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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

O MEDO E COMO O COMBATER






A configuração das relações de força internacionais, a agressividade crescente da media, que atiça os conflitos em vez de os tentar explicar, a preocupação permanente com a sobrevivência de muitos milhões, que os leva a viver numa prisão de trabalhos forçados, esgotando-se e não conseguindo satisfazer as necessidades elementares, o crescimento de toda a espécie de patologias do foro psíquico... Todos os fenómenos acima são sinais dum desequilíbrio fundamental que atingiu a humanidade.

Mas que fenómeno? Que desequilíbrio?

- Penso que - para além de factores materiais, objetivos, jogam factores da área afetiva-cognitiva.

Estes últimos factores costumam ser desprezados, em geral, talvez por os indivíduos do século XXI estarem fortemente condicionados a pensar em termos materialistas. Não no sentido filosófico de materialista, mas no sentido de apenas ter interesse pelos aspetos materiais da vida, aquilo que se chama de «materialismo vulgar». No entanto, este tipo de materialismo tanto ocorre em pessoas ateias, como em pessoas aderindo a uma crença religiosa.

Mas é justamente nesta área afetiva/cognitiva, que se dão grande parte dos traumas, embora não imediatamente visíveis. É nestes domínios que as pessoas se tornam incapazes de conduzir a sua vida, de conservar o sentido do real, de se relacionar humanamente com os outros humanos.

As pessoas que estão sujeitas a enorme pressão (e são cada vez mais), são muitas vezes incapazes de compreender o que se passa com elas e com o seu entorno. Se o fossem, na mesma teriam dificuldades e teriam de lutar, mas isso não as faria bascular para um desequilíbrio crónico, para um refúgio fora da realidade, para um regresso a aspectos da psique infantil. Todos estes mecanismos são resultantes duma incapacidade continuada em fazer face à realidade .

Por isso, são destruidores os traumatismos de guerra, ou de períodos prolongados de violência: Porque sobre tal violência, as pessoas não têm hipótese de agir. São situações em que a sobrevivência parece dever-se ao acaso e as acções que se tomarem, tanto podem ser efetivas na salavaguarda individual, como conduzir ao contrário, ou seja, à morte.

Um caso particular de guerra, é a guerra económica lançada pelas «elites» do capital e do Estado sobre os mais frágeis, dos destituídos, dos que dependem do salário para sobreviver e sustentar a família. Este terrorismo económico, prolonga-se no tempo e no espaço, para que as pessoas não vejam que ele é uma estratégia deliberada da classe possidente. Porém, é nas sociedades ocidentais, ditas democráticas, que a modalidade «guerra económica» mais se tem feito sentir. As garantias de emprego, de salário, de pensão de reforma, e outras, consideradas desde os anos 60 (há 60 anos, pelo menos!) como «naturais», foram paulatinamente retiradas ou abastardas, pelos senhores do capital e do Estado, de forma que isso não suscitasse demasiada indignação, com todas as manhas, desde jogar com a inflação monetária, às sucessivas modificações das leis. Este expoliar fraccionado conduz a que as pessoas sejam defraudadas daquilo que lhes tinha sido prometido, porém sem que elas tenham realmente compreendido como foram defraudadas.

A insegurança na satisfação das necessidades básicas vai conduzir as pessoas a uma série de mecanismos de «auto-defesa» que são apenas ilusões, ou mecanismos simbólicos. Assim, interioriza-se a angústia, o medo constante mas indefinível, de impossibilidade de se manter as condições mínimas económicas e um nível básico de satisfação das necessidades.

O bombardear pela publicidade comercial e, sobretudo, por órgãos da media transformados em máquinas de condicionamento de massas (ou de lavagem ao cérebro), faz com que a maior parte das pessoas sinta os medos sem a mínima capacidade de análise crítica e muito menos de distanciamento. O efeito, é que estas pessoas vão reagir automaticamente a certos estímulos, palavras ou imagens, de forma condicionada, desencadeando respostas reflexas, que podem parecer genuínas, mas que foram incutidas.

As pessoas condicionadas não aceitam a realidade. Esta foi substituída por uma grelha de leitura codificada pelo seu entorno e reforçada pela média corporativa, de tal forma que rejeitam liminarmente tudo o que saia fora do «molde» interior. É como se todos fôssemos ensinados que «2+2= 5» e alguém nos viesse dizer que não, que não é 5, mas 4. Tal indivíduo seria visto como louco, extravagante ou até subversivo ... pondo em causa a «normalidade».

