Comentário de Caitlin Johnstone: http://www.informationclearinghouse.info/51608.htm
Mostrar mensagens com a etiqueta Assad. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Assad. Mostrar todas as mensagens
quinta-feira, 16 de maio de 2019
sábado, 14 de julho de 2018
NÃO EXISTE MEDO MAIOR PARA OS GLOBALISTAS DO QUE A PERSPECTIVA DE PAZ
Basta ter escutado a ladaínha da media ao serviço dos grandes interesses globalistas, a propósito da caminhada de pacificação entre os EUA e a Coreia do Norte para se perceber que, de facto, o que eles mais temem é a paz.
A paz tem muitos inconvenientes para os aspirantes a gestores da nova ordem mundial, do governo global, supostamente a mais benigna supervisão (para não dizer ditadura) dos assuntos internacionais pela benévola, indispensável e democrática entidade...
A paz tem muitos inconvenientes para os aspirantes a gestores da nova ordem mundial, do governo global, supostamente a mais benigna supervisão (para não dizer ditadura) dos assuntos internacionais pela benévola, indispensável e democrática entidade...
De facto, o Presidente Trump, não sendo um subversivo da ordem mundial, representa um conjunto de interesses contrários - nos EUA - a uma ordem mundial globalista, que foi muito fielmente servida por Obama e Hillary Clinton.
O que se tem vindo a revelar como um golpe de teatro de que ele é especialista, foi a sua atitude ameaçadora aos parceiros da NATO, dizendo aos outros países ou pagam mais ou então... Por um lado, por outro, desenvolvendo toda uma série de acordos discretos sobre a retirada das tropas estrangeiras na Síria, principalmente o arranjo de que as forças anti-Assad iriam ser abandonadas em troca da garantia dos russos de que conseguiam convencer o seu aliado sírio a dispensar o auxílio do Irão. Este, por seu turno já afirmou publicamente que no momento em que o governo sírio manifestar o desejo de ver partir os «conselheiros» iranianos estes assim o farão sem demora. Se tal vier a concretizar-se, o exército israelita permitiria reocupação pelo exército sírio da zona adjacente do território sírio dos montes Golã, ocupado por Israel desde a guerra de 1967.
Esta será, sem dúvida, uma das questões cujos pormenores serão debatidos na cimeira de Helsinquia.
Outro dos assuntos tem a ver com a instável e insustentável situação da Ucrânia. O regime não tem capacidade de se auto-sustentar. Tem violado consistentemente os acordos de Minsk, deitando sempre as culpas para os «russos» e as repúblicas separatistas do leste. O Ocidente todo está farto e saturado desta situação. Do lado alemão já houve um levantar da ponta do véu, adiantando que os países ocidentais poderiam levantar as sanções contra a Rússia, se houvesse um acordo geral sobre a Ucrânia, no qual haveria o reconhecimento da reentrada da Crimeia na Federação Russa (da qual foi arbitrariamente separada, e oferecida à Ucrânia, então uma das repúblicas soviéticas, durante o consulado de Krutchov- um ucraniano - em 1954). Penso que a contrapartida seria a aceitação pela Rússia do estacionamento de tropas da NATO na Ucrânia ocidental, até se chegar a uma solução negociada dos territórios separatistas do Leste (Lugansk e Donetsk).
A resolução de grandes questões estratégicas e de segurança, envolvem muito mais pontos, havendo interesse de um e outro lado em trazer para casa resultados tangíveis, mais do que belas palavras e fotos conjuntas dos dois presidentes a apertarem as mãos.
Porventura, os mais significativos passos poderão ser a consequência do restabelecimento dos canais de diálogo permanente entre as duas potências, cuja ausência tem afectado negativamente as relações Russo-Americanas.
Veja-se, a este propósito, a esclarecedora entrevista dada pelo ministro dos negócios estrangeiros Lavrov, a Larry King, de RT:
Porventura, os mais significativos passos poderão ser a consequência do restabelecimento dos canais de diálogo permanente entre as duas potências, cuja ausência tem afectado negativamente as relações Russo-Americanas.
Veja-se, a este propósito, a esclarecedora entrevista dada pelo ministro dos negócios estrangeiros Lavrov, a Larry King, de RT:
Labels:
acordos de Minsk,
Assad,
Coreia do Norte,
Crimeia,
Donetsk,
Helsínquia,
Hillary Clinton,
Irão,
Israel,
Larry King,
Lavrov,
Lugansk,
montes Golã,
NATO,
Obama,
Rússia,
separatistas,
Síria,
Ucrânia
sábado, 20 de janeiro de 2018
ESTADO ISLÂMICO, INSTRUMENTO DE TERROR IMPERIAL
A guerra dita contra o «terror» foi um instrumento de dominação, planeado e executado pelos neocons, no aparelho de Estado (o chamado «Estado profundo») dos EUA.
Mas, a partir da década de 2010, essa guerra «contra o terror» já estava claramente perdida com as derrotas humilhantes no Afeganistão e no Iraque, da maior superpotência que jamais infectou o planeta.
Assim, as «luminárias» da administração Obama, aproveitando a onda de contestação nos países árabes da orla do Mediterrâneo (Tunísia, Egipto, etc) produzida por um empobrecimento das pessoas e a manutenção de regimes corruptos e autoritários, desencadeia a operação chamada «primavera árabe».
