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terça-feira, 26 de dezembro de 2023

ENORME BURACO ESCURO FORMOU-SE NO SOL - ESTAMOS NUM MÍNIMO SOLAR

Por Martin Armstrong

https://www.armstrongeconomics.com/



                      Fig.1: Progressão das manchas solares



Um Enorme Buraco Escuro abriu-se à superfície do Sol, emitindo feixes de radiações em rajadas, incomuns, conhecidas como vento solar, em direção à Terra. O tamanho do buraco temporário é maior do que o diâmetro de 60 Terras, e é fora de vulgar neste estádio do ciclo solar. Este fenómeno, conhecido como buraco coronal, iniciou-se próximo do equador solar em 2 de Dezembro e atingiu o seu máximo de diâmetro com cerca de 800 000 quilómetros, dentro de 24 horas. Desde 4 de Dezembro, o vórtex solar tem estado a apontar diretamente para a Terra. Os cientistas predisseram inicialmente que este mais recente buraco poderia desencadear uma tempestade eletromagnética moderada, a qual poderia causar «blackouts» de rádio e fortes manifestações de auroras boreais. Os ventos solares têm sido menos intensos do que previsto, pelo que a tempestade resultante foi pouco intensa.

Na maior parte da sua história, a ciência acreditava que a radiação solar era constante. Acabaram por constatar que existe um ciclo dinâmico, que pulsa como o nosso coração, de tal maneira que o Sol não poderia existir sem um regular efluxo de energia. Menos um grau e iria extinguir-se por si próprio. Trata-se dum fenómeno cíclico de subida e descida de intensidade.

      Fig.2: Número de manchas solares ao longo do tempo  

O próprio ciclo de onze anos de manchas solares, vai-se intensificando, alcançando um «grand maxima» e um «grand minima» num intervalo de 300 anos. O último grand maxima foi alcançado em 1958, após o que, o Sol tem estado a ficar mais calmo, progressivamente.  Verifica-se a diminuição da atividade de formação de manchas solares mais abrupta em 9300 anos, mas os «zelotas das mudanças climáticas» recusam reconhecer estes padrões naturais cíclicos do clima. 

O último mínimo da Maunder, durante o qual o Sol emitiu menos energia durante setenta anos, ocorreu de 1645 a 1715 quando a luminosidade do Sol diminuiu e o número de manchas solares foi diminuto. De facto, menos de 50 manchas solares foram observadas num intervalo de 28 anos. Houve partes da Terra que ficaram tão frias, que este período foi designado por «Pequena Idade do Gelo» e durou cerca de 1300 a 1850. Note-se que um Mínimo Solar não significa que o Sol se torne mais frio, mas antes que ele muda. Ao mesmo tempo que as manchas solares vão diminuindo, entramos num Mínimo Solar.

 Fig. 3: ciclos glaciares e interglaciares

Os órgãos de comunicação, propriedade e geridos por globalistas, continuam a promover a ideia de que estamos num período de Máximo Solar que, supostamente, teria começado em 2019. Porém, tem havido diminuição das manchas solares, desde 2018. É extremamente raro buracos coronais se desenvolverem, no  período de um Máximo. Além disso, os cientistas, pagos para produzir estudos promovendo a «agenda verde», nunca olham para dados anteriores ao ano de 1850.

O nosso modelo indicava que estávamos a entrar num Grande Mínimo Solar, começando em 2020 e que este irá durar até à década de 2050. Isto irá resultar em diminuição do magnetismo, diminuição na produção de manchas solares e uma menor radiação ultravioleta atingindo a Terra. Tudo isto significa que estamos face a um período de arrefecimento global no Planeta, que pode durar entre 31, a 43 anos.


Segundo a análise unidimensional corrente, promovida pela falange da mudança climática, os recentes verões quentes significam aquecimento global. Eles desprezam completamente que a volatilidade aumenta, quando as mudanças se tornam mais extremas. Nesta semana, o meu condado na Flórida emitiu um aviso de meteorologia, alertando  para temperaturas próximas da congelação. Nesta última véspera de Natal, as temperaturas desceram para valores de formação de gelo. De facto, grande parte desta área  é agora considerada subtropical, em vez de tropical, pois as temperaturas noturnas ocasionalmente proporcionam a formação de gelo.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

ECOLOGIA: MITOS E REALIDADES

 Tenho estado a acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos da chamada «revolução verde» embora não tenha muitas vezes escrito sobre o assunto, mas hoje farei um esforço:

Devo dizer que sou profundamente ecologista, no sentido de preservar a biodiversidade, de permitir a integração dos povos e culturas num modo de vida não destruidor e aceito que a civilização tecnológica que temos não é resposta, pois ela está na base de inúmeras agressões, tanto a seres humanos (que muitos «ignoram», porque ocorrem no «Terceiro Mundo»), como ao ambiente.

