Manuel Banet, ele próprio

Reflexão pessoal, com ênfase na criação e crítica

Mostrar mensagens com a etiqueta condicionamento. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta condicionamento. Mostrar todas as mensagens

domingo, 22 de dezembro de 2024

PROPAGANDA 21 (N. 23) DISSOCIAÇÃO DA REALIDADE NO OCIDENTE

Prof. Glenn Diesen entrevistado por Pascal Lottez



PS: Os mitos estão de tal maneira entrincheirados nos cidadãos, que mesmo julgando-se informados e esclarecidos, fazem uma leitura totalmente equivocada dos acontecimentos da guerra Russo - Ucraniana. 

Um profissional dos media insistia comigo, há pouco tempo, que a intenção de Putin era conquistar a totalidade da Ucrânia. Eu tentei explicar-lhe isso não era lógico: Se a operação militar russa na Ucrânia tivesse o caráter duma guerra de conquista total do território da Ucrânia, não seria planeada e executada da maneira como foi. O objetivo era interpor uma força dissuasora nas fronteiras do Donbass e entrar em negociações diplomáticas para que os acordos de Minsk II fossem finalmente cumpridos e implementados. 

Se o objetivo dos russos fosse anexar a Ucrânia na sua totalidade, eles teriam logo no princípio da guerra bombardeado e arrasado totalmente as defesas de Kiev, de modo a neutralizarem o centro político e os comandos militares inimigos. Os russos tinham capacidade para fazê-lo com os seus mísseis, sua força aérea, drones e artilharia de longo alcance. 

Aliás, tinha sido essa a escolha dos americanos (e aliados/vassalos) aquando dos planos de ataque e invasão no Afeganistão, Iraque e Líbia. 

Mas ele continuou a teimar na sua versão «oficial», embora não me soubesse explicar em que estava eu errado!  

---------------------------

NB: ESTA PÁGINA CONTÉM os números da série «propaganda 21» publicados neste blog.

Posted by Manuel Baptista at 22.12.24 2 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: condicionamento, Glenn Diesen, Guerra, Media corporativa, Neutrality Studies, OTAN, PAscal Lottez, Rússia, Ucrânia

terça-feira, 25 de junho de 2024

RISCOS DE GUERRA GENERALIZADA E DE CATÁSTROFE ECONÓMICA VÃO DE PAR COM...

...A INTENSIFICAÇÃO TOTALITÁRIA DO CONDICIONAMENTO MENTAL

As pessoas estão condicionadas de forma autocrática, totalitária, sobre aquilo que veem. São impedidas de examinar aquilo que pode ser fonte  muito importante de informação e esclarecimento. 
A opinião é indissociável dos factos informativos. Só podemos construir uma opinião fundamentada, se estivermos bem ao corrente dos factos relevantes. Só podemos dar uma valoração, ou atribuir um significado global a  determinados factos, se conhecermos o contexto no qual esses factos tiveram lugar. 
Para  melhor manipular a opinião pública, legiões  de fact-checkers têm levado a cabo a distorção dos factos. As suas intervenções têm servido a agenda dos grandes poderes económicos. Quando eles não conseguem ocultar, dedicam-se a distorcer e minimizar tudo o que entre em contradição com a narrativa oficial.

- O que é isto, senão (parte da) instalação dum regime totalitário? 

- As pessoas não estão conscientes do que lhes estão a fazer. Elas rebelam-se contra as pessoas que tentam fazê-las ver.

- São sonâmbulas ou hipnotizadas: Só assim se torna possível, para os muito ricos e poderosos de exercerem sua ditadura, disfarçada de democracia.

- Para isso, um veículo essencial é a media corporativa, pois ela permite gerir a narrativa dos «bons contra os maus», ou dos «autocráticos contra os democráticos». 

Devemos (auto)educar-nos e compreender até  que ponto estamos a ser subtilmente manipulados, para acabar com tal domínio  sobre a nossa psique.
Só um pequeno número tem conhecimentos que lhes permitam dissecar um texto e identificar os pontos onde ocorre manipulação do leitor.
Para tal, contribui a geral ignorância sobre "gramática e retórica". Não é devido a uma diminuição da inteligência, mas ao miserável  estado da educação! Hoje, o pensamento crítico e as análises de textos, estão praticamente ausentes das salas de aula.
Educação - a falta dela - e manipulação mediática são os principais fatores que explicam - a meu ver - a enorme indiferença das populações, face ao risco de guerra mundial, o que implica também risco de holocausto nuclear. São de louvar as corajosas manifestações no Ocidente, em particular nos EUA, contra o genocídio dos palestinianos e contra a guerra em geral. Mas os níveis de protesto são geralmente muito menores que aquilo que seria de esperar, dada a situação de risco duma guerra generalizada e do que ela significa para todos nós.
 



 

Posted by Manuel Baptista at 25.6.24 1 comentário:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: condicionamento, controlo totalitário, Media corporativa

sexta-feira, 1 de março de 2024

Vem aí o CIRCO ELEITORAL


A realidade do Mundo não se conforma com narrativas. Mas, as narrativas envolvem, na sua teia, as mentes embotadas que já não conseguem ler o real, que não distinguem os discursos, das realidades. Estão nesta condição muitas das gentes partidárias de esquerda ou de direita, sejam crentes em religiões ou ateias, pelo que a comunicação social de massas tem a sua tarefa facilitada: grande parte das suas almas cativas já não percebe nada. Elas são piores que criancinhas, pois estas últimas (teoricamente), podem ser ensinadas a ver a realidade.


