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sábado, 7 de outubro de 2023

UMA OBRA-PRIMA «ESQUECIDA*» - THE BEATLES

* Não existe nenhuma canção «esquecida» dos Beatles, das que foram editadas em álbuns, eu sei. Mas, existem algumas realmente subavaliadas e, outras, talvez empoladas.



A capa do LP, desenhada por Klaus Voormann, tornou-se imediatamente símbolo de arte psicadélica.



Your day breaks, your mind aches
You find that all her words of kindness linger on
When she no longer needs you
She wakes up, she makes up
She takes her time and doesn't feel she has to hurry
She no longer needs you
And in her eyes, you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years
You want her, you need her
And yet you don't believe her
When she says her love is dead
You think she needs you
And in her eyes, you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years
You stay home, she goes out
She says that long ago she knew someone
But now he's gone, she doesn't need him
Your day breaks, your mind aches
There will be times when all the things she said will fill your head
You won't forget her
And in her eyes, you see nothing
No sign of love behind the tears
Cried for no one
A love that should have lasted years

Uma obra-prima de Lennon/ McCatney

Sem dúvida, o álbum «Revolver» foi um momento de viragem, pelo menos, para os fãs dos Beatles, que se entusiasmaram com as letras, assim como com as músicas e arranjos. Algo perfeito, para o adolescente que ouviu pela primeira vez numa festa, em 66 ou 67, o recém-saído álbum. Era a produção mais psicadélica jamais editada pelos «Fab Four».

Eu gosto do álbum inteiro, mas quis destacar esta canção em particular: Ela refere a tristeza de alguém que foi descartado pela sua companheira.  Analisando agora esta letra, achei-a genial, na medida em que traça, com apenas algumas pinceladas rápidas, a situação complexa e difícil de rutura, quando um dos dois mantém a forte ligação afetiva. Mas, este drama é expresso de modo sóbrio, nada de "pathos". A escolha aparentemente banal das palavras, tem um efeito quase cinematográfico: podemos imaginar a cena, como a veríamos num filme, a partir das breves indicações, reconstituindo o resto com a nossa imaginação. 

A música é simples e sóbria, de grande qualidade melódica. Os arranjos - devidos a George Martin (o 5ºBeatle) - são de bom gosto e colocam em relevo a melodia.

Creio que não vale a pena tentar definir o «melhor» álbum dos Beatles*. Eles foram geniais, do princípio ao fim:

Estiveram sempre na onda do momento, durante uma década. Mas, não foram arrastados por qualquer onda, porque foram criadores originais, de cada vez. Isto aplica-se particularmente ao álbum «Revolver», mas também se poderia dizer o mesmo de praticamente todos os LPs editados durante a curta existência do grupo britânico.

 *Podes consultar a playlist que reúne o melhor (na minha opinião) da produção dos Beatles, AQUI.

Alguns «posts» sobre os Beatles, no BLOG "MANUEL BANET, ELE PRÓPRIO": 

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2019/01/the-beatles-because.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/01/get-back-beatles.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/06/the-beatles-free-as-bird.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/recital-de-xuefei-yang-na-guitarra.html

 PS: «Now And Then», a última canção dos Beatles, gravada a 4, mas nunca editada. Saiu há pouco tempo, uma proeza técnica, de «arqueologia discográfica».

https://www.youtube.com/watch?v=Opxhh9Oh3rg