A oligarquia que nos desgoverna, possui dois discursos, duas narrativas: - Uma, dirigida às massas, que se pode considerar obra de propaganda; é apenas o discurso conveniente para forçar a plebe a se curvar e aceitar os sacrifícios em nome da "paz, da democracia e da civilização ".
Claro que este discurso não tem nenhuma coerência com a acção política e governativa por eles realizadas. Nem tem que ter. Tal discurso destina-se a distorcer a realidade, a encurralar o espírito das pessoas num misto de afirmações falaciosas, que se substituem aos factos e de emoções que têm na sua raiz o medo, resultante de representações fantasmagóricas do inimigo. Estas representações são, na maioria das vezes, projecções disfarçadas das intenções da oligarquia, mas atribuídas ao outro campo, aos inimigos.
- Mas, existe um outro discurso, que não consta nos media controlados pelo poder. Um discurso interno aos círculos da oligarquia. Este não se pode ler no sentido próprio. Ele nunca é explicito, nunca se traduz em palavras claras. Ele mantém-se restricto ao círculo fechado dos poderosos, nunca dai extravasa. Porém ele é legível para os analistas que não se deixam enredar em palavras, mas dedicam o seu tempo a analisar os factos; as acções concretas, não o palavreado que os criados do poder atiram como um manto, para encobrir as acções.
Laura Ruggeri avança com o conceito de «Thatcherismo de Guerra»; ela desmente que estejamos a regressar a um "Keynesianismo de Guerra " , como muitos têm afirmado de forma pouco rigorosa.
Penso que é um conceito com capacidade de nos revelar o verdadeiro intuito da classe dirigente, qual o seu verdadeiro objectivo em forçar a sociedade e a ecomia a se reconverterem, com explícita vontade de levar a guerra às fronteiras da Rússia.
Não irei adiantar mais, aqui, pois aconselho vivamente a leitura do artigo de Laura Ruggieri.
What we are witnessing in the West is not "Military Keynesianism", which was rooted in the post-World War II economic boom, but "War Thatcherism" — governments hype national security concerns to implement far-reaching neoliberal restructuring and fiscal austerity that would otherwise encounter significant resistance. This approach entails a deliberate reallocation of resources, shifting budget priorities from social welfare programs to military and defense-related expenditures — a reconfiguration of the economic landscape.
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