O público adulto das ditas «democracias», tornou-se de tal maneira cobarde, que prefere não ver a realidade. Assim, não terá que agir, de uma ou outra forma, perante essa realidade. Creio que este é o maior bloqueio das sociedades contemporâneas. Seus cidadãos foram enredados em teias de falsidades, numa série de novelos cujos fios têm de ser pacientemente separados, um a um. Isto equivale a dizer que a quase totalidade dos súbditos modernos não será capaz de se desembaraçar sozinho das cadeias que os prendem.
Mas, esses súbditos não sabem. Pois as cadeias não são físicas, mas são mentais; é mais fácil para eles pretender que não existem. Assim, não terão o trabalho e a angústia de enfrentar a «gigantesca tarefa». Ou antes, a tarefa, que é afinal muito simples, em si mesma. Mas, isto tem de ser ocultado, senão os súbditos poderiam começar a libertar-se em massa da «matrix» em que estão enredados.
Entra aqui o medo: o medo paralisa o juízo crítico. Impede as pessoas de se interrogarem sobre as suas experiências. Torna as pessoas abúlicas, distraídas e passivas. Verifica-se como têm sido vãos os esforços para despertar estes pacientes do estado de hipnose cognitiva em que se encontram. Estes esforços são derrotados pelas estratégias de evitação e denegação, desenvolvidas pelos próprios. A chamada «cultura de cancelamento», afinal, reduz-se a isso. Uma autoritária negação de se exprimirem pontos de vista diferentes da norma, sob pretexto de que são «agressões», de que aumentam «o estresse» ou que vão contra o «politicamente correto». Note-se que este tipo de comportamento não tem nada que ver com direitos humanos básicos, nem liberdades fundamentais: porém, as pessoas estão tão alienadas, que esperam que os poderes as livrem do confronto penoso com outra narrativa, diferente e contraditória com aquela em que banham. Cúmulo da contradição, essas tais pessoas, que apelam ao controlo autoritário sobre os diversos canais de comunicação, clamam que estão a defender a democracia e a liberdade, os direitos civis, quando estão a realizar exatamente o contrário. Não creio que se possa esperar grande coisa de pessoas assim. Vão continuar no registo estritamente egoísta, míope, cheias de medo de serem vistas como saindo fora do rebanho. Nestes casos, apenas um choque emocional muito forte poderá fazer despertar tais indivíduos, fazê-los ver que estavam na ilusão. Mas, mesmo isso não é garantido pois, consoante a sua personalidade, o choque emocional poderá desencadear ainda maior inibição. Poderão, por exemplo, se auto- culpabilizar dos males que lhes acontecem, em vez de se libertarem das vendas que lhes tapam os olhos.
O plantar duma convicção, que pode ser absurda ou sem qualquer substância racional, é possível e corriqueiro na sociedade: Fizeram-se experiências de psicologia social, em que pessoas são persuadidas da veracidade duma teoria errada. Depois delas estarem convencidas, é-lhes demonstrado racionalmente que essa teoria estava errada. O descolar da convicção anterior de que a dita teoria era verdadeira, é muito mais lento neste grupo de pessoas, do que no grupo de controlo, ao qual não se lhes foi apresentada previamente como verdadeira, tal teoria. A estes, é-lhes exposta a teoria, mas conjuntamente com a explicação porque a mesma é falsa. Este grupo de controlo aceita muito naturalmente a falsidade da referida teoria. Porém, no grupo que ficou previamente persuadido da verdade da teoria, há indivíduos com dificuldade em estruturar o seu pensamento de outro modo, para aceitar que afinal a teoria era falsa. Isto não acontece porque as pessoas sejam «estúpidas» ou «teimosas». Esta situação ocorre com todos os tipos de pessoas, incluindo mentes brilhantes, cultas, com contacto com as ciências.
Portanto, é um mecanismo psicológico profundo, aproveitado pelos que querem moldar as nossas opiniões através dos «mass media» ao serviço dos poderosos. Eles sabem utilizar esta e outras propriedades curiosas da mente humana.
É possível que tal controlo exercido sobre o nosso espírito seja combatido e de forma eficaz. Mas isso implica haver consciência, além da noção clara e não ingénua, dos mecanismos que são aplicados. Há pessoas que conseguem evadir-se deste condicionamento mental abusivo, mas são poucas. A imensa maioria pulsa de acordo com as paixões primárias: A salvaguarda do ser físico, a satisfação das necessidades primárias em alimento, abrigo e segurança, essencialmente; ou ainda, necessidades afetivas e sociais como o amor, a estima, a proteção, o reconhecimento social. O ódio contra o inimigo, seja ele real ou não, entra revestido como salvaguarda do indivíduo. O inimigo é visto como aquele que põe em risco (de forma real ou fictícia) a satisfação das necessidades enunciadas acima.
A um certo nível, o medo é importante para a sobrevivência. Trata-se dum sentimento profundamente ancorado na nossa biologia. O indivíduo que não tem medo está muito mais exposto, do que aquele que - ocasionalmente - pode ter medo, mas que o consegue superar, para enfrentar o risco.
Todos os mecanismos psicológicos, na publicidade comercial, envolvem componentes profundos dos nossos desejos "animais": necessidade de afeto, de status, de prazer sexual, etc. Em geral, os mecanismos de comunicação na esfera política fazem intervir aqueles mesmos componentes atrás referidos, juntamente com o medo, que entra em combinação com os outros.
Na política, convencem-se os adeptos de que é preciso odiar intensamente o inimigo; sobretudo, é preciso convencê-los de que os sentimentos dos dirigentes espelham os dos militantes de base. Os mecanismos de identificação e reforço fazem-se através de objetos de ódio/medo comuns. Isto acontece perante uma imagem da realidade distorcida, falseada: Face a tal configuração psicológica, o que os dirigentes fazem, constantemente, é ativar e reforçar, nos seus seguidores, os sentimentos doentios de ódio, de vingança, de desprezo, de superioridade... A política, assim vista e praticada, não é mais do que uma forma larvar ou efetiva de guerra civil. É uma representação, também. É um teatro que os eleitores são supostos seguir, com os seus golpes, escândalos e revelações-surpresa. Nada de positivo pode sair da política-espetáculo: No melhor dos casos, trata-se de narrativas, juntamente com um rol de boas intenções, para apresentar aos cidadãos.
O discurso político é feito para adormecer o espírito crítico e estimular os desejos mais obscuros do eleitor: A projeção de suas frustrações e seu desejo de vingança simbólica, ou real, sobre o grupo de indivíduos percebidos como opositores, como obstáculos, como sabotadores, etc.
A única maneira de sairmos da «gruta», é percebermos que vivemos no seu interior; que as imagens com que nos entretêm, são projeções fantasmagóricas dos nossos medos; que este espetáculo nos é oferecido, para não despertarmos da letargia ou hipnose, mantendo-se assim o grupo restrito ao comando "da barca". É isso, no essencial, a política.
Não pode haver uma política de adultos feita para adultos, enquanto o povo se deixar tratar e levar, como se fosse uma criança. O povo tem o potencial para despertar e começar a auto- governar-se sem a casta de parasitas que nos quer domar através das suas demagogias, da política-espetáculo, das manipulações do aparelho de Estado, para obter o poder. É o poder, acima de tudo, que interessa aos sociopatas que nos governam. É este o fim último dos seus esforços: conquista e conservação no poder.
As eleições, que passam por ser o aspeto central da democracia, não são mais do que a ocasião dos bandos políticos desenrolarem seu estendal de demagogia para cativar os eleitores: Tudo é utilizado como pretexto para o show, menos as questões de real importância para os destinos do país! Ou, ainda, a valorização de pseudo- soluções para os problemas, como se tudo se resumisse a tais «soluções», sendo eles - os do bando X - os únicos capazes de as viabilizar.
Em qualquer dos casos, o circo eleitoral infantiliza o eleitor, promove a sua regressão ao estado de criança, a quem as várias propostas são apresentadas e ele só tem de «escolher». Mas, neste processo, o eleitor «é quem menos ordena»: é o pobre diabo enganado, desta triste comédia. Seus desejos e as promessas de os satisfazer são logo esquecidos, assim que se fecham as urnas. A partir deste momento, os políticos profissionais irão dar «uma lição de realismo» ao povo. É aqui que se vai revelando, aos poucos, o verdadeiro programa, aquele que os vencedores irão desenvolver no governo. Durante a campanha eleitoral foi mantido cuidadosamente fora do olhar do vulgo, pois possuía demasiados amargos de boca para o povo e muitas benesses para os privilegiados.


