser reconhecido que já não existe perigo público de «pandemia», tem uma lógica própria: É preciso controlar as massas, através dos dispositivos de controlo digital (= passes «vacinais») para quando vierem os momentos de maior agitação social, devido ao colapso das estruturas económicas e estatais no chamado Ocidente.

- Os povos, biliões de pessoas; já alguns milhões começam a ver o que se passa, graças às ações pacíficas de desobediência civil, desde os primeiros «lockdown» em 2020, passando pela resistência de cientistas e médicos íntegros, até às ações recentes de camionistas no Canadá (2). Estes protestos, potencialmente, podem vir a alastrar-se, sob esta ou sob outra forma, nos EUA e na Europa.

No pequeno vídeo acima, K. Schwab gaba-se de ter proporcionado o palco do WEF aos «Jovens Líderes»(ver PS1), e cita nomes de vários, incluindo o de Putin ... que depois lhe terá escapado. Ele (o fundador de Davos) conseguiu assim influenciar governos, colocando neles pessoas que lhe estão «devedoras» pela promoção que tiveram.

Não há dúvida que a luta total pela manutenção das nossas liberdades coletivas está a atingir um novo patamar. Note-se que a ofensiva dos globalistas, embora não derrotada, não está a correr-lhes como previsto. Eles têm pela frente dificuldades em impor a sua «mudança civilizacional» no «Ocidente» (o que inclui o Japão e Austrália, por exemplo).

Entretanto, uma boa metade do mundo, quer em área, quer em população, escapa-lhes completamente: Os países que não alinham com esta tomada de poder. São exatamente os mais diabolizados pelos porta-vozes do governo do EUA, da NATO e pela media corporativa: a Rússia, a China, o Irão...

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(1)https://www.infowars.com/posts/international-criminal-grand-jury-investigation-claims-psychopathic-globalists-used-covid-to-commit-crimes-against-humanity/

 

(2) https://www.armstrongeconomics.com/world-news/civil-unrest/the-sheep-awaken-thank-you-truckers/

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PS1: Veja aqui a lista de algumas celebridades dos Jovens Líderes Globais de Davos, treinados por Schwab:

Already in the first year, 1992, a number of highly influential candidates were elected. Among 200 selected were global profiles such as Angela MerkelTony BlairNicolas SarkozyBill GatesBonoRichard Branson (Virgin), Jorma Ollila (Shell Oil), and José Manuel Barroso (President of the European Commission 2004–2014).[1]

More examples of influential Young Global Leaders [2]:

Crown Princess Victoria of Sweden
Crown Prince Haakon of Norway
Crown Prince Fredrik of Denmark
Prince Jaime de Bourbon de Parme, Netherlands
Princess Reema Bint Bandar Al-Saud, Ambassador for Saudi-Arabia in USA
Jacinda Arden, Prime Minister, New Zeeland
Alexander De Croo, Prime Minister, Belgium
Emmanuel Macron, President, France
Sanna Marin, Prime Minister, Finland
Carlos Alvarado Quesada, President, Costa Rica
Faisal Alibrahim, Minister of Economy and Planning, Saudi Arabia
Shauna Aminath, Minister of Environment, Climate Change and Technology, Maldives
Ida Auken, MP, former Minister of Environment, Denmark (author to the infamous article “Welcome To 2030: I Own Nothing, Have No Privacy And Life Has Never Been Better”)
Annalena Baerbock, Minister of Foreign Affairs, Leader of Alliance 90/Die Grünen, Germany
Kamissa Camara, Minister of the Digital Economy and Planning, Mali
Ugyen Dorji, Minister of Domestic Affairs, Bhutan
Chrystia Freeland, Deputy Prime Minister and Minister of Finance, Canada
Martín Guzmán, Minister of Finance, Argentina
Muhammad Hammad Azhar, Minister of Energy, Pakistan
Paula Ingabire, Minister of Information and communications technology and Innovation, Rwanda
Ronald Lamola, Minister of Justice and Correctional Services, South Africa
Birgitta Ohlson, Minister for European Union Affairs 2010–2014, Sweden
Mona Sahlin, Party Leader of the Social Democrats 2007–2011, Sweden
Stav Shaffir, Leader of the Green Party, Israel
Vera Daves de Sousa, Minister of Finance, Angola
Leonardo Di Caprio, actor and Climate Activist
Mattias Klum, photographer and Environmentalist
Jack Ma, Founder of Alibaba
Larry Page, Founder of Google
Ricken Patel, Founder of Avaaz
David de Rothschild, adventurer and Environmentalist
Jimmy Wale, Founder of Wikipedia
Jacob Wallenberg
, Chairman of Investor
Niklas Zennström, Founder of Skype
Mark Zuckerberg, Founder of Facebook

(retirado de https://www.globalresearch.ca/latest-news-and-top-stories )









domingo, 27 de dezembro de 2020

OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA - PARTE IX


Relendo o escrito sob o mesmo título, o oitavo da série, publicado a 24 de Setembro deste ano, constata-se, pelo desenrolar dos acontecimentos, que eu não me enganei. 
Mas, isto não é nenhum mistério, não possuo poderes de divinação. Simplesmente, os factos estavam lá, diante de meus olhos, bem visíveis, nessa altura. Não é necessário ter-se uma bola de cristal! Basta não termos a vista embaciada por uma ideologia ou pela propaganda insidiosa, para correctamente vermos o presente.