As derivas do capitalismo «verde» são baseadas nas ilusões de que se pode obter energia «limpa», em quantidade suficiente para as pessoas (pelo menos no Mundo dito desenvolvido, afluente) continuarem a viver num nível de conforto semelhante ao de hoje. Estas ilusões propaladas, são mentiras intencionais: Quem as propala, incluindo indivíduos com prestigiosas carreiras e títulos académicos elevados, estão conscientes de que estão a relatar as questões de modo enviesado, isto é, a fazer propaganda. São pessoas que mascaram a preocupação com seu próprio emprego, com uma preocupação fictícia com o ambiente.

A questão da emissão humana do CO2 para a atmosfera já foi tratada neste blog em vários artigos. Eu irei apenas aqui sublinhar que tudo está errado, nos que advogam como causa fundamental do aquecimento ou efeito de estufa, o factor antropogénico. 

Pois esse tal efeito existiu desde os primeiros tempos da Terra, há biliões de anos, sendo que os períodos onde o CO2 atmosférico era mais elevado, também são os da maior produção de biomassa total. Por isso, esse excedente de biomassa das florestas do Carbonífero, passados muitos milhões de anos, fornece-nos grande parte do carvão e petróleo que é explorado, hoje em dia.  

Segundo, as medições do CO2, a partir de métodos e de aparelhos com uma sensibilidade e fiabilidade mínimas, só ocorreram a partir da segunda metade do século XIX (cerca de 1880). Os que defendem um aumento do CO2 paralelo ao aumento do efeito de estufa, fazem-no a partir duma janela de observação e registos demasiado estreita para abarcar os fenómenos à escala geológica (centenas de milhares de anos ou mesmo milhões de anos). Pelo contrário, existem métodos, hoje bem desenvolvidos, que são muito fiáveis dentro de determinada janela temporal, desde que os registos sejam corretamente efetuados e acompanhados por rigorosa calibração: 

- Na janela temporal de séculos, temos a espessura dos anéis de crescimento das árvores. Pode dar-nos a ideia de estresses que, num momento, essas árvores tiveram; se houve um período de arrefecimento, a acumulação de nova biomassa pelas plantas será menor e isso reflete-se na menor espessura dos anéis de crescimento. 

- Na escala dos milhares de anos, temos vários métodos usando isótopos radioactivos, 14C, ou não radioactivos, como o 13C e outros elementos, que se têm mostrado muito úteis. 

- Temos os estudos dos paleontólogos, com fósseis  das faunas e floras dos períodos anteriores ao Holocénico (o período geológico mais recente, que nos inclui enquanto espécie), que nos revelam quais as condições gerais e particulares dos ambientes em que viveram estes seres vivos (cobrindo cerca de 500 milhões de anos), permitindo inferir os intervalos de temperaturas a que esses animais e plantas estavam adaptados. 

- A astronomia reconhece os ciclos de Milankovitch, que estão relacionados com as Glaciações, onde cada ciclo dura em média cerca de 40 mil anos. 

Todas estas metodologias, utilizadas pelos cientistas climáticos, permitem extrair dados concretos. Estes têm sempre de ser trabalhados, calibrados, mas são imprescindíveis. Estas investigações sérias e multidisciplinares, dos climatologistas e de outros cientistas associados, apontam para fatores múltiplos, de ponderação difícil - não para uma «linearidade» - para dar conta de fenómenos de aquecimento ou de arrefecimento globais. Não tem qualquer cientificidade afirmar-se que aumentos de dióxido de carbono na atmosfera, são «o fator mais importante» do «aquecimento global». Mas, os «cientistas da treta» costumam ocultar o que não lhes convém, ou chegam a dar uma interpretação falsa de qualquer fenómeno que venha contradizer a sua teoria. 

