Porque razão os bancos centrais asiáticos estão a comprar toneladas de ouro? - Não é ouro em si mesmo que lhes importa neste momento, mas é a forma mais expedita de se livrarem de US dollars!!
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segunda-feira, 18 de setembro de 2023

BARBARA STIEGLER: o neoliberalismo está na origem da deriva autoritária


Barbara STIEGLER est professeur de philosophie politique à l’université Bordeaux Montaigne. Elle est notamment l’auteur de « Il faut s’adapter. Sur un nouvel impératif politique » (Folio, 2023) et de « Démocratie ! Manifeste » (Le Bord de l'eau, 2023). Spécialiste du rapport entre la politique et la biologie, Barbara Stiegler s'est intéressée aux origines du néolibéralisme, portées notamment par une injonction à l'adaptation, issue du lexique biologique de l'évolution. Dans cet entretien par Olivier Berruyer pour Élucid, elle revient sur ce qui caractérise notre régime politique, et en tire les conséquences pour la « démocratie » : dans un monde néolibéral, le pouvoir (la souveraineté) ne peut pas appartenir au peuple. En ce sens, l'ère d'Emmanuel Macron se présente comme une forme archétypale de ce régime à bout de souffle et fortement contesté. (*)

(*) Tradução por Manuel Banet:

 Barbara STIEGLER é professora de filosofia política na Universidade de Bordéus-Montaigne. Ela é autora, nomeadamente, de «É preciso adaptar-se. Sobre um novo imperativo político» (Folio, 2023) e de «Democracia ! Manifesto » (Le Bord de l'eau, 2023). Especialista da relação entre a política e a biologia, Barbara Stiegler interessou-se pelas origens do neoliberalismo, propulsionadas nomeadamente por uma exigência de adaptação, saída do léxico biológico da evolução. Nesta entrevista com Olivier Berruyer para Élucid, ele regressa ao que caracteriza o regime político francês e extrai as consequências para a «democracia»: num mundo neoliberal, o poder (a soberania) não pertence ao povo. Neste sentido, a era de Emmanuel Macron surge como forma arquetípica do regime, sem fôlego e fortemente contestado.

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

SCOTT RITTER, entrevistado por George Galloway: A VERDADE SOBRE guerra Rússia/Ucrânia


 

PS1: Num artigo esclarecedor, Scott Ritter explica qual o propósito real dos países da NATO, nomeadamente da Alemanha, aquando da cimeira da NATO de Bucareste em 2008, em adiarem a entrada da Ucrânia na NATO: Era darem oportunidade à Ucrânia de se preparar militarmente para a guerra com a Rússia, como «ponta-de-lança» da NATO. 
Eles sabiam que a entrada do regime de Kiev na Aliança Atlântica equivaleria a uma declaração de guerra à  Rússia. 
O seu objetivo era encurralar a Rússia; a sua estratégia era obrigar, com ataques constantes no Donbass, a Rússia a fazer a guerra.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

ARÁBIA SAUDITA, GRANDE ALIADO DOS EUA E OCIDENTE NO MÉDIO ORIENTE

 Quem é Mohamed bin Salman?  Qual o papel da CIA no seu reino? O que motiva o Presidente francês Emmanuel Macron a manter boas relações pessoais e de Estado com o Príncipe herdeiro do trono saudita? 

Estas e muitas outras questões são esclarecidas no livro, «Petróleo e Sangue» de Bradley Hope e Justin Scheck,  agora traduzido em francês.

O Reino Saudita e as suas relações internacionais, é o conteúdo principal desta «Grande Interview» de J.J. Seymour a Pierre Jovanovic, no vídeo abaixo.






quarta-feira, 14 de julho de 2021

DITADURA TOTALITÁRIA INSTALA-SE EM FRANÇA

Ditadura inaugurada quando o presidente Macron anunciou aos franceses toda a extensão da obrigatoriedade do passe sanitário. Não há uma obrigatoriedade, em resumo, se alguém se submete a ficar eternamente em casa, em confinamento, ou prisão domiciliária.



 Esta deriva autoritária, negando o direito das pessoas a dispor do seu corpo, vai trazer uma sociedade com um novo tipo de apartheid: «os vacinados e os não vacinados». Além disso, a coerção não se vai restringir ao «passe sanitário». Já está colocado o princípio de submeter diversas medidas sociais, como os apoios escolares, à conformidade com a ditadura «sanitária». Quando as pessoas acordarem, terão penalizações ou suspensões de direitos fundamentais. O direito à saúde? Um «não-vacinado» não poderá entrar num estabelecimento hospitalar, para ser tratado quando doente, por exemplo.

