Temo que se trate de um rastilho para uma explosão de violência, a calculada jogada do Governo dos EUA, dominado pelo lóbi pró-Israel, de transferir sua embaixada em Israel, de Tev-Aviv para Jerusalém.
Compreendamos que esta manobra está carregada de simbolismo e tem uma mensagem clara de incondicional apoio à agenda sionista, a todos os níveis, mesmo com violação do estatuto de Jerusalém como «cidade santa».
O Papa reagiu e bem. Mas devemos ter em conta os fanáticos das religiões monoteístas, que se combatem uns aos outros, durante séculos; são eles que estão em pé de guerra.
Não que - no fundo - lhes interesse preservar o estatuto religioso deste local, como confluência das três grandes religiões monoteístas, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo! Mas, como luta para preservar situações:
- a situação colonial herdada da declaração Balfour (que agora completou um século), em que a Palestina é dada a colonos judaicos, de origem europeia, o monopólio sobre um território antes debaixo do império Otomano.
- a situação de um país - a Palestina - que tarda em ser reconhecido plenamente, devido à insistência da super-potência dominante em jogar o jogo dos colonialistas sionistas.
- por fim, a situação de permanente desautorização a que chegou a ONU, neste assunto da Palestina, mas que se alarga a outros.
Que eles (os dirigentes de Washington coligados com os sionistas) façam isso sob chantagem ou voluntariamente... não tenho a certeza, mas é secundário!
Vejo que não existem reais boas vontades, de parte a parte; existe rancor acumulado e a «política do facto consumado».
Estamos perante mais um desenvolvimento da longa «guerra assimétrica», de libertação (incompleta) de uma situação colonial.
- Os passos que a resistência palestiniana possa dar, têm de ser muito cuidadosos, para não cair numa armadilha, preparada pelos sionistas, com o beneplácito dos seus mentores, em Washington.
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