A Soprano Patricia Burda Janečková morre aos 25 anos:
https://operawire.com/obituary-soprano-patricia-burda-janeckova-dues-at-the-age-of-25/
Nota de Manuel Banet:
A Soprano Patricia Burda Janečková morre aos 25 anos:
https://operawire.com/obituary-soprano-patricia-burda-janeckova-dues-at-the-age-of-25/
Nota de Manuel Banet:
... NO IMEDIATO, O SISTEMA ECONÓMICO E FINANCEIRO MUNDIAL irá sofrer um grande abalo; o «Cisne Negro» tão falado.
Embora a situação estivesse a ser incubada desde há alguns anos, com a deriva direitista e fundamentalista do governo de Israel, «punindo» os árabes, fazendo incursões constantes na esplanada das mesquitas, em Jerusalém, incluindo no interior da mais importante, a mesquita de Al-Aqsa.
O propósito dos sionistas é (desde o princípio da proclamação do Estado de Israel e mesmo antes) expulsar o máximo de árabes, de forma a que o território da Palestina seja exclusivamente povoado por judeus. Este é o seu objetivo declarado. Porém, o mundo árabe está cada vez mais saturado da arrogância do Estado de Israel e compreende que as nações árabes estão em vantagem, se houver unidade entre elas. Mas, quanto às consequências desta guerra, qualquer que seja o seu desfecho, sempre trágico para as vítimas civis palestinianas e israelitas, estas são totalmente previsíveis:
- Uma subida do preço internacional do petróleo
- O acentuar da fratura do mundo em dois blocos assimétricos: o chamado Ocidente, ainda com a maioria do capital financeiro, mas com uma minoria populacional; e os países do Sul, cada vez mais próximos dos BRICS e do eixo Moscovo-Pequim- Teerão
- Um acentuar da inflação alimentar, sobretudo no Terceiro Mundo, e sua maior dependência das exportações de cereais da Rússia. Um aprofundar das relações recíprocas dos países dos BRICS+ e dos países candidatos, ou com boas relações com aqueles.
- A venda, em maior quantidade, de bonds do Tesouro dos EUA, que funcionam como a forma habitual de armazenamento dos dólares, pelos diversos países (a chamada de-dolarização). Estes bonds acabam por ser adquiridos pelo próprio Tesouro dos EUA e/ou pelo Banco central, a Fed, chegando-se rapidamente a uma situação como no Japão; o banco central japonês é o único comprador de bonds do governo.
- A inflação também vai ser maior nos EUA (e restantes países da OTAN). A capacidade dos EUA exportarem a inflação, como o fizeram até agora, vai estar diminuída.
- Vai haver aceleração das trocas comerciais entre países, não usando o dólar. Até agora estavam estes intercâmbios limitados aos países dos BRICS e a outros, sujeitos a sanções brutais pelos EUA. Agora, vai haver muito mais trocas comerciais usando as divisas dos países respetivos e os défices na balança de transações serão compensados por transferências de ouro.
- A crise será mundial e múltipla (económica, financeira, monetária, política e social): Nenhum país ou conjunto de países, sairá vencedor. No entanto, os países que têm algo de sólido a oferecer, como matérias-primas ou produtos industriais, vão sofrer relativamente menos do que os que se financeirizaram, ao longo dos últimos 30 a 40 anos. Estes (EUA, Europa ocidental) já não são viáveis sem a drenagem constante de energia, matérias-primas e força de trabalho dos países do Terceiro Mundo.
-Se não houver escalada nesta guerra, que desembocaria fatalmente no uso de armamento nuclear numa fase ou noutra da mesma, o Mundo irá transitar para nova configuração geopolítica, a multipolaridade, o que não significa igualdade entre as nações, mas abre a possibilidade dos mais fracos jogarem com várias hipóteses de alianças.
Graças a alguns sites e blogs, que mantêm independência em relação ao monopólio informativo no ocidente globalista, consegue-se saber algumas verdades sobre esta guerra israelo-palestiniana.