A partição entre os «vacinados» e os «não-vacinados» vai aumentar as fraturas na sociedade, vai potenciar os conflitos. 

Está-se perante a negação dos direitos (e do próprio Estado de Direito) aos cidadãos que não querem (e com boas razões !) ser vacinados com vacinas experimentais, apenas com autorização provisória de colocação no mercado. Acresce que estas têm mais de clonagem, do que de vacinas propriamente ditas. 

Estamos - portanto - a assistir a uma viragem, não apenas na França, mas em toda a Europa da União Europeia. Note-se,  o governo do Reino Unido tem uma atitude mais «liberal» e respeitadora dos direitos das pessoas. Nos últimos tempos, houve manifestações muito participadas, populares, reclamando a liberdade de ser ou não ser vacinado, no Reino Unido. Lamentavelmente, é diferente a atitude dos dirigentes de países poderosos da UE: Estão JÁ muito longe da democracia liberal, que de tanto se vangloriam, nos discursos

[NB: Cabe aqui fazer um parêntesis para lembrar que Hannah Arendt, ao caracterizar a instalação do Estado totalitário, mostrou que quem toma o poder, não se embaraça em abolir a constituição. Simplesmente ignora-a. Foi assim, na subida ao poder de Hitler e dos nazis, como em relação a Estaline e seu aparelho de terror. A letra da constituição de Weimar dava garantias de respeito pelos direitos individuais. Esta constituição foi ignorada, mas não foi abolida pelos nazis, foi mantida durante todo o IIIº Reich, até à sua derrota. De mesma forma, a letra da constituição da União Soviética, promulgada no tempo de Lenine, também tinha artigos sobre direitos e liberdades dos cidadãos. Estes artigos foram sistematicamente violados, mas nunca revogados ou modificados, no período estalinista.]

Não sei o que vai acontecer, mas no curto prazo, está a haver um colapso do turismo, da hotelaria e da restauração em França. Estes sectores, muito importantes para o emprego, também são importantes para as indústrias transformadoras e os serviços. Será impossível manter esta situação de modo «pacífico», mesmo com a imposição de restrições ao direito de manifestar, de reunir, de palavra, etc. Não acredito que o povo francês - no seu conjunto - não compreenda o que lhe estão a preparar. 

Nada do que se passa num país da «União» europeia é indiferente aos restantes. Uma nova legislação é normalmente ensaiada num só Estado, ou num pequeno número de Estados, para logo ser alargada ao conjunto. O processo autoritário desta generalização, é realizado através de «diretivas europeias» (deveriam chamar-se «leis», na verdade), emitidas pela Comissão de Bruxelas. Todos os países e suas assembleias legislativas têm um prazo - passado o qual, o país faltoso pagará multas - para verter no seu Direito interno a norma europeia em causa.   

Veremos o que acontece nos próximos meses, com a aceleração garantida da inflação. O banco central europeu (BCE) vai aumentar ainda mais a impressão monetária. Irá continuar a compra da dívida soberana dos Estados. Os países continuarão a endividar-se, sem teto ou restrições de qualquer espécie. Antes, eram a Grécia e  Portugal, os sobre-endividados na UE. Agora, a França e a Espanha passaram a ter, igualmente, um endividamento de mais de 100% do PIB, caminhando alegremente para os 120%... 

Nada pode ficar como dantes. Um Estado policial e autoritário poderá vir a instalar-se. Em França existe descontentamento popular mas, nas circunstâncias presentes, ele só pode reforçar a vertente direitista-populista. Os partidos à esquerda estão esfacelados pelo abandono de «uma linha de unidade de classe» (usando a terminologia marxista), para abraçarem a «movida» identitária e o fracionamento das lutas. 

Assim, com as esquerdas parlamentares e sociais fora-de-jogo, as fileiras da direita chauvinista e conservadora têm vindo a engrossar, quotidianamente.

 O mal-estar dos franceses ditos «de raiz» (seja lá o que isso for), tem sido explorado, ampliando os medos e ódios contra todos os imigrantes. Este estado de coisas é mantido com a política de ghettos (as «periferias pouco seguras»). Nestes ghettos vive «um exército de reserva» de trabalho precário, disponível e a baixo preço. 

O grande patronato está contente com isso, pois advoga a abertura das fronteiras e legalização indiscriminada dos clandestinos em França. 

