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terça-feira, 13 de junho de 2017

A CIBERGUERRA E A INSTRUMENTALIZAÇÃO DO TERROR


O absurdo disto tudo é que muitas pessoas estão ainda em estado de negação psicológica (denial). Recebem estas informações, mas não conseguem descolar da narrativa governamental. Porém, tudo o que diz este notável video não apenas é real, como também está perfeitamente documentado. 


domingo, 14 de maio de 2017

CIBERATAQUE A NÍVEL MUNDIAL EXPÕE A FRAGILIDADE DOS SISTEMAS INFORMÁTICOS


No Sábado 13 de Maio 2017 um ataque de vírus informático, cujo modo de operar se baseava na tecnologia de intrusão e espionagem das redes informáticas desenvolvida pela NSA (National Security Agency, USA), infectou em simultâneo um grande número de redes informáticas, principalmente as de grandes serviços públicos, como o Serviço Nacional de Saúde britânico, ou a empresa de telecomunicações espanhola Telefónica. 
Os piratas informáticos encriptavam ficheiros dos computadores, sequestrando a informação, com a ameaça de a destruir, caso não fosse pago resgate de 300 $ por cada computador, que teriam de ser pagos em bitcoin. 
Caso as vítimas não pagassem, iriam sofrer a destruição irreversível dos referidos ficheiros.
Para quem está interessado nos pormenores da notícia, deixo aqui um relato bastante completo dos factos - entretanto apurados -  24h depois
É natural que vários aspectos sejam revistos e novos dados venham a acrescentar-se no decurso dos próximos dias.

Há vários aspectos preocupantes nesta história, que me motivam a escrever este artigo no meu blog:
  • o facto de que há demasiados sistemas informáticos, desde Universidades a Serviços Públicos,  em todo o mundo, que não mantinham os seus sistemas informáticos actualizados em relação a vírus
  • a facilidade com a qual instrumentos de espionagem desenvolvidos pela NSA passam para o domínio do cibercrime
  • a possibilidade deste tipo de vírus ser usado repetidas vezes, apenas modificando alguns pormenores do modelo original, para ultrapassar as barreiras antivirus informáticos, entretanto erguidas.
  • a existência de redes de criminosos, algumas em zonas russofónicas (Rússia, Ucrânia…), segundo o referido artigo, que se têm especializado em obter rendimentos desta maneira, capturando computadores e ameaçando destruir os dados a não ser que seja pago um tributo.
  •  a utilização do bitcoin para realizar a entrega do dinheiro; com efeito, este dinheiro virtual tem tido imenso sucesso.
  •  o bitcoin , estará – a partir de agora – mais sujeito ainda ao ataque por parte de todos os sectores da área globalista, com destaque para os Estados, os bancos centrais e grande banca. Não me admirava que se desenvolvessem tentativas de abolir o bitcoin e outras moedas encriptadas  («criptocurrencies»). Penso que tal tentativa apenas iria permitir que estas se tornassem um pesadelo ainda maior, enquanto divisas, em exclusivo, da «dark net».


 Como eu tinha já reflectido, em artigo anterior, a ciberguerra já está aí. Muitos actos de pirataria informática, podem ser obra de Estados, de agências de espionagem: por exemplo, está provado que a NSA foi, neste caso, a fornecedora dos instrumentos de sua invenção para este ataque.

Estamos perante uma autêntica caixa de pandora! Embora já se tivesse a noção disso nos círculos de segurança dos Estados e das grandes firmas, agora as coisas vão acelerar-se. 
Como tinha referido em Novembro passado, a principal vítima será sempre a população indefesa, seja qual for a origem e motivação dos ataques.
Segundo as últimas informações, 200 mil computadores já terão sido afectados.