O mais vulgar é passarem sob silêncio aquilo que eles não podem explicar; como, por exemplo, o registo por organismos científicos australianos do aumento dos recifes de corais, que deveriam exatamente ter o comportamento oposto, caso as teses desses ideólogos falsamente científicos fossem comprovadas. 

Apenas quis dar, acima,  uma pequena amostra. A media mainstream tem sido responsável de muito alarido, pois ela «vende notícias» e as notícias alarmistas são as que despertam mais curiosidade no leitor (quantos mais leitores, mais publicidade paga o jornal ou o site terá e poderá cobrar mais por ela).

A terrível estupidez que significa estarmos na orla de grandes catástrofes humanas, ou causadas pelos humanos, é adensada pela estupidez suplementar das pessoas responsáveis, com visibilidade mediática, estarem a embarcar numa campanha sem sentido, pelo abandono das outras formas de energia, que não sejam as chamadas energias «renováveis», quando se sabe que a capacidade total de armazenamento de energia nas baterias de lítio que são produzidas, é muito limitada; e sabendo que estas baterias precisam de energia fóssil para serem construídas e recarregadas. Pelo menos, no presente e no futuro próximo, as soluções propostas não estarão à altura das necessidades.

Além do mais, os chamados recursos «renováveis», não o são, segundo a ótica global do custo total energético e no aspeto da salvaguarda do ambiente (que é fundamental). Com efeito, esta salvaguarda implicaria serem inteiramente recicláveis os seus componentes: Na verdade, tanto os painéis solares fotovoltaicos estragados, como as paletes de eólicas em desuso, são deixados a apodrecer em «cemitérios» . Os componentes não são reciclados, porque as operações de reciclagem não são rentáveis. Mas, não há problema; estes lixos causam danos ambientais nada desprezíveis, mas estão longe da vista das pessoas!

Tristemente, as pessoas responsáveis pelas consequências catastróficas de tais decisões «verdes» não serão chamadas à responsabilidade, em tribunal. Tal é o mecanismo da alienação e corrupção nas sociedades ditas «evoluídas», que são apenas evoluídas na hipocrisia. Basta pensar que Julian Assange*... Ele é mantido sob prisão arbitrária, sem ter feito qualquer crime, mas porque reportou o que o Império tem feito, com as suas tropas e seus torturadores, nos países que ocupou; no  Afeganistão e no Iraque, principalmente.

Outro exemplo: a crise global de segurança e o risco de alargamento da guerra não alarmam a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, dirigente do partido ecologista: Mas, a crise ecológica é decuplicada em qualquer cenário de guerra, mesmo nas guerras «confinadas». A guerra é a situação mais desfavorável, em termos ambientais: Provoca a rutura nas vidas humanas, a desarticulação da sociedade, o agravamento dos problemas ambientais, que podem ir até à destruição completa e irreversível de habitats naturais. Isto, para não falarmos da guerra generalizada, que se tornaria nuclear e potencialmente causando a extinção de todas as formas de vida (e da nossa espécie, obviamente). Pois esta ministra alemã é o mais pró-guerra que se possa conceber!

Conclusão: Eu poderia continuar, traçando um panorama mais completo. Há imensas situações onde aparecem flagrantes contradições entre o discurso do poder e sua prática real, em defesa do ambiente. Mas isso está para além das minhas capacidades. De qualquer maneira, vários autores têm feito essas críticas. Mas, como existe a barreira da censura/autocensura nos grandes media, tem sido torpedeado de todas as maneiras levar este debate ao grande público. 

É assim que os «grandes» ganham; eliminam à partida - da praça pública, que hoje em dia são os grandes media -  todos aqueles que tenham capacidade e vontade de pôr em causa as suas políticas. Na verdade, estamos num novo tipo de totalitarismo, em que as pessoas «comuns» pensam que estamos em «democracia», mas em que apenas resta a imagem mais superficial, a mera aparência, não a substância. Para que esta situação mude, é necessário que o povo deixe de confiar automaticamente em tudo o que lhe dizem, deixe de se comportar de forma passiva em relação à informação. Existem exceções, às quais os leitores deste blog provavelmente pertencem, mas insuficientes para obrigar à transformação qualitativa do modo como circula a informação e sobre o acesso ao debate por parte daqueles cujos pontos de vista são não conformes aos do poder.