Nisso, está a espelhar a política de total abertura à imigração, levada a cabo pelos democratas nos EUA, à qual Trump queria fazer obstáculo, mas não conseguiu.

Tudo isto é perverso: as pessoas ficam presas a falsas dicotomias, a fidelidades irredutíveis: é o triunfo da política «identitária». 

Este jogo dura há demasiado tempo. O respeito pelos «princípios republicanos» não entusiasma por aí além os eleitores. A polarização a que se assiste agora, neste lançamento da campanha eleitoral para a presidência, significa que as tensões irão muito depressa ao rubro. Macron é o «bombeiro-pirómano». Ele é também o fantoche da oligarquia. Esta, pagou e assinou em seu nome próprio*, um anúncio a página inteira, declarando que «aceitar refugiados, é importar talentos». Só não dizem a razão do seu entusiasmo. Vão pagá-los, esses talentos importados ... abaixo, muito abaixo dos salários dos cidadãos franceses com qualificações equivalentes.

Antes, as forças armadas designavam-se como «La Grande Muette» (= a grande muda), um grande corpo estatal, que não manifestava em público a sua opinião, nunca. Recentemente, vimos vários grupos semi-anónimos, militares, a posicionarem-se. 

Porém, «uma tomada em mãos da situação», eufemismo de golpe de Estado, já está em curso. Seu protagonista é o próprio presidente Macron.  Agora, resta saber se ele tem realmente «as costas quentes», ou se está a fazer um bluff arriscado.

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[* com assinaturas pessoais dos grandes patrões]


sábado, 21 de dezembro de 2019

FRANÇA: O PIOR GOLPE NAS PENSÕES DE REFORMA - VEJA PORQUÊ

- A isenção de cotização dos quadros superiores, vai custar 72 mil milhões, sendo o sistema geral (ou seja, nós) a pagar o diferencial
- Um meio perverso de «garantir» a insolvência do sistema!
- Uma «prenda de Natal» generosa, para as grandes empresas!
- Se  a «reforma Macron» for avante, é muito provável que seja copiada em Portugal e noutros países.

Não deixem de ver, analisar e passar o video junto!

Apesar de tudo, boas Festas, para vós e vossas famílias!
Manuel Baptista




terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

«LA BRUTE (A BESTA)» - ARTIGO DE MICHEL ONFRAY

                     