Manuel Banet

 Parede, Portugal, a 01de Março de 2024

----------------------------------
Sobre eleições  e temáticas relacionadas:

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2024/02/a-democracia-parlamentar-e-um-logro.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/12/falsificacao-do-real-enquanto-estrategia.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2020/10/o-que-e-designado-por-democracia-e.html


Posted by Manuel Baptista at 1.3.24 2 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: condicionamento, demagogia, democracia, eleições, libertação, poder, política, Psicologia

sábado, 25 de novembro de 2023

ALGUMAS PALAVRAS SOBRE VIOLÊNCIA


- Relações de parentesco e relações "contratuais"

Estas relações existem ambas, em todas as sociedades. A estrutura profunda de qualquer sociedade envolve os dois tipos de relações enunciadas. As figurações simbólicas e discursos de influência, de poder, que emanam de uma dada sociedade irão enfatizar uma modalidade de relações ou outra.
Num contexto de guerra, ou de perigo de confronto generalizado, o apelo à relação de parentesco (pátria, clã, tribo, família) sobressai no discurso público, seja nos líderes ocupando a chefia do Estado, seja nos da oposição.
Politicamente e em termos de retórica é "NÓS contra ELES". Vemos isso constantemente agora. Note-se que o tom de intoxicação sectária foi subindo, desde que se tornou patente a falência geral do Ocidente, causada pelas oligarquias (Março 2020).
Esta falência foi ocultada aos cidadãos dos vários países, utilizando técnicas de propaganda e de condicionamento, com a participação ativa da mídia corporativa. Mas, os dirigentes estavam ao corrente; eles estavam plenamente conscientes dessa falência. Têm conselheiros - pagos generosamente e cuja fidelidade está garantida - que os avisaram. Estes, possuem acesso total a informações e dados que lhes permitem fazer uma avaliação qualitativamente melhor do estado do sistema, do que os seus críticos: Por mais inteligentes que sejam, estes últimos não possuem os dados necessários para "reconstituir o puzzle", obviamente.
Além disso, as pessoas, quer sejam muito ignorantes ou muito cultas, tendem a valorar as opiniões e análises que ouvem ou leem, se o indivíduo que as faz estiver mais próximo da ideologia delas. O discurso político tende a ser apaixonado, excessivo, porque cada uma das partes "precisa" de vincar (tornar claro para a audiência) o seu posicionamento.
Os indivíduos, na sociedade ancestral, estavam inteiramente dependentes da família genética, da família alargada, dos vizinhos e dos habitantes da aldeia, para tudo o que era importante na sua vida. Estavam mergulhados no grupo a que pertenciam; o apoio do grupo era fundamental.
Nos últimos cinquenta anos, com o advento da sociedade industrial avançada, os relacionamentos mais próximos dos indivíduos deixaram de ser, em muitos casos, os tradicionais laços de parentesco e de clã. Os indivíduos passaram a movimentar-se "sem uma rede", sem o apoio (e o constrangimento) do grupo de origem, que tiveram, nas sociedades pré industriais.
As relações contratuais, formais ou informais, passaram a ter cada vez maior peso na vida concreta dos indivíduos. Assim, são ligações contratuais: o emprego, a cidadania, a inscrição na Segurança Social etc. Note-se que são «contratos desiguais», porque os indivíduos não podem negociar os seus termos. Por outro lado, a pertença a uma "tribo imaginária" como um clube desportivo, um partido, uma igreja, etc. , são relações «voluntárias», mas que podem ser vividas com a entrega apaixonada que seria de esperar, em relação à família genética, ou ao meio social de origem.




- As violências individuais e coletivas

A desagregação do tecido social origina indivíduos "desenraizados", além de profundamente infelizes. Em grande parte, as horríveis matanças que ocorrem nas sociedades ocidentais, são devidas a pessoas desequilibradas psiquicamente. Por vezes, aparentam possuir motivações políticas, religiosas, étnicas, etc., mas, de facto, são álibis ou pretextos para descarregar o seu ódio e desespero.
Quanto à violência de grupo (ou gangs), ela exerce-se porque as pessoas envolvidas nos atos de violência sentem-se «justificadas» para as executarem. Também beneficiam da «proteção» do grupo, ou seja, têm menos risco dos seus atos terem uma resposta da(s) vítima(s).
As guerras, atos de violência organizada pelos Estados (ou grupos armados não-estatais), cabem dentro da subcategoria da violência de grupo. É uma violência exercida sobre toda a sociedade. A sociedade ou país sobre a qual se exerce a violência armada pode ser vítima de violência maior, nos termos mais bárbaros, como agora se observa, em relação a Gaza. As vítimas preferenciais são da população civil, desprotegidas e incapazes de se defenderem. Mas, não se deve menosprezar a violência exercida sobre a sociedade, que o Estado e respetivo exército dizem defender.
A violência de Estado, correlaciona-se com a guerra e possui certas particularidades:
- É premeditada de longa data
- O recrutas no exército são condicionados a matar, sem sentimentos humanitários para com o inimigo.
- Um Estado que se declara «vítima de agressão» e com legitimidade a «exercer o seu direito de autodefesa», muitas vezes, vai encenar ataques de falsa bandeira, além de discursos inflamados, de vitimização, etc.
- A economia de guerra implica que as forças produtivas desse país estejam mobilizadas para nutrir a máquina de guerra, mesmo as que não são indústrias de armamento.
- Em caso de guerra, o governo pode impor a ditadura, com a supressão de liberdades fundamentais (supressão ou suspensão de atividades políticas, sindicais, censura dos meios de comunicação, etc.).



- A violência e a «natureza humana»

Os processos que despoletam violência individual ou coletiva (incluindo a guerra) são muito mal abordados, no geral, porque estão quase sempre imbuídos de preconceitos ideológicos, disfarçados de ciência.
Mesmo quando não se trata de argumentos racistas para «justificar» o comportamento dum grupo racial ou étnico sobre outro, verifica-se que é comum o recurso a argumentos apriorísticos sobre o que seria um comportamento «normal» e «anormal» em sociedade, ou os «impulsos genéticos» para a violência sobre os outros, etc.
Todo o discurso assumindo que a «natureza humana» é isto ou aquilo, está a cair no cientismo. Pois a «natureza humana» é uma expressão vazia de sentido, não sendo definível com rigor: Afinal, trata-se duma frase-feita, que não explica nada.
O reducionismo comportamental, nomeadamente quando faz referência aos animais sociais, é uma fraude, tem apenas a aparência de científico. Basta notar que o comportamento desses animais se manteve inalterado no essencial, sem uma evolução observada, ao longo de séculos, pelos humanos:
- Por exemplo: As espécies de formigas do tempo de Aristóteles (384 A.C. - 322 A. C.), tinham exatamente o mesmo comportamento e organização social que suas descendentes de hoje. Mas, o mesmo não se pode dizer dos humanos. Pode haver invariantes físicas, psíquicas e emocionais, mas não se pode negar que houve muita modificação nas sociedades humanas. Estas modificações implicaram mudanças importantes nos modos de vida e nos comportamentos concretos dos indivíduos. Em teoria, não será sempre «falso» falar-se de «natureza humana». Será falso, se esta expressão implicar algo imutável, algo definitivamente fixado pelos genes. É o mantra de materialistas e deterministas, uma versão da ideologia cientista. Têm audiência popular devido à fraca cultura científica de grande parte do público.
Posted by Manuel Baptista at 25.11.23 1 comentário:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: antropologia, biologia, cientismo, condicionamento, falsa ciência, filosofia, Guerra, sociologia, violência

quinta-feira, 10 de agosto de 2023

TODOS OS IMPÉRIOS TÊM UM FIM. PODERIO DOS EUA PERTO DO COLAPSO

Aconselho-vos a leitura dos artigos de Martin Armstrong e de Matthew Piepenburg:

