Manuel Banet, ele próprio

Reflexão pessoal, com ênfase na criação e crítica

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

TICO-TICO NO FUBÁ DE ZEQUINHA DE ABREU, POR PAOLA HERMOSÍN

 


A letra de «Tico-tico»; canta a ímpar Carmen Miranda!



Posted by Manuel Baptista at 31.12.24 Sem comentários:
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domingo, 29 de dezembro de 2024

OPUS. VOL. III, 33: SOBRE A ARTE POÉTICA

Parede, 29/12/2024




A escrita é uma disciplina do espírito: Este, perante a página branca, pode hesitar porque tanta coisa está encerrada no coração e na mente que só tem embaraço na escolha. Esta página em branco, é como o silêncio em relação à música: Está na mesma relação.

Entre fileiras das linhas, as interrupções são como pausas musicais, são formas de destacar ou de isolar as ideias e os sons associados. A música também é feita de silêncios. A poesia está presente no aspecto gráfico. Na realidade, uma página de poesia é uma partitura implícita.

A originalidade do escritor ou do poeta reside na forma como molda a matéria. Essa matéria é a palavra, antes de mais; é mais a emoção da música que se desprende de uma frase, de uma estrofe, de uma peça, do que a emissão de um conceito ou sentimento. Pois o conceptual, o filosófico, o analítico são de outro domínio do discurso.

Quanto à poesia que integre aspectos filosóficos, ou até científicos, estes serão antes um ingrediente para a criação de uma atmosfera poética. Aliás, a «poesia racional», é quase sempre medíocre. Note-se que o discurso poético é dirigido à emoção. Se o objetivo do autor dum poema é veícular demonstrações racionais, o seu âmbito fica demasiado restricto, reduzido (auto-reprimido), porque a sua intenção primeira é outra: ele quer expor um conceito, ou uma moral, ou um ideário...

A verdadeira poesia pode estar patente num texto que não se apresenta enquanto poema, mas que dá largas ao sentimento e à musicalidade e que nos guiam na sua leitura. Os termos descritivos, racionais, ou lógicos, quando presentes, não constituem a trama do poema. São como a utilização de tais elementos durante o sonho. No sonho, as imagens e as ações são simbólicas.

Neste sentido, a poesia, tal como o sonho, é pessoal e intrasmissível. Muito do que se consome como sendo poesia não o será, verdadeiramente. Tem muito pouco a ver com as características que descrevi acima. Não existe poesia verdadeira, que não seja uma porta aberta para o subconsciente, para o sonho. Resta ela encontrar o leitor capaz de a decifrar. Não é um «desporto de massas». O que não a invalida, nem a diminui.

Tive ocasião de ler várias obras descritas como «poemas» ou «versos» que são apenas um artifício, mais ou menos conseguido. Mas a poesia precisa de verdade. Pode ser uma verdade interior, como em modo de confissão ou de introspeção. Para eu sentir o sopro poético numa obra, tenho de sentir que existe nela vibração e que esta vibração em mim ressoa.

Pode tentar-se descrever ou analisar criticamente as emoções associadas ao poema. Pode-se conseguir analisar, sem o sentir. Mas isto não significa que o texto, em si mesmo, não possua teor poético. É que a poesia resulta de ligação especial entre o emissor e o recetor. Talvez a poesia esteja sobretudo na cabeça do recetor (auditor, leitor). Talvez a emoção suscitada, seja afinidade fortuita entre o leitor e o texto poético.

Contrariamente aos textos destinados a convencer, a persuadir, a verdadeira poesia apenas suscita uma adesão emocional, é um fenómeno da ordem da sedução. Podemos analisar um texto poético com muita profundidade e inteligência, mas este exercício não é a fruição poética, em si mesma. Embora a análise possa existir, ela é posterior, ela sucede ao enamoramento inicial, que suscita tal ou tal obra.

Mesmo assim, existe um certo número de características gerais, próprias de obras-primas poéticas: A sua abertura, polissemia, ambiguidade, a adequação da forma ao conteúdo, as imagens mentais que suscita, a originalidade sem artifício, a beleza musical da linguagem utilizada, o rítmo, etc. Não é o facto de se espartilhar a obra numa fórmula (o soneto, a canção, o rondel...) que nos seduz; isso é o artifício técnico.

O que é construído deve aparentar ser como um improviso, como algo espontâneo. O artifício que não se vê, é a arte poética mais consumada. Arte subtil, que escapa a grande número de pessoas. Só algumas pessoas poderão captar esta criatividade diante dos seus olhos ou ouvidos. Em geral, poucas o fazem: terão de ser - também elas - poetas e com total disponibilidade para acolher a criatividade de outrém.

[P.S. , AS PALAVRAS POÉTICAS E SUA INTERPRETAÇÃO]


POESIA E JOGO


 Na continuidade da pesquisa sobre aquilo que faz com que algo seja considerado poesia ou não, há uma característica que não é demais enfatizar: O efeito do inesperado. 

Um poema pode ser muito bem construído, harmonioso, etc, mas não estimular a atenção do auditor/leitor. Essa coisa que falta, chama-se imprevisto, aleatório, surpresa... Uma quebra no discurso, assim como nos acontecimentos descritos. O imprevisto é fundamental,  tanto em poesia como em música. E a poesia é, no fundo, uma forma de música. 

