sábado, 1 de fevereiro de 2025
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
ARTE, NEGÓCIO, RUSSOFOBIA E ... PALHAS
Um dos mais interessantes fenómenos na arte, é quando ela se autonomiza dos chamados «mercados», que apenas são a ditadura dos marchands e das casas de leilões mais afamadas, para venderem, seja o que for!
Monet e os montes de palha no meio dos campos, ou a arte de impressionistas russos seus contemporâneos, aproveitando o mesmo tema, são obras com mais de um século.
A arte russa, no entanto, está sendo excluída dos circuitos do mercado internacional de Arte, pois vários intervenientes querem destruir tudo o que existe da cultura russa, uma parte integrante da civilização europeia (quer queiram, quer não!), com o seu «ódio de Putin».
Fui buscar as imagens ao excelente blog DANCE WITH BEARS, do veterano correspondente em Moscovo, John Helmer (de nacionalidade australiana).
O que me interessa realmente é a beleza. É compreender a estética e o espírito das obras: O valor intrínseco e imaterial destas obras. Os «críticos de arte» que se deixam tomar pela paixão do momento, são «moscas» que pousam sobre um quadro, uma gravura, uma escultura... enxotem tais moscas, não deixem que elas pousem e depositem seus fétidos ovos de ódio, nas obras e nos olhares inocentes!
Foi dos primeiros quadros de Monet representando montes de palha. Foi adquirido por Sergei Shchukin para sua coleção em Moscovo; encontra-se agora no Hermitage, em São Petersburgo.
Alexei Savrasov: Fim do Verão na região do Volga, 1873 (Galeria Tretyakov, Moscovo)
quarta-feira, 26 de janeiro de 2022
AQUILO QUE NÃO TEM PREÇO [entrevista a Annie Le Brun]
domingo, 12 de dezembro de 2021
EXPOSIÇÃO DE PINTURA E ARTES PLÁSTICAS DE BOB DYLAN, EM MIAMI
Bob Dylan, Sunset, Monument Valley (2019)
Bob Dylan, artista plástico: «Quando irei mostrar a minha obra-prima?»
quarta-feira, 10 de novembro de 2021
WAGNER E O NAZISMO
Estas notas são um comentário após leitura do muito bem documentado ensaio de Brenton Sanderson:
Evil Genius - Constructing Wagner As Moral Pariah
Aprecia o belo, naquilo que ele tem de mais espiritual.
Despreza a pequenez, a necessidade dos medíocres em rebaixar o génio humano, de o transportar para a trivialidade de suas paixões «de cozinha».
Como sabemos, existem inúmeras obras-primas da escultura, arquitetura, ou doutras artes, das quais não sabemos - nem teremos jamais conhecimento - sobre quem as fez, muito menos que vida levou e quais os seus pensamentos. Mas, nós apreciámo-las sem nos preocupar com outra coisa senão com a estética.
Por que motivo, temos de apensar o cunho, o ferrete, de uma ideologia, às obras de autores que viveram em tempos não muito recuados?
Sabemos muitos detalhes biográficos sobre artistas que viveram há duzentos anos, ou há menos tempo. É natural que muito tenha permanecido, que os eruditos tenham conseguido desenterrar vários documentos sobre génios ou talentos celebrados.
Temos curiosidade em conhecer as biografias dos nossos compositores preferidos. Construímos uma imagem das personalidades que estiveram na origem das obras-primas que mais apreciamos. Não são imagens reais; são apenas imagens que satisfazem os estereótipos, que permitem reforçar o mito em torno de tal ou tal artista.
Através de tais biografias, os seus autores contemporâneos (ou não), dos artistas cuja vida eles descrevem, vão tentar moldar os acontecimentos para se coadunarem melhor com a imagem que eles próprios possuem dos tais ídolos.
Também surgem casos de personagens biografados, quase sempre, de um modo negativo. Um caso extremo, é o de Wagner e do seu (real) antissemitismo.
«Hitler foi o grande inspirador de Wagner» seria tentado a dizer ironicamente, para caracterizar as inúmeras biografias que enfatizam Wagner como um «precursor» do nazismo.