- https://www.armstrongeconomics.com/world-news/civil-unrest/just-us-the-rising-tide-of-civil-unrest/

- https://goldswitzerland.com/keeping-your-head-amidst-debt-blind-madness/

- Armstrong mostra como o sistema de justiça americano, ao contrário do estipulado na constituição, está permanentemente a produzir julgamentos monstruosos, nomeadamente porque o indiciado é fortemente pressionado a aceitar dar-se como culpado, em troca de uma sentença mais leve, mesmo quando ele está inocente, porque para poder provar sua inocência é preciso ter-se um grande poder económico, para se contratar um escritório de advogados com peso. Mesmo neste caso, não está garantido que a inocência do indiciado seja reconhecida, dado que a máquina da justiça está praticamente nas mãos do partido democrata e de seus homens de mão.

Matthew Piepenburg mostra como a política financeira e fiscal dos EUA têm sido um completo disparate, indo contrariar não apenas todas as escolas de economia, como o próprio bom senso. O facto da dívida ser cada vez mais pesada e ingerível, não parece incomodar quem controla as finanças do país: Tanto Powell, como Janet Yellen são demasiado cultos para «se enganarem» desta maneira. Eles apenas estão a fazer um exercício de ilusionismo junto do público. Porém, o presente agravamento da situação financeira e monetária, não pode conduzir a outro desfeche, senão à catástrofe. 

Ambos os artigo são dignos de uma leitura atenta. Mas, eu resumi o seu conteúdo para o que vem a seguir.

A denegação é um sintoma de psicose, de persistência no erro: Como dizia Einstein, um sinal de loucura é fazer-se sempre a mesma coisa, obtendo um mesmo resultado, mas repetindo na esperança de que seja diferente.

A população americana não é responsável inteiramente pelo que seus políticos andam a fazer, pois ela é doutrinada desde a infância sem ter - salvo exceções - possibilidade (ou curiosidade) de se confrontar com outras leituras das realidades política e económica. 

A media reforça constantemente as inanidades que passam por «reflexão» política e económica, tornando tudo o que se passa opaco à maioria. O seu domínio da narrativa equivale a um totalitarismo «brando», mas que cumpre a sua função de aceitação do status quo pelas massas. Estas nunca questionam o seu fundamento.

Quanto ao exercício do controlo internacional manu militari,  também conseguiram «naturalizar» isso.  Muitos americanos estão realmente convencidos da sua «excepcionalidade» e da «missão» do seu país em manter uma «ordem internacional baseada em regras».

As coisas funcionaram muito bem, com vantagem para os EUA, durante longo tempo. O dólar - desde 1944 - tem sido a moeda de reserva hegemónica (exorbitante privilégio, Giscard D'Estaign dixit). A instrumentalização do dólar foi possível graças ao poder militar: A capacidade de invadir, bombardear, subverter regimes que tivessem a veleidade de resistir à «versão americana da democracia». Este facto esteve e está diante dos olhos dos povos e de seus dirigentes. Sem esta superioridade militar esmagadora, não seria possível manter o modo de chantagem permanente a numerosos regimes, incluindo neutrais e mesmo aliados de Washington. Porém, o Mundo está a assistir a uma perda acelerada da eficiência militar, comprovada pelos fiascos das guerras do Afeganistão, Síria e até da Ucrânia. Os EUA já não são a potência com superioridade militar inquestionável que foram, até há bem pouco tempo. Com orçamentos muito mais baixos de despesas militares, tanto a Rússia como a China, têm mostrado a superioridade dos seus armamentos sofisticados. Vários países do Terceiro Mundo (Turquia, Arábia Saudita, e muitos outros) até há bem pouco tempo clientes exclusivos dos EUA, estão a fazer fortes jogadas para se aproximarem dos BRICS, têm adquirido sistemas de mísseis avançados aos russos e têm «de-dolarizado» a grande velocidade. Estas mudanças são muito significativas, estão realmente a acontecer diante dos nossos olhos e os dirigentes ocidentais sabem-no bem. Eles também sabem o que isso significa, mas vão continuar a fazer de conta, para iludir os cidadãos de seus próprios países.

Dizer que o colapso é inevitável, que o colapso fará com que o dólar não mantenha o poderio monetário e financeiro dos EUA, como também afetará todos os planos, não é mais do que uma constatação banal, hoje em dia. Mas, note-se que a mesma afirmação, há muito pouco tempo, suscitava um coro de críticas e sátiras, apodando quem se atrevesse a afirmá-lo de epítetos nada bonitos. Agora, os que, orgulhosos, «enchiam o peito» para proclamar a solidez do Império, estão calados ou estão a esgrimir com a realidade, num estilo realmente patético.

Foto aérea do Pentágono, símbolo do poderio militar dos EUA, retirado do artigo de Caitlin Johnstone. 

Espero que as pessoas que me lerem percebam que eu não estou a escrever isto com triunfalismo. Qualquer império acaba: Tem uma ascensão, até um zénite e depois um ocaso.  A minha preocupação é o grau de violência que acarreta a queda de um império. Não vale a pena retraçar o destino dos impérios, desde a antiguidade, neste curto artigo. Mas, podeis consultar obras que descrevem os acontecimentos históricos da decadência e queda de vários impérios. 

Na era nuclear, tanto nos países detentores de armas nucleares, como nos outros, é importante que  se erga uma consciência verdadeiramente cidadã e global: Isto será o maior dissuasor face aos responsáveis políticos e militares desses países, para que eles não subam a tensão com seus adversários e não se sintam «justificados» em utilizar armas nucleares.


Posted by Manuel Baptista at 10.8.23 5 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: Afeganistão, armamento nuclear, BRICS, China, condicionamento, dólar, economia, EUA, finanças, Martin Armstrong, Matthew Piepenburg, propaganda, Rússia, Síria, Ucrânia. media mainstream

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

COMO SE FABRICAM AS PSICOSES DE MASSAS?