Outra circunstância esclarecedora em relação à importância do acaso em poesia, é o mecanismo do riso. Certas histórias são engraçadas,  desencadeiam o riso: Reconhecemos-lhes qualidade humorística, enquanto outras, não. Aquilo que torna uma história humorística,  é possuir elementos completamente imprevisíveis, mas da ordem do verosímil. Temos aqui uma componente poética frequente em narrativas em prosa, o conto ou o romance. 

Afinal, nem o conteúdo,  nem a forma, nos permitem concluir da qualidade poética duma produção. O "tour de force" poético, consiste na formulação, em apenas um verso ou estrofe, de algo complexo ou subtil, que precisaria de mil palavras para ser descrito analiticamente. Neste último caso, haveria perda total do  encanto poético. 

É por isso que, embora seja possível traduzir automaticamente através de algoritmos, uns pedaços de prosa, tal é impossível com poesia verdadeira: Nesta forma mais elevada de literatura, quase nao sera possivel uma tradução. Só por analogia ou semelhança, mas não literalmente, poderá a obra-prima poética ser traduzida.  Mesmo que a tarefa seja levada a cabo por alguém com profundo conhecimento de ambas as línguas; a língua original e a da tradução. 

Empiricamente, podemos confrontar uma tradução realizada por «robot», com a de um humano, tradutor  qualificado: Se o texto poético traduzido for «pesadão», sem as subtilezas do texto original, podemos apostar que é produto de um algorítmo; se não colar exatamente ao texto original, mas  transmitir a atmosfera poética deste,  então terá «mão humana».  Uma boa tradução  é também um ato de criação literária. 



POESIA E INTERPRETAÇÃO

Há que diferenciar entre interpretação e adaptação: 

- É uma diferença muito evidente em música: Pode haver fidelidade à obra musical, com a sua execução noutros instrumentos, que não aqueles para os quais o compositor ideou a partitura. No domínio musical, fala-se então duma adaptação. 

A interpretação de uma peça musical, refere-se a algo muito diferente: Será a forma de traduzir em discurso musical  o que está na partitura; a interpretação pode servir bem a  ideia do compositor, ou pode afastar-se, ao ponto de deturpar a peça em causa. Por isso, ao estudar-se música antiga, é indispensável conhecermos  as convenções interpretativas, as regras implícitas de uma dada época. 

Na poesia declamada, deve procurar-se a inteligibilidade imediata do texto. Nos textos antigos, é lícita a atualização de certos termos, assim como da fonética. O poema tem de ser inteligível. Deve dar-se prioridade à articulação  da palavra, em relação aos efeitos expressivos. Nos textos cantados, porém, esta prioridade pode não existir, em certos casos: Por exemplo, em cantos litúrgicos com textos em latim, as palavras podem ser incompreensíveis, devido às  complexidades da polifonia. Nas óperas, a compreensão  imediata das palavras não  é  essencial,  pois supõe-se que o público conheça o enredo e que vai ao espectáculo mais pelo seu lado musical, do que pelo teatral. 


 


Posted by Manuel Baptista at 29.12.24 Sem comentários:
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Labels: crítica literária, OPUS VOL. III, poesia

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Algumas coisas SOBRE OS BRICS E O OURO

TRÊS COISAS QUE TEM DE SABER SOBRE OS BRICS


Ninguém está a revelar a verdade, no que toca ao que possui em ouro nos respectivos bancos centrais.
A introdução do ouro no sistema monetário poderá ser enquanto contrapartida de uma obrigação de longa duração (fala-se de 50 anos até maturidade). Portanto, uma obrigação com uma garantia de estabilidade conferida pelo ouro.
Entre muitos elementos informativos que Andy Schectman nos fornece, ele tem uma opinião muito semelhante à minha sobre a ameaça de Trump aos países que deixem cair o dólar nas suas trocas. A ameaça de 100% de «tarifas alfandegárias» é realmente uma pseudo chantagem, um bluff de póker! 
Porquê?
- Porque a subida de tarifas neste grau seria o equivalente duma subida brutal dos impostos nos EUA. Iria matar a economia dos EUA num instante!
E muito mais poderá aprender ao ouvir esta entrevista com Andy Schectman.

Relacionado:

China's Banking Giants DUMP 77% of US Dollars & Treasuries, Forcing U.S to Admit Defeat


CHINA RETALIA FACE ÀS TARIFAS DOS EUA - MAS AFIRMA QUE ÚNICO CAMINHO É COOPERAÇÃO


POR QUE RAZÃO A MEDIA CORPORATIVA OMITE ISTO?

Posted by Manuel Baptista at 27.12.24 1 comentário:
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Labels: Andy Schectman, Banco de Investimentos dos BRICS, Bancos Centrais, BIS, BRICS, Dilma Rousseff, FMI, ouro, sistema de pagamentos

AOS MEUS LEITORES

 Queridos/as leitores/as deste blog,


Queria - antes de mais - agradecer as vossas palavras afetuosas e de encorajamento. Tenho sempre na devida conta as vossas sugestões e críticas. Um blog pessoal, ferozmente independente de quaisquer "capelas" políticas ou outras, era um desafio, logo de início. Mas, desde o seu início até hoje mantive-o, pois sou teimoso comigo próprio. Nunca me afastei deste paradigma, embora isso não signifique que eu não me engane, antes pelo contrário. Mas, além disso, estou sempre pronto a reconhecer os meus erros e a corrigir .  

