Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

ENVOLVIMENTO DIRETO DA POLÓNIA E DOUTROS PAÍSES DA OTAN

        

ENTREVISTA DE «REDACTED» A JORNALISTA INDEPENDENTE, QUE TEM ACOMPANHADO O CONFLITO NO TERRENO NA UCRÂNIA E POLÓNIA


 O secretário-geral da OTAN afirmou: «Uma derrota da Ucrânia, seria uma derrota da OTAN». 
Isso é bem claro agora, pois eles, da OTAN, estão a fazer uma intervenção direta, com tropas disfarçadas de «voluntários». Cerca de 1200 soldados polacos (pelo menos) terão morrido em combate, na Ucrânia. Isto significa que a Polónia deve ter na Ucrânia a combater, pelo menos, o equivalente a duas divisões. 

Muito do material enviado pelos Ocidentais, é demasiado sofisticado e exige uma aprendizagem de meses para poder ser usado corretamente, logo terá de ser operado por soldados da OTAN, transformados para a ocasião, em «voluntários».  Ou, não é utilizado, mas tem servido para negócios. Na entrevista, cita-se declarações do Presidente do Níger, que afirmou terem sido detetadas armas vindas da Ucrânia, dadas por países da OTAN que só podem ter chegado ao Mali e outros países de África central, através de tráfico ilegal de armas. O valor em dólares das armas que os países da OTAN enviaram para a Ucrânia, ultrapassa o valor total do orçamento militar russo. Os sistemas de vigilância e espionagem por satélite dos EUA e de outros países da OTAN, têm servido para localizar e guiar os mísseis ucranianos para alvos na Rússia.

A população ucraniana é completamente desprezada pelo seu próprio governo; aconselham-na a refugiar-se nos países limítrofes. A Polónia está a sofrer um colapso de suas estruturas de saúde e de assistência social, devido à onda de refugiados vindos da Ucrânia. Não se fala dos 1,5 milhões de refugiados, na maioria, mulheres com crianças pequenas. Na Polónia,  a realidade quer da guerra, quer dos refugiados, não é dada a conhecer realmente ao povo, por causa da censura dos media. Mesmo assim, percebe-se que a maioria dos polacos esteja contra a guerra, apesar de campanhas anti-russas, explorando sentimentos nacionalistas tacanhos.

PS1: Sobre estratégia militar ver/ouvir o Coronel US, Douglas Mc Gregor

PS2: John Helmer publica hoje um artigo no seu blog em que dá conta da opinião de Danilov, um membro da equipa governante em Kiev, que admite que se está a tentar obter um acordo para uma zona desmilitarizada, na Ucrânia. 

5 comentários:

Manuel Baptista disse...

O blog «Moon of Alabama» tem-nos dado resumos bastante precisos e rigorosos da situação militar no terreno, no Donbass:
https://www.moonofalabama.org/2023/01/ukrainian-defense-lines-and-what-happens-when-they-are-breached.html#more

Manuel Baptista disse...

https://www.unz.com/mwhitney/is-biden-being-blackmailed-to-send-us-combat-troops-to-ukraine/

Mike Whitney põe a hipótese de Biden estar ser chantageado com a questão dos documentos confidenciais que ele (quando era vice-presidente) manteve em sua posse, em locais tão pouco seguros como uma garagem. Claro que não fizeram isso com a história do laptop de Hunter Biden, seu filho, bem mais grave pois envolvia colaboração entre pai e filho para obterem dinheiro de variadas pessoas, incluindo empresários chineses com ligações ao PC Chinês.
Então, põe-se a hipótese de Biden estar a ser pressionado/chantageado para envolver mais diretamente tropas americanas no conflito da Ucrânia. A acontecer isso, seria realmente a IIIª Mundial em pleno, com todas as probabilidades de degenerar em holocausto nuclear.

Manuel Baptista disse...

33 anos como correspondente, John Helmer, deve saber mais da Rússia do que muitos que estejam a ler esta nota. Pois bem, como uma espécie de balanço de Natal, no seu estilo humorístico e profundamente humano, escreveu uma peça de história contemporânea notável. Leiam:

http://johnhelmer.net/what-to-give-hitler-this-christmas/#more-70443

Manuel Baptista disse...

Veja o trágico desfecho que tem o «nacionalismo étnico» por oposição a um nacionalismo eclético ou civismo (a nação como construção política, defendido pelos revolucionários desde os tempos da revolução francesa). O caso triste e trágico e os antecedentes nacionalistas das forças que estão hoje no poder na Ucrânia:
http://thesaker.is/ukrainian-nationalism-as-a-cold-war-weapon/

Manuel Baptista disse...

É como se o governo ucraniano tivesse meio de chantagear os líderes europeus!
https://consortiumnews.com/2023/01/24/scott-ritter-the-nightmare-of-nato-equipment-being-sent-to-ukraine/