 Continuação, com o vídeo “Controlo mental, manipulação das massas e escravidão moderna”:
https://youtu.be/_8zrTvBN_N8




Jorge Benito analisa em profundidade a psicologia do totalitarismo. 
Escrevi textos sobre a natureza do totalitarismo e o que distingue o totalitarismo de hoje dos do século XX algo semelhante. Consultar: 
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/09/totalitarismos.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2022/08/o-great-reset-desmascarado.html
https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/11/mattias-desmet-condicionamento-de.html
Posted by Manuel Baptista at 12.1.23 3 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: condicionamento, controlo, individualidade, informação, propaganda, Psicologia, psicologia social, totalitarismo

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

POR QUE RAZÃO A MEDIA NÃO REPORTA AS DECLARAÇÕES DE PUTIN E XI JIN PIN?

 «In his Moscow address, he said: “They do not wish us freedom, but they want to see us as a colony. They want not equal cooperation, but robbery. They want to see us not as a free society, but as a crowd of soulless slaves.”»

https://consortiumnews.com/2022/10/03/patrick-lawrence-the-strong-and-the-merely-powerful/

Temos de compreender, não estamos numa «guerra leal», em que o «inimigo» é visto simplesmente como alguma nação ou conjunto de nações, que se opõe ao nosso campo. O que caracteriza esta guerra, esta IIIª Guerra Mundial, é que se trata duma guerra total e híbrida. Híbrida, porque usa meios como sanções económicas, a guerra psicológica com as táticas de ocultação, distorção e fabricação de notícias, a propaganda, o matraquear ideológico, etc. Estes meios são usados em permanência, além dos propriamente militares. É uma guerra total porque os hegemónicos EUA não admitem outra solução senão um domínio, sem partilha, do sistema internacional, feito de acordo com as suas conveniências e não numa qualquer «ordem mundial», mas na mais completa desordem. Eles pretendem assim assegurar a predação e a rapina das riquezas dos povos e seus recursos naturais. Este super-imperialismo ( M. Hudson) pode ser disfarçado de muitas maneiras perante os seus próprios cidadãos; tentam o mesmo em países submetidos à sua órbita. Trata-se de pôr em jogo o que chamam de «soft power». Este é o poder de influenciar, condicionar, atrair as pessoas doutras nações e civilizações, a se submeterem perante o fascínio da máquina produtora de ilusões, da cinematografia de Hollywood, da música rock, de milhões e milhões de horas de séries televisivas apresentando o «american way of life» (totalmente falso) como sendo o modelo que quaisquer pessoas sensatas deveriam adotar. Evidentemente, a propaganda antissocialista e anticomunista, também emanou dos mesmos centros, durante mais de 70 anos, apresentando a imagem mais negativa destes regimes e das forças que defendiam soluções anticapitalistas. Os cidadãos são sujeitos a esta lavagem ao cérebro durante gerações.
A guerra psicológica esteve sempre presente, durante mais de um século, sobretudo desde que surgiu a URSS e houve um apelo para os setores revolucionários da classe operária se libertarem do jugo do capitalismo e instaurar o socialismo. Tais forças, em muitas sociedades não tinham força suficiente para porem em risco as «democracias», mas amedrontaram as burguesias. Por isso, elas criaram, financiaram e apoiaram os partidos fascistas. Estes, acabaram por tomar o poder, primeiro em Itália (onde tinha havido o «biénio vermelho»), em Portugal (onde o regime democrático não reprimia com «suficiente vigor» o operariado revolucionário), na Espanha (onde Franco e outros generais se sublevaram contra a república), para se alastrar na Alemanha, Áustria, Hungria, Roménia. Houve tentativas de golpes fascistas em França e noutras democracias «liberais».
A guerra psicológica, hoje em dia, é aplicada «cientificamente» e parte significativa da «intelectualidade» ou das profissões «intelectuais», está disposta a «fazer a sua parte», neste condicionamento de massas. Não é por acaso, que os meios de comunicação social e da Internet, nas mãos de grandes empresas capitalistas, têm tanto poder, ao ponto de nulificarem qualquer real possibilidade de expressão livre e independente dos poderes. Logo que algo desagrade aos poderes, isso é retirado, através de mecanismos de censura que os regimes fascistas do passado nunca  conseguiram implementar com tanta eficácia. Os meios disponíveis permitem anular todo o «perigo» de meus escritos terem uma difusão significativa. Assim, contrariamente à censura do tempo da Inquisição ou dos regimes ditatoriais do século XX, o processo de orientação da informação nas massas, opera sobretudo pelo mecanismo da saturação de «memes». Se algo é dito e redito com intensidade suficiente e dando a ideia de «diversidade», a massa irá acreditar piamente, um número bastante menor - mas consistente - irá fingir que acredita, só para não ser incomodado, uma pequena minoria irá tentar desmascarar esta construção da «verdade», através de contrainformação, mas sem sucesso, pelo menos, junto da grande maioria. Viu-se e vê-se ainda, com a campanha de condicionamento a propósito do coronavírus, propulsionado ao nível de «pandemia» e que serviu para testar (como se os humanos fossem cobaias) o arsenal de guerra «informativa», ou seja de condicionamento de massas, pelos governos e pelos interesses capitalistas mais poderosos.

A guerra mundial que está em curso, iniciada com o ataque bárbaro e criminoso das forças da OTAN contra a Jugoslávia em 1999 (há 23 anos!), vai durar enquanto não houver mudança da estrutura de poder mundial. Até lá, os países mais poderosos vão fazer a guerra (híbrida), que terá como causa e razão de ser a repartição das áreas de influência. Essa guerra híbrida será também, tanto quanto puderem, uma guerra através de terceiros (by proxi) e isto porque eles sabem que a sua estabilidade doméstica fica posta em causa - no longo prazo - se o seu povo for obrigado a suportar uma guerra. Por isso as forças da NATO estão a impor uma guerra à Rússia através da Ucrânia. Lembremos que as guerras de atrição são (quase sempre) ganhas pelos que têm menos a perder (os Vietnamitas, os Afegãos, etc), enquanto os que têm mais meios técnicos e económicos para fazer a guerra, também têm uma população «amolecida» que não aceita sacrificar o seu conforto e por isso deixa de apoiar o seu governo. Foi o que aconteceu, nomeadamente, com a Guerra do Vietname e com a contestação generalizada que causou no povo e juventude americanos.