Escrever e comunicar faz parte da minha vida, tal como da vida das outras pessoas. Quando comunicamos verdadeiramente, estamos em uma forma de relação transacional. Quando pretendemos impor aos outros as nossas "verdades", aí já não estamos no mesmo modo, mas no que se pode chamar de modo imperativo, ou indutor ou propagandístico... Enfim, numa das múltiplas vertentes do modo de ser "autoritário".

Mas, estar isolado, fechado no seu círculo estreito de relações, não é comunicar! Por isso mesmo, tenho mantido este blog. Como janela aberta ao mundo. Aproveitando aquilo que a Internet tem de melhor, sem pretender influenciar os outros no sentido de sua adesão emocional às minhas teses, à minha visão do mundo. Mas, sei que existe sempre um certo grau de coincidência do que eu escrevo, com aquilo que os meus leitores pensam. Assim, creio que embora a minha escrita seja pessoal, ela é também o reflexo de inúmeras interações fecundas, online e offline, com pessoas muito diversas, portadoras dos seus projectos próprios e que poderão coincidir comigo, em certos casos e divergir noutros.

A necessidade de ajuda mútua vai aumentando, na medida em que vamos mergulhando mais profundamente na crise do sistema capitalista global. Outros tempos virão, com certeza; talvez somente mais felizes após duas ou mais dezenas de anos de convulsões, destruições e experiências falhadas. Talvez somente a nossa descendência consiga chegar ao outro lado do túnel. 

Embora todos nós estejamos na mesma "nave espacial chamada Terra", parece que estão cada vez mais fora de "moda" valores e comportamentos como a tolerância pelas ideias dos outros, a capacidade crítica e autocrítica, a procura de pontes para fora do nosso círculo social, cultural ou ideológico.  É um grave problema, porque o grau de intolerância e fanatismo de alguns espalha-se como a peste e contamina muita gente, de múltiplas vivências e condições. Penso que devemos fazer um esforço para manter as nossas relações pessoais e sociais num plano de amizade e de confiança, sempre que possível e descartar as reações histéricas ou adolescentes de "tudo ou nada". 


MEUS VOTOS PARA O NOVO ANO DE 2025 SÃO DE VERDADE, AUTENTICIDADE, TOLERÂNCIA, DEDICAÇÃO E RESPONSABILIDADE DE TODOS NÓS. 

ATÉ LÁ, ACEITA O MEU ABRAÇO, ONDE QUER QUE ESTEJAS 


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terça-feira, 24 de dezembro de 2024

LOUIS DE BROGLIE (1924): QUANDO A MATÉRIA É TAMBÉM UMA ONDA






Em 2024 comemora-se o centenário da tese de doutoramento de Louis de Broglie, na qual avança a hipótese da natureza dúplice da matéria, partícula e onda.

Posted by Manuel Baptista at 24.12.24 Sem comentários:
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Labels: física quântica, História da ciência, Louis de Broglie, matéria, onda, Tese de doutoramento de Broglie

Propaganda 21 (nº 24) EM QUE SE TRANSFORMOU A PAISAGEM DOS MEDIA?

Tem a palavra uma jornalista de primeiro plano, Lara Logan, que trabalhou para meios de comunicação social conhecidos, como a CBS news, por exemplo.  Ela falou numa audição, organizada pelo senador dos EUA, Ron Johnson. O seu testemunho foi gravado. Veja vídeo no link seguinte:

https://x.com/newstart_2024/status/1868350812344225979

Discurso poderoso de Lara Logan 

(Transcrição em português do Brasil, abaixo)


