quinta-feira, 28 de agosto de 2025
CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL, Nº 48: Como os governos nos conduzem ao matadouro
quarta-feira, 23 de julho de 2025
POR DENTRO DA «GUERRA OMNIA*» COM DAVID A. HUGHES
O site COLAPSE LIFE traz-nos o autor David A. Hughes, um verdadeiro intelectual com imenso valor, compreendendo dentro desta expressão não apenas a maturidade do pensamento teórico, como de uma coragem e uma ética que faltam a muitos dos ditos intelectuais nos nossos tempos.
A sua análise sobre a deriva da sociedade dita «democrática liberal», para um tipo de «tecnocracia» é semelhante ao que vários autores, na década de 30, imaginaram. Mas, agora, esta utopia é tornada possível e está realizada, com o desenvolvimento da electrónica, da informática, da cibernética e doutras maravilhas tecnológicas que tanto nos podem emancipar, como nos escravizar à máquina impiedosa do capitalismo globalizado.
Abaixo, deixo o link para esta extraordinária entrevista (clicar no título)
Inside the Omniwar with David A. Hughes
Isto é ilustrado pelo novo estudo no jornal médico britânico Lancet, pelos economistas Francisco Rodríguez, Silvio Rendón, e Mark Weisbrot, que encontraram que as «sanções unilaterais estavam associadas com um saldo anual de 564 258 mortes,” que estimam seja “semelhante ao nível de mortalidade global associada a um conflito armado”.
Notam que “ as sanções têm efeitos substanciais na saúde pública, com uma taxa de mortalidade semelhante à das guerras".
O estudo conclui que “Woodrow Wilson referia-se às sanções como 'algo mais tremendo do que uma guerra'. A nossa evidência sugere que isto está certo. Durante a década passada, estimamos que as sanções unilaterais causaram cerca de 560 000 mortes anuais em todo o mundo. É difícil de imaginar outra política, com tais efeitos adversos para a vida humana e que seja constantemente usada.”
Lancet Study: U.S. Economic Sanctions Kill 500 000 People Per Year.
quarta-feira, 4 de junho de 2025
U.E DESTRÓI A DEMOCRACIA POR DENTRO
segunda-feira, 12 de maio de 2025
O SUICÍDIO DA UNIÃO EUROPEIA
segunda-feira, 18 de setembro de 2023
BARBARA STIEGLER: o neoliberalismo está na origem da deriva autoritária
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
O MUNDO VISTO ATRAVÉS DAS PAREDES DUM AQUÁRIO
Mas, para mim, não existe diferença onde Biden quer colocar a grande divisão. Existem países com governos que se comportam razoavelmente dentro do que se convenciona ser a «democracia representativa» no outro lado da «nova cortina de ferro», enquanto -do lado de cá - há bastantes cujo governo e as práticas se podem claramente identificar como «autocráticos». A visão dicotómica é falsa, pois qualquer país pode virar de ser uma relativa «democracia», para uma autocracia, quando existe um reforço das tendências autoritárias. Estas tendências, digam o que disserem, existem mesmo nas chamadas democracias ocidentais e nós temos abundantes provas disso, com a crise do COVID e com a histeria instrumentalizada contra a Rússia, não só contra o governo, como contra as pessoas e a cultura russas. Temos aqui uma prova cabal de que muitos governos do ocidente, dito «democrático», se comportaram como autocráticos, em relação à sua própria população. Em relação ao exterior, têm assumido posturas agressivas, belicistas e imperialistas, ou auxiliares da potência imperial.
Perguntarão: E do outro lado? Não há atropelos aos direitos humanos, não há governos autocráticos? Os que assim argumentam, provavelmente não se estão a aperceber de que é uma falácia, ou seja, não é um verdadeiro argumento. Sobretudo, não anula quaisquer dos factos comprovados em relação aos regimes do que convencionamos chamar «Ocidente», que inclui a Austrália, o Japão e outros, e que deveríamos antes chamar «Alinhados com os EUA».
