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terça-feira, 22 de outubro de 2024

Relatório Chris Hedges: A História Secreta do Neoliberalismo

EXCERTO DO DIÁLOGO ENTRE CHRIS HEDGES E GEORGE MONBIOT

(retirado de  https://consortiumnews.com/pt/2024/10/18/o-relat%C3%B3rio-de-chris-hedges-a-hist%C3%B3ria-secreta-do-neoliberalismo/ )

Chris Hedges: O neoliberalismo é uma ideologia furtiva, que imediatamente domina nossas vidas, mas existe em relativo anonimato. Seus efeitos reconfiguraram radicalmente as sociedades ocidentais por meio da desindustrialização, austeridade, privatização de serviços públicos, serviços postais, escolas, hospitais, prisões, coleta de inteligência, polícia, partes das forças armadas e ferrovias, além de gerar estagnação salarial e servidão por dívida. Ele deformou um sistema tributário e destruiu regulamentações para canalizar riqueza para cima, criando uma desigualdade de renda que rivaliza com o Egito faraônico. No entanto, o neoliberalismo permanece em grande parte não mencionado e não examinado, especialmente pela academia e uma média que foi capturada por uma classe dominante que lucra com a doutrina neoliberal.

O neoliberalismo estava por trás do colapso financeiro catastrófico em 2007 e 2008. Ele está por trás do aumento do subemprego e desemprego crônicos, do ataque ao trabalho organizado, da queda nos padrões de saúde e educação, do ressurgimento da pobreza infantil, da degradação do ecossistema e da ascensão de demagogos como Donald Trump e a extrema direita. No mundo do neoliberalismo, tudo, incluindo os seres humanos e o mundo natural, é uma mercadoria que é explorada até a exaustão ou o colapso. O neoliberalismo inverte os valores sociais, culturais e religiosos tradicionais. O mercado é Deus. Todos serão sacrificados diante do ídolo Moloch.

Esta insensibilidade fez com que centenas de milhões de pessoas no mundo industrial que foram privadas de seus direitos sucumbisse a doenças de desespero, incluindo suicídio, vícios, jogos de azar, automutilação, obesidade mórbida, sadismo sexual e um recuo para o fascismo cristianizado – o assunto do meu livro. América: a turnê de despedida. Ela eviscerou a autoridade moral e o papel tradicional do governo, reduzindo o governo a um sistema simplificado de controle interno e defesa nacional. Juntando-se a mim para discutir a ideologia do neoliberalismo está George Monbiot que, junto com Peter Hutchison, escreveu Doutrina Invisível: A História Secreta do Neoliberalismo.

Então, vamos começar com o livro, que, como eu disse antes de irmos ao ar, é, quer dizer, você é um jornalista, então você pode escrever... E essa ideia do anonimato do neoliberalismo, eu descobri e acho que você está certo, é aceite como uma espécie de parte da ordem natural sem ser mais questionada. Você escreve no começo do livro "Para lidar com o escopo e a escala muito maiores das transações, as nações coloniais estabeleceram novos sistemas financeiros que acabariam dominando suas economias, instrumentos de extração cujo uso se intensificou. Continua hoje com sofisticação cada vez maior, auxiliado por redes bancárias offshore."




terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

ASSANGE E APOIANTES LUTAM PARA EVITAR EXTRADIÇÃO PARA OS EUA


                                           Filmagem em direto no exterior do tribunal onde está a decorrer o julgamento de extradição de Julian Assange

Chris Hedges explica a importância deste recurso final de Assange, junto do tribunal britânico:

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Chris Hedges: «DOMÍNIO COLONIAL NA PALESTINA»


 Um documento importante, esta entrevista a Noura Erakat, jurista e professora na Univ. Rutgers (EUA), feita por Chris Hedges. Documenta mais de um século de colonização da Palestina. Indispensável para se compreender o presente.