"Vivemos na era da guerra de informação, onde a propaganda não é simplesmente uma arma, é todo o campo de batalha. Esta é uma guerra por nossas mentes que é auxiliada por tecnologia avançada, e nunca estivemos aqui, nem em toda a história humana." 
"É um momento em que nós, como jornalistas, devemos permanecer juntos, unidos, e independentemente da política, devemos lutar pela verdade e pela liberdade. No entanto, não muito tempo atrás, permitimos que um dos nossos, Tucker Carlson, fosse rotulado como traidor simplesmente por fazer seu trabalho. Na verdade, havia muitos supostos jornalistas que estavam liderando a acusação contra Tucker, acusando-o de traição pelo simples fato de entrevistar o presidente da Rússia, Vladimir Putin." 
"E, até onde sei, não houve uma única instituição de mídia legada que se manifestou. Isso foi mais do que um ataque politicamente motivado a um homem. Foi uma traição aos princípios mais sagrados de uma imprensa livre. E meus colegas de mídia sabem que isso é verdade, não importa o que digam. Meu medo é que eles não se importem mais ou que não tenham coragem moral para serem honestos, inclusive consigo mesmos." 
"Trabalhei nos mais altos níveis da mídia como correspondente em tempo integral para o 60 Minutes, correspondente estrangeiro chefe da CBS News, correspondente estrangeiro chefe da CBS News. Essa foi minha casa por 16 anos. E como jornalista, sentei-me com líderes mundiais, assassinos em massa e terroristas. E responsabilizei pessoas de ambos os lados do corredor. Vi sofrimento e enfrentei o mal e caminhei através do fogo do inferno em campos de batalha distantes."
 "Eu enfrentei minha própria morte nas mãos de uma multidão de cerca de 200 homens no Egito quando fui estuprada em grupo, sodomizada e espancada quase até a morte enquanto estava em uma missão por 60 minutos. E ainda assim, por quase uma década, fui alvo, falsamente marcada e acusada de muitas coisas que eu não fiz. Eles atacaram meu trabalho, meu caráter, minha sanidade e meu casamento. E eu não estou sozinha. Somos muitas." 
"E não desistiremos, e não cederemos. Para aqueles que desejam sentir a ideia de liberdade de expressão na América e em todo o mundo, empresas de mídia. Instituições e escolas de jornalismo falharam com todos nós." 
"E por muito tempo permitimos que organizações sem fins lucrativos se disfarçassem de vigilantes da mídia apartidária, quando na verdade são pouco mais do que propagandistas políticos e assassinos altamente pagos, cuja única razão de existir é esmagar qualquer um que fique em seu caminho e, junto com eles, as ideias há muito acalentadas e estimadas de liberdade de expressão, pensamento livre e mentes livres." 
"Este é um esporte sangrento para eles. Seus aliados políticos e seus mestres de marionetes. Eles sabem como matar um jornalista sem assassiná-lo. Nós chamamos isso de cultura do cancelamento. Na verdade, é uma sentença de morte. E eles escapam porque têm domínio da informação. Alguns são fortes o suficiente para sobreviver, mas apenas alguns, como Glenn Greenwald, Tucker Carlson, Matt Taibbi." 
"Apenas alguns como eles conseguem atingir maiores alturas e prosperar. Essas organizações sem fins lucrativos das quais estou falando fazem parte de uma vasta rede de censura que inclui agências governamentais. Eles usam o engano para mascarar suas ações com objetivos elevados, como impedir a disseminação de desinformação, ou discurso de ódio. Eles usam frases como proteger a democracia e não se engane, as palavras importam." 
"A mídia está colaborando com agências governamentais e agentes para censurar e moldar o campo de batalha das informações, para justificar certas ações. Por exemplo, quando o presidente dos Estados Unidos ameaça os não vacinados, dizendo que nossa paciência está se esgotando, e os acusa de colocar comunidades em risco, suas palavras são projetadas para justificar ódio, censura e intimidação." 
"E quando o vice-presidente compara o 6 de janeiro ao 11 de setembro e a Pearl Harbor, é um predicado para silenciar a oposição e justificar a armamentização do sistema de justiça. Já estamos testemunhando outra operação de modelagem para influenciar o resultado da eleição de 2024. Desta vez com a falsa alegação de que se um lado vencer, será o fim da democracia." 
"Essa mentira foi planejada para garantir um resultado específico e sabotar a liberdade de expressão mais uma vez. Fundos de contribuintes, de  trabalhadores americanos, estão sendo distribuídos no estrangeiro a contratados pelo Escritório de Iniciativas de Transição da USAID, ou do Escritório de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho do Departamento de Estado." 
"Esses contratados, muitos deles fanáticos ideológicos, que nem são funcionários do governo dos EUA, frequentemente ganham mais de um quarto de milhão de dólares por ano e estão fora do alcance, Senador, de você e de comitês como este. Eles distribuem dinheiro dos contribuintes para programas que são moldados por ONGs altamente partidárias, que se escondem atrás de termos como diálogo inter-religioso, quando na verdade estão financiando escolas muçulmanas que treinam terroristas islâmicos, como fizeram na Malásia." 
"Outro exemplo é a Humanist International. Por meio dela, o Departamento de Estado está financiando bolsas de ateísmo que cultivam ativamente uma rede de advocacia ateísta no Nepal. Isso não é apenas para atacar a religião e manipular a política externa. É um ataque à liberdade de expressão, à fé e a Deus. Embora propaganda e censura não sejam novas, a tecnologia significa poder e alcance sem precedentes nas mãos de poucos." 
"Empresas como Facebook, Instagram e Google, como você ouviu muitas vezes hoje, foram autorizadas a acumular poder de monopólio. E, como resultado, elas não apenas alcançam bilhões de pessoas em todo o mundo, a cada segundo do dia, como também têm controle absoluto sobre o que vemos e ouvimos. Imagine essas ferramentas nas mãos de Lenin, Stalin, Mao, Hitler." 
"Quando os Pais Fundadores colocaram a liberdade de expressão em primeiro lugar, não foi por acaso, foi por design. Os direitos que se seguiram foram em parte criados para proteger a Primeira Emenda. Sem ela, eles sabiam que a própria liberdade pereceria. Lembro-me hoje das palavras ditas pelo Secretário de Relações Exteriores britânico, Sir Edward Gray, em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial." 
"Ele disse, as lâmpadas estão se apagando por toda a Europa. Não as veremos acesas novamente em nossa vida. Estamos mais uma vez observando as luzes da liberdade. Elas estão se apagando aqui e em todo o mundo. E cabe a nós determinar se elas serão acesas novamente, algum dia."(*)

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(*) Veja também transcrição em inglês da intervenção de Lara Logan, pelo Prof. Paul Craig Roberts:

https://www.paulcraigroberts.org/2024/12/19/the-american-media-is-a-collection-of-whores-who-prostitute-themselves-for-money/