«As previsões são muito difíceis de se fazer... sobretudo em relação ao futuro», como dizia alguém, um humorista-filósofo. 
Portanto, vou me cingir ao presente. 

O maior golpe de Estado de toda a história parece estar a desenrolar-se a preceito para seus planejadores e executantes. Mas, quem são eles? 

- São os mesmos para quem esta crise manufacturada, do COVID, representa um acréscimo considerável nos lucros. Apple, Google, Facebook, Netflix, Amazon, Microsoft, Tesla... são as grandes vencedoras deste jogo. As suas acções atingiram novos cumes, os índices da bolsa de Nova Iorque seriam negativos sem a sua participação. Além disso, esmagam qualquer hipótese de concorrência e obtêm contratos sumarentos com os governos (principalmente os dos EUA).

- Os outros vencedores são os grandes da indústria farmacêutica, na qual estão investidos multi- bilionários como os Bill Gates ou os Rockefeller. No caso das farmacêuticas, conseguem colocar as suas vacinas não testadas (Moderna, Pfizer, Astra-Zeneca...) ou os seus medicamentos de duvidosa eficácia (ex.: Remdesivir da Gilead), sem verdadeira supervisão dos organismos teoricamente independentes, presentes nos diversos Estados. Estes deveriam, em nome da Saúde Pública, controlar se os referidos medicamentos e vacinas se conformam ou não com as exigências necessárias para serem licenciados. Desde já, se pode afirmar claramente que não, nenhuma vacina está em condições de passar o teste para aprovação. Afinal, tal aprovação é obtida com o pretexto de uma «urgência», que não é mais que pressão exercida sobre políticos e agências que - teoricamente - deveriam ser independentes dos interesses das grandes farmacêuticas. Ainda por cima, os fabricantes de vacinas obtiveram «um passe livre», ou seja, estão isentos de quaisquer responsabilidades sobre acidentes decorrentes do uso de suas vacinas, não podem tais casos ser julgados em tribunal. As vítimas terão de recorrer aos Estados, sendo portanto eles - ou seja, nós todos, contribuintes - a pagar pelo que foi incompetência, ou desleixe, ou mão criminosa dos fabricantes... 

- No plano dos Estados e dos governos, a crise do COVID foi «um maná». Não de dinheiro, porém, pois ficaram numa situação de falência manifesta: os chamados estímulos à economia, são apenas impressão monetária, cujo benefício é para os muito ricos, apenas, indo inflacionar as bolhas de activos financeiros, com prejuízo para a economia real. 
Foi um maná, porque lhes permitiu por em prática técnicas de controlo de massas, que se atribuíam tradicionalmente aos regimes totalitários, em particular ao da China Popular. 
A introdução de tais técnicas foi «pacífica», raros foram os que apontaram os aspectos das mesmas, claramente violadores da legalidade, da constitucionalidade e da protecção dos direitos humanos. Porém, assiste-se à introdução de toda a espécie de controlo, por uma «polícia sanitária», associada à saturação «das ondas» com propaganda, já nem sequer disfarçada, ao ponto de ser impossível ouvir, ver ou ler, na media «mainstream», algo que contradiga a narrativa dominante. Em duas palavras, a democracia morreu.

- Os magnates e políticos que se reúnem entre eles, no Clube de Bilderberg ou no Fórum Mundial de Davos, parecem levar a cabo o seu jogo sem grande oposição. As oposições estão neutralizadas pelo medo, pela cooptação, ou pela influência de organizações ditas independentes, as NGO /ONGs - organizações não-governamentais - que fazem o jogo dos muito poderosos, financiadas pelas suas fundações (como NED - National Endowment for Democracy dos EUA, ou a Fundação para «uma Sociedade Aberta» de Georg Soros).

- Sabia-se, desde o princípio, a quem beneficiavam os tumultos levados a cabo por «Black Lives Matter» e «Antifa», sabia-se mesmo quem eram os seus financiadores. A existência de uma atmosfera de golpe de Estado, de revolta latente, contra o regime Trump, tinha de se revestir do aspecto duma revolta popular, mas as forças que estavam por detrás do palco, as que manobravam os manifestantes, não deixavam dúvidas sobre quais as causas profundas. O resultado eleitoral obtido por Joe Biden, depois do núcleo duro do partido democrata ter afastado os outros candidatos à presidência, que tinham algum laivo de esquerda, como Bernie Sanders ou Elizabeth Warren, foi o mais inexpressivo que dar se pode. Os apoiantes de Trump dizem que a eleição lhe foi roubada. Pode ser que tenham razão, mas... numa eleição, «não são os votantes que contam, são os que contam os votos*».