quinta-feira, 8 de junho de 2023

O PROBLEMA DA CENSURA E PERSEGUIÇÃO DAS VOZES DISSIDENTES

 Muitas pessoas estarão de acordo em considerar a liberdade de opinião como pilar essencial das nossas sociedades ocidentais. Neste momento, desenvolve-se uma cruel e seletiva caça à dissidência, que tem como vítimas jornalistas, escritores e outras figuras públicas conhecidas, respeitadas e apreciadas. Perante isto, nota-se uma indiferença da cidadania e um olhar para o lado de pessoas metidas na luta política (leia-se política = meios de alcançar o poder). Não só são passivos perante esses crimes, como perante os  crimes que justamente foram denunciados pelos dadores de alerta (Assange, Snowden, etc, etc). Dessa forma, estão a dar cobertura aos senhores do poder, que irão «tratar-lhes da saúde», assim que tiverem a situação inteiramente sob controlo.

 Parece que muitos dos intelectuais dos países ocidentais ignoram os escritos de Hannah Arendt, e de muitos outros autores importantes, sobre a ascensão dos totalitarismos. Para mim, não é surpresa que os neoliberais os ignorem, quer no sentido de nunca os terem lido, ou de terem esquecido por conveniência (oportunismo) esses escritos fundamentais de reflexão em filosofia política. Mas, choca-me ainda mais que pessoas com elevadas credenciais académicas e culturais se comportem «como se» ignorassem tudo sobre a natureza dos sistemas totalitários, as suas manhas para subverter por dentro as democracias, etc. Será possível que esqueçam os contributos de Hanna Arendt, de Bertolt Brecht ou de Soljenitsin e de muitos outros, que seria demasiado longo citar?

O problema não é ter-se mais ou menos conhecimento: é muito mais central e premente. Tem relação com a dignidade e a coragem do ser humano; dizer-se «não colaboro, a minha consciência não mo permite»; ou «já não posso continuar sem fazer nada, como se nada houvesse, ou como se isso nada tivesse que ver comigo e com a sociedade em que vivo».

Eu compreendo melhor, agora, o desespero de Stefan Zweig, que o levou ao suicídio quando pensou que os nazis iriam vencer a II Guerra Mundial. Ele não queria viver num mundo assim. Também o existencialismo de Albert Camus, que teve a coragem de contribuir ativamente para a Resistência francesa durante a IIª Guerra Mundial.  Não cito aqui muitos outros, que merecem a nossa homenagem e são exemplos de dignidade humana e de elevado valor moral. 

A minha postura pode ser considerada estranha, face ao tempo em que vivemos. Pois eu sou testemunha, mas não participo nesta cultura hedónica, materialista (no sentido de procura dos bens materiais), de adoração do poder, do dinheiro, do «estrelato»... que é hoje o substrato cultural da maioria das pessoas.

 Mas, isto não acontece por acaso. Note-se que - por enquanto - o ensino nos países ocidentais não veicula estas ideologias - pelo menos, de um modo explícito. As religiões correntes nestas paragens (a cristã, mas também as outras), não encorajam, até condenam explicitamente, esta adoração do vitelo de ouro. 

Penso que a influência da comunicação social de massas é avassaladora e impregna, ao nível subconsciente, quase todas as pessoas: isto inclui, obviamente, pessoas inteligentes e de elevado nível cultural. Por isso, os verdadeiros donos deste mundo querem ter o controlo da media, sobretudo das redes sociais, como temos visto nos casos de Elon Musk, Marc Zuckerberg, etc.

A cultura das pessoas em Portugal tornou-se quase uniformemente ocidentalizada, assimilando a cultura anglófona, em particular a dos EUA, sob todos os aspetos; desde a música pop-rock, às modas de linguagem - a utilização do inglês no comércio e publicidade - aos valores ideológicos e aos modelos comportamentais das «stars». 

Por contraste, vai aumentando a ignorância do que seja português, ibérico, e de tudo o resto que não seja anglo-saxónico, mas europeu ou extraeuropeu. Isso faz com que tenham «uma vaga ideia», no melhor dos casos, das produções e personalidades que marcaram as outras culturas. 

 Não sou parcial, não tenho qualquer ódio e raiva aos americanos e ingleses, nem à maioria dos intelectuais, homens e mulheres com elevado padrão moral, além de talento. Eu aprecio a coragem de alguns jornalistas, ensaístas e políticos, dos EUA, como Chris Hedges ou como Paul Craig Roberts (e muitos outros). 