“Je suis le fruit d’une forme de brutalité de l’Histoire.” Macron, le 13 février 2018, devant la presse présidentielle.
Certes, l’État définit bien ce Moloch qui dispose du monopole de la violence légale: mais pour quoi faire? Sauf irénisme radical, la nature humaine étant ce qu’elle est, il n’est en effet pas question d’imaginer un monde dans lequel on n’aurait plus besoin d’armée ou de police, de tribunaux ou de prisons, de loi et de droit. Si l’on estime qu’un violeur n’est pas un violé, un agresseur un agressé, un voleur un volé, un pilleur un pillé, un frappeur un frappé, il faut bien qu’une série de mécaniques sociales permette d’appréhender le violeur, l’agresseur, le volé, le frappeur afin de le déférer aux tribunaux qui jugent des faits en regard de la loi et du droit, et envoient la personne jugée coupable purger sa peine au nom de la réparation du violé, de l’agressé, du volé, du pillé, du frappé, mais aussi dans la perspective de protéger d’autres citoyens de la dangerosité de ces délinquants. Qu’il existe des circonstances aggravantes ou atténuantes, que chacun, quel que soit ce qu’on lui reproche, ait droit à la défense, puis à la réparation une fois la peine accomplie, tout cela est acquis.
La violence légale suppose qu’elle puisse être utilisée afin de maintenir la légalité -ce devrait être une lapalissade… Or, quand, mi-septembre 2018, les gilets-jaunes font savoir, au début de leur colère, que leur pouvoir d’achat ne leur permettra pas de payer des taxes supplémentaires que le pouvoir inflige en augmentant le prix des carburants à la pompe, ils ne mettent pas en péril la démocratie et la République puisqu’ils en appellent aux articles 13 et 14 de la Déclaration des droits de l’homme et, ne l’oublions pas, du citoyen. Par leur mouvement, ils revendiquent l’un de ces droits que ce texte majeur leur accorde. Je l’ai déjà signalé, mais rappelons en effet que l’article 13 de la Déclaration des droits de l’homme dit ceci: “Pour l’entretien de la force publique, et pour les dépenses de l’administration, une contribution commune est indispensable; elle doit être également répartie entre tous les citoyens, en raison de leurs facultés.” Et l’article suivant, ceci: “Les citoyens ont le droit de constater par eux-mêmes ou par leurs représentants, la nécessité de la contribution publique, de la consentir librement, d’en suivre l’emploi et d’en déterminer la quotité, l’assiette, le recouvrement et la durée.” Les gilets-jaunes n’ont pas refusé l’impôt, comme la propagande médiatique le rabâche depuis des semaines afin de les assimiler aux populismes fascisants, mais ils font juste savoir qu’ils n’ont plus financièrement les moyens de les payer! D’un point de vue gouvernemental, une réponse appropriée aurait permis d’étouffer la colère dans l’œuf. Au lieu de cela, la riposte a été tout de suite belliqueuse: c’est l’origine de la violence.
Ce bellicisme a pris la forme que l’on sait: des éléments de langage du pouvoir macronien ont été fournis puis abondamment relayés par les “élites”: le mouvement des gilets-jaunes était une jacquerie d’extrême-droite, une revendication populiste qui sentait sa chemise brune, un mouvement qui puait le “facho”. BHL le fit savoir illico en même temps que… Mélenchon et Clémentine Autain, Coquerel et la CGT qui rejoignaient ainsi dans leur concert populicide tous les éditorialistes de la presse maastrichtienne.
Macron n’est pas bien malin, car Pompidou mit fin à Mai 68 avec un cynisme qui aurait pu l’inspirer: deux inconnus à l’époque, il s’agit d’Henri Krasucki de la CGT, donc du PCF, et Jacques Chirac, alors secrétaire d’Etat à l’emploi auprès du ministre des Affaires sociales, se rencontrent dans le cabinet d’un avocat communiste. Chirac dira qu’il s’agissait d’une chambre de bonne et prétendra qu’il s’y était rendu armé… Il y aura plusieurs réunions avant qu’officiellement le sécrétaire général de la CGT, Georges Séguy, et les autres syndicats ne rencontrent Chirac et… Balladur, alors conseiller de Chirac, pour préparer ce qui deviendra les Accords de Grenelle. La négociation a grandement payé: hausse des salaires spectaculaires, augmentation du SMIC sans précédant, réduction de la durée hebdomadaire du temps de travail, élargissement du droit syndical, coup de pouce aux allocations familiales, augmentation de la prestation offerte aux personnes âgées, paiement des journées de grève, baisse du ticket modérateur de la sécu. La CGT revient auprès de sa base avec ces propositions: les ouvriers refusent; les accords signés unilatéralement par le pouvoir sont tout de même appliqués -déjà la collusion des pouvoirs gouvernementaux et syndicaux, les fameux corps intermédiaires. Le travail reprend quelques jours plus tard. Le pouvoir joue sur l’inflation: deux ou trois ans après, les avantages consentis disparaissent avec l’augmentation du coût de la vie. Exit Mai 68! Leçon de cynisme politique, mais également leçon sur le cynisme de ce qu’il est donc convenu d’appeler les corps intermédiaires: le pouvoir néo-gaulliste et le pouvoir néo-communiste se séparaient moins sur leurs options politiques qu’ils ne se rassemblaient sur ce fromage qu’est toujours la représentation qui permet de laisser croire au peuple qu’on travaille pour lui alors qu’on œuvre bien souvent à ses dépens pour sa seule boutique.
