A realidade «judaica do Antigo Testamento» do povo judeu de Israel atual é tão fictícia como a dos germânicos serem «arianos» e terem sido declarados como «a raça superior» pelo regime de hitleriano. Na verdade, são os palestinianos muito mais próximos geneticamente do povo judeu de há dois mil anos,. Isso não lhes confere um estatuto especial, mas apenas mostra o grotesco e a monstruosidade de basear uma política em dados étnicos ou «rácicos». Toda a política baseada em elementos raciais é uma clara negação dos Direitos Humanos, inscritos na Carta da ONU e em inúmeros documentos oficiais de todos os países (incluindo Israel).
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sexta-feira, 14 de julho de 2023

EIS PORQUE A REBELIÃO NA RÚSSIA FOI UM NÃO-EVENTO ... E O QUE ISSO SIGNIFICA [Chris MacIntosch]


«Here's Why the Sudden "Rebellion" in Russia was a NothingBurger... And What it Really Means» 

por Chris MacIntosh

[Copiado de Doug Casey's International Man <service@internationalman.com> ]

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Ok, vamos lá à grande notícia das últimas semanas.

O colapso iminente da Rússia. A rebelião pelas tropas do Grupo Wagner, seguida pela igualmente súbita não-rebelião que pôs a media de massas a rodar em parafuso. O mais interessante e hilariante era observar essa media de massas passar de "Os mercenários Wagner estão assassinando ucranianos", a "Os mercenários Wagner vão libertar-nos da tirania de Putin". E depois, claro, o silêncio. Em boa verdade, o melhor que eles têm a fazer é ficarem calados. Fico simplesmente estarrecido, que alguém continue a ouvir estes palhaços que, ou vomitam propaganda, ou simplesmente não têm a mínima ideia do que se está a passar mas sentem necessidade de dizer... bem, qualquer coisa. Com certeza, devem sentir humilhação, nesta altura?

Em qualquer caso, estão aqui alguns pensamentos e questões que tive, depois de ter digerido aquilo que suponho ter ocorrido.

Eu observei a media de massas vir com múltiplas (Eu contei 7 e depois deixei de contar mais) reportagens, saindo no Sábado de manhã. O facto de termos um dilúvio de reportagens num intervalo de tempo tão curto, pareceu-me estranho. Veja-se que o «motim» tinha literalmente começado umas horas antes. Horas!

Depois, soube que as agências de segurança tinham informado o Congresso dos EUA mais cedo, nessa semana, sobre a insurreição prevista. Mais cedo, nessa semana? Então os cérebros da CIA e o Congresso sabiam isto de antemão. O que significa que a media corporativa também soube isto antecipadamente. O que explica como conseguiram fazer sair literalmente dúzias de artigos em poucas horas. Eles redigiram com antecedência a narrativa da  Guerra Civil Russa!

O que levanta a questão seguinte: Como é que os serviços de segurança sabiam deste facto, em desenvolvimento, antes dele ocorrer, se não estavam envolvidos no caso? Terão tentado um "golpe de Maidan 2.0"?

Se isto é verdade, sabem o que significa? Significa que os EUA atacaram diretamente a Rússia. Trata-se dum ato de guerra.

Estas conclusões talvez levem as pessoas a pensar que «talvez», somente «talvez», a CIA tenha estado envolvida num país estrangeiro, numa tentativa de derrubar seu governo. É chocante, eu sei, pois isto teria sido um ato de guerra cometido pelos EUA contra a Rússia. Mas, estou certo que não. Eu estou certo de que o grupo Wagner ficou muito zangado com Putin e tentou retirá-lo do poder; estou igualmente seguro que - depois de avançar e de NÃO encontrar qualquer resistência, o grupo Wagner mudou de ideias e decidiu fazer um desvio até à Bielorrússia e tomar uma cerveja com Lukashenko. Isto faz todo o sentido. Sabe qual a temperatura na Rússia, durante esse fim-de-semana? 26°C. Bem, podem pensar que não é particularmente quente, mas eu desafio-vos a vestir roupa militar e carregar com todo o equipamento durante várias horas, sob este Sol; depois dir-me-ão se iriam desprezar uma cerveja gelada. Então, foi assim que aconteceu e que o golpe foi encerrado. Num fim-de-semana, apenas. Agora, se houve dinheiro que REALMENTE mudou de mãos entre a CIA e Wagner, bem, esse intervalo de tempo deve ter sido o suficiente para a transferência ser concluída. Só por dizer...

Pense numa situação hipotética, em que a CIA realmente oferece uns biliões, branqueados através da Ucrânia, com o objetivo de fomentar uma «revolução colorida» na Rússia. Agora, imagine que Você fosse um desses «moscóvios»; um tipo como, digamos, Prigozhin. Tem, a meu ver, três opções:

  1. Aceitar e arriscar o pescoço tentando derrubar Putin, arrastando consigo o Exército Russo (Wagner é cerca de 20% dos efetivos em combate)
  2. Recusar e dizer aos seus inimigos que «vão cavar batatas», o que significa que eles ficam com o dinheiro e que você continua a combater.
  3. Ou diz-lhes, "claro que sim", toma o dinheiro e representa um programa de «psyops» (= operação psicológica), durante o fim-de-semana e - no fim de contas - continua a combater do lado russo. Assim tem o melhor dos dois mundos.

Então, o que vai ser? Deixo-o decidir qual o cenário mais provável. O que penso, é que se torna evidente para todos - exceto para os mais limitados da cabeça - perceberem que aquilo que nos dizem é, com certeza, incorreto.

Há também um outro pequeno pormenor a considerar. Iria pensar que, aquando do golpe de Estado, a fuga de capitais para fora da Rússia seria extremada e que  se veria isso -imediatamente- no mercado mundial de divisas.


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Curiosamente, o rublo não deixou de fortalecer-se, quer em relação ao dólar, quer ao euro, ou à libra esterlina. Quanto a mim, isto prova que os «moscóvios» são uns estúpidos.

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                                             Mercenários do Grupo Wagner

PS1: «A Marcha sobre o Kremlin» por Israel Shamir.
Leia o excelente artigo, bem informado, sobre a longa guerra de Prigozhin com o ministro da defesa russo Shoigu, assim como com certos generais, mais preocupados com as suas prerrogativas e privilégios, do que com o eficaz apoio às suas tropas.

sábado, 8 de julho de 2023

SCOTT RITTER DÁ ENTREVISTA ESCLARECEDORA

NB: Desde os primeiros tempos deste blog que tenho publicado sobre a Ucrânia e o renovo da guerra-fria no continente europeu. Convido os leitores a pesquisar neste blog, usando palavras-chave relevantes como «Ucrânia», «Rússia», «OTAN» etc.


Scott Ritter: Cobardia dos líderes do Ocidente, em especial dos EUA, ao  sacrificarem o povo da Ucrânia na guerra contra a Rússia, não arriscando intervir abertamente com suas tropas. 
Scott Ritter fala sobre a forma como a Operação Militar Especial ocorreu e o papel dos países da OTAN na rutura do acordo já negociado com o governo Zelensky nas conversações (Turquia, em Março 2022).
Scott Ritter dá vários esclarecimentos  sobre...
- O papel do agrupamento Wagner na resistência das repúblicas do Donbass e depois na Operação Militar Especial. 
- O jogo de Prigozhin a partir do momento em que já não podia ter, oficialmente, o agrupamento Wagner nas repúblicas de Donetsk e Lugansk, que integraram a Federação da Rússia, pois a lei russa proíbe que sejam usadas tropas mercenárias no seu solo. Estava previsto estes mercenário serem recrutados como voluntários pelo exército russo e inseridos em unidades regulares.
- Descreve o esquema corrupto de gestão e de recrutamento dos mercenários de Wagner por Prigozhin.
Scott Ritter relembra que ele tinha previsto que este Verão de 23 seria de revolução na Europa
- Explica as razões pelas quais as sanções europeias e americanas contra a Rússia foram um fiasco.
                                                 
                                                                       ....



 Veja também uma avaliação da situação por B. de «Moon of Alabama»

quinta-feira, 6 de julho de 2023

PRIGOZHIN E A SECUNDARIZAÇÃO DA EUROPA por Alastair Crooke

   Prigozhin gosta de se exibir de camuflado embora nunca tenha sido militar!


O artigo abaixo, de Alastair Crooke vale a pena ser lido na íntegra:

 https://strategic-culture.org/news/2023/07/03/prigozhin-and-the-diminishment-of-europe/

Traduzi algumas frases em português, abaixo, para dar aos leitores uma ideia do seu conteúdo. Porém, tem muito mais reflexões interessantes:

A Europa, em resumo, colocou-se a si própria como vassala – uma vassala voluntária e submissa. Quando a UE seguiu os EUA e adotou as sanções contra a Rússia, os líderes da UE anteciparam um rápido colapso financeiro da Rússia. Estavam enganados. Quando a UE - sem cuidar dos seus interesses próprios - negou a si mesma a compra de combustíveis russos, calcularam que a Rússia não conseguiria aguentar-se economicamente - na ausência do mercado da UE - e que iria capitular rapidamente. Estavam enganados. Quando a OTAN lançou a guerra sobre a Rússia (via Ucrânia), a UE esperava a rápida derrota das forças russas e das milícias do Don. Estavam enganados. Quando Prigozhin desencadeou a sua 'insurreição', os líderes da UE esperaram ansiosos que se seguisse uma imediata guerra civil. De novo, estavam enganados.

Agora, a UE encontra-se arramada a sanções, sem fim à vista, contra a Rússia (e com sanções contra a China a seguir); um subsídio eterno a Kiev; um eterno ciclo da militarismo da OTAN; e uma economia em vias de desindustrialização, elevados custos energéticos e dificuldades de abastecimento.