Criticar o imperialismo e a repressão aos «de baixo», não me afasta (ideológica e eticamente) deles; pelo contrário, isso aproxima-nos. O que há de bom na cultura anglo-saxónica, é por mim reconhecido, tanto em relação ao passado, como ao presente. De facto, o combate pela liberdade atravessa fronteiras geográficas ou físicas, mas também de cultura e ideológicas. 

A censura não é um «problema de intelectuais», porque o próprio âmago da liberdade está aqui em causa, a liberdade de todos; sejam de esquerda, ou direita; radicais ou conservadores; crentes ou ateus, etc...

     O autor, dramaturgo esquerdista, é acusado por tribunal de Berlim de «propaganda nazi»!

Se alguns são amordaçados por causa das suas ideias, daquilo que pensam e escrevem, então, qualquer um de nós pode também ser, de um momento para o outro. Estamos todos ameaçados. Estou convicto disso: a realidade tem trazido, ultimamente, imensas provas em apoio desta convicção.

quarta-feira, 19 de abril de 2023

Chris Hedges: HAITI - A INSURREIÇÃO IGNORADA E DIFAMADA

 


terça-feira, 6 de setembro de 2022

POR QUE RAZÃO A MEDIA PROPAGA FALSAS NARRATIVAS DA GUERRA NA UCRÂNIA


 
PROGRAMA DE CHRIS HEDGES: A Ucrânia e a crise de censura da media

Durante a guerra da Ucrânia, as instituições de notícias do Ocidente têm papagueado sem critério as opiniões da elite governante e veiculado uma narrativa desligada do mundo real.
Patrick Lawrence foi colunista e correspondente, durante cerca de 30 anos, para os jornais «Far Eastern Economic Review», «International Herald Tribune» e «The New Yorker».
Patrick fala no vídeo de sua experiência como correspondente em Portugal na revolução dos cravos.
Ele é autor dos livros «Somebody Else's Century: East and West in a Post-Western World» e de «Time No Longer: America After the American Century.»

Veja «Chris Hedges Report» ao vivo no YouTube, em estreia às 6ªf., no site de «Real News Network»: https://therealnews.com/chris-hedges-report

terça-feira, 29 de março de 2022

QUANDO A CENSURA SE TORNA PARTE DA «GOVERNANÇA GLOBAL»

 Já se sabe que há uma censura cada vez maior nas chamadas redes sociais, nas plataformas controladas pelos gigantes tecnológicos. Existe também uma íntima relação destas empresas globais com o governo, em particular, o dos EUA. Estão criadas as condições para um controlo totalitário. 

Esse controlo exerce-se até em relação ao que foi produzido no passado. Nos regimes totalitários Estalinismo, Nazismo... ou na ficção de George Orwell «1984», o passado era reescrito ao sabor das conveniências da clique no poder. 

Chris Hedges viu todas as suas produções em vídeo serem eliminadas. Tinha acumulado vídeos com entrevistas de toda a espécie, não apenas a políticos, como a figuras da cultura, etc. Todo esse trabalho e documentação foi apagado pela Google (proprietária do Youtube). 

Isto parece uma punição por aquilo que Chris Hedges pensa, uma perseguição indiscriminada, mas é precisamente aquilo que os regimes totalitários costumam fazer.



“The moment we no longer have a free press, anything can happen,” Hannah Arendt warned.

“What makes it possible for a totalitarian or any other dictatorship to rule is that people are not informed; how can you have an opinion if you are not informed? If everybody always lies to you, the consequence is not that you believe the lies, but rather that nobody believes anything any longer. This is because lies, by their very nature, have to be changed, and a lying government has constantly to rewrite its own history. On the receiving end you get not only one lie — a lie which you could go on for the rest of your days — but you get a great number of lies, depending on how the political wind blows. And a people that no longer can believe anything cannot make up its mind. It is deprived not only of its capacity to act but also of its capacity to think and to judge. And with such a people you can then do what you please.” 

quinta-feira, 20 de maio de 2021

[Chris Hedges] IMPÉRIO DOS EUA, A UMA DÉCADA, DUAS NO MÁXIMO, DO COLAPSO

O império americano está acabado... o jornalista americano Chris Hedges, no seu livro de 2018, «America The Farewell Tour» e nesta entrevista a uma estação de rádio canadiana, prevê que numa década, no máximo, em duas, a América deixará de ser o superpoder dominante no mundo.