Revenons aux gilets-jaunes: Macron fait annoncer par son premier ministre un moratoire sur le prix de l’essence début décembre. Mais un moratoire est la formule qui permet de reculer pour mieux sauter -en l’occurrence: sauter par-dessus les élections européennes pour lesquelles, chacun l’a désormais bien compris, le président de la République est en campagne. C’est la raison pour laquelle il instrumentalise la crise des gilets-jaunes pour son propre compte et celui du camp maastrichtien. Il n’y a pas d’autres raisons à son Grand Débat national puisqu’il a bien pris soin d’en donner la règle du jeu dès le départ: on parle -enfin: il parle-, mais pas question de changer de cap. Pourquoi donc parler? A quoi bon? Pour quoi faire?
Après l’annonce d’un moratoire pour signifier qu’on accorde un délai avant d’actionner tout de même la guillotine, première violence symbolique, il y a eu l’assimilation par le président de la République des gilets-jaunes à “une foule haineuse” constituée d’antisémites, d’homophobes, de racistes lors des vœux de 2019, ce fut la deuxième violence symbolique. Elle a été suivie par une troisième avec cette annonce de LA solution avec un Grand Débat national doublé du refus d’un changement de cap. D’autres violences sont depuis régulièrement infligées. Ainsi avec cette série de gifles distribuées au grès de ses apparitions publiques: une quatrième à la galette des rois quand le prince fait savoir que tous les Français n’ont pas le goût de l’effort en laissant entendre que c’est le cas des gilets-jaunes (11 janvier 2019); une cinquième lors d’un meeting présenté comme un débat, quand il affirme, que, parmi certains qui touchent les minimas sociaux, “il y en a qui déconnent” (15 janvier 2019) en n’ignorant pas que cette catégorie sociologique est surreprésentée chez les gilets-jaunes; une sixième en faisant savoir de façon quelque peu méprisante, toujours lors d’un de ces meetings de campagne maastrichtien, que “la vraie réforme, elle va avec la contrainte, les enfants! C’est pas open bar. Le bar, c’est le nôtre.” (24 janvier 2019 à Bourg-de-Péage) -la vraie réforme, c’est donc la sienne, pas celle des gilets-jaunes; les “enfants” qu’on toise de façon méprisante, ce sont ces mêmes gilets-jaunes; et la mention du bar, c’est encore aux GJ que l’image s’adresse, on ne peut mieux dire que, pour le chef de l’Etat, les gilets-jaunes sont de faux réformateurs qui pensent comme des enfants assimilés à des piliers de bistrot…
Ces violences symboliques sont copieusement démultipliées par le pouvoir médiatique maastrichtien. On l’a vu. Il s’agit d’assimiler les gilet-jaunes à des gens violents et tout ce qui peut illustrer cette thèse se trouve savamment mis en images et en mots par les médias qui se contentent de relayer les éléments de langage venus de la cellule communication de l’Elysée, de celle de Matignon ou bien encore de celle du ministère de l’Intérieur. Macron est un enfant-roi colérique et intolérant à la frustration, Edouard Philippe un animal à sang froid bien cravaté, propre sur lui et poli, Castaner un gouailleur ayant gardé quelques habitudes de son ancienne fréquentation du milieu marseillais, mais c’est le même discours: les gilets-jaunes sont violents, ils attaquent la République, y compris avec un transpalette moins gros qu’une voiture sans permis, ils mettent en péril la démocratie, ils annoncent une révolution néo-fasciste… BHL prête sa chemise à ces discours. Les éditorialistes pensent comme cette chemise. D’autres “intellectuels” offrent une partie de leur anatomie à cette même chemise.
Cette violence symbolique, dont le bras armé est constitué par les médias du système, se double d’une violence policière. On sait que les mots tuent, mais pour ce faire, il leur faut des acteurs violents: le pouvoir en dispose avec un certain nombre de gens de justice et de gens de la police qui, sachant qu’ils bénéficient d’une couverture venue du ministère de l’Intérieur, donc de Matignon, donc de l’Elysée, donc d’Emmanuel Macron, s’en donnent à cœur joie.
