Muitas pessoas aceitam a situação de massacres de populações indefesas em Gaza e noutras paragens, porque foram condicionadas durante muito tempo a verem certos povos como "inimigos". Porém, as pessoas de qualquer povo estão sobretudo preocupadas com os seus afazeres quotidianos e , salvo tenham sido também sujeitas a campanhas de ódio pelos seus governos, não nutrem antagonismo por outro povo. Na verdade, os inimigos são as elites governantes e as detentoras das maiores riquezas de qualquer país. São elas que instigam os sentimentos de ódio através da média que controlam.
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domingo, 8 de outubro de 2023

NACIONALISMO ÉTNICO = ACUMULAÇÃO DO ÓDIO

 Não existe nacionalismo, senão por oposição a um outro. Pode ser a nação opressora, pode ser a nação rival, pode ser designada como a portadora de ideologia diabólica, contrária à nossa, etc. 

O que é um facto, é que os nacionalistas étnicos se definem mais por quem eles designam como objeto de seu ódio, do que por suas próprias idiossincrasias, tradições e cultura.  

Algumas pessoas, falsamente internacionalistas, decidiram que «o patriotismo e o nacionalismo são a mesma coisa». Porém, não se pode decretar arbitrariamente que os sentimentos patrióticos sejam apenas uma expressão de nacionalismo; são isso em certos casos, noutros não o são.  

Há que ir além das catalogações, sobretudo quando simplistas. Como já detalhei noutro sítio, o nacionalismo político pode ser motivado por um projeto; foi o caso da República francesa nascente. Também alguns movimentos de libertação, influenciados pelo marxismo, pelo menos ao nível das suas direções, não confundiam o opressor colonial ou imperialista com o povo propriamente dito. Algumas pessoas dos países colonizadores não participavam na mentalidade colonial, algumas opunham-se às aventuras coloniais e belicistas. 

Certa política identitária faz com que as pessoas se separem, a si próprias e aos outros, em categorias de «raça», «nacionalidade», «género», etc. Esta forma de pensar, qualquer que seja o subjetivismo de quem a adota, acaba por propagar o nacionalismo mais tacanho, baseado em características «raciais» ou étnicas. É por isso, que é tão frequente o fanatismo, nesta forma de nacionalismo. 

Inicialmente, podemos ficar surpreendidos com o renascimento do nacionalismo, em especial do nacionalismo agressivo, expansionista. Mas, se pensarmos melhor, por um lado, ele nunca se apagou por completo; por outro, os poderes globalistas têm sido os principais financiadores e promotores deste nacionalismo. Tacanho, violentamente racista, assim é o banderismo na Ucrânia,  um fascismo que se confunde, por seus conceitos racistas, com o nazismo


Abaixo, um vídeo da conferência, de Lucien Cerise, um investigador que tem aprofundado os fatores em jogo no conflito da Ucrânia. Ele tem acompanhado de perto a situação, desde o «golpe de Maidan» de 2014.  Ele fornece provas da conivência e hipocrisia dos governos da OTAN, apoiantes de criminosos de guerra, de racistas confessos, de fanáticos que odeiam tudo o que seja russo. 

A conferência mostra que -por debaixo da capa de «boa consciência» fabricada - dirigentes políticos,  jornalistas da media mainstream e ditos revolucionários, não ignoram a ideologia e história da facção que estão a apoiar. Porém, tal como os «banderistas» ucranianos, o que os move é a hostilidade patológica para com a Rússia, seja qual for o seu sistema político. Eles querem ver a Rússia desmantelada. Só assim, dizem, a Europa poderia ficar tranquila: Mas eles, afinal, são «cães que obedecem ao seu dono», o imperialismo USA!

Lucien Cerise: ''L'Occident collectif rêve de l'éclatement territorial de la Russie''.

https://youtu.be/sNpEdG8xH-8?si=MRy9T--UYYg185v3 

Pode acompanhar a conferência, usando o comando de "transcrição",  em francês.



PS1 (08-10-23): A explosão de violência em Israel/Palestina foi propositadamente desencadeada, com um ataque de sionistas à mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém, um dos locais sagrados mais importantes do Islão. Temos uma guerra mais acesa, agora. Mais um episódio da luta de libertação do povo palestiniano, que se confronta com o nacionalismo sionista do Estado de Israel. Trata-se de dois nacionalismos em confronto. O nacionalismo palestiniano responde ao nacionalismo sionista, particularmente virulento nos colonatos implantados em territórios palestinianos. 
Note-se que há judeus que repudiam a política sionista adotada pelo governo de Israel, assim como existem árabes palestinianos que não apoiam o Hamas e outros movimentos palestinianos, na luta armada. 
O ódio engendra o ódio, numa espiral de violência, aparentemente sem fim, desde antes de 1948 (data da criação do Estado de Israel). 