Posted by Manuel Baptista at 24.12.24 1 comentário:
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Labels: cancel, censura, conivência com governo, direito, EUA, Facebook, Google, Instagram, Lara Logan, liberdade de imprensa, Media corporativa, ONGs, PROPAGANDA 21, terrorismo islâmico

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

A NATIVIDADE VISTA DE BETHLEEM COM O REV. MUNTHER ISAAC

- Fica claro, sublinha o Pastor Isaac, «os palestinianos estão do lado de fora do círculo. Temos vindo a afirmá-lo - os Direitos Humanos não se aplicam a nós, nem sequer a compaixão»

in  The Meaning of Christmas (w/ Rev. Munther Isaac)



São uma mão-cheia, mas que nos mantêm o moral para a luta desigual entre a justiça e o poder opressor do dinheiro que corrompe, não apenas o aparelho de Estado das nossas (ex) democracias, mas todas as instituições nas sociedades (ditas) democráticas liberais. 
Não posso deixar de temer que mergulhemos numa nova era de obscuridão. Pois a liberdade, somente é - ou deveria ser - inteira e universal. Assim como os Direitos Humanos, que não podem ser seletivos, ou senão, ficam reduzidos a uma forma de engano.
Posted by Manuel Baptista at 23.12.24 1 comentário:
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Labels: Bethleem, Chris Hedges, genocídio, império, Israel, Jesus, natal, opressão, Palestina, Pastor Munther Isaac

domingo, 22 de dezembro de 2024

PROPAGANDA 21 (N. 23) DISSOCIAÇÃO DA REALIDADE NO OCIDENTE

Prof. Glenn Diesen entrevistado por Pascal Lottez



PS: Os mitos estão de tal maneira entrincheirados nos cidadãos, que mesmo julgando-se informados e esclarecidos, fazem uma leitura totalmente equivocada dos acontecimentos da guerra Russo - Ucraniana. 

Um profissional dos media insistia comigo, há pouco tempo, que a intenção de Putin era conquistar a totalidade da Ucrânia. Eu tentei explicar-lhe isso não era lógico: Se a operação militar russa na Ucrânia tivesse o caráter duma guerra de conquista total do território da Ucrânia, não seria planeada e executada da maneira como foi. O objetivo era interpor uma força dissuasora nas fronteiras do Donbass e entrar em negociações diplomáticas para que os acordos de Minsk II fossem finalmente cumpridos e implementados. 

Se o objetivo dos russos fosse anexar a Ucrânia na sua totalidade, eles teriam logo no princípio da guerra bombardeado e arrasado totalmente as defesas de Kiev, de modo a neutralizarem o centro político e os comandos militares inimigos. Os russos tinham capacidade para fazê-lo com os seus mísseis, sua força aérea, drones e artilharia de longo alcance. 

Aliás, tinha sido essa a escolha dos americanos (e aliados/vassalos) aquando dos planos de ataque e invasão no Afeganistão, Iraque e Líbia. 

Mas ele continuou a teimar na sua versão «oficial», embora não me soubesse explicar em que estava eu errado!  

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NB: ESTA PÁGINA CONTÉM os números da série «propaganda 21» publicados neste blog.

Posted by Manuel Baptista at 22.12.24 2 comentários:
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Labels: condicionamento, Glenn Diesen, Guerra, Media corporativa, Neutrality Studies, OTAN, PAscal Lottez, Rússia, Ucrânia

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

O QUE ESTÁ A CHINA A FAZER PARA «DOMESTICAR» O DÓLAR ?


                                       


Os chineses têm utilizado o sistema financeiro e monetário internacional para seu próprio proveito. Agora encontraram um estratagema novo: prescindem das estruturas do sistema financeiro ocidental, não terão necessidade de utilizar o SWIFT, ou bancos dos EUA, como intermediários. Vão continuar a utilizar dólares, mas os «seus» dólares. 

Eles começaram - há algum tempo - a utilizar os dólares acumulados nos últimos decénios de excedentes comerciais, para financiar projetos da B.R.I (Belt & Road Initiative), as Novas Rotas da Seda. 
Os países com os quais têm parcerias, são países devedores de empréstimos, em dólares, que precisam de vender suas matérias primas no mercado internacional para pagar os juros e a dívida, denominados em dólares. Mas, agora, os ditos países têm a opção de pagar os contratos com a China em Yuan, se assim o desejarem. Nalguns casos, têm pago os empréstimos chineses com matérias-primas. É o caso dos países exportadores de combustíveis fósseis, embora quaisquer outras matérias-primas possam servir como pagamento. 