Je me suis retrouvé sur un plateau de télévision avec Jean-Marc Michaud, qui a perdu un œil à cause d’un tir de flash-ball. Il a dit toute sa colère contre le tireur -et je le comprends. C’est le premier mouvement, quand on a été violenté, de vouloir riposter de la même manière. On reçoit un coup, on n’a pas envie d’autre chose que de le rendre au centuple. Le cerveau reptilien fait la loi tant que le cortex n’effectue pas son travail.
Certes, il y a une responsabilité du tireur: mais si ce tireur sait qu’il aura des comptes à rendre à la justice si sa hiérarchie lui reproche de s’être mal comporté en ne respectant pas les procédures -dont celle, majeure, de ne jamais viser la tête…-, alors il se comportera probablement autrement.
Mais, quand on sait pouvoir bénéficier de l’impunité du pouvoir, alors on tire ou on tabasse sans état d’âme et, pour l’avoir constaté par moi-même à Caen, avec certains spectateurs de ces opérations, une jubilation non feinte à cogner, taper, tabasser, projeter violemment au sol, menotter, mais aussi, dans certains cas sur lesquels je me penche ces temps-ci: dénuder et palper…
J’ai déjà dit ailleurs que je supposais que certains policiers noyautaient les casseurs pour nourrir la thèse du pouvoir selon laquelle tous les gilets-jaunes sont violents. Après que j’ai donné cette information, d’aucun parmi les gilets-jaunes m’ont fait savoir par courrier qu’ils en détenaient les preuves. Je reviendrai sur ce sujet le moment venu.
Mais sans se focaliser sur ce cas particulier, il suffit de lire, sous la plume du maire divers droite, donc pas un gauchiste, Xavier Lemoine, une intéressante information. Il affirme dans Le Figaro qu’en tant que maire de Montfermeil, il a constaté que “la police a moins réprimé les émeutes en banlieues en 2005 que les Gilets Jaunes” (29 janvier 2019). Tout est dit.
Le maire constate qu’en 2005 il n’y a eu aucun mort et peu de blessé parmi les émeutiers bien que ces derniers aient choisi la violence comme unique moyen d’expression. Il en donne la raison: la police avait alors choisi une opération de maintien de l’ordre et non, comme Macron, une logique de répression. Or, maintenir l’ordre n’est pas réprimer. Ce sont deux choix politiques extrêmement différents idéologiquement, politiquement, stratégiquement, tactiquement -et aussi moralement. Emmanuel Macron a sciemment choisi de réprimer et non pas de maintenir l’ordre. Le chef de l’Etat n’a donc pas voulu contenir les violences revendicatives mais déchaîner les violences d’Etat. C’est à dessein.
Xavier Lemoine constate que le choix du maintien de l’ordre vise, comme les mots l’indiquent, à chercher avant tout à maintenir l’ordre, donc à éviter le désordre. J’y reviens: on ne me fera pas croire que laisser dépaver l’avenue des Champs-Elysées sous les objectifs des caméras de BFMTV pendant presque une heure ne témoigne pas du fait que le forces de l’ordre n’avaient pas eu pour consigne d’empêcher le désordre, c’était facile à faire sans violence, mais, au contraire, de le favoriser en laissant ces pavés devenir des projectiles en attente de leurs cibles humaines ou matérielles…
Parlant de sa ville, Xavier Lemoine dit: “En 2005, la totalité (sic) des revendications se sont exprimées par la violence. Or, à l’époque, les forces de l’ordre ont adopté le mode d’intervention le plus approprié qui soit pour faire retomber cette violence. D’un point de vue technique, leur attaque a été souple et remarquable. Alors qu’ils étaient pris pour cibles par les émeutiers, policiers et gendarmes ont montré une grande retenue dans l’usage de la force. Aujourd’hui, au contraire, nul ne peut prétendre que toutes les revendications des ‘gilets jaunes’ s’expriment par la violence. En outre, en 2005, il n’y avait aucune femme parmi les émeutiers, alors que les femmes sont présentes massivement dans les rangs des ‘gilets jaunes’. Ne pas le prendre en compte, c’est se priver d’un élément d’analyse fondamental. Contrairement à ce que la puissance des images peut laisser penser, la majorité des ‘gilets jaunes’ ne participe pas aux violences condamnables commises lors de ce mouvement. Pourtant, depuis le samedi 8 décembre, les forces de l’ordre privilégient la répression, et non le maintien de l’ordre.” Au journaliste qui lui demande de préciser ce qui distingue maintien de l’ordre et répression, Xavier Lemoine répond: “Le maintien de l’ordre consiste d’une part à permettre à une manifestation de s’écouler de la manière la plus pacifique qui soit, et d’autre part contenir la violence en vue de la faire diminuer. Cet objectif n’interdit pas aux policiers d’intervenir contre des personnes déterminées à des actes de violence” -je songe à ceux qui dépavent l’avenue des Champs Elysées…