A coação psicológica é muito mais importante que a coação física. Embora esta seja dura e brutal, sabemos de onde parte e quem a exerce, mas a coação psicológica é muito mais subtil: As pessoas que amamos, inclusive, podem ser veículo dessa coação, pensando fazê-lo para o nosso bem, ou para nossa proteção...

A figura tutelar da «autoridade», reproduzindo a imagem interior que tivemos na fase precoce da nossa vida, em relação a pai e mãe, vai imiscuir-se de forma subreptícia: Através de símbolos, de gestos, de palavras que ativam esse condicionamento da infância e desencadeiam uma reacção automática de submissão. É portanto compreensível que muitas pessoas se projetem como «filhos» e «filhas» de pais e mães simbólicos, que são afinal os poderosos.

A emancipação em relação a estes esquemas de poder é possível, mas a grande maioria não irá fazê-lo. Na prática, é necessário ter-se um projeto de libertação individual e de autonomia, que poucas pessoas adoptam. Por outro lado, na sociedade fragmentada e atomizada contemporânea, certas pessoas podem ter um tal projeto. Porém, ele só se pode concretizar se houver coalescência de vários indivíduos para a construção conjunta de projetos explicitamente destinados a instaurar uma prática social diferente. Existem, mas são minoritários. Creio que será difícil desenvolver uma dinâmica que os transformem em prática corrente.

Aquilo que é possível fazer (e pude verificar em várias circunstâncias), é criar espaços conjuntos, em que haja troca de bens e serviços, ao mesmo tempo que se desenvolvem capacidades de interação, de auxílio mútuo, de audição atenta do outro e de debate de ideias sem censura mas com autodisciplina, onde ninguém se sinta coagido ou inibido.

Um projeto para singrar não tem necessariamente de ser do agrado da maioria, nem deve implicar que a maioria se possa nele participar. Os núcleos que dinamizarem esses projetos grupais, devem ter flexibilidade, ao mesmo tempo que uma grande clareza de objetivos: - Queremos desenvolver um projeto assim, para quê? E como ? E em que área(s)? E para que fim (fins)? ... etc.




quarta-feira, 25 de março de 2020

A MASCARADA (denúncia da campanha de ocultação e criação de pânico na media)

             Image result for Hubei health team
                     Figura: Equipa de saúde em Hubei, China




As pessoas julgam que estão a ser informadas, quando - na realidade - estão a ser formatadas.
Está a media a participar maciçamente num «exercício militar, como as manobras de primavera», que envolve milhões de pessoas, sem elas saberem. 
O estado de sítio (sob outro nome) foi decretado abusivamente: estamos perante o golpe de estado mundial do milénio. Sim, o estado de sítio (chamem-lhe estado de emergência ou outro eufemismo) é ilegal - pois a sua legitimidade não está nada comprovada. 
Desde quando se destrói a economia de n países e de milhões de pessoas, para «combater» uma epidemia (mesmo que fosse muito mais severa do que na realidade é)? 