Mais recentemente, os chineses acrescentaram mais um processo engenhoso e simples de evadir a ditadura do dólar: Começaram a emitir obrigações soberanas em dólares. Esta oferta de dívida será naturalmente paga em dólares, de que a China não tem realmente falta: De facto, ela é a segunda detentora mundial de reservas em dólares, sob forma de Treasuries, a seguir ao Japão. Só no ano de 2023, o seu excedente comercial com os EUA saldou-se em 823.2 milhares de milhões de dólares (milhar de milhão = billion, em inglês). Para o ano de 2024, estima-se que o excedente alcance os 940 milhares de milhões de USD.
Então, a ideia de emitir obrigações soberanas (bonds) denominados em dólares parece insólita, à primeira vista. Mas não! É antes um tiro certeiro no sistema internacional do dólar. 
Porquê?
A China vai emitir 2 mil milhares de milhões (2 billions) de dívida denominada em dólares e vai fazê-lo na Arábia Saudita. Serão instituições sauditas que irão supervisionar as operações. 
Note-se, desde já, que os príncipes e magnatas sauditas e das monarquias petrolíferas, serão tentados a investir em tais obrigações. Estas terão um juro com uns pontos-base  (0.01-0.03%) acima das «treasuries» emitidas pelos EUA. Lembremos que uma obrigação tem tanto maior valor no mercado, quanto mais baixo for o seu juro. 
Esta primeira emissão de obrigações soberanas chinesas foi um sucesso: Houve  40 mil milhares de milhões de procura, para 2 milhares de milhões de obrigações postas à venda, ou seja um excedente de 20 vezes. Normalmente, aquando duma emissão de obrigações soberanas pelo Tesouro dos EUA, a procura excede somente a oferta em 2 ou 3 vezes.
Com isto, os chineses estão a assinalar aos EUA que poderão alargar e aumentar a emissão de bonds denominados em dólares num circuito de dívida que escapa inteiramente ao controlo dos EUA, embora a divisa seja o dólar US. 
É relevante que estas obrigações chinesas são postas à venda, não por um consórcio de bancos da Wall Street ou da City de Londres, mas na Arábia Saudita. Aliás isto pode realmente ser muito importante também para o governo de Riade (e doutras monarquias «petrolíferas»), com um excedente crónico em dólares. Até há pouco tempo, os sauditas apenas podiam parcar os petro-dólares em «Treasuries», emitidas pelo tesouro americano.
Mas como é que o sistema-dólar fica ameaçado com isto?
- Imaginem que a China decide aumentar o volume de futuras emissões, ou seja, emitir 100 ou 200 milhares de milhões («billions») de obrigações em dólares: Haverá uma competição direta no mercado de obrigações em dólares. Muitos investidores irão preferir as «treasuries chinesas» às dos próprios EUA: Cada dólar que for desviado para compra de «treasuries chinesas», já não poderá servir para financiar os Estados Unidos. 
A China não precisa de financiamento em dólares, para o seu próprio desenvolvimento. Porém, quase todos os  (mais de) 150 países que fazem parte das Novas Rotas da Seda (Belt & Road Iniciative) precisam de dólares para financiar as suas economias. Os projetos de cooperação da BRI vão passar a ser financiados (em grande parte) com dólares emprestados pela China. 
A contra-ofensiva dos EUA seria de restringir a possibilidade da China comerciar ou transaccionar em dólares. Isso, porém, seria um monumental «tiro no pé». Esta «opção nuclear» iria fragmentar - de imediato - o sistema financeiro internacional, socavando o  dólar enquanto principal divisa de reserva global. Mas isto,  é exatamente o que os americanos querem a todo o custo evitar.
Embora o Tesouro americano vá continuar a controlar a emissão e circulação de dólares-papel, já não terá «mão» para controlar totalmente os dólares digitais, que se vão difundir pelo mercado global. 

Talvez estejamos a assistir ao fim do «Exorbitante Privilégio» dos EUA. Os dólares poderão continuar como divisa interna dos EUA e em trocas bilaterais. Será uma situação análoga à da Libra Esterlina, que deixou de ser a principal divisa de reserva, no final da IIª Guerra Mundial.


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Posted by Manuel Baptista at 20.12.24 3 comentários:
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Labels: «Treasuries», China Arábia Suadita, divisa de reserva, dólar, emissão de dívida, libra esterlina, títulos de dívida, Yuan

OPUS VOL. III. 32: MEDITAÇÕES FILOSÓFICAS


VAI O PEIXE NA CORRENTEZA, ASSIM EVITA GASTO EXCESSIVO DE ENERGIA.

ALIÁS, OUTROS SEGUEM O MESMO CAMINHO. 
FORMAM IMENSOS CARDUMES SEM PÁTRIA. SEU TERRITÓRIO É A CORRENTEZA. POUCOS SÃO OS TRANSGRESSORES DA CORRENTEZA.

ELES ARRISCAM MUITO, MAS QUANDO ATINGEM DETERMINADO TAMANHO, CONSEGUEM DEFENDER-SE MELHOR DOS OUTROS PREDADORES.

MAS, TODOS OS PEIXES, PEQUENOS OU GRAÚDOS, SÃO CONSUMIDORES.

Podes ignorar a questão, admitir que não nos diz respeito. Ficamos a olhar o rio escoar-se suave ou agitado.  Muitos ignoram a complexidade dos ecossistemas, que não  sejam o seu. 

Por que  se preocuparia um bovino com o que há na profundeza do rio?  Só  lhe interessam os pontos onde pode beber ou os vaus, para  chegar à  outra margem, onde se encontram ervas frescas. 

A CRIAÇÃO  É  DESVIO CRIATIVO, MAS  A SOCIEDADE PRECISA DE ESTABILIDADE. ISSO NÃO É  O MESMO QUE RIGIDEZ,  ESTA É O ATRIBUTO DOS CADÁVERES.  