Primeiro, uma intervenção duma ex-membro dos serviços secretos israelitas expõe a sua estranheza, ao ver que todas as defesas do exército israelita (IDF) estavam desguarnecidas na periferia de Gaza, na altura da irrupção do ataque do Hamas. Depois, verifica-se que o MOSSAD, serviços de espionagem de Israel, tidos como muito eficazes, descartaram vários avisos e sinais, de que algo estaria em preparação. Finalmente, a resposta do Estado de Israel ao «ataque-surpresa» é de pôr em ação um monstruoso plano: Causar o colapso da população civil de Gaza. A população civil de Gaza, são mais de dois milhões de almas, apertadas numa estreita faixa de território. Dependem de combustível, eletricidade, água, alimentos, que lhes são fornecidos por Israel. São o maior campo de concentração ou prisão a céu aberto, no Mundo. A própria ONU, timidamente, declara que se trata de um crime de guerra. Pois é... mais do que isso; trata-se do início da «solução final» que israelitas, em coordenação com os americanos, querem efetuar. O Egipto vai ser utilizado para receber os refugiados. Mas o Egipto está em profunda crise económica e sem meios, atualmente, para sustentar sua própria população.
Do ponto de vista da clique imperialista, que governa Washington (Biden é somente o fantoche) trata-se de o império dos EUA mostrar-se o garante de Israel, o aliado indispensável e colocar «em respeito» palestinianos, ou outros que se atrevam a pensar efetuar ações armadas. Com efeito, os americanos cobrem os crimes de guerra do seu aliado no Médio-Oriente e querem ajudá-lo a implementar a «solução final» da crise, através da limpeza étnica. Nós já sabíamos que eles não têm vergonha na cara. Mas agora estamos perante criminosos de guerra (os governos de Israel e dos EUA) sem disfarce: Não só não se importam com uma «international rules based order» (isto é só para os seus opositores), estão dispostos a tudo, literalmente, para conseguir manter a sua hegemonia. Sobre este assunto, leiam um artigo esclarecedor no blog "MOON OF ALABAMA" sobre esta estratégia dos EUA e seus agentes do governo de Israel.
O silêncio da media «mainstream» ocidental sobre os crimes de guerra israelitas e o empolamento de alegadas atrocidades da parte dos combatentes do Hamas, mostra a baixeza moral de todos os que «venderam a alma ao diabo», para terem um confortável emprego e salário. Porque não há igualdade nos crimes organizados desde o governo, pelo ministério da defesa do Estado de Israel e (alegados) crimes que poderão ter sido (ou não) cometidos por certos militantes do Hamas. O bombardeamento de Gaza é - em si mesmo - um crime de guerra. Os alvos preferenciais dos aviões e drones são os hospitais, as escolas, os bairros residenciais, etc. Não existe qualquer justificação de um ponto de vista militar. Eles querem simplesmente matar o maior número possível de população civil, antes de entrarem as tropas dentro de Gaza. Estão a cortar os meios de subsistência imediatos da população. Isto chama-se também crime de guerra, pois a própria sobrevivência da população civil está ameaçada. Mas, é isto mesmo que eles pretendem. Um massacre e uma campanha de terror contra os civis, para os empurrarem através da fronteira, para o Egipto. Este comportamento é a reprodução do que fizeram sionistas da geração da independência de Israel. A Irgun (milícia armada judaica) e forças do exército fizeram uma campanha de limpeza étnica, que precedeu e sucedeu à declaração de independência de Israel, o trágico episódio da «Naqba».
Os nazis, durante a II Guerra Mundial, também fizeram chacinas, castigos coletivos das aldeias ou bairros onde houvesse atividade de resistência, também tomaram e executaram reféns, também efetuaram bombardeamentos como punição de cidades rebeldes, etc. etc. Se houvesse atualmente, no Mundo, uma justiça como houve no Tribunal de Nuremberga (após a II Guerra Mundial), os responsáveis pelos crimes de guerra atuais contra a população de Gaza, seriam julgados e condenados.
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PS1:
Uma ilustração factual do apartheid (segregação) israelita em Territórios nominalmente da Autoridade Palestiniana:
Não existe nacionalismo, senão por oposição a um outro. Pode ser a nação opressora, pode ser a nação rival, pode ser designada como a portadora de ideologia diabólica, contrária à nossa, etc.