- No domínio geo-estratégico, a máquina de guerra dos EUA, só ou conjuntamente com seus aliados, reforçou ou intensificou a ocupação do Afeganistão, da Síria, do Iraque. As esquadras dos EUA sulcam os mares da China, bloqueiam o acesso de navios mercantes aos portos da Venezuela. Com apoio da vassalagem - NATO, etc -  intensificam manobras e provocações às fronteiras de países «inimigos» Rússia e China. Viveram-se em 2020 momentos só comparáveis às fases mais tensas da chamada Guerra Fria. 
De facto, esta nunca deixou de existir: Há um «partido», sempre presente dentro de ambos os partidos do poder nos EUA - Democrata e Republicano - que tem sido dominante: o «partido» que defende os interesses do complexo militar-industrial e advoga uma constante pressão, ou seja, provocações constantes, contra os inimigos, «com vista a que estes não se atrevam a tomar acções ofensivas», falando a linguagem deles.

- Temos agora situações de total inversão dos papeis: Os supostos anti-democráticos regimes de Putin e de Xi Jin Pin, avançam com soluções de paz, de redução da escalada militar, do armamento estratégico; os «democráticos» líderes do Ocidente, fazem o oposto e incentivam a subversão, «revoluções coloridas», às fronteiras ou dentro dos territórios adversários.

- Temos os líderes dos países dos BRICS, supostamente anti-liberais, a proporem maior abertura comercial, um entendimento básico para manter o livre comércio. Enquanto os líderes do «Ocidente», supostamente herdeiros da tradição liberal (tanto liberalismo político, como económico),  não param de erguer barreiras, de impor sanções (ilegais) e discriminar ou excluir empresas, sendo o caso da Huawei, apenas o mais visível. 

- Finalmente, no plano da economia mundial, os países ditos emergentes, são os que realmente já emergiram, pois tiveram uma recuperação rápida da sua produção, após a crise do COVID, como se verifica pelo crescimento da China e da Coreia do Sul. Enquanto europeus e norte-americanos, supostamente «desenvolvidos», estão a afundar-se a grande velocidade. 
É legítimo estranhar que, para esse afundamento do Ocidente, estejam a contribuir afinal os que detêm as rédeas da economia e do poder político. Porém, os oligarcas e seus mandatários políticos não são idiotas nem suicidas. Eles sabem que as economias dos seus países estão metidas num beco sem saída.
O montante das dívidas, sejam elas dos Estados, empresas ou famílias, atingiu e ultrapassou os níveis de solvência, ou seja, os níveis de endividamento em que as dívidas são pagáveis pelos devedores. Tal já não é o caso. Em vez disso, há uma fuga para a frente, uma impressão monetária desenfreada, que impulsiona bolhas especulativas, como nunca. 
O resultado disto será, com certeza, muito duro para «os de baixo» e, mesmo, para os «do meio». 

- O chamado Great Reset resume-se ao seguinte: 
Um plano destinado a eliminar as dívidas acumuladas, sem que a oligarquia perca muito, ou até, nalguns casos, consiga ganhar, pela ampliação do seu mercado, por exemplo. 
Por contraste, sabendo-se que os 99%, o pouco que possuem irão perder, os oligarcas e os governos ao seu serviço preparam o terreno: reforçam polícias, dotando-as de meios, torcem e retorcem as legislações, para que a repressão sobre os desapossados possa ocorrer, (se possível) com um semblante de legalidade. Para tal, também lhes interessa ter uma media totalmente escrava, ou seja, propalando um fluxo contínuo de «informação» que é, na realidade, condicionamento psicológico das massas. 

- Não acredito que as pessoas sejam estúpidas; podem estar desinformadas. Mas, muitas estão a acordar para a distopia em curso e compreendem que eles (os poderosos) só querem manter a passividade das multidões para continuar no poder. 
Acredito que este jogo dos poderosos é muito arriscado, pois não podem evitar que muitas pessoas e povos se revoltem, face às injustiças e ao agravamento da exploração e miséria, que eles estão a provocar, neste momento. 
Inclusive, acredito que haja pessoas, nos organismos de repressão do Estado, que percebem como estão a ser usadas contra suas próprias famílias, pelos globalistas /fascizantes. 

Esta ínfima oligarquia, agrupada em clubes, fórums, ONG's, fundações, empresas de «high tech» e de armamento e em diversos departamentos estatais, tem o intuito de se apropriar todos os recursos do planeta, mas só pode fazê-lo pela astúcia, pela corrupção de elementos políticos eleitos das nações. 

Ela tem uma agenda muito clara**, que conduzirá, caso a cidadania deixe, a um controlo das massas mais eficaz que as ditaduras totalitárias do passado. 

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*Uma afirmação correntemente atribuída a Stalin, mas nada permite afirmar que ele jamais a tenha proferido. A ideia é que o controlo do processo pós-eleitoral é determinante do resultado, ou seja, as eleições são falsificadas. Isso é que é determinante para o seu resultado...

**Quem tenha dúvidas sobre a veracidade da agenda da oligarquia mundial, veja o excelente documentário, saído a 15 de Janeiro de 2021, The New Normal.