A media atual, no Ocidente, é literalmente uma arma poderosa que, não apenas anestesia a opinião pública de seus próprios países, também a intoxica e a fanatiza com relatos mentirosos e cruéis. Desumaniza os «do outro lado», permitindo assim que as oligarquias continuem com a barbárie da guerra. Por isso, é claro que o que dizem do outro lado tem de ser completamente falseado, distorcido, porque nada pode contradizer a imagem de maldade absoluta que é pintada permanentemente dos povos e dos dirigentes das potências opostas. Só quando os povos deixarem de «acreditar» na propaganda de guerra disfarçada de informação, os poderes se sentirão obrigados a moderar seus ímpetos. Porque no passado, não muito longínquo, o rei ou o chefe militar, tinha de ir com as tropas enfrentar o inimigo no campo de batalha; se não o fizesse, o seu exército iria fraquejar e seria derrotado. O elemento psicológico funcionava, mas a lealdade ao chefe implicava que este se mostrasse intrépido, corajoso, pronto a morrer pelo seu povo, mesmo que isto não fosse exatamente assim. Hoje, o elemento psicológico tem a ver com a distorção intencional e repetida do campo adversário, como se «aquilo que parece, acabasse por existir, na realidade». Até certo ponto, esta falácia tem funcionado, porque permite manter as pessoas na ilusão. Devido a este engano, elas acabam por tomar como verdadeiro aquilo que - provavelmente - nunca aceitariam, se tivessem um retrato realista, não partidário, das situações. Porém, no longo prazo, a população acaba por ser massacrada pela sua própria «elite», no altar fantasmagórico da «pátria»... A descida ao mundo real, quanto mais tardia for, mais dura será. 

Posted by Manuel Baptista at 3.10.22 6 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: China, condicionamento, democracia, EUA, fascismo, guerra de informação, media, Rússia, Super-imperialismo

quarta-feira, 25 de maio de 2022

TRANSIÇÃO TOTALITÁRIA E JOGO DOS PODEROSOS

Os Estados, ditos de «democracia liberal», que se gabam de superioridade moral perante todos os outros, são objeto, AGORA MESMO, duma transição acelerada para uma distopia totalitária.

Como é que este processo se desenvolve?

As "garantias e liberdades" vão continuar nas constituições e nas leis desses países, mas serão letra morta. Isto define a transição para um Estado totalitário, agora a um nível global e não apenas dentro das fronteiras de um, ou de alguns países.
Hannah Arendt já tinha avisado sobre tal mecanismo, tendo analisado como se processa. Por exemplo, no caso do regime hitleriano, quando os nazis tiveram o Estado parcialmente sob controlo, fabricaram um atentado de falsa bandeira, o incêndio do Reichtag (parlamento), atribuindo-o «aos comunistas», para porem fora de lei definitivamente, não apenas o partido comunista, como todos os partidos e correntes que se opusessem ativamente ao nazismo. Mas, não aboliram a constituição democrática liberal de Weimar, formalmente. Limitaram-se a ignorá-la. A partir desse momento, a lei eram eles: Só eles, os nazis e o seu Führer, é que a faziam.
O processo também existiu, de forma algo semelhante, na URSS de Estaline, com a constituição herdada do princípio do regime soviético. A constituição soviética de 1918 reconhecia, no papel, garantias e direitos aos cidadãos.
No Portugal de Salazar, a constituição de 1933 também consagrava direitos e liberdades, porém, por efeito do estado de exceção permanente e leis de «segurança interna» do Estado, na prática, eram anuladas aquelas disposições da constituição. Mas, o regime declarava-se «cumpridor das leis e da constituição».
Devido à ignorância abismal de muitas pessoas, não identificam os evidentes paralelos do que se passa agora, com situações passadas de transição para o totalitarismo, tanto mais que o novo totalitarismo é suficientemente perverso para se mascarar no seu contrário.
O totalitarismo de hoje mascara-se com declarações de liberdade, pluralismo, antifascismo, etc. Tudo o que for preciso, ao nível verbal. O objetivo é fazer um écran de fumo, com um efeito neutralizador nas pessoas comuns.
Estas estão iludidas, pois só conhecem a «casca» dos fenómenos políticos. Quase ninguém estuda, e muito poucos conhecem em profundidade, a natureza política e económica do fascismo.
O fascismo, uma forma de Estado totalitário, está descrito pelo seu mentor – Mussolini - como «a fusão do poder do Estado e das corporações». 



Literalmente, é o que acontece, hoje em dia, sobretudo nos países que proclamam ser (mas já não são) democracias liberais:
- Há um regime fascista quando o Estado e as corporações se fundem, se conjugam para levar a cabo obra comum. Quando o Estado, ao fim e ao cabo, se torna realmente instrumento direto das corporações.
Erroneamente, a expressão «fascismo» evoca em muitas pessoas, perseguições a opositores e polícia política, somente. É aqui que começa o erro, porque se toma a superfície («a casca»), pelo fundamental («o cerne»).
Nos regimes totalitários houve diferentes graus de violência política: repressão violenta e implacável sobre a oposição, em certos períodos, enquanto noutros períodos, parecia que toleravam um mínimo de dissidência. Estas diferenças no grau da repressão, ocorreram na Alemanha nazi, na Itália fascista, no Portugal salazarista ou na Espanha franquista. O mesmo também se passou no regime soviético, nas «democracias populares» e na China maoista.
O erro primordial é considerar que, se não houver ações policiais de repressão, não se estará perante um fascismo. Além de poder haver momentos em que estas situações existem e outras em que não, na história dum mesmo regime, é notório que esta repressão se exerce sempre de forma seletiva, sobre uma categoria de pessoas, uma classe, ou setor da população, o que faz com que muitas pessoas permaneçam alheias, para elas, «não há» esses crimes, esse espezinhar dos direitos humanos.
Além disso, em determinados contextos, os fascismos contam com uma massa alienada e iludida, que os apoia entusiasticamente, havendo um efeito de grupo, que é repressor por si mesmo. Este anula a possibilidade de expressão significativa de qualquer dissidência.
Quando as coisas começam a correr mal para esses regimes, os bodes expiatórios são acusados de todas as desgraças do povo e da Nação:
No episódio recente da pandemia de COVID eram os não-vacinados, acusados publicamente de serem disseminadores, egoístas, incapazes de «solidariedade», etc.
Este discurso esmoreceu quando veio uma variante (Omicron) infetar, com igual facilidade, os «vacinados» e os não-vacinados, além de que os «vacinados», se fossem infetados, transmitiam efetivamente o SARS-Cov-2. Mas, o efeito de designar uma parte da população como «culpada» permanece, não desaparece. Funciona como um «ruído de fundo» na psique coletiva. Esta persistência do irracional mantém-se, porque as pessoas são movidas por instintos primários, como o medo da morte.
A concentração de poder nunca foi tão grande como hoje em dia. Nenhum ditador do passado tinha ao seu dispor os instrumentos de controlo que existem agora. Estes são constantemente usados para controlar. Na ignorância da maior parte do público, servem-se dos meios informáticos, incluindo «Inteligência Artificial», para analisar as tendências do «rebanho» e detetar as ovelhas negras.

Onde se enganam os globalistas-eugenistas triunfantes de hoje?