sábado, 19 de novembro de 2016

CIBERGUERRA: QUEM A FAZ E QUEM A SOFRE


Nas sociedades ditas «avançadas», o sistema produtivo está muito dependente de redes digitais para o seu funcionamento quotidiano. 
Estas redes, embora possuam mecanismos próprios de defesa contra intrusos, não são à prova de «hackers», que - mediante instrumentos digitais específicos - conseguem tornear ou descriptar muitas das «paredes anti-roubo» ou «firewalls» presentes nos sistemas informáticos de grandes bancos, agências de segurança e espionagem, doutras instâncias do governo ou de grandes corporações. 
Quaisquer que sejam os objectivos, quer seja roubo de dinheiro eletrónico, espionagem, ou revelar segredos, estes sistemas informáticos são o alvo preferido para a ciberguerra. 
Os anúncios de  iminentes ataques por parte de países como a China, a Rússia, a Coreia do Norte, etc, não nos devem porém impressionar, senão como mais uma arma de propaganda dos «nossos» governos para nos aterrorizar. 
Quando lançam estas campanhas de alarmismo, para espalhar o medo, estão provavelmente a preparar -eles próprios - algum ataque de falsa bandeira, ou seja, algo feito pelos seus próprios serviços e atribuído a um inimigo, que estaria por detrás de tal atentado. 
Porém, os peritos em redes de informática sabem que detetar a origem de um ataque informático é tarefa extremamente difícil, pois os que levam a cabo tais ataques sabem proteger-se, «ressaltando» de servidor em servidor através de todo o mundo: Aliás, é assim que a www (world wide web) é constituída, não o esqueçamos. 
Quando nos dizem que tal ou tal ataque foi perpetrado por «hackers» russos ou chineses, etc., apenas horas ou mesmo minutos depois de terem sido constatados, a nossa reação deve ser de incredulidade pois, de facto, não há maneira de se saber, em espaço de tempo tão curto, onde determinado ataque teve origem. Não se consegue quase nunca traçar o seu rasto e muito menos descobrir ao certo quem encomendou tal ataque. 
Desde há uma década - mais ou menos - tem havido um crescente número de ataques informáticos, os quais são invariavelmente atribuídos aos «maus» (Al Quaida, Norte Coreanos, Iranianos, etc, etc). 
Porém, é evidente que nada está mais longe do escrutínio da cidadania comum do que a inspeção das redes informáticas e das suas seguranças, pelo que não se podem nunca esperar provas das afirmações dos agentes governamentais: eis um conveniente meio de chantagem e difusão de paranoias, de psicose coletiva, que prepara o terreno para guerra «a quente»!
Sabe-se que a produção de «virus informáticos», de «cavalos de Troia» etc., é uma indústria lucrativa, na precisa medida em que permite a pequenas e grandes empresas informáticas vender seus kits anti-virus às dezenas de milhões pelo mundo fora, ou de os agregar ao seu software. 
Não admira que alguns criminosos, peritos em Internet, usem para seus próprios fins tais possibilidades, havendo nas grandes organizações uma segurança reforçada nas contas bancárias dos seus clientes, constantemente sob ameaça de piratagem, com o objetivo de sugar milhões dos seus clientes. 
Um caso recente, foi o do banco TESCO (o banco que apoia a maior cadeia de supermercados britânica): envolveu muitos milhares de clientes, sendo retiradas somas pequenas de cada conta à ordem, simultaneamente. O banco em causa tranquilizou os clientes de que estes roubos estariam cobertos. 
Porém, tais piratagens ocorrem muitas vezes sem se saber nada, sem que transpareçam as notícias para a média. Penso que muitas perdas não declaradas dos bancos e outras instituições são devidas a estas piratagens, mas que preferem guardar silêncio a ver o seu prestígio afetado e causarem uma fuga dos seus depositantes amedrontados. 
A razão principal destas fragilidades nas redes informáticas decorre duma exigência concreta do governo dos EUA, para viabilizar a tarefa da NSA e das restantes instituições de vigilância em massa. Como bem demonstrou Snowden, essas agências exigem aos fornecedores de internet e aos construtores de hardware que deixem uma «porta das trazeiras» nos sistemas operativos e nos aparelhos (computadores, telefones, etc) dos seus utilizadores. Assim, poderão espiar toda a gente, armazenando os dados em bruto. 
Estes processos que ocorrem realmente neste Reino do Big Brother foram denunciados por Edward Snowden, Julius Assange e muitos outros. Ninguém, hoje em dia, contesta a sua realidade e gravidade. 
Apenas quero fazer notar que os prejuízos globais - não apenas morais, como materiais - que a sociedade tem de arcar são enormes, pois o custo de prevenir e remediar estes ataques informáticos são pesados, seja qual for a origem deles. 
Mas estes ataques são possíveis, ou mais fáceis, porque as empresas de software, as fornecedoras de internet e as construtoras de equipamento informático  são obrigadas a manter essas tais «portas das trazeiras». Não apenas servem elas para intrusão dos serviços da NSA, mas igualmente às potências estrangeiras, aos grupos terroristas e aos ladrões informáticos. 
Assim, a ciberguerra está a vigorar em pleno. Não há declaração de guerra formal, como aliás não houve em qualquer guerra do século XXI. 
A potência agressora pode manter a sua cobertura, no caso destas formas de guerra, espúrias e ocultas, que se conjugam com a guerra de informação, a guerra económica e a guerra de propaganda. 
- As guerras de propaganda travam-se no terreno dos media e são cada vez mais dependentes da Internet. 
- As guerras económicas, com sanções e bloqueios, que são - em si mesmas - formas de guerra, podem causar muitas  centenas de milhares de vítimas, as quais são inocentes civis, de forma tão eficaz como a guerra «a quente». Nesse caso, os agressores costumam usar falsas justificações, recorrendo à retórica dos direitos humanos e pintando o perigo onde ele não existe. 
- A guerra informática ou ciberguerra é uma outra forma de guerra assimétrica, tal como são as guerras económica e de propaganda. Ela permite aterrorizar a cidadania com ataques de falsa bandeira, pois as origens dos ataques sendo impossíveis de verificar,  é apenas por uma «fé» na palavra do governo que as pessoas acreditam nas narrativas oficiais. 
Enfim, a ciberguerra tem como alvo principal a população, refém dos governos, predadores e não protetores dos direitos e das vidas dos seus próprios cidadãos.