- O «remédio» do confinamento forçado e generalizado está a matar o «organismo social». Além disso, é um falso remédio e é fácil perceber porquê:
O vírus tem um efeito nulo, não causa sintomas, numa fracção importante da população. Os cientistas chineses que estudaram os efeitos do Covid-19 na região de Hubei (35 milhões de habitantes; Wuhan, a capital tem 11 milhões) verificam que cerca de um terço das pessoas que têm um teste positivo para o Covid-19 não apresentam quaisquer sintomas.
- Alguém com o vírus, mas sem sintomas se ignora que é um portador são, mesmo estando «confinado», estará a espalhar o vírus: junto de familiares debaixo do mesmo tecto, mas também junto da vizinhança, porque não é proibido ir comprar coisas essenciais, ou passear o cão, etc... 
- A maneira de combater eficazmente a doença é fazer despistagem sistemática, o mais abrangente possível, para identificar o máximo possível de pessoas portadoras, que não apresentam sintomas, ou com sintomas muito ténues, ou indefinidos. 
- O que é lógico como estratégia é efectuar os tratamentos que já tiveram sucesso na China e na Coreia do Sul (por exemplo) aplicados a todos os portadores, quer estejam gravemente ou levemente doentes. Embora não sejam os mesmos tratamentos, todos devem ser tratados eficazmente, claro. 
- Devem ser mantidos em quarentena os infectados e testados positivos, mesmo que não estejam doentes. Mas a quarentena não é tratamento; tratamento, significa aplicar terapias adequadas com vista a eliminar por completo a carga viral. Esta é a única maneira de curar e, simultaneamente, fazer com que estes indivíduos já não sejam disseminadores do vírus. 
- A população deve ser autorizada a exercer as suas actividades habituais, desde que não seja portadora do vírus. Se houver uma educação do público sobre o modo de propagação das partículas virais, irá colaborar para evitar a sua propagação, não é necessário nenhum «estado de emergência» e não se coloca a economia e a subsistência quotidiana de milhões em risco.
- Com efeito, a paragem da economia por longos meses significa, inevitavelmente, que muitas empresas vão à falência, que muitas pessoas ficam no desemprego, logo em grande fragilidade, não apenas económica, mas também de saúde.
- A situação era controlável como o foram no passado n pandemias - inclusive, outras pandemias de vírus do grupo Corona, que se propagam pelo ar e se alojam no sistema respiratório. 
- Ainda por cima, no Ocidente, pode-se aproveitar a experiência acumulada na China, no Japão, na Coreia do Sul e noutros países do Extremo-Oriente. Ficámos com informações valiosas sobre o modo como o vírus se comporta, quais as terapias mais eficientes, etc... 
- A generalizada histeria, incentivada desde os escalões mais altos do poder, veiculada pelos media «mainstream» é tanto mais estranha que os cientistas mais competentes neste domínio têm as suas vozes caladas ou ignoradas. Os «peritos» que vemos nas televisões e noutros media, frequentemente, são pessoas totalmente incompetentes para falar sobre o assunto.
- A militarização da sociedade, a imposição de um «estado de guerra» é uma forma de neutralizar a futura indignação da população quando esta descobrir que, a coberto do «coronavirus», fizeram mudanças radicais: a reestruturação da economia, das finanças, das leis, atingiu as suas poupanças, anulou o poder de compra (já debilitado) de salários e pensões, e muitas mais calamidades no domínio económico, primariamente, mas que acabam por causar muita mortalidade. 
- Em circunstâncias de crise económica aguda e prolongada, está comprovado que os enfartes do miocárdio, os acidentes vasculares, as crises psíquicas, que podem causar suicídios ou actos de violência, etc... multiplicam-se. 
- A população não deve ter confiança nenhuma nos políticos no poder, pois eles - acima de tudo - querem permanecer no poder. Eles escondem seus erros, que podem ser fatais, para se manterem. 
- O povo deve acordar da sua letargia, deixar de se ver a si próprio como «criança», que precisa de assistência, de um Estado-papá. Se o povo é soberano, deve ser ele a determinar os termos em que se deve organizar a vida em sociedade. 
- Os que escrevem e controlam o fluxo de informação nos media, não têm competência para decidir se tal ou tal especialista é «credível» ou não. Os 12 especialistas no artigo abaixo são considerados profissionais de topo pelos seus pares e isso basta-me. Transcrevo o link do seu depoimento, copiado de Off-Guardian: 

PS1: Vejam o vídeo de 26/03/2020 de George Gamon: ele mostra como é absurda e destruidora do valor das divisas o «estímulo à economia» (na realidade, à finança, à banca) dos bancos centrais.

PS2: Entrevista com o eminente médico e especialista em doenças do grupo do «coronavírus», Prof. Didier Raoult. É importante ver até que ponto a nossa informação corporativa distorce e oculta, mesmo em casos de vida ou morte: thesaker.is/interview-with-professor-didier-raoult-in-the-parisien-newspaper-22-march-2020/

PS3: Pepe Escobar descreve a campanha da clique no poder para «anexar» para si a hidroxi-cloroquina, ao mesmo tempo que entra em guerra com o Prof. Raoult, por este advogar a estratégia «coreana» para a crise, ou seja, testar o máximo de pessoas para as tratar e assim impedir a progressão da epidemia (como eu disse no artigo acima): https://asiatimes.com/2020/03/why-france-is-hiding-a-cheap-and-tested-virus-cure/