Demonstração da falácia
Primeiro, existe uma barragem de propaganda tal, que aqui, nos nossos países não somos informados mas desinformados, intoxicados de propaganda contra os países e governos que não se conformam ao modelo americano, sobretudo a China, a Rússia, o Irão e outros. Como tal, é impossível distinguir, em muitos casos, a realidade da propaganda. A não ser que cada um de nós se transformasse em jornalista e fosse visitar esses países, fazendo inquéritos e avaliando o pulsar da vida dessas populações. Isso é impossível, claro. Mas, pessoas que são jornalistas profissionais, não estão nos diversos pontos do globo a fazer um trabalho sério. A sua objetividade - sem viés ideológico ou partidário - deveria ser inquestionável, sobretudo, onde existam governos «autocráticos». Mas eles, quase sempre, só enviam - pelos seus media respetivos - uma visão distorcida, onde os aspetos negativos são amplificados e os positivos minimizados, ou passados sob silêncio.
Segundo, mesmo que a imagem desses regimes, por eles enviada, fosse rigorosa e objetiva (hipótese infelizmente só teórica), tal não seria argumento válido: Se um determinado indivíduo se portar muito mal, não é por isso que eu sou um «santo». O mesmo se passa com os governos, os regimes dos diversos países: Não é por um regime A perseguir cidadãos ou não respeitar direitos humanos dos mesmos, que o regime B, onde nos encontramos, tem legitimidade para fazer igual, até mesmo que num grau menor. A legitimidade das ações do Estado e do governo, do ponto de vista formal e jurídico, é o que caracteriza um Estado de Direito. Este existirá, de facto, se os governos respeitarem e fizerem respeitar as constituições respetivas, se não permitirem derivas, nem desrespeito pelos direitos dos cidadãos.
Em terceiro lugar, faço notar que a democracia não é nem nunca foi, artigo de consumo que se possa exportar. Não foi nunca assim. Os exércitos da República Francesa triunfante não exportaram a «democracia» na ponta das suas baionetas. O mesmo se pode dizer com todos os governos coloniais, que supostamente iriam «civilizar» os povos, o que implicava ensiná-los a viver em «democracia», segundo a metrópole. Mais recentemente, a invasão do Afeganistão pelas tropas da NATO, chefiadas pelos EUA, não trouxe senão devastação, nenhum bem-estar ou progresso e, sobretudo, o regime que ficou após o fim de 20 anos de ocupação dos ocidentais, foi o governo Talibã, ou seja, da mesma natureza que eles tinham derrubado na «guerra-relâmpago» de 2001... O mesmo descalabro (1) se pode verificar com o resultado de guerras na ex-Jugoslávia, Líbia, Iraque, Síria, etc. Note-se que isto não é um argumento formal, mas substancial.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
ARCEBISPO CATÓLICO VIGANÒ DENUNCIA GOLPE GLOBALISTA COM CORAGEM E LUCIDEZ
Carlo Maria Viganò é um arcebispo da Igreja Católica que serviu como Núncio Apostólico nos Estados Unidos de 19 de outubro de 2011 a 12 de abril de 2016.
O arcebispo Viganò manifestou-se contra o Grande Reset e a Agenda Globalista 2030 publicamente, muitas vezes.
Ele agora dá seu total apoio aos camionistas canadianos e ao movimento mundial pela liberdade.
NB: As pessoas que não têm afinidade com o Cristianismo ou com o Catolicismo, podem descartar o conteúdo da mensagem deste membro da hierarquia da Igreja Católica? - Eu penso que não, porque o que Monsenhor Viganò desmascara com energia e serenidade é um mal que toca a todos, crentes e ateus, cristãos e não cristãos.
O que está em causa, com a nova ordem mundial que querem implantar, é efetivamente escravizar a humanidade, o trans-humanismo (que é anti-humanismo), o controlo dos muito ricos sobre recursos planetários e uma gestão da «manada», que somos todos nós, humanos.
A agenda dos globalistas é total, está incluída na chamada Agenda 2030 da ONU, como muito bem denuncia Viganò: trata-se de substituir a nossa liberdade individual e a autodeterminação enquanto povos, pela ditadura globalista mundial dos «peritos» que (supostamente) sabem zelar pelos nossos interesses, melhor que nós próprios.
Lembrem-se do seguinte: Se não praticarem a liberdade, se não a exercitarem em todas as esferas da vossa vida individual e coletiva, o que vai acontecer é que vos vão roubar essa mesma liberdade, não importa quais eram à partida as garantias jurídicas da mesma. Vejam ,como exemplo, o que se está a passar no Canadá: uma classe de governantes no Canadá, um país até recentemente considerado muito democrático e respeitador dos direitos humanos, Trudeau e o seu governo estão comportando-se como fascistas. Eles - de facto- sempre o foram; apenas o disfarçavam e agora, não!