O que é um facto, é que os nacionalistas étnicos se definem mais por quem eles designam como objeto de seu ódio, do que por suas próprias idiossincrasias, tradições e cultura.
Algumas pessoas, falsamente internacionalistas, decidiram que «o patriotismo e o nacionalismo são a mesma coisa». Porém, não se pode decretar arbitrariamente que os sentimentos patrióticos sejam apenas uma expressão de nacionalismo; são isso em certos casos, noutros não o são.
Há que ir além das catalogações, sobretudo quando simplistas. Como já detalhei noutro sítio, o nacionalismo político pode ser motivado por um projeto; foi o caso da República francesa nascente. Também alguns movimentos de libertação, influenciados pelo marxismo, pelo menos ao nível das suas direções, não confundiam o opressor colonial ou imperialista com o povo propriamente dito. Algumas pessoas dos países colonizadores não participavam na mentalidade colonial, algumas opunham-se às aventuras coloniais e belicistas.
Certa política identitária faz com que as pessoas se separem, a si próprias e aos outros, em categorias de «raça», «nacionalidade», «género», etc. Esta forma de pensar, qualquer que seja o subjetivismo de quem a adota, acaba por propagar o nacionalismo mais tacanho, baseado em características «raciais» ou étnicas. É por isso, que é tão frequente o fanatismo, nesta forma de nacionalismo.
Inicialmente, podemos ficar surpreendidos com o renascimento do nacionalismo, em especial do nacionalismo agressivo, expansionista. Mas, se pensarmos melhor, por um lado, ele nunca se apagou por completo; por outro, os poderes globalistas têm sido os principais financiadores e promotores deste nacionalismo. Tacanho, violentamente racista, assim é o banderismo na Ucrânia, um fascismo que se confunde, por seus conceitos racistas, com o nazismo.
Abaixo, um vídeo da conferência, de Lucien Cerise, um investigador que tem aprofundado os fatores em jogo no conflito da Ucrânia. Ele tem acompanhado de perto a situação, desde o «golpe de Maidan» de 2014. Ele fornece provas da conivência e hipocrisia dos governos da OTAN, apoiantes de criminosos de guerra, de racistas confessos, de fanáticos que odeiam tudo o que seja russo.
A conferência mostra que -por debaixo da capa de «boa consciência» fabricada - dirigentes políticos, jornalistas da media mainstream e ditos revolucionários, não ignoram a ideologia e história da facção que estão a apoiar. Porém, tal como os «banderistas» ucranianos, o que os move é a hostilidade patológica para com a Rússia, seja qual for o seu sistema político. Eles querem ver a Rússia desmantelada. Só assim, dizem, a Europa poderia ficar tranquila: Mas eles, afinal, são «cães que obedecem ao seu dono», o imperialismo USA!
Lucien Cerise: ''L'Occident collectif rêve de l'éclatement territorial de la Russie''.
https://youtu.be/sNpEdG8xH-8?
A capa do LP, desenhada por Klaus Voormann, tornou-se imediatamente símbolo de arte psicadélica.
Uma obra-prima de Lennon/ McCatney
Sem dúvida, o álbum «Revolver» foi um momento de viragem, pelo menos, para os fãs dos Beatles, que se entusiasmaram com as letras, assim como com as músicas e arranjos. Algo perfeito, para o adolescente que ouviu pela primeira vez numa festa, em 66 ou 67, o recém-saído álbum. Era a produção mais psicadélica jamais editada pelos «Fab Four».
Eu gosto do álbum inteiro, mas quis destacar esta canção em particular: Ela refere a tristeza de alguém que foi descartado pela sua companheira. Analisando agora esta letra, achei-a genial, na medida em que traça, com apenas algumas pinceladas rápidas, a situação complexa e difícil de rutura, quando um dos dois mantém a forte ligação afetiva. Mas, este drama é expresso de modo sóbrio, nada de "pathos". A escolha aparentemente banal das palavras, tem um efeito quase cinematográfico: podemos imaginar a cena, como a veríamos num filme, a partir das breves indicações, reconstituindo o resto com a nossa imaginação.