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*Veja AQUI sobre luta para desmascarar a «justiça»  do R-U. , Suécia e EUA, no que toca a extradição de Assange para os EUA.



domingo, 7 de agosto de 2022

RECIFES DA GRANDE BARREIRA DE CORAL AUSTRALIANA EM CRESCIMENTO


https://dailysceptic.org/2022/08/04/massive-coral-growth-at-the-great-barrier-reef-continues-to-defy-all-the-fashionable-doomsday-climate-predictions/

 Saturaram o espaço informativo com notícias alarmistas sobre o Clima do Planeta. Um dos tópicos mais comuns era a irremediável morte desses grandes santuários de vida dos oceanos que são os recifes de corais, supostamente por causa do «Efeito de Estufa». 

Apresento aqui, mais um exemplo de falsidade dos discursos da media e seu cúmplice silêncio, quando existem factos que contradizem a narrativa (a «doxa»), factos relatados por entidades científicas sem qualquer espécie de «preconceito»: Simplesmente omitem-nos, ou relegam estes para posições o mais escondidas possível, que é uma maneira hipócrita de se auto- censurarem.

Não sei que media  convencional transmitiu - se é que alguma o fez - o facto importante de que os maciços de corais, na Grande Barreira da Austrália e noutras paragens, estão em crescimento. Tenho a certeza que poucos leitores tiveram oportunidade de o saberem.





Como podem ver, os gráficos que acompanham o artigo CRESCIMENTO MASSIVO DOS CORAIS NA GRANDE BARREIRA, têm a chancela do governo australiano. Trata-se, portanto, de organismos de pesquisa que pertencem ao governo. Não poderia ser algo mais oficial. Porém, as informações relevantes são «ignoradas» pelos falsos ecologistas, cultores da nova «religião» das «Alterações Climáticas»: Tudo o que contrarie a sua narrativa, ou que tenha outra explicação racional, científica, baseada em dados, sobre alterações do clima, é simplesmente ignorado, pois assim não têm o «incómodo» de debater estes factos. É o clássico «varrer para baixo do tapete»: trata-se de ocultar, para não ter que dar explicações, ou dados concretos, que enfraqueçam a narrativa. A narrativa mítica segundo a qual, a exclusiva ou principal causa do aquecimento climático global é devida ao aumento antropogénico do CO2.

Consulte aqui, clicando no título do artigo de 04 de Agosto, de Chris Morrison: 

Massive Coral Growth at the Great Barrier Reef Continues to Defy all the Fashionable Doomsday Climate Predictions

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PS1: Os mares, os oceanos, são importantes reservatórios para armazenar o CO2. Uma parte importante é capturada pelas miríades de seres planctónicos que povoam as águas. O calcário que se deposita nos fundos marinhos é formado, essencialmente, por esqueletos (exo- esqueletos) de seres planctónicos, na maior parte microscópicos. A agressão permanente devido a poluição química, (Plásticos, minerais tóxicos, incluindo Mercúrio, etc.) e orgânica (ex: os derrames de petróleo e os milhões de toneladas de dejetos lançados ao mar, sem tratamento) têm um impacto muito negativo no ecossistema oceânico, em particular, na sua base (o plâncton). Quanto à sobrepesca, ela é responsável pela extinção ou quase extinção de espécies, pelo empobrecimento da cadeia trófica nos mares, resultando em desequilíbrios. De tudo isto, o resultado final é a diminuição do turnover na circulação planetária de elementos, entre eles o carbono. Todos estes fatores são bastante graves. São responsáveis pela significativa diminuição da capacidade em capturar e armazenar o CO2, nos oceanos. 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

VARIABILIDADE SOLAR E CLIMA


PARA UMA INTRODUÇÃO GERAL SOBRE CLIMATOLOGIA PELA PROFª. JOANNA D. HAIGH (Física que estuda os registos de temperaturas, a circulação oceânica e o aquecimento global) consulta o video abaixo:


A climatologia é uma ciência complexa, que tem beneficiado dos avanços em astronomia, geologia, em tecnologia de satélites artificiais e noutros domínios associados.

A professora Haigh, do Imperial College, apresenta o básico da sua ciência de modo claro e inteligível para  não iniciados. [Quem entende o inglês falado pode captar bem o que ela diz; a sua dicção é boa.]

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O MEDO, INSTRUMENTO DOS PODEROSOS

                       Image result for fear psychosis

Medo de perder o emprego
Medo de ser assaltado(a) na rua
Medo de apanhar doença contagiosa
Medo do futuro
Medo de se enganar
Medo do ridículo
Medo de falhar
etc,etc.