Consulte o artigo seguinte: 

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

COLABORAÇÃO DE NACIONALISTAS UCRANIANOS COM NAZIS


 Um importante documento sem concessões, sem qualquer demagogia. Quem tiver conhecimento desta triste história, não pode senão ficar escandalizado pela omissão (intencional) destes factos históricos, pela media mainstream ocidental e pelos políticos alinhados com a OTAN. 
Hoje em dia, os partidos no poder na Ucrânia consideram-se continuadores destes «nacionalistas»; fazem marchas e erguem estátuas a Stepan Bandera. Estes factos desmascaram os «nacionalistas» ucranianos no poder, apresentados como se estivessem no campo democrático. 
Veja também outro documentário da série, mostrando a colaboração de ucranianos da Galícia com as famosas e criminosas SS alemães. Afinal, os que estão no poder em Kiev, são herdeiros e em continuidade com o pior que existiu durante a II Guerra Mundial.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

A VERDADE SOBRE O NAZISMO PÓS-II GUERRA MUNDIAL E A UCRÂNIA




                                 Entrevista com Gabriel Rockhill

Ver o meu artigo em: 

A história da Ucrânia e seus antecedentes é quase ignorada pelos europeus ocidentais. Cynthia Chung escreveu recentemente sobre o assunto:

Leia AQUI um relatório detalhado sobre a história recente da Ucrânia o conflito no Donbass e o comportamento dos Ocidentais, por um coronel reformado dos serviços de inteligência suíços.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

UMA IMAGEM VALE MIL PALAVRAS...MAS AS PALAVRAS DE DAVID STOCKMAN SÃO INDISPENSÁVEIS





                                    williambanzai7

???? QUEM É QUE DISSE: «FUCK THE EU!» ????

https://www.zerohedge.com/news/2022-02-26/picture-worth-1000-words


Em complemento, leia o artigo de David Stockman: The Land Where History Died, Part 1a


Os que hoje se indignam com os russos e Putin são os que encobriram, quando não aplaudiram, as barbaridades dos nazis ucranianos durante estes oito anos.

PS1: As palavras de Edward Curtin também são sensatas, oxalá que não sejam proféticas. Leia AQUI.



sábado, 1 de janeiro de 2022

GUERRA COM A RÚSSIA: PERCEÇÃO DO PERIGO

Fig.1: Mapa da Ucrânia e das suas regiões, com as componentes étnicas e nacionais respetivas

Vejam o mapa acima, que quantifica as regiões da Ucrânia em termos étnicos e linguísticos. Será que isto pode ser um motivo válido para o desencadear da Guerra Mundial nº3? 
- Os problemas interétnicos decorrem de ou agudizaram-se após o golpe de Maidan, pró- UE e pró-Atlantista, tendo resultado na secessão pacífica, por referendo, da Crimeia, assim como na criação de repúblicas russófonas no Don, mantendo-se, desde então (2014) um conflito permanente com o poder de Kiev.
Estas situações são dramáticas, trágicas em si mesmas para as populações envolvidas. Não me parece que justifiquem que a NATO ou quaisquer outras instâncias tenham que «meter a pata» na Ucrânia. Tão pouco uma invasão russa traria qualquer melhoria objetiva da situação. Do ponto de vista dos interesses estratégicos da Rússia, uma tal hipótese é claramente vista, quer pelos círculos próximos de Putin, quer ela generalidade dos observadores, como um   enorme disparate. 
Resolver o problema, implica uma desescalada. Mas para se desescalar, tem de haver garantias reais e não vagas, de que a NATO não vai englobar a Ucrânia, que não vai incluir este país falido, governado por fanáticos anti-russos entre os seus membros. Compreende-se a preocupação do governo russo: Os adeptos de Stepan Bandera, com influência em sectores do governo e nas forças armadas,  têm uma ideologia ultra-nacionalista e alimentam a histeria anti-russa.  
A inclusão deste país na NATO iria desencadear ataques e provocações permanentes contra a Rússia e contra as repúblicas separatistas russófonas do Don, até ao ponto em que a Rússia seria encurralada (e também pressionada pela opinião pública russa) a reagir. Aí, a clausula de defesa dum membro da NATO justificaria a intervenção da Aliança como um todo. Um contra-ataque seria desencadeado e teríamos a terceira guerra mundial, em breve transformada em holocausto nuclear. Este cenário está bem presente, como forma  de chantagem, face à Rússia; é «brincar com o fogo», pois pressupõe uma escalada, um subir de tensão insuportável. 
Num contexto assim, qualquer manobra mal pensada, de um ou doutro lado, poderá ser o rastilho para a conflagração total. Esta, não ficará muito tempo ao nível de armas convencionais. Isto porque, logo que uma potência estiver «na mó de baixo» militarmente, sentirá o apelo irresistível para usar a arma nuclear. A partir daí, haverá uma troca de ataques nucleares, cujo desfecho é pior do que «1000 Hiroxima e Nagasaki». 
Quando vejo a media propalar, de forma acrítica e criminosa, a tese falsa de que a Rússia ameaçaria invadir a Ucrânia, fico preocupado, não apenas pela «lavagem ao cérebro» que estão a efetuar aos cidadãos, mas porque esta fase de pesadas manobras de propaganda costuma anteceder o desencadear duma guerra «a quente». 
Não, a Rússia não tem interesse nenhum em invadir a Ucrânia. Ficaria a braços com um problema muito pior do que foi o Afeganistão da era soviética e as altas esferas russas, tanto militares como civis, sabem perfeitamente que esta intervenção foi o erro que precipitou a queda da URSS: repetir isso, seria suicidário.