PORÉM,  A RUPTURA CRIATIVA ARRISCA TORNAR-SE NUMA DERIVA CAÓTICA. ENTÃO, É NECESSÁRIO UM HOMEM AO LEME.

 SEREMOS OS TIMONEIROS DA BARCA DO NOSSO SER. 




Posted by Manuel Baptista at 20.12.24 Sem comentários:
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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

AS GUERRAS DE ISRAEL COMENTADAS POR CHRIS HEDGES E ALASTAIR CROOKE


 

Posted by Manuel Baptista at 19.12.24 Sem comentários:
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Labels: Alastair Crooke, Chris Hedges, Hezbollah, Israel, Netanyahu, Palestina, Síria

«Est-ce ainsi que les hommes vivent» LEO FERRÉ / ARAGON *


                                                 

 https://www.youtube.com/watch?v=2Xq2Yf4vhec

PLAYLIST Léo FERRÉ

Est ce ainsi que les hommes vivent


Tout est affaire de décor

Changer de lit, changer de corps
À quoi bon puisque c'est encore moi
Qui moi-même me trahis
Moi qui me traîne et m'éparpille
Et mon ombre se déshabille
Dans les bras semblables des filles
Où j'ai cru trouver un pays

 

Cœur léger, cœur changeant, cœur lourd
Le temps de rêver est bien court
Que faut-il faire de mes jours?
Que faut-il faire de mes nuits?
Je n'avais amour ni demeure
Nulle part où je vive ou meure
Je passais comme la rumeur
Je m'endormais comme le bruit

 

Est-ce ainsi que les hommes vivent?
Et leurs baisers au loin les suivent

 

C'était un temps déraisonnable
On avait mis les morts à table
On faisait des châteaux de sable
On prenait les loups pour des chiens
Tout changeait de pôle et d'épaule
La pièce était-elle ou non drôle?
Moi, si j'y tenais mal mon rôle
C'était de n'y comprendre rien

 

Dans le quartier Hohenzollern
Entre la Sarre et les casernes
Comme les fleurs de la luzerne
Fleurissaient les seins de Lola
Elle avait un cœur d'hirondelle
Sur le canapé du bordel
Je venais m'allonger près d'elle
Dans les hoquets du pianola

 

Est-ce ainsi que les hommes vivent?
Et leurs baisers au loin les suivent

 

Le ciel était gris de nuages
Il y volait des oies sauvages
Qui criaient la mort au passage
Au-dessus des maisons des quais
Je les voyais par la fenêtre
Leur chant triste entrait dans mon être
Et je croyais y reconnaître
 du Rainer Maria Rilke

 

Elle était brune et pourtant blanche
Ses cheveux tombaient sur ses hanches
Et la semaine et le dimanche
Elle ouvrait à tous ses bras nus
Elle avait des yeux de faïence
Et travaillait avec vaillance
Pour un artilleur de Mayence
Qui n'en est jamais revenu

 

Est-ce ainsi que les hommes vivent?
Et leurs baisers au loin les suivent

 

Il est d'autres soldats en ville
Et la nuit, montent les civils
Remets du rimmel à tes cils
Lola, qui t'en iras bientôt
Encore un verre de liqueur
Ce fut en avril, à cinq heures
Au petit jour que dans ton cœur
Un dragon plongea son couteau

 

Est-ce ainsi que les hommes vivent?
Et leurs baisers au loin les suivent 
Comme des soleils révolus

------------------------------------------------------------------------- 

* Les mots sont d’Aragon (1897-1982), extraits de son poème « Bierstube Magie allemande » paru dans le Roman inachevé, en 1956, et mis en musique par Léo Ferré et arrangé par Jean-Michel Delaye.
Posted by Manuel Baptista at 19.12.24 1 comentário:
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Labels: Léo Ferré, Louis Aragon

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

A TEORIA POLÍTICA DO TEMPO (THE POLITICS OF TIME) :

 




Relacionado: O Elogio da Preguiça 

Posted by Manuel Baptista at 18.12.24 2 comentários:
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Labels: economia, história, institute of arts and ideas, PIB, política, regulação do trabalho, tempo

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

DOIS FLASHES ... MOSTRAM-NOS O MUNDO EM QUE ESTAMOS

 Não farei comentários extensos; estas peças falam por si. Só quero sublinhar a extrema qualidade e honestidade de George Galloway, do seu entrevistado Richard Medhurst, assim como Caitlin Johnstone. São totalmente credíveis, porque estão empenhados a 100% em nos darem a ver a REALIDADE. Entrámos na era da distopia globalizada.


Flash 1 ENTREVISTA - As cabeças rolam, literalmente.

(Richard Medhurst Entrevistado Por George Galloway)



....................................................................

Flash 2 Pieter Thiel Revela O Medo Dos Oligarcas Em Relação Ao Povo

Peter Thiel Reveals How Scared Oligarchs Are Of The People

Caitlin Johnstone
Dec 17, 2024
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Listen to a reading of this article (reading by Tim Foley):

Billionaire Peter Thiel had a fascinating televised moment the other day when asked by Piers Morgan what he thought about the public making a hero of the man suspected of murdering health insurance CEO Brian Thompson. The way he stumbled and stuttered when trying to answer the question gives a lot of insight into how terrified such people are of the public turning against them one day.