- Eles tomam o discurso como substituindo a realidade. Ora a história mostra que, ao fim e ao cabo, a realidade é mais forte que qualquer ficção, por mais elaborada ou perfeita que esta seja.
Um regime político, tido como «perfeito», não é compatível com pobreza, marginalidade, violência nas ruas, etc. Como conciliar então o seu elogio permanente, com a realidade que vem negar esse mesmo discurso?
Daí a necessidade de censura, de fabricar a realidade, através dum tecido de mentiras e de propaganda. Nada disto é inédito, nós verificamos isso agora, mas os historiadores descrevem a mesma manipulação da informação, a propaganda, o encobrimento e a mentira que desempenharam, nos séculos passados, exatamente o mesmo papel.
A maneira de manter as pessoas na ilusão, passa também por as distrair constantemente com algo de novo. O que mais chama a atenção, são coisas que fazem medo, que assustam. Os média sabem fazê-lo.
Por isso, as pessoas estão constantemente a ser bombardeadas por notícias alarmistas, quer tenham um fundo de verdade, ou não. Muitas vezes, um pequeno incidente é ampliado até se parecer com uma grande catástrofe. Faz parte das técnicas de manipulação. Assim como fazer variar a atenção das pessoas; ora focalizando a sua atenção num objeto, numa pessoa, num assunto, ora noutro: O efeito é de confusão mental, de incapacidade de apreensão do real.
Nas notícias, o contexto é quase sempre omitido, ou meramente aflorado. A forma como as notícias são apresentadas vem intencionalmente reforçar os preconceitos das pessoas. É espantoso o número de adultos que «acreditam» numa informação, apenas porque esta foi veiculada por jornalista ou político da sua simpatia. 
Dada a propensão para pertencer e para acreditar, na generalidade das pessoas, é fácil os manipuladores terem um ascendente sobre elas, parecendo que tudo se passa na mais genuína «democracia».


Posted by Manuel Baptista at 25.5.22 4 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: condicionamento, democracia liberal, ditaduras, Estado de vigilância permanente, fascismos, formação de massas, Hannah Arendt, ilusão, Media corporativa, nazismo, propaganda, regime soviético, totalitarismo

terça-feira, 15 de março de 2022

PROPAGANDA 21 [Nº12] NARRATIVA DO PODER + CENSURA + REPRESSÃO


«PROPAGANDA DO COVID E DA UCRÂNIA, E A TODO O VAPOR»

Neste podcast, Tom Mullen entrevista o Prof. Mark Crispin Miller. Ele refere brevemente sua difícil experiência de ser acusado por estudantes e colegas, ao ponto de ter de colocar um processo em tribunal, que o inocentou de tudo o que o acusavam, mas isso deve ter sido uma experiência muito desagradável. 

Fala também de Julian Assange que, ao mostrar a BRUTALIDADE da invasão do Iraque pelas forças americanas e aliadas, desmontou a narrativa de uma missão humanitária e do heroísmo das tropas ...



Como eu tenho dito, quando a classe dirigente está em apuros - no caso presente, pela monstruosa dívida, que pode destruir tudo - já não se preocupa com disfarces, com «liberdade de opinião», com garantias dos jornalistas, etc. Nestas circunstâncias, a inteligência crítica, a força da verdade, são demasiado perigosas para eles: atuam então, como fascistas e o sistema torna-se muito autoritário, conservando só as aparências da «democracia liberal».(*)

Oiça, o Prof. Mark Crispin Miller, no episódio 49 das conversas de Tom Mullen «Propaganda on Overdrive for Covid and Ukraine with Mark Crispin Miller» (link abaixo)

-------------------------------------------------------------------------

Tom Mullen Talks Freedom

Every revolution starts in the minds of the people

Skip to content
  • HOME
  •  
  • PODCAST
  •  
  • SUBSCRIBE
  •  
  • BIO
  •  
  • STORE
  •  
  • BOOKS
  •  
  • CONTACT

Episode 49 Propaganda on Overdrive for Covid and Ukraine with Mark Crispin Miller

 https://player.fm/series/series-3006169/episode-49-propaganda-on-overdrive-for-covid-and-ukraine-with-mark-crispin-miller



-------------------------------------------
(*) 
CONSULTE OS NÚMEROS ANTERIORES DA SÉRIE «PROPAGANDA 21»:

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/11/propaganda-21-n-11-farsa-da.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/10/propaganda-21-n10-como-desarmar.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/09/propaganda-21-violacao-das-consciencias.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/08/propaganda-21-n8-afeganistao-opio-e.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/08/propaganda-21-n-7-psicose-de-massas.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/08/propaganda-21-n6-como-se-fabrica-uma.html


https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/propaganda-21-n5-prof-miller-fomos.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/propaganda-21-n4-black-outs.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/propaganda-21-n3-tudo-e-propaganda-mas.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/propaganda-21-n2-realidade-conveniente.html

https://manuelbaneteleproprio.blogspot.com/2021/07/propaganda-21.html
Posted by Manuel Baptista at 15.3.22 1 comentário:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: condicionamento, COVID, educação, esquerda, Julian Assange, manipulação, media, narrativa, Prof. Crispin Miller, repressão

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

PROPAGANDA 21 Nº9: A VIOLAÇÃO DAS CONSCIÊNCIAS


 [Charles Sannat «Le Grenier de l'Éco»] O vídeo acima é uma muito útil chamada de atenção. Ele coloca a questão filosófica-política sobre «se sim ou não o fim justifica os meios», entre outras questões importantes. 
Também chama a atenção para clássicos da literatura associados com Propaganda, como George Orwell, Noam Chomsky e autores de ficção menos conhecidos, que nos podem iluminar uma reflexão nestes tempos conturbados.


Posted by Manuel Baptista at 6.9.21 2 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: Charles Sannat, condicionamento, ditaduras, Le Grenier de L'Éco, multidões, propaganda, totalitarismo

sexta-feira, 16 de julho de 2021

QUEM FOI EDWARD BERNAYS ... e porque é essencial conhecer sua obra

                       

Edward Bernays desempenhou um papel de grande relevo, em vários momentos da sua longa vida (1891 – 1995). Mas, hoje a sua obra tornou-se ainda mais importante. Neste mundo contemporâneo é essencial nos dotarmos de conhecimentos aprofundados sobre os media, a publicidade, os mecanismos do poder, as narrativas que distorcem a nossa perceção, a «lavagem ao cérebro» ou condicionamento, sobre tudo o que nos impeça de raciocinar, de ver a realidade.

Os que detêm o poder, não são nenhuns anjos. Eles não se coíbem de usar contra nós os consideráveis meios de que dispõem: meios económicos e financeiros, mas também meios humanos, com competências técnicas e científicas, ao seu serviço.

Vejam e oiçam este vídeo sobre Edward Bernays, o criador da disciplina designada por Public Relations ou «PR», expressão que veio substituir o termo «Propaganda», depois da IIª Guerra Mundial.  Com efeito, "propaganda" era um termo inicialmente neutro, que acabou por adquirir conotação pejorativa pelo seu uso e abuso, pelos governos e grandes corporações, na persuasão e condicionamento das massas. 