Il poursuit: “Mais il est toujours laissé aux manifestants pacifiques des portes de sortie. Les intéressés peuvent ainsi quitter les lieux quand ça dégénère. La répression, elle, consiste à en découdre contre des groupes sans faire nécessairement la distinction entre les individus violents et les manifestants paisibles, qui peuvent se trouver loin d’eux. Or, dans la crise actuelle, les forces de l’ordre recourent trop souvent aux ‘nasses’, qui l’empêchent les personnes encerclées de quitter les lieux. Il est facile alors de faire des amalgames entre des manifestants très différents. Parmi les éborgnés, combien avaient cassé des vitrines, retourné des voitures, pillé des magasins? De même, le souci de différencier les casseurs ‘confirmés’ et les primo-délinquants devrait être beaucoup plus net.” Pour Xavier Lemoine, les forces de l’ordre obéissent à un pouvoir qui a choisi la répression et la brutalité. Elles obéissent. Le responsable, donc le coupable, est celui qui donne l’ordre. Et, comme on ne peut imaginer que Castaner ou Philippe prennent la décision seuls, c’est au chef de l’Etat qu’il faut imputer le choix de la répression, donc chaque blessure infligée. Quand ce même chef de l’Etat affirme éhontément en Egypte que les forces de l’ordre n’ont causé aucun mort alors qu’on leur doit celle de madame Redoine à Marseille, il ment. Et il est personnellement responsable de cette mort [1]. La brute, c’est lui.
Lisons encore Xavier Lemoine: “Je n’incrimine en rien les forces de l’ordre, qui obéissent, comme il est naturel, aux instructions du ministre de l’Intérieur. Mais je blâme ces instructions, qui me paraissent traduire une volonté de monter aux extrêmes, d’accroître la violence pour justifier une répression. Je n’ai aucune complaisance pour les violences préméditées des casseurs ou des groupuscules extrémistes. Mais la responsabilité du politique est aussi de savoir désamorcer un cri de détresse, au lieu de l’alimenter en diabolisant les ‘gilets jaunes’. Jamais les gouvernants, en 2005, n’ont tenu des propos aussi méprisants envers les émeutiers d’alors. Actuellement, une partie importante des violences émane de manifestants sans casiers judiciaires, désespérés et chauffés à blanc. Ils se sentent provoqués par la rigidité de la riposte de la police. La dynamique de foule aidant, ils se ‘radicalisent’. Leur réflexe vital s’exprime de façon brutale. En 2005 aucune manifestation n’avait été déclarée en préfecture et toutes dégénéraient en émeutes. Pourtant, à l’époque, en Seine-Saint-Denis, il n’y a eu aucune charge de CRS, ni de policiers à cheval. Aujourd’hui, si. Voilà quatorze ans, les forces de l’ordre n’ont pas recouru au tir tendu, à l’horizontal, à face d’homme et à courte distance. Aujourd’hui, si. Pourquoi ces deux poids, deux mesures de l’Etat entre les émeutes urbaines de 2005 et les scènes d’émeutes des ‘gilets jaunes ‘? Je ne juge pas que les forces de l’ordre ont été laxistes en 2005 ; j’affirme qu’elles sont trop ‘dures’ aujourd’hui.”
Que le président Macron ait choisi la ligne dure de la répression contre la ligne républicaine du maintien de l’ordre est donc avéré. Il a donc à son service la presse maastrichtienne, autrement dit les médias dominants, dont ceux du service public audiovisuel, il a mis à son service la police, l’armée, donc les forces de l’ordre, il a également essayé d’y adjoindre la machine judiciaire. Ce dont témoigne un article du Canard enchaîné (30 janvier 2019) intitulé “Les incroyables consignes du parquet sur les gilets jaunes”, qui rapporte dans le détail comment le ministère dit de la Justice a communiqué par courriel avec les magistrats du parquet de Paris sur la façon de traiter les gilets-jaunes: après une arrestation, même si elle a été effectuée par erreur, il faut tout de même maintenir l’inscription au fichier du traitement des antécédents judiciaires (TAJ), y compris “lorsque les faits ne sont pas constitués”. Le courrier précise également qu’il faut ficher, même si “les faits sont ténus” et même dans le cas avéré “d’une irrégularité de procédure”! Dans ces cas-là, arrestation par erreur, infraction non motivée, irrégularité de procédure, il est conseillé de maintenir les gardes à vue et de ne les lever qu’après les manifestations du samedi afin d’éviter que les citoyens fautivement interpellés puissent exercer leur droit de grève, faut-il le rappeler, un droit garanti par la Constitution? Alinéa 7 du préambule…
Ajoutons à cela que le projet de loi dit “anti casseurs” proposé par Macron se propose purement et simplement d’instaurer une présomption de culpabilité à l’endroit de quiconque serait suspecté d’être sympathisant de la cause des gilet jaune. Suspecté par qui? Par la même justice à laquelle le pouvoir demande, premièrement, de conserver en garde à vue une personne même arrêtée par erreur, deuxièmement, de ne la relâcher qu’après la fin des manifestations, troisièmement, d’agir de même y compris dans le cas d’une erreur de procédure, quatrièmement, de ne pas se soucier du fait que les faits soient avéré, la ténuité suffisant pourvu que la justice macronienne soutenue par la police macronienne elle-même au ordre de l’idéologie macronienne, qui est purement et simplement celle de l’Etat maastrichtien, aient décidé qu’il en soit ainsi. Mélenchon a pu parler à ce propos du retour de la lettre de cachet, il n’a pas tort sur ce sujet.