“And to those who think this shooter is a hero, because he did it because he said this healthcare executive is presiding over a healthcare system which kills thousands of Americans by denying them cover, what would you say to them?” Morgan asked.

Thiel paused for a long time, and then stuttered for a long time, and then eventually got out the words, “It’s, I don’t know what, what to say? I, I think I still think you have, you should try to make an argument. And I, I think this is, this is you should, you know, there may be things wrong with our health care system, but you have, you have to make an argument, and you have to try to find a way to convince people and and change, change it by by that, and this is, you know, this is not going to work.”

For those who don’t know, Thiel is a proper deep state oligarch who owes his vast fortune to his enmeshment within the US military-intelligence machine. His company Palantir is a CIA-backed surveillance and data mining tech company with intimate ties to both the US intelligence cartel and to Israel, playing a crucial role in both the US empire’s sprawling surveillance network and Israeli atrocities against Palestinians. He backed Trump in 2016, and Vice President-Elect JD Vance was a protégé of his, so this man is thoroughly entrenched in the halls of power.

Thiel’s blustering response when asked what he thought about the public support we are seeing for the practice of assassinating health insurance CEOs reveals a lot about the kinds of things that keep men like Peter Thiel up at night.

Plutocrats like Thiel are constantly thinking about the fact that ordinary people vastly outnumber them and can kill them at any time. They think about it way more often than ordinary people do. It’s a point that they are acutely aware of at all times. It consumes their attention. They are always working on manipulating public consciousness to ensure that we don’t think as much as they do about how many more of us there are of them, and how we don’t have to put up with their domination of our society if we don’t want to.

As Michael Parenti once put it:

“I tell students when they say, ‘Oh they don’t care what we think. They ignore us’, and all that, and I say, ‘Oh no, no. That’s the only thing they care about you. The only thing they care about you is what you’re thinking. They don’t care if you eat correctly, they don’t care how your living conditions are, they don’t care that they’ve built up an inhuman and irrational traffic system that’s strangulating us and polluting our air, they don’t care about anything. The only thing about you they care about is what you’re thinking. In the morning, they start, ‘What’s going to be the story today? How do we manipulate, how do we control, how do we contain, how do we influence, how do we act upon what it is that they have in their minds?’”

Manipulating public consciousness is of existential importance to the ruling class, because no matter how many billions of dollars you amass, at the end of the day you’re still a soft skin sack of blood and bones like anybody else, and you share a society with huge numbers of people who can very easily hurt you if they want to. That’s why our minds are constantly being hammered with propaganda into accepting the status quo politics upon which our rulers have built their kingdoms.

But we’re seeing the propaganda losing its grip on our minds. Hollywood tried to train people to believe heroes look like soldiers and cops, or billionaires using their wealth to become Iron Man and Batman, and then the people chose as their hero a guy who was arrested for shooting a health insurance CEO. The other day a DJ threw up pictures of the suspected shooter Luigi Mangione during his concert and drew cheers from the crowd — and this was at a Disney-themed show.

So that’s why the empire managers are pushing to get their killer robots up and running as quickly as possible.

https://x.com/Antiwarcom/status/1868460498490196220

Israel is reportedly preparing to deploy dozens of weapons systems in the West Bank which are capable of firing deadly rounds without human intervention, meaning fully autonomous killing machines as opposed to remote-controlled. These killer robots have already been in use on Israel’s border with Gaza.

Various military robots have been tested in Gaza since Israel’s onslaught on the enclave began last year, and now they’re expanding the field testing of their murderbots to the West Bank as well. Of all the horrible things Israel and its western backers do to the Palestinians, among the most evil is the way they use them as lab rats to field test new weapons systems so the rest of the empire can learn how effective those systems are.

You may be sure that empire managers like Peter Thiel are watching these developments with keen interest. Militarized robots are the anti-guillotine. They’re the final solution to the ancient “there are a lot more of us than there are of our rulers” problem. Everyone with wealth and power has been eyeing their incremental rollout with intense interest while trying to play it cool.

So at this point we’re essentially looking at a race to see if the oligarchic empire can manufacture the necessary environment to allow the use of robotic security forces to lock their power in place forever before the masses get fed up with the increasing inequalities and abuses of the status quo and decide to force a better system into existence.

It will be interesting to see how this plays out.


PS.1: A OFENSIVA GERAL DO IMPÉRIO DO DÓLAR, PRIMEIRO NO EXTREMO-ORIENTE, SEGUIDA imediatamente pela «BLITZ KRIEG» DE INVASÃO DA SÍRIA. OPERAÇÕES LONGAMENTE PROGRAMADAS E COORDENADAS... 
A IIIª Guerra Mundial está a «aquecer» e está a alargar-se rapidamente aos pontos de fricção onde ainda não havia operações militares, propriamente ditas. 
Próxima etapa:  uma «falsa bandeira» para desencadear ofensiva pela «defesa» de Taiwan? Até onde? https://www.voltairenet.org/article221591.html
Posted by Manuel Baptista at 17.12.24 7 comentários:
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Labels: Al Quaida, Caitlin Johnstone, cristãos da Síria, Curdos, Donald Trump, Erdogan, EUA, George Galloway, Israel., Peter Thiel, Reino Unido, Richard Medhurst, Seguros de Saúde, Turquia
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