Mas, admitamos (por hipótese) que os russos «são uns mauzões», que não se pode confiar neles, etc. Então pergunto, qual é a relação de forças militares, ao nível mundial, entre as forças russas e as dos EUA, a NATO e todos as outras potências com eles alinhadas?

Só para se ter uma ideia de qual império tem sido mais agressivo, juntei abaixo um mapa das intervenções de cariz militar ou de sabotagem pela CIA, levadas a cabo pelos EUA, desde a IIª Guerra mundial. 

Fig.2: Mapa de intervenções militares dos EUA e de golpes da CIA desde a IIª Guerra Mundial

Afinal, quem são os «bullies»? Não estaremos a ver o «bully» a acusar a parte mais fraca exatamente daquilo que ele costuma fazer? Fazendo acusações infundadas como forma de chantagem e para forçar o apoio dos vassalos à sua causa?

Num cenário de guerra que se inicie na Europa, veja no mapa abaixo a quantidade de bases, dotadas de capacidade nuclear, que a NATO mantém e que são pontos de estacionamento e de trânsito de armas nucleares.

         Fig. 3: Bases da NATO com capacidade nuclear, em torno das fronteiras russas

Para mim, não há dúvida que existe perigo de guerra nuclear. Se ela vier a acontecer será, com toda a probabilidade, em resultado de uma escalada: Haverá continuadas fricções entre superpotências militares, primeiro acendendo guerras «por procuração», seguidas ou acompanhadas por provocações, do tipo de ataques de falsa-bandeira. Isso fornecerá o pretexto para desencadear uma guerra total. 
Os poderes militares em confronto cedo irão ter a tentação do recurso às armas nucleares, quer como forma de «neutralizar» o adversário, quer porque se encontram em situação difícil e o recurso às armas nucleares pode parecer-lhes a «única saída» para evitar um total desastre. 
Conclusão: a desnuclearização deveria ser a questão prioritária nº1 das potências, grandes, médias e pequenas, pois uma Terra devastada, contaminada, incapaz de sustentar a vida humana e as outras formas de vida, não pode ser desfecho desejável para nenhuma das partes. Ou seja, não haverá vencedor. 
Tornar a guerra nuclear mais próxima, mais verosímil, é um crime contra a humanidade, em si mesmo. É isso que as pessoas comuns devem compreender e têm de mostrar aos poderosos (de quaisquer nações) que não aceitam viver debaixo do medo do holocausto nuclear.

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PS1: No dia do início (10-01- 2021) das conversações entre Rússia e EUA, em Genebra, a perspetiva de um avanço significativo parece não convencer a maioria dos observadores. 
No entanto, os EUA estão numa posição em que não podem ditar as condições de um desanuviamento, à Rússia. Por outro lado, os seus vassalos da NATO, devem estar a pressionar os EUA a serem flexíveis. Perante uma maior deterioração das relações entre Rússia e UE, os perdedores seriam estes últimos. Enfim, na minha perspetiva, os EUA e a NATO têm toda a vantagem em trabalhar para uma solução. O Ocidente está em situação de obter um acordo sem «perder a face»... Desde que exista um mínimo de sentido de responsabilidade, de parte a parte; desde que predomine a abordagem diplomática sobre a militar. 

PS2: um deputado ucraniano, de um partido da coligação governamental diz que possui informações de que EUA e Rússia estão de acordo em que a Ucrânia não deva ser aceite na NATO. Do lado russo insiste-se nas garantias:

PS3: Um artigo de Mike Whitney extremamente bem documentado e demonstrando o absurdo da política americana em relação à Rússia, agora e desde o fim da Guerra Fria: