- Fica claro, sublinha o Pastor Isaac, «os palestinianos estão do lado de fora do círculo. Temos vindo a afirmá-lo - os Direitos Humanos não se aplicam a nós, nem sequer a compaixão»
in The Meaning of Christmas (w/ Rev. Munther Isaac)
- Fica claro, sublinha o Pastor Isaac, «os palestinianos estão do lado de fora do círculo. Temos vindo a afirmá-lo - os Direitos Humanos não se aplicam a nós, nem sequer a compaixão»
in The Meaning of Christmas (w/ Rev. Munther Isaac)
O bitcoin e outras cripto moedas são uma miragem; a maior aldrabice que inventaram para expoliar milhões de pessoas das classes médias, nos diversos países.
Um meio de conservação de valor e de troca não pode ser algo que depende do funcionamento da corrente elétrica. Não serve ser possuidor de criptomoeda que depende totalmente da Internet, se houver interrupção longa do regular funcionamento da corrente eléctrica, causada por fenómenos naturais, como um tornado, ou ações humanas (uma guerra, sabotagem terrorista, etc.).
Não pode ser um ativo «seguro», algo que está sujeito a múltiplas situações de «hacking», por mais que a indústria das criptodivisas e seus apologistas o escondam ou minimizem. Aquilo que transparece, porém, justifica um cuidado redobrado. Um investidor deve ter uma avaliação séria dos riscos: Hoje em dia, há demasiada incerteza em relação ao funcionamento dos instrumentos financeiros digitalizados. Nada é inviolável: Desde o smartphone, às redes de comunicação dos bancos, desde computadores de agências de espionagem, aos das grandes empresas ou até mesmo, aos centros de comando militares. Não existe método para tornar inviolável uma mensagem encriptada; somente se pode tornar mais difícil a sua desencriptagem.
Sobretudo, os possuidores de criptomoedas têm a ilusão de que algo de natureza especulativa pode ser repositório fiável de valor. Esta ingenuidade está muito ancorada na mentalidade das jovens gerações, que cresceram com a Internet.
O que faz das criptomoedas em geral e do bitcoin, em particular, um ativo especulativo, é o seguinte: Na ausência dum meio automático e garantido de conversão do seu valor pontual, em divisa reconhecida oficialmente, como é o caso das cotações das divisas «fiat» e dos metais preciosos, a criptodivisa só tem um determinado valor de troca no momento em que comprador e vendedor se põem de acordo para a transação. Mas, no momento seguinte, a cotação pode sofrer uma variação brutal. As criptodivisas não podem, de facto, ser repositórios fiáveis de valor, são demasiado voláteis.
Só por estupidez, certas pessoas excluem a possibilidade dos governos decidirem que as criptodivisas passam a ser ilegais como forma de pagamento, não apenas ao Estado, mas também em todas as transações privadas. Nessa altura, para que servirão as criptodivisas? Isto não é improvável, pelo contrário, pois nenhum Estado prescinde* do direito de «cunhar moeda própria», é uma inalienável prerrogativa de soberania.
Logo que sejam lançadas as divisas digitais emitidas pelos bancos centrais, os CBDC, o destino das criptodivisas está traçado. De resto, só em circunstâncias muito especiais, poderá haver moedas concorrentes num mesmo Estado: Numa guerra ou guerra civil, aquando dum colapso económico, ocorre sempre o desenvolvimento dum mercado de divisas paralelo. No entanto, logo que a situação nesse Estado se normalizar, a probição de transacionar noutra coisa que não seja a moeda nacional, será de novo efetiva e compulsivamente aplicada.
Na economia mundial e em especial na UE pode-se constatar que se está numa situação de recessão ou mesmo de depressão. A única forma segura de preservar o capital adquirido anteriormente à crise, é transformá-lo em ativos não financeiros.
As obrigações, as ações, os derivados, os fundos de investimento, as contas bancárias, estão todos sujeitos a perdas desastrosas, sobretudo para aqueles que tiverem a sua riqueza concentrada nestes ativos. Pelo contrário, as casas, os terrenos, as explorações agrícolas, os objetos de arte (cotadas no respectivo mercado), as pedras preciosas, as joias e os metais preciosos (ouro, prata, platina, paladium) estarão resguardados de oscilações extremas. Estes valores tangíveis poderão atravessar a crise sistémica global que estamos a viver e readquir o seu valor. Poderão ser, nessa altura, vendidos com lucro ou, pelo menos, por um valor real** semelhante ao da aquisição.
Na prática, as pessoas precisam de ter uma conta bancária e algum dinheiro em notas, para o dia-a-dia. Mas, as poupanças e investimentos de natureza financeira, poderão simplesmente desaparecer na voragem de uma crise.
Segundo os seus defensores, o bitcoin e outras cripto, seriam «ouro digital», investimento totalmente «seguro», que não pode perder o seu valor... Estas mentiras podem levar à ruína os ingénuos.
Mas basta observar em que os multimilionários, investem: Eles têm sempre uma parte muito substancial da sua fortuna em bens materiais: Dos investimentos imobiliários, às terras agrícolas, das obras de arte, aos metais preciosos.
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* Aliás, é por isso que o euro não foi adoptado por certos países da União Europeia que tinham as condições para o fazer.
** O valor real ou de mercad0; o que vale no mercado, um bem ou divisa num dado momento.
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A Todos/as meus leitores/as, meus desejos de um Natal com a Família, os Amigos e com Esperança.
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Reflexão : DIZ-SE QUE «A HORA DE MAIOR ESCURIDÃO É A QUE ANTECEDE A MADRUGADA»
Gadus morhua (o bacalhau)
Os portugueses sabem: O bacalhau tem, em terras lusas, o cognome de «fiel amigo». Este cognome não lhe é conferido em vão. Muitos tiveram e têm nutrição adequada em proteína e noutros nutrientes, graças ao peixe seco e conservado por salga que, depois de demolhado, pode ser cozinhado, literalmente, de mil e uma maneiras diferentes.
Seco, salgado e dependurado...
Quem é tradicionalista, em termos culinários, não dispensa o bacalhau cozido na ceia de Natal, acompanhado com couves e batatas cozidas. Condimentado com bom azeite, este prato honra a mesa da Consoada nos lares portugueses, desde tempos imemoriais. Mas, a verdade é que os portugueses consomem bacalhau em qualquer altura; é um prato tradicional e quotidiano, não apenas da época natalícia.
«Fiel amigo» depois de cozinhado...
O documentário abaixo fala da importância do bacalhau na história dos povos basco e viking, em particular. Os peixes em salga e o bacalhau também devem ter desempenhado um importante papel na alimentação das tripulações durante as viagens ultramarinas dos portugueses. Além de que, durante séculos, foi crucial na alimentação das classes populares. Estas, não tinham o poder económico para consumir carnes, ou peixes frescos. Graças ao bacalhau, muitos pobres não sofreram de insuficiência proteica e das doenças associadas.
A epopeia da pesca do bacalhau está relacionada, no documentário, com os mais diversos eventos políticos, guerras, comércio, tráfico de escravos, etc. É uma magnífica resenha histórica, que explica porque as zonas atlânticas ricas em bacalhau, no Canadá, ao largo da Terra Nova, foram tão cobiçadas. O documentário condensa, em 1 hora e 45 minutos, mais de nove séculos de História. No final, teremos de nos render à evidência: O bacalhau é o REI do ATLÂNTICO !
[Foto abaixo, do artigo de Jonathan Cook: https://consortiumnews.com/2023/12/14/west-fears-atrocity-upsurge-while-ignoring-gaza/ ]
É MUITO PERIGOSO PROVOCÁ-LO;
SUAS IMPRECAÇÕES ECOAM NO TEMPO
SAIBAM QUE SALADINO ESTÁ VIGILANTE
COM ALÁ E TODA A IRMANDADE.
SERÁ DO RIO ATÉ AO MAR
QUE SE TINGIRÃO AS TERRAS
DE SANGUE JUDEU, ÁRABE, BERBER
TERRAS ONDE HÁ DOIS MILÉNIOS
NASCEU O NOSSO SALVADOR
(SIM, O NOSSO SALVADOR:
PARA OS «CAVALEIROS»
OLIGARCAS DE HOJE,
É TIDO COMO RELIGIÃO
DE POVOS ATRASADOS,
LÁ DA IDADE MÉDIA)
SÓ SEGUEM O DEUS DÓLAR
O DEUS DOS BANQUEIROS
TUDO O RESTO, VARRIDO:
HUMANISMO, VARRIDO
COMPAIXÃO, VARRIDA
VIRTUDE, VARRIDA
HONRA, VARRIDA
LEALDADE, VARRIDA
SE ALGUMA FÉ TIVEREM
ELA TEM COMO DEUS, BELZEBU.
(NÃO CREIO QUE SEJA LÚCIFER,
O PORTADOR DA LUZ:
COSTUMAM CONFUNDIR TUDO
E TROCAR OS NOMES.
EU NÃO ACREDITO,
PORQUE OS QUE HOJE TRIUNFAM,
SÃO PORTADORES DE TREVAS,
NÃO DE LUZ.)
ESTAMOS REALMENTE
NO CORAÇÃO DAS TREVAS
HOLOCAUSTO BRUTAL, ABSURDO
SOFRIMENTOS INFINITOS
DE INOCENTES, SACRIFICADOS
PELOS CRIMES DE SEUS EXECUTORES
PARA OS GENOCIDAS SACRIFICADORES
DE CRIANÇAS, NÃO HAVERÁ PERDÃO;
QUALQUER QUE SEJA A RELIGIÃO
É PORTADORA DE PADRÃO ELEVADO
DE JUSTIÇA, DE NOBREZA DO CORAÇÃO
NÃO HÁ RELIGIÃO OU ÉTICA
EM TUDO O QUE É FEITO
PELO DINHEIRO,
PELO OURO NEGRO,
PELO PODER DESPÓTICO
SOBRE OS OUTROS
(O NATAL DE HOJE,
ESTÁ CONFINADO
AOS CRISTÃOS DO LEVANTE
QUE SOFREM NA INDIFERENÇA
DOS PAÍSES «CRISTÃOS»
RICOS E CORRUPTOS)
OS CRISTÃOS DA SÍRIA, DO EGIPTO,
DA PALESTINA, INCLUINDO ISRAEL
DA TURQUIA, DA JORDÂNIA, DO IRAQUE
VIVEM COMO BONS VIZINHOS COM MUÇULMANOS
INFELIZMENTE, VIERAM FALSOS CRISTÃOS
OS VERDADEIROS APÓSTATAS,
PARA ESMAGAR, VIOLAR, DESMEMBRAR
E INCENDIAR SUAS TERRAS E CIDADES
JAMAIS HAVERÁ PERDÃO, NO MEU ESPÍRITO,
PARA O MAL QUE FIZERAM OS FALSOS CRISTÃOS.
ELES, QUE SE DIZEM CRISTÃOS E FAZEM
O CONTRÁRIO DO QUE JESUS PREGOU
SÃO OS MAIORES INIMIGOS DA RELIGIÃO,
DEUS LHES PERDOE, SE ESTE FOR O SEU DESEJO,
MAS EU PREFIRO ESTAR DO LADO DA RAZÃO
DA JUSTIÇA, DA BONDADE, DA HUMANIDADE
O MEU NATAL É DE DOR E TRISTEZA,
SÓ HOMENS E MULHERES
DE CORAÇÃO AUTÊNTICO, ME ALUMIAM!
OS HIPÓCRITAS, POR MAIS LUZES QUE
ACENDAM EM SEUS LARES E IGREJAS
ESTÃO MERGULHADOS NAS TREVAS.
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NB: Poesias publicadas neste blog desde 2022Com efeito, a adição de compra compulsiva é uma patologia muito séria e mais banal que outras adições que não envolvam ingestão de «drogas». Mas, o sistema de escravização do consumidor consegue desenvolver técnicas para o aumento de sua adição.