La violence généalogique, celle qui s’avère fondatrice des premières revendications des gilets-jaunes, c’est d’abord et avant tout celle qu’impose le système politique libéral installé de façon impérieuse par l’Etat maastrichtien depuis 1992. Quand Macron dit que les racines du mal sont anciennes, il ne le sait que trop, car il est l’un des hommes dont la courte vie a été entièrement consacrée à l’instauration de ce programme libéral qui s’avère fort avec les faibles, on le voit dans les rues depuis douze semaines, et faible avec les forts, on le constate avec la législation qui leur est favorable -de la suppression de l’ISF au refus de s’attaquer aux paradis fiscaux en passant par la tolérance du fait que les GAFA échappent à l’impôt.
La violence de cet Etat maastrichtien sur les plus faibles, les plus désarmés, les moins diplômés, les plus éloignés de Paris ou des mégapoles françaises; la violence de cet Etat maastrichtien sur les plus précaires en tout, sur les gens modestes qui portent tout seul le poids d’une mondialisation heureuse pour d’autres qui les conchient à longueur d’apparitions médiatiques; la violence de cet Etat maastrichtien sur les oubliés des nouvelles compassions du politiquement correct; la violence de cet Etat maastrichtien sur les femmes seules, les mères célibataires, les veuves aux pensions de retraite amputées, les femmes contraintes de louer leur utérus pour qu’on y dépose un sperme mercenaire, les victimes des violences conjugales surgies de la misère, les jeunes garçons ou les jeunes filles qui se prostituent pour payer leurs études; la violence de cet Etat maastrichtien sur les ruraux privés jour après jour du service public que leurs impôts indirects financent pourtant; la violence de cet Etat maastrichtien sur les paysans qui se pendent tous les jours parce que la profession de foi écologiste des maastrichtiens urbains ne s’encombre pas d’écologie quand il s’agit de l’assiette des Français qu’ils remplissent de viandes avariées, de produits toxiques, de chimie cancérigène, d’aliments en provenance du bout de la planète sans souci de la trace carbone et qui peuvent même être bios; la violence de cet Etat maastrichtien sur les générations d’enfants crétinisés par une école qui a cessé d’être républicaine et qui laisse aux seuls filles et fils de la possibilité de s’en sortir non pas grâce à leur talents, mais avec l’aide du piston de leurs familles bien nées; la violence de cet Etat maastrichtien qui a prolétarisé des jeunes n’ayant plus pour seul espoir que la sécurité de l’emploi du policier, du gendarme, du militaire ou du gardien de prison et dont le métier consiste à gérer par la violence légale les déchets du système libéral; la violence de cet Etat maastrichtien sur les petits patrons, les commerçants, les artisans qui ignorent les vacances, les loisirs, les week-end, les sorties -ces violences là, oui, sont les violences premières. Ce sont celles qui n’ont pas généré de violence, mais juste une première manifestation contre l’augmentation du plein d’essence.
La réponse du pouvoir, donc de Macron, à cet aveu de pauvreté des pauvres a été tout de suite la criminalisation idéologique. Les médias aux ordres ont crié au loup fasciste. Depuis plusieurs mois, c’est leur pain quotidien: selon les riches qui les gouvernent, les pauvres seraient donc antisémites, racistes, homophobes, violents, complotistes -“salauds” dit-même BHL chez Ruquier. C’est la vielle variation sur le thème: classes laborieuses, classes dangereuses. C’est l’antienne de tous les pouvoirs bourgeois quand ils ont peur.
Le pouvoir de l’Etat maastrichtien manœuvre assez bien pour que, jusqu’à ce jour, sa responsabilité ne soit jamais mise en cause! C’est pourtant lui le problème! C’est tellement lui le problème que Macron veut en faire la solution en expliquant que le problème de l’Europe libérale; c’est qu’il n’y en a pas assez alors que les gilets-jaunes lui disent justement qu’il y en a trop -non pas d’Europe, mais de libéralisme.
Dès lors, le chef de l’Etat mobilise les médias qui désinforment, la police qui traque le manifestant, la justice qui les coffre sévèrement, la prison qui les parque quand l’hôpital ne les soigne pas après tabassages. A partir de quel moment comprendra-t-on que nous disposons là des pièces d’un puzzle despotique?
Michel Onfray
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[1] Pour mémoire :
Source : Michel Onfray, février 2019