A música é simples e sóbria, de grande qualidade melódica. Os arranjos - devidos a George Martin (o 5ºBeatle) - são de bom gosto e colocam em relevo a melodia.
Creio que não vale a pena tentar definir o «melhor» álbum dos Beatles*. Eles foram geniais, do princípio ao fim:
Estiveram sempre na onda do momento, durante uma década. Mas, não foram arrastados por qualquer onda, porque foram criadores originais, de cada vez. Isto aplica-se particularmente ao álbum «Revolver», mas também se poderia dizer o mesmo de praticamente todos os LPs editados durante a curta existência do grupo britânico.
*Podes consultar a playlist que reúne o melhor (na minha opinião) da produção dos Beatles, AQUI.
Alguns «posts» sobre os Beatles, no BLOG "MANUEL BANET, ELE PRÓPRIO":
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2019/01/the-beatles-because.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/01/get-back-beatles.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/06/the-beatles-free-as-bird.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/recital-de-xuefei-yang-na-guitarra.html
PS: «Now And Then», a última canção dos Beatles, gravada a 4, mas nunca editada. Saiu há pouco tempo, uma proeza técnica, de «arqueologia discográfica».
Lembra-te quando te informavas através de uma multiplicidade de fontes de informação. Os quotidianos em papel, eram - pelo menos - 6 de ampla circulação, na região da capital e entorno. Estes incluíam matutinos: "Diário de Notícias", "Jornal de Notícias" e "O Diário", assim como vespertinos: "Diário Popular", "Diário de Lisboa", "A Capital". Uma pessoa de baixo salário podia facilmente comprar um jornal por dia, algumas compravam mais do que um. Havia vários canais de TV , não por rede de cabo, mas pelas ondas eletromagnéticas. Não se tinha de pagar para receber um canal TV (eram canais abertos).
A Lei da imprensa, da rádio e do audiovisual, obrigava a respeitar o pluralismo de informação. Cada meio de comunicação era obrigado a dar espaço a várias correntes políticas e ideológicas, em tempo «normal», por rotina. Nas campanhas eleitorais, além do espaço reservado aos concorrentes, havia obrigatoriedade de relatar - de forma equilibrada - os diversos acontecimentos das campanhas e seus diversos protagonistas. As rádios, mesmo as locais, tinham serviços noticiosos próprios. Havia programas culturais em todos os media: pessoas de renome nas letras, na música, na ciência, etc. tinham programas regulares num canal de TV, numa rádio, num jornal diário ou num semanário.
As pessoas, quer fossem ilustres, quer anónimas, tinham direito a exprimir a sua opinião. Os casos de difamação, de ataque pessoal, de insultos, não eram frequentes: A dissuasão funcionava, pela possibilidade de ser levantado processo em tribunal, por difamação, ou insultos em público.
A vida em sociedade era muito mais intensa e desinibida, havia múltiplos sítios de convívio. Os bares, cafés e outros locais públicos tinham tertúlias informais, onde as pessoas costumavam reunir-se e falar do que lhes apetecesse.
A era da Internet e do «smartphone» roubou às pessoas a noção da liberdade de expressão. As pessoas começaram a viver fechadas em círculos (presenciais ou virtuais) cada vez mais estreitos. A tolerância (em termos sociais) para com as ideias e defeitos dos outros, é agora muito menor.
O leque de opiniões políticas e ideológicas, que são audíveis nos media de grande circulação, é cada vez mais estreito e as opiniões de uns (autointitulados) «especialistas», substitui-se à real opinião pública.
A «vox populi» («voz do povo»), considerada -no passado - como uma força a ter em conta , mesmo no tempo os imperadores de Roma, desapareceu. Agora temos mil e uma maneiras de fabricação artificial da «opinião», mas isso não se pode considerar verdadeira opinião pública. Esta, pressupõe que as pessoas sejam informadas com verdade e recebam informação sobre qualquer assunto, através de várias fontes. Hoje, há uma situação de monopólio no acesso à media de massa. A concorrência comercial não significa variedade de opiniões, nem pluralidade de fontes informativas. A democracia (seja qual for a definição desta) não pode viver sem liberdade de informação.