Por exemplo, as luzes e decorações de Natal nas ruas, nos centros comerciais e nas montras: São, afinal, a criação de um ambiente «feérico» que faz as pessoas quererem voltar à infância e deixarem-se arrastar por impulsos de consumo. Este impulso pode ser motivado por desejo de satisfazer entes queridos (o Natal como festa da Família), mas também aqui se trata de uma relação falseada, porque mediada pela mercadoria. Em geral, quer em ocasiões «normais» ou «especiais», o impulso obsessivo de comprar, desencadeia compras inúteis, que desequilibram o orçamento pessoal.
B- Um símbolo de status; por isso é que bugigangas produzidas em série, são publicitadas como algo «exclusivo». De facto, a adição às compras é cuidadosamente cultivada pelos órgãos de comunicação social de massas, cujos rendimentos são resultantes da publicidade, sobretudo.
O contexto da sociedade mercantil hipervaloriza a aquisição e acumulação de objetos: As pessoas têm uma relação doentia com a posse de certos objetos, em especial se forem caros, de luxo, de «prestígio».
Os objetos a que me refiro, não são adquiridos por necessidade ou conveniência, são como um «investimento» afetivo e promocional.
- Auto-Afetivo, porque as pessoas (simbolicamente) estão a remunerar ou a recompensar, a si próprias.
- Auto-Promocional: Ao exibirem algo ostensivamente caro. Esses itens - mesmo que sejam de pouca ou nenhuma utilidade - estão a exibir a elevada capacidade aquisitiva de seu possuidor.
Numa sociedade onde a aparência é tudo, onde ser economicamente bem sucedido, é ser uma «celebridade» e passar a fazer parte da «elite», mesmo que seja de maneira efémera, as pessoas não conseguem amadurecer o seu ego. Permanecem bloqueadas nos afetos infantis, tanto no que respeita à «gula» de compras, como à gula de comida.
Repare-se nas seguintes situações:
- A epidemia de obesidade (sobretudo, nas camadas menos abonadas),
- A atitude hedónica, não apenas de adolescentes como de adultos (= adolescentes mentais),
- O crescente número de pessoas que ficam endividadas em excesso, usando cartões de crédito,
Todos estes (e muitos mais), são exemplos bem visíveis de patologias sociais. Todos são característicos da chamada sociedade de consumo. Por contraste, as características acima não se observam nos períodos históricos anteriores à revolução industrial, ou nas sociedades que - ainda hoje - subsistem fora do modelo dominante.
A alternativa não reside na pobreza voluntária, ou noutro tipo de autoflagelação, para combater os males sociais. É fundamental educar-nos e educarmos as jovens gerações, para não cairmos no ciclo infernal do «consumo pulsional».
Além disso, temos de compreender que as soluções boas para o ambiente, para a sustentabilidade da biosfera e para uma sociedade harmoniosa são incompatíveis com o capitalismo.
É um facto, que o capitalismo precisa do sobre- consumo desenfreado. Por muito que mostrem preocupações «ecológicas» e «socialmente responsáveis», os comerciantes e os industriais só são verdadeiramente movidos por uma coisa, o lucro.
Não é de admirar, pois o modelo de economia e sociedade capitalista, é exatamente aquele que endeusa o indivíduo que enriquece, seja lá por que meios for. Desde que seja rico/a, é uma pessoa interessante, inteligente, etc. Portanto, as pessoas - mesmo que não sejam comerciantes ou industriais - são fortemente encorajadas a procurar enriquecer-se, sem olharem demasiado aos meios.
A ostentação, o consumo de luxo, o consumo hedónico, são o símbolo e o triunfo desejado pela maior parte das pessoas, dentro do modelo económico e social capitalista.
Que sentido tem para mim, a história do nascimento de Jesus: Foi assim, foi assado?
- Mas, afinal, já não tenho dúvidas, nenhumas, desde que vi a manjedoura, as palhinhas onde repousou o Salvador e nos disse:
«Aqui estou, entre vós
Humilde e humano
Sem mal ou astúcia
Enviado pelo nosso Pai
Que vós, meus irmãos,
Escutais ou esqueceis,
Mas que não adorais,
Não seguis, nem amais!»
Mais, não me disse Ele. Fechou-se o pedaço de céu aberto, na grisalha de Dezembro.
Paciente vou caminhando. O Tempo Novo virá, Ele nos prometeu!
Manuel Banet
Murtal, Parede, 05-12-2021