Esta consistia em utilizar, nestes países, os elementos radicais islamitas, em geral de obediência sunita, onde a sociedade secreta, a Fraternidade Muçulmana, tinha muita força.
F. W. Engdahl descreveu tal jogada, ocorrida durante a passagem de Hilary Clinton pelo Departamento de Estado dos EUA, pelo que não irei aqui desenvolver o assunto.
Basta recordar que, muito antes de Trump, por volta de 2014, já era completamente claro o papel desastroso que esta política representava para o conjunto das nações do Médio Oriente.
Com efeito, esta política, começada com a guerra terrorista contra a Líbia, continuou com a exportação dos Jihadistas usados como elementos no derrube do regime de Kadafi (em particular em Benghazi) para a guerra «civil» Síria.
Esta guerra «civil» foi claramente insuflada do exterior, numa coligação operacional que envolvia Israel, a Arábia Saudita e os Emiratos (nomeadamente o Quatar, proprietário da cadeia de tv internacional Al Jeezira), assim como os aliados / súbditos da NATO (Turquia, França, Alemanha, Grã Bretanha...).
Mas esta guerra «civil» também não estava a correr bem:
O regime de Damasco, em vez de ser derrubado, estava-se consolidando e começou a ser apoiado militarmente pela Rússia. Esta decidiu ir em socorro do seu aliado sírio, para contrariar estrategicamente a expansão da «Jihad» no seu território. Lembremos as Repúblicas de maioria muçulmana, da Federação Russa no Cáucaso, não apenas a Chéchénia, e das minorias muçulmanas presentes em muitas outras partes da Federação Russa.
O regime de Damasco, em vez de ser derrubado, estava-se consolidando e começou a ser apoiado militarmente pela Rússia. Esta decidiu ir em socorro do seu aliado sírio, para contrariar estrategicamente a expansão da «Jihad» no seu território. Lembremos as Repúblicas de maioria muçulmana, da Federação Russa no Cáucaso, não apenas a Chéchénia, e das minorias muçulmanas presentes em muitas outras partes da Federação Russa.
Para contrariar a influência russa no Médio Oriente, o presidente Obama e seus conselheiros arriscaram montar uma «Segunda Al Quaida». A primeira, com Osama Bin Laden, foi também organizada pelos serviços secretos americanos, durante a luta contra a URSS, no Afeganistão. O resultado fatal e trágico é que, tal como os monstros do tipo «Frankenstein», estas organizações terroristas sempre escapam ao seu criador.
A segunda Al Quaida foi baptizada ISIS (mas este nome não era conveniente, pois idêntico ao acrónimo oficial, em inglês, dos serviços secretos de Israel). Depois, o seu nome foi resumido para «IS» (Islamic State) ou Estado Islâmico (ou Daech).
Esta força consistia numa reunião heterogénea de mercenários jihadistas, equipados, treinados e financiados pelos serviços secretos dos EUA e diversos Estados vassalos (Turquia, Arábia Saudita, Quatar, Jordânia...).
Esta coligação manteve, durante algum tempo, o jogo duplo, de combater formalmente o Daesh, enquanto lhes fornecia equipamento e abastecimento necessários para a continuidade da guerra contra Assad, na Síria, o regime que o «Ocidente» queria a todo o custo derrubar.
Cabe aqui reflectir no que seria hoje em dia o Médio Oriente, se estas ambições dos imperialistas se tivessem concretizado:
- Estaríamos perante um Califado, a estender-se desde Bagdad até a Damasco. Este Califado seria de obediência fundamentalista islâmica. As minorias, árabes ou não, muçulmanas, cristãs, ou outras, seriam impiedosamente sujeitas a «limpeza étnica» (exactamente como fizeram no Kosovo com a minoria sérvia ortodoxa). Mesmo os muçulmanos não sunitas radicais (existem grandes minorias Chiitas, Alauitas, etc.) seriam submetidos, num reino de terror, como aconteceu nas zonas e cidades (Mossul, Raqqa, etc,) sob controlo do ISIS.
Não se deve esquecer que sejam eles designados por Al Quaida, Estado Islâmico, etc. são fundamentalmente a mesma coisa:
- uma organização de mercenários, fanatizados na versão mais fundamentalista do Islão.
Apesar da aparente modificação (apenas retórica?) da doutrina oficial de «defesa» nacional dos EUA da era Trump, o facto é que estes continuam a apoiar estes grupos e agora planeiam usá-los* de modo encoberto, nas repúblicas (ex-soviéticas) da Ásia Central, que têm fronteiras com a Rússia e a China, com o claro propósito de colocar em cheque a Nova Rota da Seda. Desestabilizando estes vastos territórios, tanto no interior da China e Rússia, como nos Estados fronteiriços, os imperialistas continuam a apostar na política de guerra-fria, afinal mais e sempre mais guerra.
Além do sofrimento das populações destas regiões, tais políticas podem desencadear uma guerra mundial entre superpotências.
(*)
Labels:
Al Quaida,
Ásia Central,
Assad,
Cáucaso,
China,
DAESH,
Estado Islâmico,
guerra fria,
Hillary Clinton,
IS,
ISIS,
Jihad,
Kadafi,
Kosovo,
Obama,
Rússia,
Síria,
Tchechénia,
Trump
Subscrever:
Mensagens (Atom)