COMENTÁRIO

Pessoalmente, acho que Chris Hedges dá demasiado tempo para o colapso ocorrer. O que é curioso, pois ele faz um diagnóstico correto da deliquescência da sociedade americana, dos valores morais nos quais se fundamenta e dos outros aspetos que são fundamentais para o bem-estar duma sociedade (sistemas de saúde, educativo, etc...). 
Ora, a força dos EUA - desde os anos 1940 - era dupla: a hegemonia militar, por um lado, e por outro, a hegemonia sobre o sistema económico e financeiro mundial.
- No campo das armas mais sofisticadas, a Rússia e a China estão na dianteira: por este motivo, é impossível, em termos práticos, os EUA tomarem a iniciativa da guerra contra estes poderes. 
Quanto às guerras à escala regional, desde há muito tempo, os EUA não ganharam uma única guerra: a guerra do Vietname foi uma derrota humilhante; a guerra do Afeganistão apenas consolidou a rejeição dos EUA na Ásia Central e mostrou que os EUA (e aliados da NATO) são incapazes de subjugar um país, mesmo o mais pobre do mundo. 
Quanto ao Iraque, foi um desastre total. Além de ser uma mancha, com todos os crimes pelas forças americanas e britânicas, fez com que o Irão tivesse influência no Iraque, como jamais teve. 

- Quanto ao controlo do mundo económico e financeiro: Tenha-se em conta que os EUA deram o primeiro passo, com o renegar dos compromissos de Bretton Woods, em 1971. 
Desde então, a perda de influência do dólar tem ido de par com o aumento da fatia de investimento internacional e de comércio, da China. Nos últimos trinta anos, o tecido produtivo dos EUA foi literalmente esvaziado da sua base industrial (à exceção das indústrias de guerra), pelo que a sua fraqueza é patente nos mais diversos aspetos. 
Por exemplo, a ruptura recente (causada pela crise do COVID) dos circuitos de abastecimento, tem afetado profundamente a produção e o consumo na América. Outro exemplo, é a resposta caótica e ineficaz à pandemia de COVID, o que demonstra a incapacidade estrutural do poder nos EUA, em fazer algo de positivo para as massas desapossadas. Somente os muito privilegiados usufruem de cuidados de saúde decentes... 
Podia continuar a citar exemplos* de decadência, que mostram que o fim não está por décadas, mas por anos ... Podem pensar que isto é «tomar os desejos por realidades» da minha parte, mas não é. Fico muito preocupado, não pelo colapso do império americano em si, mas pela fuga para a frente dos líderes, que veem o controlo da situação escapar-lhes totalmente e que podem precipitar um confronto bélico global, com o risco de guerra nuclear. 

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*Veja os parâmetros macro económicos mais importantes na tabela abaixo:
              Retirado de https://goldswitzerland.com/everything-is-on-fire/

After the Gold window was closed in 1971, US federal and total debt as well as money supply has gone Exponentially Parabolic and the dollar, the world’s reserve currency has lost 98%.

US Federal Debt up 74X
Total US debt up “only” 49X
M2 Money Supply up 29X>

Debt to GDP 1971: 37% – 2021: 127%


terça-feira, 2 de outubro de 2018

O QUE ACONTECEU NA CRISE DE 2008 E NO «SALVAMENTO» DO SISTEMA


Nomi Prins é uma autora muito importante, cujos livros são «best sellers» (merecidamente). 
Ela explica nesta entrevista com Chris Hedges, com imensa clareza, o que se passou e ainda passa,  aquando do «salvamento» em 2008, da banca pelos governos e bancos centrais: 
Como é que a criação de «dinheiro grátis» (o famoso «quantitative easing») para as grandes instituições bancárias, foi - na realidade - um gigantesco imposto sobre todos nós, o povo, os produtores. 
Esclarece também como isso está relacionado com as políticas de austeridade impostas, sobretudo nos países mais frágeis, como o Brasil e os membros da UE da Europa do Sul. 