                                             

Todos estes medos são usados como ingredientes, num ou noutro cocktail de notícias, que nos é servido, num fluxo ininterrupto, pelos media. Aquilo que «vende», em termos noticiosos, é o que causa mais medo, mais espanto, mais receio... 
A psicose colectiva do «aquecimento global», psicose induzida em larga escala pelos próprios poderes globalistas, é o exemplo máximo dessa infusão de medo nas pessoas. 
Também para uma esquerda completamente destituída do sentido de emancipação da classe trabalhadora, das suas próprias raízes, a luta contra o aquecimento global surgiu como uma (mais uma) bóia de salvação. Sabemos como ela se tornou órfã do socialismo estatal, após implosão da URSS, da conversão da China popular, sob a batuta do Partido Comunista  da China, no maior explorador de mão-de-obra barata e apologista do capitalismo mais desenfreado, ou quando os movimentos de libertação, desde Angola até ao Vietname, passaram - num espaço de tempo muito curto -  de celebrados, a celerados
Repare-se que a histeria com a «guerra global contra o terrorismo» abrandou temporariamente, ou ficou em segundo plano, embora se continue a registar atentados terroristas quotidianamente no Médio Oriente, ou noutras zonas, mas que não são notícia de primeira página, pois não pertencem ao «mundo desenvolvido». 
A casta política sabe, perfeitamente, que precisa que o medo nas pessoas atinja um paroxismo, de tal maneira que estas se conformem e aceitem o irracional, não porque se tornou de repente racional, mas porque «todos» têm o mesmo discurso.
E assim, mesmo antes duma sociedade totalitária se instalar, criam-se as bases do Estado totalitário, o totalitarismo «soft». Repare-se na generalização, sob pretexto da segurança e combate ao crime, da vigilância contínua, da digitalização em massa dos rostos e outras características, graças a algoritmos de reconhecimento automatizado, a impossibilidade de se estar num espaço público de uma grande cidade sem se ser filmado por câmaras de vigilância, de tal modo que ficam captadas imagens que poderão ser repescadas em qualquer momento... As recolhas maciças de dados de conversações telefónicas ou e-mails, no mundo inteiro (pela NSA e por outras agências), armazenadas em super computadores, que servem para moldar as estratégias dos poderes globais.
Alguns «Robin Hood», lançadores de alerta, como Julian Assange ou Edward Snowden, são apresentados com as cores mais carregadas possíveis pelos media, como se a missão destes fosse o apoio à propaganda do poder (na realidade, eles transformaram-se nisso mesmo). Nunca se coloca a questão do conteúdo daquilo que os lançadores de alerta revelaram, esta parece ser a regra da «informação» ao público.

Manipula-se o medo nas pessoas mas, igualmente, induz-se ao indiferentismo, submergindo-as numa catadupa de notícias, apresentadas com idêntico destaque, como se fossem equivalentes em importância. O objectivo é exactamente esse mesmo; as pessoas darão mais importância a um caso pontual, um fait-divers, muitas vezes envolvendo uma «celebridade» qualquer, sobretudo se tiver conotações de sórdido, de sexual, de imoral, etc... Assim, não irão captar a importância doutras notícias, que poderão ter muito mais a ver com elas próprias, com o seu futuro, ou que poderão ser exemplos de acções contra os poderosos... 

A máquina repressiva, por um lado, e a constante monitorização das mentes, por outro, já estarão montadas, quando houver a «descida aos infernos» da próxima crise económica e financeira global do capitalismo, o que vai brevemente acontecer (ou está já acontecendo). Os defensores do status quo, a minoria de 1% da população, detentora do monopólio dos meios de comunicação de massas e de coerção, vão tudo fazer para que a transição seja em seu benefício, para maior controlo sobre os mais pobres, para um reforço da riqueza e poderes da classe oligárquica, dentro de cada país e internacionalmente. 

No entanto, existem sempre variáveis que eles - os globalistas - não controlam, existe sempre uma parte da realidade que é aleatória, ou não determinista... Tenho alguma esperança, que as suas utopias regressivas (distopias), sejam desfeitas, no médio-prazo e que apenas tenham lugar nos livros de História, sobre as primeiras décadas do século XXI.