Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.

sábado, 23 de abril de 2022

Ucrânia/Palestina - dois pesos, duas medidas





 VIOLÊNCIA nunca é justificada contra pessoas pacíficas que estão a celebrar uma cerimónia religiosa. 

Apenas as pessoas que no Ocidente pretendem ser quem define o que é e qual a gravidade duma «violação dos direitos humanos», pode aceitar o que se passa há meio século na Palestina ocupada por Israel, uma guerra de extermínio, um genocídio, contra o povo da Palestina.

E tudo isto, conta com a conivência, aprovação e apoio concreto, sob forma de muitos milhões de dólares, muitas armas e equipamento de guerra, constante violação dos direitos mais elementares contra um povo indefeso. 

Porque é silenciado tudo isto? Porque só interessa, se for para reforçar a posição do «Império Yankee», ou os seus «reinos vassalos», mas não lhes interessa realmente o destino das pessoas concretas.

Tanto os civis ucranianos, como palestinianos, devem ser aliviados e poupados de toda a violência; não há violência contra civis que seja tolerável; não existe guerra - de baixa ou alta intensidade- que não cause (muitas vezes, uma maioria) vítimas civis.

A visão das pessoas é enviesada por uma insidiosa campanha de lavagem ao cérebro, com a assimilação de povos inteiros como sendo «justos» ou «injustos», «amigos» ou «inimigos», etc. 

Este tipo de raciocínio, propalado constantemente pela media e pelos governos, tem um efeito devastador; é um elemento que permite a continuação de atos cobardes e assassinos. 

Torna impossível qualquer solidariedade ou mero respeito pela «civilização ocidental» e por consequência, connosco também, da parte dos povos das nações que foram oprimidas pelo colonialismo, o chamado Terceiro Mundo. 

Já viram aquilo que os dirigentes e os media ao serviço do grande capital estão a fazer, na indiferença total, permitindo a continuação do sofrimento do povo Palestiniano? E que três quartos do mundo veja as manifestações de solidariedade de povos europeus com o povo ucraniano como hipócritas?? 

3 comentários:

Manuel Baptista disse...

https://www.youtube.com/watch?v=ODei9VbPd7w

Manuel Baptista disse...

Um judeu defensor dos palestinianos mostra por que a mistura do caso da Palestina com a Ucrânia é apenas um modo de fazer passar por «virtuoso» o sionismo e o lento genocídio dos palestinianos. Leia, vale a pena!
https://off-guardian.org/2022/04/30/palestine-yes-ukraine-no/

Manuel Baptista disse...

https://consortiumnews.com/2022/06/15/the-hierarchy-of-tribalisms/

Um excelente artigo por Jonathan Cook, um jornalista britânico baseado em Nazaré da Palestina.
Ele primeiro explica, com base na sua experiência vivida de Israel-Palestina, a raiz profunda dos tribalismos, para desenvolver a visão dum tribalismo dominante, o ocidental, que atravessa não apenas fronteiras étnicas, como ideológicas. A santificação de si próprios das pessoas nos países ocidentais, os da tribo dominante é escalpelizada. É a utilização desse tribalismo (inconsciente, muitas vezes) pelas oligarquias, que permite manipulações de massas como temos vindo a assistir em relação à situação da guerra na Ucrânia.