Ver também a discussão do livro de David Colon: «Propagande: la manipulation de masse dans le monde contemporain» (nas edições Belin)

Posted by Manuel Baptista at 16.7.21 2 comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: condicionamento, corporações, democracia liberal, Edward Bernays, governo, propaganda, public relations, sociedade do espetáculo

domingo, 3 de maio de 2020

ENTREVISTA DE DAVID ICKE, A 3 DE MAIO 2020, A BRIAN ROSE DE LONDON REAL

VEJA NESTE LINK:

https://londonreal.tv/1000000-fighting-for-freedom/
Posted by Manuel Baptista at 3.5.20 1 comentário:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels: Brian Rose, condicionamento, coronavírus, David Icke, liberdade de opinião, London Real, supressão das liberdades
Mensagens antigas Página inicial
Subscrever: Mensagens (Atom)

Publicação em destaque

ALASDAIR MACLEOD: O PLANO DA CHINA ENVOLVENDO OURO, PARA A ERA PÓS-DÓLAR

Alasdair Macleod descreve, com rara clareza, a realidade dos fracassos de Trump no domínio económico e financeiro.  Anteriormente ao 2º mand...

Pesquisar neste blogue

Translate

Arquivo do blogue

  • ▼  2025 (171)
    • ▼  junho (13)
      • OS ÚLTIMOS DIAS DE GAZA (POR CHRIS HEDGES)
      • ALASDAIR MACLEOD: O PLANO DA CHINA ENVOLVENDO OURO...
      • CORONEL MACGREGOR: «A CREDIBILIDADE DE TRUMP ACABOU»
      • JACQUES BAUD: AS BAIXAS RUSSAS E UCRANIANAS
      • A FALSIFICAÇÃO DA HISTÓRIA DOS HEBREUS COM OBJETIV...
      • ÀS PALAVRAS RENUNCIEI [OBRAS DE MANUEL BANET]
      • O OCIDENTE E A SÍNDROMA DE NEGAÇÃO DA REALIDADE
      • U.E DESTRÓI A DEMOCRACIA POR DENTRO
      • «A ORDEM A PARTIR DO CAOS» ?
      • COMENTÁRIO AOS ATAQUES COM DRONES UCRANIANOS, A BA...
      • VILLA-LOBOS e Música da América Latina (Segundas-f...
      • CRÓNICA DA IIIª GUERRA MUNDIAL (Nº44): «Morrer dua...
      • WARWICK POWELL: «PODEM FICAR COM VOSSOS DÓLARES; N...
    • ►  maio (32)
    • ►  abril (31)
    • ►  março (35)
    • ►  fevereiro (28)
    • ►  janeiro (32)
  • ►  2024 (338)
    • ►  dezembro (33)
    • ►  novembro (34)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (33)
    • ►  agosto (26)
    • ►  julho (34)
    • ►  junho (29)
    • ►  maio (26)
    • ►  abril (22)
    • ►  março (27)
    • ►  fevereiro (29)
    • ►  janeiro (14)
  • ►  2023 (374)
    • ►  dezembro (23)
    • ►  novembro (40)
    • ►  outubro (34)
    • ►  setembro (30)
    • ►  agosto (33)
    • ►  julho (33)
    • ►  junho (31)
    • ►  maio (27)
    • ►  abril (30)
    • ►  março (32)
    • ►  fevereiro (25)
    • ►  janeiro (36)
  • ►  2022 (358)
    • ►  dezembro (31)
    • ►  novembro (32)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (29)
    • ►  agosto (29)
    • ►  julho (22)
    • ►  junho (27)
    • ►  maio (34)
    • ►  abril (30)
    • ►  março (33)
    • ►  fevereiro (29)
    • ►  janeiro (31)
  • ►  2021 (340)
    • ►  dezembro (28)
    • ►  novembro (30)
    • ►  outubro (24)
    • ►  setembro (26)
    • ►  agosto (31)
    • ►  julho (31)
    • ►  junho (35)
    • ►  maio (28)
    • ►  abril (29)
    • ►  março (29)
    • ►  fevereiro (26)
    • ►  janeiro (23)
  • ►  2020 (343)
    • ►  dezembro (29)
    • ►  novembro (28)
    • ►  outubro (23)
    • ►  setembro (27)
    • ►  agosto (22)
    • ►  julho (25)
    • ►  junho (25)
    • ►  maio (35)
    • ►  abril (32)
    • ►  março (38)
    • ►  fevereiro (27)
    • ►  janeiro (32)
  • ►  2019 (340)
    • ►  dezembro (28)
    • ►  novembro (30)
    • ►  outubro (31)
    • ►  setembro (34)
    • ►  agosto (28)
    • ►  julho (22)
    • ►  junho (27)
    • ►  maio (30)
    • ►  abril (28)
    • ►  março (31)
    • ►  fevereiro (24)
    • ►  janeiro (27)
  • ►  2018 (332)
    • ►  dezembro (25)
    • ►  novembro (26)
    • ►  outubro (25)
    • ►  setembro (29)
    • ►  agosto (32)
    • ►  julho (30)
    • ►  junho (30)
    • ►  maio (27)
    • ►  abril (27)
    • ►  março (30)
    • ►  fevereiro (22)
    • ►  janeiro (29)
  • ►  2017 (321)
    • ►  dezembro (29)
    • ►  novembro (25)
    • ►  outubro (26)
    • ►  setembro (22)
    • ►  agosto (19)
    • ►  julho (35)
    • ►  junho (26)
    • ►  maio (31)
    • ►  abril (22)
    • ►  março (26)
    • ►  fevereiro (28)
    • ►  janeiro (32)
  • ►  2016 (160)
    • ►  dezembro (24)
    • ►  novembro (22)
    • ►  outubro (17)
    • ►  setembro (17)
    • ►  agosto (20)
    • ►  julho (16)
    • ►  junho (22)
    • ►  maio (22)

PÁGINAS

  • Aviso ao leitor
  • CRÓNICAS DA IIIª GUERRA MUNDIAL
  • OLHANDO O MUNDO DA MINHA JANELA
  • PROPAGANDA 21 - condicionamento de massas no séc. XXI
  • MITOLOGIAS
  • Segundas-feiras musicais (início: Maio 2024)
  • NO PAÍS DOS SONHOS
  • OPUS VOL. I (2016-2021)
  • OPUS VOL. II. (2022 - 2023)
  • OPUS VOL. III (2024)
  • Postfácio

MÚSICA NO BLOG

  • ATUAÇÕES AO VIVO
  • BACH & VIVALDI
  • HAENDEL
  • FROBERGER
  • JEAN-PHILIPE RAMEAU
  • CARLOS SEIXAS
  • AZNAVOUR
  • CHANSONS DE JACQUES BREL
  • GEORGES BRASSENS
  • FRANÇOISE HARDY - ULTIME HOMMAGE
  • Billie Holiday
  • Sarah Vaughan, the immortal
  • JAZZ SINGERS ANTHOLOGY [1]
  • JAZZ SINGERS ANTHOLOGY [2]
  • MEMÓRIAS - POP & ROCK
  • Dylan Originals
  • Dylan Songs Covers
  • TALENTOS LATINO-AMERICANOS
  • GUITARRA CLÁSSICA

Acerca de mim

A minha foto
Manuel Baptista
Ver o meu perfil completo

Número total de visualizações de páginas

I refuse to join any club that would have me as a member (Groucho Marx)
Tema Viagens. Com tecnologia do Blogger.