A próxima depressão será muito mais séria que a de 2008 - segundo Nomi Prins - por causa dos muitos triliões criados a partir de nada e que se mantêm nos livros de contas dos bancos centrais. Estes ficaram com os activos podres que os bancos comerciais tinham acumulado e emprestaram-lhes triliões, a juro virtualmente zero. 
O efeito dessas operações foi uma transferência maciça e concentração brutal de riqueza nas mãos dos que já eram muito ricos . 

domingo, 29 de julho de 2018

O CULTO DO EGO: «GENERATION SELF»

Laureen Greenfield discute com Chris Hedges o culto do indivíduo, o hedonismo, em torno do filme realizado por ela.
Uma cultura que se difundiu pelo mundo.


domingo, 3 de dezembro de 2017

CÂMBIO TECTÓNICO NA GEOPOLÍTICA MUNDIAL

...Este câmbio, da maior importância, é passado sob silêncio.

As pessoas, no Ocidente, são condicionadas pela pseudo-informação da media corporativa, que faz tudo para ignorar, minimizar, ou dar uma visão distorcida, das iniciativas dos BRICS e de muitos outros países (mais de 60), que se têm unido a estes, quer no Banco de Investimento Asiático, quer na Belt and Road Iniciative. 

Os BRICS, em Novembro, estabeleceram entre eles que suas trocas comerciais não estariam mais dependentes do dólar, criando uma nota de crédito remível em ouro. Estas mudanças são descritas como tectónicas, analogamente à tectónica de placas da Geologia, porque mudam bruscamente o equilíbrio entre agrupamentos de Nações, propiciando que novos «continentes» se formem e que antigos se dissociem.

Creio que ainda tenho boas hipóteses de ver uma transformação geopolítica no mundo, talvez o início duma nova civilização, como resultado da transição dum mundo unipolar, para um mundo multi-polar. 

O vídeo abaixo, em que Alfred McCoy é entrevistado por Chris Hedges, dá-nos uma rápida panorâmica do declínio do império americano e aponta alguns dos fenómenos na sua origem:

https://www.truthdig.com/videos/chris-hedges-historian-alfred-mccoy-irrevocable-decline-american-empire-video/


O artigo do Asian Times, de Pepe Escobar, analisa qual a razão estratégica pela qual a China lançou a iniciativa «Belt and Road», a Nova Rota da Seda, e os seus rápidos e surpreendentes progressos. 
A filosofia por detrás deste empreendimento é simplesmente a da obtenção de vantagens mútuas para os parceiros envolvidos. Assim, a Geórgia, apesar de influenciada pelos EUA e candidata a entrar na NATO, por um lado, está participando, por outro lado, no projecto da Nova Rota da Seda, o qual lhe permitirá aproveitar o seu potencial como encruzilhada entre a Ásia e a Europa. Mas o artigo tem muitos outros aspectos interessantes.

http://www.atimes.com/article/caucasus-balkans-chinas-silk-roads-rising//




Finalmente, o artigo abaixo, de uma revista do MIT, expõe os avanços dos supercomputadores chineses em relação aos dos EUA. Esta vantagem é significativa, quer em termos de potência, rapidez, ou de capacidade total de armazenamento de dados. 
Este facto não é apenas relevante enquanto constatação da excelência da ciência e tecnologia chinesas; também mostra que, no plano científico e tecnológico, os EUA foram ultrapassados. 

https://www.technologyreview.com/the-download/609468/america-just-cant-match-chinas-exploding-supercomputing-power/


Em termos militares, segundo tenho lido, significa uma superioridade dos chineses em sistemas de detecção precoce da rota de mísseis inimigos e do cálculo automático das rotas que deverão tomar os mísseis, para furar os dispositivos anti-míssil dos adversários. 
Pela primeira vez, peritos militares dos EUA reconhecem que o «Ocidente» (EUA e aliados) não pode ter a certeza de que ganhará - calculam com grande probabilidade cenários de derrota ocidental - em confronto militar directo com as outras super-potências, Rússia e China.