Nada mais idiota, não mostram uma mínima compreensão da ideologia antissemita, tão disseminada e tão evidente, em grande parte dos meios intelectuais e de elite no século XIX. É um anacronismo absurdo, um erro crasso, se nós quisermos acreditar na boa-fé dos autores.
Porém, tal não é possível, na verdade. Não podemos ingenuamente «perdoar» os tais críticos. Pois, realmente, para estes, trata-se de afirmar o «politicamente correto» de uma forma bem pouco arriscada, indo ao encontro do preconceito, reforçando-o.
Por exemplo, que a música de Wagner era «adorada» pelos nazis, é falso, totalmente. E depois, mesmo que tal fosse o caso, que culpa teria Wagner disso, tendo ele vivido no século XIX e morrido em 1883?
Aquilo que me cansa é a constante etiquetagem que outros fazem e as pessoas aceitam como sendo «cultura», quando afinal não é mais do que transposição de preconceitos, ódios e amores, frustrações e desejos, pessoais do próprio crítico, para o campo da crítica de arte.
As opiniões de certos críticos sobre tal ou tal artista do passado ou presente, são muito reveladoras, mas da personalidade de quem emite estes juízos críticos!
Eu adoro Wagner, em particular, as canções a Wesendonck , a abertura da ópera de «Die fliegende Hollaender/ The Flying Dutchman» e o prelúdio a «Tristão e Isolda».
Isso faz de mim, um nazi? Só totalitários, afinal (quaisquer que sejam as ideologias que afixem) podem pensar tal coisa!
quinta-feira, 10 de junho de 2021
ESCULTURA IMATERIAL: ESTUPIDEZ TERÁ LIMITES?
POR PAUL JOSEPH WATSON*
terça-feira, 27 de outubro de 2020
«O COLOSSO» de Francisco de Goya
«O Colosso» de Francisco de Goya
quinta-feira, 27 de dezembro de 2018
NA AVENTURA HUMANA, A ARTE COMEÇOU MAIS CEDO DO QUE SE PENSAVA...
A gruta de Chauvet (em França) foi datada em cerca de 35 mil anos. Muitos outros vestígios de arte rupestre europeia pertencem a épocas mais recentes, como é o caso de Lascaux, Altamira, Foz Côa…
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Acima: Grota Chauvet. Abaixo: Relevo cavalos Foz Côa
Estas figuras tinham a virtude mágica de se pôr em movimento, aquando dos ritos iniciáticos, à luz dos archotes.
Como dizia Picasso, ao sair da gruta de Lascaux, recém-descoberta: «nós não inventámos nada! Eles já sabiam tudo!». Com efeito, eles tinham um olhar atento e agudo, a mestria da forma e do movimento, a ciência dos pigmentos, sabiam jogar com o relevo e com sombra e luz …
Mas pode-se resistir a essa tendência implícita de reconstruir o passado à nossa imagem pois, na verdade, sabemos demasiado pouco sobre os grupos humanos que constituíram as primeiras culturas, produtoras de arte parietal.
- Quaisquer que sejam os factos que a paleo-antropologia e as outras ciências venham a revelar, o importante é que os humanos de hoje saibam mais e melhor sobre a profundidade da humanidade e da sua aventura.
Somos descendentes dos Homo sapiens, que se espalharam pelos 5 continentes (África, Europa, Ásia, Austrália e América).
As pessoas, esclarecidas e informadas, terão desejo de preservar os vestígios e monumentos do passado, em promover o desenvolvimento das técnicas e da sociedade tecnológica, no respeito pelas culturas tradicionais existentes (incluindo o respeito pelo território e pela dignidade dos actuais caçadores-recolectores), tal como pelas do passado e pelo mundo natural.
quarta-feira, 24 de outubro de 2018
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
CRÓNICA DE PEQUIM - A ARTE DE IMITAR OS SONS DA NATUREZA (POR EDUARDO BAPTISTA)
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
MUNDOS PARALELOS
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