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
SENILIDADE NAS PESSOAS INTELIGENTES
Vem o presente escrito enquanto comentário a uma entrevista desastrosa de Noam Chomsky, um célebre intelectual, ícone da esquerda radical e libertária. Nesta entrevista, Chomsky advoga que os não-vacinados contra o COVID deveriam ser forçados ao isolamento. Alegava que os prejuízos, para eles próprios, eram inteiramente da sua responsabilidade. Curiosamente, pelo menos na entrevista, nem sequer faz exceção dos já infetados e curados, que realmente possuem bem melhor proteção, que os que não têm senão a proteção (precária e transitória, além de muito parcial) das vacinas, pelo menos das correntemente usadas nos EUA.
Creio que existem pessoas extremamente inteligentes e com uma grande bagagem teórica, que também caem na rigidez mental agora exibida por Noam Chomsky. Penso que muitas coisas que escreveu Chomsky permanecem válidas, quer ele tenha agora feito, ou não, declarações desastrosas e tomado certas posições contraditórias com posições prévias dele, basicamente libertárias (ele próprio define-se como «socialista libertário»).
O nosso sistema mediático promove o «estrelato», que não se confina a «Hollywood», também abrange o mundo académico e a intelectualidade. Muitos são os que se tornaram celebridades, com a fama adquirida por obras de reconhecido mérito, que depois «dormem sobre os louros», ou seja, não produzem nada de valor, de grandeza ou de inovação equivalentes, no resto da vida. Com efeito, é uma raridade ser-se um Leonardo Da Vinci ou um Pablo Picasso, ou outros raros, que até ao fim da vida produziram arte ou literatura ou filosofia de grande nível, de nível equivalente ou semelhante às produções realizadas quando eram jovens e que lhes concederam a celebridade. Aliás, não raras vezes, alguém é reconhecido como criador valioso somente no final da vida. Só então, por vezes devido a circunstâncias fortuitas, sai da obscuridade mediática e se torna célebre.
Há quem diga que «adquiriram» o juízo que lhes faltou durante a juventude, mas eu penso que tal não deve ser visto deste modo. Até porque não é infrequente intelectuais senis defenderem posições extremistas ou insensatas, mas em sentido oposto às defendidas na juventude.
Creio que a rigidez da mente, decorrente de um mau funcionamento dos circuitos neuronais ou da perda de capacidades é geral, a partir de determinada idade.
Não há ninguém que escape à determinação biológica da senilidade. Mas, se alguém toda a vida foi medíocre, na sua forma de pensar, não se espera que tenha melhor qualidade durante os anos tardios, antes pelo contrário. Porém, ilogicamente, espera-se que alguém, intelectualmente brilhante na juventude e na maior parte da idade adulta, assim permaneça até ao fim da vida, mesmo que centenária!
Há aqui algo de estranho: Talvez tenha a ver com o culto da celebridade, com a imagem de «sempre jovem» que se quer guardar de certos artistas, que nos encantaram quando nós também éramos jovens ou, mesmo, crianças?
Pessoalmente, creio poder dissociar-me desse culto, como aliás do oposto, ou seja, o de desprezar alguém só porque tem idade provecta. No humanismo, não se apreciam as pessoas através de «avaliações» estúpidas (como são sempre as mediáticas), mas segundo outro critério: Do valor intrínseco do ser humano, enquanto tal. Eu penso que devemos respeitar as pessoas de provecta idade, como se fossem o próprio pai, ou mãe. Ou, como nós gostaríamos de ser tratados, quando estivermos em tal fase da vida.
Desprezar os idosos é um sinal de arrogância e autoritarismo. Mas, não devemos pedir à natureza aquilo que ela não pode dar. Todos os seres que envelhecem têm de sofrer um declínio de suas capacidades, não apenas físicas, como mentais.
Isso não torna as pessoas menos estimáveis e dignas de respeito, aos nossos olhos. Pelo contrário, deveríamos resguardá-las duma exposição mediática cruel. Creio que foi o caso de Chomsky, na medida em que a entrevista deixa para a posteridade palavras (escritas ou ditas) cujo sentido é fraco e está em contradição direta com a sua obra e com a maior parte da sua vida.
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* Artigo no blog de Jonathan Cook: «Is forced isolation of the unvaccinated really the left’s answer to the pandemic?»